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TESTE DIAGNÓSTICO DE PORTUGUÊS, Notas de estudo de Diagnóstico

Lê silenciosamente o texto A. TEXTO A. No meio de uma clareira perfeitamente plana, Robinson pôs a descoberto, libertando-o das ervas.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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Data: ____ /____/____
Apreciação
Professor
TESTE DIAGNÓSTICO DE PORTUGUÊS - 9º ano
Lê silenciosamente o texto A.
TEXTO A
No meio de uma clareira perfeitamente plana, Robinson pôs a descoberto, libertando-o das ervas
que o cobriam, um belo tronco de murta, seco, são e bem desenvolvido, que poderia constituir a peça-
mestra do seu futuro barco. Pôs-se imediatamente a trabalhar, sem deixar de vigiar o horizonte que podia
avistar do seu estaleiro, pois continuava esperançado em que aparecesse algum navio.
Depois de desbastar os ramos do tronco, trabalhou-o com o machado, procurando dar-lhe a
forma de uma viga retangular. Apesar de todas as suas buscas no Virgínia, não conseguira encontrar
pregos, nem parafusos, nem broca, nem sequer uma serra. Trabalhava lentamente, cuidadosamente,
reunindo as peças do barco como um jogo de paciência. Contava que a água, fazendo inchar a madeira,
daria ao casco uma solidez e impermeabilidade suplementares. Lembrou-se mesmo de endurecer à
chama as extremidades das peças e de as molhar depois de as encaixar umas nas outras, de modo a
soldá-las melhor. Cem vezes a madeira rachou sob a ação ora da água, ora da chama, mas recomeçava
sempre, sem nunca sentir cansaço ou impaciência.
O que mais fazia falta a Robinson para estes trabalhos era a serra. Essa ferramenta que é
impossível fabricar com meios improvisados ter-lhe-ia poupado meses de trabalho com o machado e a
faca. Uma manhã, ao despertar, julgou sonhar ao ouvir um ruído que não podia ser senão o de alguém
em plena ação de serrar. […]
Na falta de verniz ou mesmo de alcatrão para untar o casco, Robinson decidiu-se a fabricar uma
espécie de cola. Teve para isso de arrasar quase na totalidade um pequeno bosque de azevinho que
descobrira logo que começara a trabalhar. Durante quarenta e cinco dias, retirou dos arbustos a casca
exterior e recolheu a de dentro, cortando-a em tiras. Pô-las depois a ferver num caldeirão, durante muito
tempo, até que, a pouco e pouco, se decompuseram num líquido espesso e viscoso. Espalhou então esse
líquido ainda a escaldar, pelo casco da embarcação.
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Nome: Ano / Turma: Nº Data: ____ /____/____ Apreciação Professor CED

TESTE DIAGNÓSTICO DE PORTUGUÊS - 9º ano

Lê silenciosamente o texto A.

TEXTO A No meio de uma clareira perfeitamente plana, Robinson pôs a descoberto, libertando-o das ervas que o cobriam, um belo tronco de murta, seco, são e bem desenvolvido, que poderia constituir a peça- mestra do seu futuro barco. Pôs-se imediatamente a trabalhar, sem deixar de vigiar o horizonte que podia avistar do seu estaleiro, pois continuava esperançado em que aparecesse algum navio. Depois de desbastar os ramos do tronco, trabalhou-o com o machado, procurando dar-lhe a forma de uma viga retangular. Apesar de todas as suas buscas no Virgínia , não conseguira encontrar pregos, nem parafusos, nem broca, nem sequer uma serra. Trabalhava lentamente, cuidadosamente, reunindo as peças do barco como um jogo de paciência. Contava que a água, fazendo inchar a madeira, daria ao casco uma solidez e impermeabilidade suplementares. Lembrou-se mesmo de endurecer à chama as extremidades das peças e de as molhar depois de as encaixar umas nas outras, de modo a soldá-las melhor. Cem vezes a madeira rachou sob a ação ora da água, ora da chama, mas recomeçava sempre, sem nunca sentir cansaço ou impaciência. O que mais fazia falta a Robinson para estes trabalhos era a serra. Essa ferramenta – que é impossível fabricar com meios improvisados – ter-lhe-ia poupado meses de trabalho com o machado e a faca. Uma manhã, ao despertar, julgou sonhar ao ouvir um ruído que não podia ser senão o de alguém em plena ação de serrar. […] Na falta de verniz ou mesmo de alcatrão para untar o casco, Robinson decidiu-se a fabricar uma espécie de cola. Teve para isso de arrasar quase na totalidade um pequeno bosque de azevinho que descobrira logo que começara a trabalhar. Durante quarenta e cinco dias, retirou dos arbustos a casca exterior e recolheu a de dentro, cortando-a em tiras. Pô-las depois a ferver num caldeirão, durante muito tempo, até que, a pouco e pouco, se decompuseram num líquido espesso e viscoso. Espalhou então esse líquido ainda a escaldar, pelo casco da embarcação.

O Evasão estava concluído. Robinson começou a juntar as provisões que levaria consigo, mas interrompeu pouco depois essa tarefa, lembrando-se de que seria melhor começar por lançar o seu novo barco à água, para ver como se comportava. A verdade é que tinha grande receio dessa experiência, que iria decidir do seu futuro. Como é que o Evasão se aguentaria no mar? Seria suficientemente estanque? Não iria virar-se à primeira onda? Nos seus piores pesadelos, o barco afundava-se a pique como uma pedra nas profundezas verdes... Acabou por se decidir a lançar o Evasão ao mar. Verificou logo que era incapaz de arrastar por cima das ervas e da areia até ao mar aquele casco que devia pesar mais de quinhentos quilos. Na verdade, esquecera-se completamente do problema do transporte do barco até à beira-mar. Isso devia-se em parte ao facto de estar demasiado influenciado pela leitura da Bíblia, em especial das páginas que falavam da Arca de Noé. Construída longe do mar, a arca apenas tivera de esperar que a água chegasse até ela, sob a forma de chuvas ou torrentes que desciam do alto das montanhas. Robinson cometera um erro fatal, ao não construir o Evasão diretamente na praia. Tentou então colocar toros arredondados por debaixo da quilha para a fazer rolar. Mas o barco não se moveu, e o resultado foi arrombar uma das pranchas do casco, ao fazer força sobre ela com uma estaca colocada sobre um cepo e utilizada como alavanca. Ao cabo de três dias de esforços inúteis, a fadiga e a cólera obscureceram-lhe a razão. Teve então a ideia de cavar uma vala na falésia, desde o mar até ao local onde se encontrava o barco, o qual poderia então deslizar pela vala e atingir o nível da praia. Atirou-se vigorosamente ao trabalho, mas concluiu que esses aterros lhe levariam dezenas de anos até estarem completados. E renunciou.

Michel Tournier, Sexta-Feira ou a Vida Selvagem , Lisboa: Editorial Presença, pp. 19-21.

Testa agora a tua capacidade de compreender o que leste e responde às questões seguintes usando as tuas palavras.

  1. Robinson Crusoé chamou ao seu barco “Evasão”. Dá a tua opinião sobre a razão da escolha deste nome.
  2. Completa a sequência de acontecimentos de acordo com o texto. a. Robinson encontrou um tronco numa clareira. b. ___________________________________________________________

monótona. Robinson saiu de mansinho do buraco na rocha ____________ se habituara a dormir e encaminhou-____________ tão silenciosamente como um gato para o local de ____________ provinha o ruído. A princípio nada viu, mas acabou por descobrir, junto de uma palmeira, um caranguejo gigantesco ____________ serrava, com as pinças, um coco preso entre as patas. Nos ramos da árvore, a seis metros de altura, ____________ caranguejo serrava o pé dos cocos para ____________ fazer cair. ____________ ____________ caranguejos não pareceram nada incomodados com a chegada de Robinson e continuaram tranquilamente o ____________ ruidoso trabalho.»

Michel Tournier, Sexta-Feira ou a Vida Selvagem (texto adaptado)

  1. Identifica o objeto, referido por um nome, e a ação, descrita por um verbo, que provam que o terceiro parágrafo do texto se pode completar com o trecho em 5. Nome : Verbo :
  2. Constrói frases complexas com o conteúdo de 1 e 2. Utiliza conjunções ou conectores, de modo a exprimires corretamente as relações indicadas. Deves conjugar no tempo e modo adequados os verbos que se encontram no infinitivo.

1 2 Relações a exprimir Frase complexa Robinson começou a fazer um barco.

[Encontrar] um bom tronco. Tempo

Trabalhou com paciência no barco.

[Olhar] para o mar na expectativa de ver aparecer algum navio.

Tempo

[Enfrentar] vários problemas na construção do barco.

Recomeçava sempre o trabalho.

Oposição ou contraste Robinson não conseguiu arrastar o barco até ao mar.

O casco [pesar] mais de quinhentos quilos.

Causa

O barco [deslizar] por uma vala até ao mar.

A vala estivesse próxima da praia.

Condição

  1. Escolhe agora um título para o capítulo da narrativa que leste e justifica essa escolha.
  1. Um dia, Robinson encontrou um amigo, o Sexta-Feira. O texto B fala da relação entre os dois. Completa-o com as formas verbais em falta. TEXTO B Havia vários dias, de resto, que ____________( irritar ) Robinson. Nada é mais perigoso do que a

irritação quando se é forçado a viver sozinho com outra pessoa. Na véspera Robinson ____________ ( ter ) uma indigestão de filetes de tartaruga com mirtilos. E Sexta-Feira ____________-lhe ( pôr ) agora debaixo do

nariz um fricassé de pitão com insetos! Robinson ____________ ( sentir ) um vómito e, com um pontapé,

____________ ( atirar ) com a grande concha para a areia, de mistura com o conteúdo. Sexta-Feira, furioso, ____________-a ( apanhar ) e ____________-a ( brandir ) por cima da cabeça de Robinson.

____________ ( Ir ) os dois amigos bater-se? Não! Sexta-Feira ____________ ( desaparecer ).

  1. As 12 frases a seguir estão na ordem correta e dão-nos o desfecho da zanga entre Sexta-Feira e Robinson. Segue o modelo e transforma as frases num texto com um único parágrafo, ligando-as, eliminando repetições e procedendo às necessárias alterações.

Tens aqui alguns conectores que podes usar para ligar as frases. e, depois, pois, porque, quando, então, por isso.

  1. Sexta-feira arrastou para junto de Robinson uma espécie de manequim.
  2. A cabeça do manequim era feita com um coco.
  3. Sexta-feira desenhara as feições de Robinson no coco.
  4. Sexta-feira quebrou a concha suja da refeição em cima do coco.
  5. Sexta-feira foi abraçar Robinson a rir.
  6. Robinson viu Sexta-Feira a comer grandes vermes de palmeira vivos.
  7. Robinson esculpiu uma estátua de areia com cabelos de algas.
  8. O corpo da estátua assemelhava-se ao de Sexta-feira.
  9. Robinson chicoteou a estátua.
  10. Robinson e Sexta-Feira só trocavam amabilidades.
  11. As injúrias, pancadas e zangas, isso faziam à cópia do outro.
  12. Robinson e Sexta-feira eram bons amigos.

Sexta-feira arrastou para junto de Robinson uma espécie de manequim cuja cabeça era feita com um coco.