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Terapia Nutricional Enteral: Conceitos, Indicações, Vias de Administração e Complicações, Esquemas de Nutrição

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Tipologia: Esquemas

2021

Compartilhado em 19/09/2021

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rafaella-souza-34 🇧🇷

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Aula 04 Raquel
Terapia Nutricional Enteral
Conceito: Alimentação para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de
composição química definida ou estimada, especialmente elaborada para uso por sonda ou via oral, industrializados ou
não, utilizado exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos
ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, domiciliar ou ambulatorial, visando a síntese ou
manutenção de tecidos, órgãos ou sistemas.
Indicações: Trato gastrointestinal funcionante;
Impossibilidade de alimentação por V.O. ;
Ingestão insatisfatória de nutrientes e calorias.
Contra Indicações: Obstrução intestinal completa
Ausência ou falência da função intestinal;
Inviabilidade de acesso ao intestino;
Fistulas de alto débito (> 500ml/24 horas)
Vias de Administração
Podem ser: Orogástrica, oroduodenal ou orojejunal; nasogástrica, nasoduodenal ou nasojejunal; gastrostomia ou
jejunostomia.
Posicionamento Gástrico: Orogástrica, Nasogástrica ou gastrostomia.
Indicados para pacientes com motilidade gástrica preservada e que não tenham grande risco de broncoaspiração.
- Mais fisiológico, pois preserva as funções digestivas e os processos hormonais e bacterianos do estômago.
- Fácil posicionamento, com inserção da sonda é feita à beira do leito manualmente.
- É a forma mais fácil e com menor custo para acesso nutricional enteral
- Maior tolerância à fórmulas variadas e volumes maiores pois o estômago é um órgão que pode ser distentido.
Posicionamento Enteral: Orojejunal, Oroduodenal, Nasojejunal, Nasoduodenal ou Jejunostomia.
Indicado para pacientes com:
- Maior risco de broncoaspiração;
- Refluxo esofágico;
- Retardo no esvaziamento gástrico devido a gastroparesia ou náuseas e vômitos persistentes;
- Câncer gástrico;
- Obstruções antro-duodenais malignas ou benignas;
- Necessidade de repouso bilio-pancreático;
- Fístulas em segmentos anteriores do TGI.
OBS: Pacientes com sonda Naso ou Oro gástrica, jejunal ou duodenal só podem permanecer com elas durante 4
semanas, após esse período é indicado a realização de gastrostomia ou jejunostomia.
Gastrostomia e Jejunostomia
Indicações de gastrostomia:
- Distúrbios de deglutição em pacientes neurológicos;
- Neoplasia do TGI superior;
- Ventilação prolongada;
- Perioperatório de cirurgia de orofaringe
- Necessidade de suporte nutricional artificial por mais de 4 semanas.
Indicações de jejunostomia:
- Distúrbios de deglutição em pacientes neurológicos com obstrução gástrica;
- Neoplasia do TGI superior até o estomago;
- Ventilação prolongada com obstrução gástrica;
- Necessidade de suporte nutricional artificial por mais de 4 semanas com obstrução gástrica.
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Aula 04 – Raquel

Terapia Nutricional Enteral

Conceito : Alimentação para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição química definida ou estimada, especialmente elaborada para uso por sonda ou via oral, industrializados ou não, utilizado exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, domiciliar ou ambulatorial, visando a síntese ou manutenção de tecidos, órgãos ou sistemas.

Indicações: Trato gastrointestinal funcionante; Impossibilidade de alimentação por V.O. ; Ingestão insatisfatória de nutrientes e calorias.

Contra Indicações: Obstrução intestinal completa Ausência ou falência da função intestinal; Inviabilidade de acesso ao intestino; Fistulas de alto débito (> 500ml/24 horas)

Vias de Administração Podem ser: Orogástrica, oroduodenal ou orojejunal; nasogástrica, nasoduodenal ou nasojejunal; gastrostomia ou jejunostomia.

Posicionamento Gástrico: Orogástrica, Nasogástrica ou gastrostomia. Indicados para pacientes com motilidade gástrica preservada e que não tenham grande risco de broncoaspiração.

  • Mais fisiológico, pois preserva as funções digestivas e os processos hormonais e bacterianos do estômago.
  • Fácil posicionamento, com inserção da sonda é feita à beira do leito manualmente.
  • É a forma mais fácil e com menor custo para acesso nutricional enteral
  • Maior tolerância à fórmulas variadas e volumes maiores pois o estômago é um órgão que pode ser distentido.

Posicionamento Enteral: Orojejunal, Oroduodenal, Nasojejunal, Nasoduodenal ou Jejunostomia. Indicado para pacientes com:

  • Maior risco de broncoaspiração;
  • Refluxo esofágico;
  • Retardo no esvaziamento gástrico devido a gastroparesia ou náuseas e vômitos persistentes;
  • Câncer gástrico;
  • Obstruções antro-duodenais malignas ou benignas;
  • Necessidade de repouso bilio-pancreático;
  • Fístulas em segmentos anteriores do TGI.

OBS: Pacientes com sonda Naso ou Oro gástrica, jejunal ou duodenal só podem permanecer com elas durante 4 semanas, após esse período é indicado a realização de gastrostomia ou jejunostomia.

Gastrostomia e Jejunostomia Indicações de gastrostomia:

  • Distúrbios de deglutição em pacientes neurológicos;
  • Neoplasia do TGI superior;
  • Ventilação prolongada;
  • Perioperatório de cirurgia de orofaringe
  • Necessidade de suporte nutricional artificial por mais de 4 semanas.

Indicações de jejunostomia:

  • Distúrbios de deglutição em pacientes neurológicos com obstrução gástrica;
  • Neoplasia do TGI superior até o estomago;
  • Ventilação prolongada com obstrução gástrica;
  • Necessidade de suporte nutricional artificial por mais de 4 semanas com obstrução gástrica.

Contra indicações relativas de gastrostomia e jejunostomia:

  • Ascite;
  • Diálise peritoneal;
  • Hipertensão porta grave;
  • Obesidade grave;
  • Hepatomegalia grave;
  • Distorção anatômica por cirurgia prévia ou inflamação.

Contra indicações absolutas de gastrostomia e jejunostomia:

  • Obstrução intestinal;
  • Falência intestinal;
  • Fistulas de alto débito (> 500ml/24 horas).

Vantagens da gastrostomia e jejunostomia:

  • Maior diâmetro para administração da dieta e medicamentos e consequente administração mais rápida e fácil com menor chance de obstrução;
  • Menor risco de aspiração;
  • São mais convenientes e esteticamente aceitáveis.

Para administras as fórmulas enterais temos que definir: Tipo de Infusão

  • Gravitacional: com equipo de pinça controlando a infusão ou, se quiser controle, através de gotas por minuto.
  • Bomba infusora: controle rígido da infusão 24 horas ou noturna.

Administração

  • Bolus: volume administrado lentamente com uma seringa de 60ml geralmente utilizado por pacientes em regime domiciliar;
  • Intermitente: volume administrado em 24 horas com intervalos de descanso;
  • Noturna: volume administrado no período da noite geralmente utilizado em pacientes que utilizam dieta enteral como complementação da dieta via oral;
  • Contínuo: volume administrado em até 20 horas sem interrupção.

Densidade Calórica (DC) Muito baixa: < 0,6 Kcal/mL (Acentuadamente hipocalórica) Baixa: 0,6 – 0,8 Kcal/mL (Hipocalórica) Padrão (standard): 0,9 – 1,2 Kcal/mL (Normocalórica) Alta: 1,3 – 1,5 Kcal/mL (Hipercalórica) Muito alta: > 1,5 Kcal/mL (Acentuadamente hipercalórica)

Para decidirmos qual será a DC mais adequada para o paciente usamos a regra de 3: Dieta = 1000 mL 1 mL = X DC = 2 Kcal/mL – Densidade Calórica muito alta. VET do paciente = 2000 Kcal 1000 mL = 2000

OBS: As nomenclaturas das dietas de Acentuadamente hipocalórica, hipocalórica, normocalórica, hipercalórica e acentuadamente hipercalórica não tem nada a ver com o VET do paciente, por exemplo, posso ter um VET hipercalórico e utilizar uma fórmula hipocalórica. Esses termos são apenas nomenclaturas dadas as fórmulas que não são necessariamente ligadas com o VET em questão.

Osmolaridade Hipotônica: 280 – 300 Isotônica: 300 – 350 Levemente hipertônica: 350 – 550 Hipertônica: 550 – 750 Acentuadamente hipertônica: > 750 OBS : Nós não temos que decidir ou calcular osmolaridade, essa informação já vem escrita na fórmula que vamos utilizar.

Cuidados na Dieta Enteral

  • Em pacientes em terapia intensiva devemos iniciar a dieta nas primeiras 24 a 48 horas. Assim que o paciente estiver estável hemodinamicamente, ou seja, Pressão arterial > 70 mmHg, saturação venosa central >70 mmHg, lactato sérico normais.
  • Devemos iniciar sempre com 1/3 das necessidades energéticas e evoluir de acordo com a tolerância do paciente. Ex: VET total = 2000 Kcal/dia 1/3 do VET = 667 Kcal/dia 2/3 do VET = 1333 Kcal/dia 3/3 = 2000 Kcal/dia Devemos iniciar no 1º dia com 667 Kcal/dia, evoluir para 1333 Kcal/dia nos dias seguintes até chegar no VET total, sempre de acordo com a tolerância do paciente para evitarmos superalimentação e possível síndrome de realimentação.