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Guias e Dicas
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Influência da intervenção pedagógica no Ballet Clássico para crianças de 4 e 5 anos: perce, Manuais, Projetos, Pesquisas de Educação Física

Um estudo realizado por carolina komiyama sobre a influência de uma intervenção pedagógica orientada para tarefa no ensino de ballet clássico para crianças de 4 e 5 anos. O objetivo do estudo foi verificar a execução de habilidades específicas pré-determinadas do ballet e o nível de percepção de competência física após um programa de aulas. Os resultados mostraram que as crianças alcançaram um nível avançado na execução das habilidades específicas e aumentaram sua percepção de competência física.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2020

Compartilhado em 05/05/2020

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE
Influência de uma intervenção pedagógica orientada para tarefa, na percepção de
competência física e na execução de habilidades específicas do Ballet Clássico: um
estudo com crianças de quatro e cinco anos de idade.
Carolina Komiyama
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Baixe Influência da intervenção pedagógica no Ballet Clássico para crianças de 4 e 5 anos: perce e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Educação Física, somente na Docsity!

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE

Influência de uma intervenção pedagógica orientada para tarefa, na percepção de competência física e na execução de habilidades específicas do Ballet Clássico: um estudo com crianças de quatro e cinco anos de idade.

Carolina Komiyama

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE

Influência de uma intervenção pedagógica orientada para tarefa, na percepção de competência física e na execução de habilidades específicas do Ballet Clássico: um estudo com crianças de quatro e cinco anos de idade.

Carolina Komiyama

Dissertação/Tese apresentada à Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre/Doutor em Educação Física.

ORIENTADOR: PROF.DR. OSVALDO LUIZ FERRAZ

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AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, a Deus por me orientar nos momentos mais difíceis e não permitir que eu desistisse!

À minha amada mãe, para a qual não tenho palavras que possam representar tamanha gratidão. Gratidão pela companhia de horas a fio, nas digitações, nas pesquisas e nos abraços, entre as paradas de cansaço! Gratidão pela presença, nas muitas apresentações, dando uma força celestial para minhas danças! Gratidão pelo amor incondicional, que não mede sequer um gesto para me deixar feliz!

Ao meu querido orientador, que passou por momentos tão delicados de vida e mesmo assim pôde, na medida certa, ensinar-me o que era necessário para uma tarefa bastante árdua. Que soube entender também as intempéries que a vida causou em minha existência, e esteve do meu lado, até o último minuto.

Ao meu amor e companheiro que acompanhou, de perto, todo meu esforço e dedicação.

À minha amada filha, que entre leituras e digitações, entre traduções e idéias, esteve sempre presente motivando-me com um beijo, com uma gracinha, com um choro, a me tornar alguém com mais conhecimentos, buscando melhores horizontes na vida.

A todas as pessoas que se dispuseram a me ajudar, para que eu pudesse continuar investindo no que eu acredito ser minha missão de vida.

v SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS....................................................................

LISTA DE FIGURAS......................................................................

RESUMO.......................................................................................

ABSTRACT...................................................................................

1. INTRODUÇÃO..............................................................................

2. JUSTIFICATIVA............................................................................

3. OBJETIVO.....................................................................................

4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.......................................................

4.1. Ballet Clássico e Educação Física.................................................. 4.2. Ballet Clássico, auto-estima e autoconceito................................... 4.3. Percepção de Competência............................................................. 4.4. Percepção de Competência e diferentes tipos de intervenção pedagógica...................................................................................... 4.5. O instrumento de avaliação TARGET............................................

  1. METODOLOGIA........................................................................... 5.1. Estudo 1: Percepção de Competência............................................ 5.1.1. Sujeitos........................................................................................... 5.1.2. Instrumento..................................................................................... 5.1.3. Procedimento de coleta de dados................................................... 5.1.4. Procedimento de análise dos dados................................................

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - Estatística das variáveis “competência física” nos grupos de 4 e 5 anos................................... TABELA 2 - Estatística das variáveis “habilidades específicas” nos grupos de 4 e 5 anos............... TABELA 3 - Estatística das variáveis “habilidades” nos grupos de 4 e 5 anos...................................

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - Mecanismos cognitivos e afetivos e tipo de intervenção pedagógica..................................... FIGURA 2 - Descrições do TARGET e estratégias de aula... FIGURA 3 - Média de percepção de competência “pré” e “pós” programa................................................. FIGURA 4 - Média da execução de habilidades específicas. FIGURA 5 - Média da execução das habilidades específicas “pré” e “pós” programa para crianças de 5 anos................................................................... FIGURA 6 - Média da execução das habilidades específicas “pré” e “pós” programa para crianças de 4 anos...................................................................

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participantes aumentaram sua percepção de competência física. Sendo assim, pode-se x concluir que as intervenções pedagógicas voltadas para a tarefa, mostram-se como uma maneira eficiente no ensino do Ballet Clássico para crianças; além de aprenderem suas habilidades específicas, vivenciam experiências de sucesso, adaptadas a seus níveis de desenvolvimento físico, cognitivo e afetivo-social. São necessários mais estudos sobre os benefícios desse tipo de intervenção para crianças dentro da faixa etária proposta, nas diferentes atividades das quais participam. Contribuir, de forma positiva, no crescimento e desenvolvimento das crianças, em suas diferentes dimensões, não é uma tarefa fácil, porém deve ser considerada fundamental, uma vez que nós, educadores, somos co-responsáveis pela formação da nossa futura sociedade.

Palavras-chave: Percepção de Competência – Ballet Clássico – Educação Infantil

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ABSTRACT

INFLUENCE OF AN EDUCATIONAL TASK ORIENTED PROGRAM IN THE PERCEIVED PHYSICAL COMPETENCE AND IN THE PERFORMANCE OF MOTOR SKILLS CLASSICAL BALLET: A STUDY WITH CHILDREN WITH FOUR AND FIVE YEARS OLD

Author: Carolina Komiyama Adviser: Prof. Dr. Osvaldo Luiz Ferraz

The Classical Ballet is offen offered as extracurricular activities at kindergarten. The types of pedagogic interventions permeating the teaching of this activity is focused on the performance of their specific skills. However, many studies with differents sports modalities are being developed with the objective of verifying the types of interventions in the learning of their skills. The results show that two divergents types are possible: a type of educational intervention oriented to the task and another oriented to the performance. Moreover, many researches are studying the relationship of these different types of intervention on the individuals physical, cognitive, social and emotional dimentions. One well studied topic is the relationship of the type of intervention with the perceived competence. The aim of this study was describe, after a classical ballet program oriented to the task, the performance of pre- determined ballet skills and the level of physical perception competence in children with four and five years old. The results of this study showed that at the end of the program, most of the children reached an advanced level in the performance of the specific skills and that all participants increased their perception of physical competence. Therefore we can conclude that the interventions oriented to the task, showed to be an efficient manner in classical ballet teaching for children; in besides

1. Introdução Arte secular originária de uma cultura basicamente francesa em meados do século XV, o Ballet Clássico permanece, até hoje, entre as mais belas e extraordinárias expressões de sentimentos, por meio de movimentos sutis e delicados, ao mesmo tempo rápidos e precisos, envolvidos em composições musicais eruditas. Sua complexidade apresenta-se na maneira como os bailarinos desenvolvem seus passos e dançam suas coreografias. A combinação perfeita entre braços e pernas, juntamente com o tempo musical, tornam-na tão exigente que o mais habilidoso dos bailarinos necessita de horas de treinamento para atingir a perfeição. O resultado são movimentos altamente refinados, dançados com suavidade, envolvidos em roupas e cenários suntuosos, revelando a grandiosidade da cultura francesa de onde fora originado e, aos poucos, aprimorado também pelas culturas italiana e russa. Esta excelência iniciou-se por volta do século XII, na França, com as danças metrificadas, também chamadas de dança de corte, sendo aprimorada no Quattrocento e Cinquecento italiano, por uma técnica mais exigente, onde era necessário saber a métrica e os passos criados por professores de dança, que faziam parte do meio imediato dos príncipes. O Ballet de Corte, originado na França, em meados do século XVI, representa, primeiramente, um meio privilegiado de propaganda e afirmação do poder real como único modo de paz e prosperidade. Depois que a autoridade real foi solidificada, o ballet transformou-se de afirmação do princípio monárquico, em cerimônia de adulação da pessoa do rei. Sua técnica mais sofisticada tinha as danças de corte à sua disposição, por isso, pode ser caracterizado por um baile organizado em torno de uma ação dramática, que poderia ser o casamento de um príncipe, a visita de um amigo do rei, batalhas vencidas, entre outros. O Ballet de Corte introduz os desenhos geométricos de solo, que utiliza as

diferentes formas como círculo, quadrados, losangos e retângulos, para dar movimento e vivacidade às suas danças. Além disso, o Ballet de Corte apresenta outro elemento novo que são as chamadas entrées ou árias , caracterizadas como entradas de dança livre, geralmente improvisadas, reservadas a temas específicos, tais como: combates e festas de corte. Os profissionais envolvidos nas criações destes ballets e os profissionais que participavam como bailarinos eram cortesãos, amigos da classe alta. Neste período, entre a classe menos favorecida, surgiram os bailarinos profissionais que, aos poucos, tomaram o lugar dos bailarinos cortesãos e dos amadores. Entre a França de Luís XIII para a de Luís XIV o Ballet de Corte ficou estagnado nas antigas criações. Com a soberania do novo rei, a sociedade francesa de corte é aprisionada num modo de vida rígido e as artes numa contemplação intensa pela mitologia, e, portanto, pela Antigüidade, concebida não como o conhecimento de um sistema próprio de cultura, mas como uma garantia de eternidade à cultura do tempo. Desta forma as artes surgem artificial e rigorosas, onde o significante tem mais importância que o significado e o gesto mais importância que a emoção que o produz. A Dança Clássica surge nesta época, com Charles-Louis-Pierre de Beauchamps que, como todos os artistas oficiais da época, quis impor à dança uma organização reconhecida universalmente. Sendo assim, sua dança tendeu à beleza das formas e à rigidez. Beauchamps trabalhou a partir dos passos de dança de corte atribuindo-lhes beleza formal, uma regra dentro da qual se fixava a via de sua evolução, ou seja, tratava-se de tomar um movimento natural, levá-lo ao máximo de seu desenvolvimento, tornando-o, assim, forçosamente artificial. A escola clássica inicia-se no século XVIII, em meio a uma monarquia absoluta na teoria e extremamente questionada na prática. No campo econômico, a França é o país maior e mais rico. No plano social, há a ascensão de uma classe burguesa rica que assume o poder da sociedade. No plano ideológico, a cidade é o centro das novas idéias, de abordagens liberadas da opressão da autoridade. A cultura

duas condições são moralmente impossíveis...” (Cahusac, L., citado por Boucier, P., 2006, p. 163). Em seguida, com uma doutrina melhor definida e estruturada, Jean-Georges Noverre reforma a dança clássica. Defendendo dois princípios absolutamente contestadores, Noverre acredita que o ballet deve narrar uma ação dramática, sem se perder em divertimentos que cortam seu movimento – o ballet de ação –, e que a dança deve ser natural e expressiva. Por isso critica as máscaras, que “abafam os afetos da alma”; os trajes, que dificultam e impedem a liberdade, rapidez e a ação pronta e animada da dança; a técnica, sem significado, idéias ou expressão, fundamentada no virtuosismo excessivo, e a organização das óperas (ballets) com as entrées destinadas às dançarinas principais. Noverre não apenas critica, como também propõe reformas, que tratam da formação dos bailarinos (caracterizada como uma cultura geral bem vasta, com estudos voltados para poesia, história, pintura, geometria e anatomia), de um estilo liberado para dançar e da composição dos ballets, as quais não devem se limitar “a uma execução mecânica” (Noverre, J. G., citado em Paul Boucier, pag. 174, 2006). “... Gostaria ainda que os passos fossem executados com tanto espírito quanto arte e que respondessem à ação e aos movimentos da alma do bailarino...” (Noverre, J. G., citado por Boucier, P., 2006, p. 175). Em seguida a este período conturbado, porém essencial para o ballet clássico, mais ou menos em 1832, surge o romantismo no ballet. A dança torna-se uma expressão de sentimentos pessoais, sob uma forma diferente dos gestos rigidamente codificados. A técnica do ballet romântico é denominada estilo da alma. Mais do que uma contestação formal, pouco a pouco começava-se a buscar a expressividade, a poesia do corpo e a fluidez dos gestos, muito próximos das idéias dos ballets de ação de Noverre. Marius Petipa, sem dúvida o maior coreógrafo deste período, transformou o conteúdo do ballet. Herdeiro do ballet de ação, manteve uma trama dramática aliada a

contos infantis. Suas criações perdem a carga poética e o conteúdo humano para se tornarem pura magia. Em contrapartida, a forma e a mecânica dos passos tornam-se muito precisas; eles são levados ao extremo de sua beleza formal, de sua artificialidade, juntamente com o complemento da alma, que somente os verdadeiros artistas são capazes de incorporar. A escola clássica francesa pode ser assim definida: “... buscava uma beleza medida, uma expressão simultânea de elegância e sensibilidade. Na escola acadêmica, acrescentou-se um elemento antinômico, a contribuição italiana, toda a velocidade, virtuosidade de execução, de exteriorização...” (Bourcier, 2006, p. 222). A dinâmica do Ballet torna-se, nessa época, uma mecânica quase tão precisa quanto a de um relógio: uma coreografia acadêmica é representante de uma cerimônia de corte, com todas as suas funções, submetida a uma marcação imposta. O pas-de-deux simples ou duplo deve ser incluído em sua forma fixa: conjunto, variações de estrelas, coda; a ele se acrescentam variações para um solo da estrela feminina, cuja duração é estabelecida a partir do renome desta estrela; vêm a seguir as variações menos longas para a segunda categoria da hierarquia, para as primeiras dançarinas, tudo encadeado em movimentos do conjunto, valsas, desfiles, que parecem transpostos da etiqueta imperial. No academicismo, os passos são levados ao extremo de sua beleza formal, de sua artificialidade. No entanto, quando os bailarinos os executam, carregam-nos de pura poesia. Esse paradoxo entre a execução sistemática dos passos e a sensibilidade poética dos bailarinos, faz com que o expectador seja tomado, primeiramente, por uma sensação de superficialidade que, aos poucos, é recoberta por um sentimento de leveza e majestosidade que a execução poética traz. “Eis, portanto, um paradoxo evidente: o espectador é atacado, num primeiro momento, por uma sensação superficial, pelo espetáculo de proezas puramente físicas; dificilmente poderá deixar de aplaudir, mesmo antes do fim,

de uma dança e nos incessantes aplausos dos expectadores, atônitos diante de tanta beleza, graciosidade e virtuosismo. Nos dias atuais, Ballet Clássico e Danças são duas vertentes de uma única arte. As Danças, sejam elas Moderna, Contemporânea, Neoclássica, Jazz, Sapateado, Street Dance procuram, de diferentes maneiras, às vezes sutil e às vezes radical, modificar, ou mesmo contrapor-se à essa rigidez e “coibição de movimentos espontâneos” que é o Ballet Clássico. Em contrapartida, o Ballet Clássico, na maioria das instituições de dança, mantém-se rigoroso na forma e execução de passos. No entanto, algumas ações pedagógicas tentam, com timidez e sutileza, encontrar uma maneira mais branda, porém competente, de ensiná-lo. Baseiam-se em intervenções pedagógicas que priorizam a aprendizagem de habilidades, com o intuito de uma melhora pessoal, sem comparação com o outro, e a maestria nas tarefas, ou seja, realização das atividades com sucesso. Esta proposta diferenciada, atualmente é chamada de orientação pedagógica voltada para a tarefa. Ela vem sendo pesquisada e aplicada em contextos esportivos e programas de educação física, na tentativa de minimizar os possíveis prejuízos que as intervenções pedagógicas orientadas para o ego, as quais evidenciam a busca incessante pelo sucesso por meio de atividades de repetição, utilizando-se da comparação entre participantes como forma de incentivo, possam causar nos indivíduos tanto em aspectos físicos quanto afetivo-sociais. A orientação pedagógica voltada para a tarefa, segundo alguns autores, apresenta ganhos, tais como: aumento da competência pessoal, seleção, por parte dos participantes, de tarefas que desafiam suas habilidades, valorização do processo de aprendizagem, concepção de que o aprendizado tem um fim nele mesmo (Ames &Ames, 1984), maior entusiasmo na participação das atividades, aumento do esforço na execução das tarefas e maior percepção de competência Yoo (1999), menores índices de falta de motivação (Biddle et al.,2003), manutenção ou aumento da percepção de competência (Hall et al., 1987), entre outros.

Em contrapartida, a orientação voltada para o ego foca a habilidade individual, o senso de valor próprio e a obtenção de julgamento positivo. A habilidade é evidenciada por fazer melhor que os outros e pela aquisição de sucesso pelo mínimo esforço e o aprendizado é percebido como um caminho para demonstrar capacidade superior. Alguns estudos relacionam estes dois tipos de intervenção pedagógica – tarefa e ego – com aspectos físicos, psicológicos e sociais dos participantes. Dentre os aspectos físicos mais estudados está a percepção de competência física. A Percepção de Competência Física é um componente da Noção de Competência Geral que os indivíduos têm sobre si mesmos. Inicialmente, os estudos sobre as teorias motivacionais levaram White (1959) a desenvolver a teoria da EFFECTANCE MOTIVATION (realização de algo, com sucesso), na qual o objetivo principal das ações dos seres humanos é realizar algo com sucesso, sempre. Na tentativa de entender e, posteriormente, reformular esta teoria, Susan Harter e Robin Pike, por volta da década de 70, começaram a estudar uma maneira de relacionar o que levava os indivíduos a esta busca intensa pelo sucesso em suas ações, concluindo que a motivação para esta busca é influenciada por muitos aspectos, dentre eles, as percepções do quão competentes as pessoas se sentem para realizar algo. Sendo assim, em 1980, os dois autores elaboraram uma escala para verificar o quão competentes crianças e adolescentes sentem-se nos diferentes domínios: físico, cognitivo, social e emocional. A escala é denominada de “The Pictorial Scale of Perceived Competence and Social Acceptence for Young Children”. Verificar o nível de Percepção de Competência Física relacionado à diferentes tipos de intervenção pedagógica pode ser útil para o planejamento e desenvolvimento de aulas de Educação Física e/ou programas de dança e atividades físicas em geral, uma vez que nos apresenta dados concretos sobre a competência física percebida pelos alunos, no decorrer das atividades.