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Guias e Dicas
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Manual de Terapia Intensiva: Hemodinâmica, Choque, Sepsis e Alterações de Consciência, Notas de aula de Medicina

Uma abordagem detalhada sobre a terapia intensiva, com ênfase em hemodinâmica, choque, sepse e alterações de consciência. Ele discute a instabilidade hemodinâmica, tipos de choque, monitorização hemodinâmica, avaliação da perfusão, tratamento e sepse e choque séptico. Além disso, o documento aborda as alterações do nível de consciência, avaliação por escalas, protocolo de morte encefálica e clínica e diagnóstico.

Tipologia: Notas de aula

2024

À venda por 16/05/2024

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ana-helena-florentino 🇧🇷

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Terapia intensiva
Instabilidade hemodinâmica
Sepse
Alterações de consciência
Insuficiência respiratória
Ana Helena
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Baixe Manual de Terapia Intensiva: Hemodinâmica, Choque, Sepsis e Alterações de Consciência e outras Notas de aula em PDF para Medicina, somente na Docsity!

Terapia intensiva

Instabilidade hemodinâmica

Sepse

Alterações de consciência

Insuficiência respiratória

Ana Helena

Tipo de choque DC RVS PVC POAP Hipovolêmico (^) ↓ ↑ ↓ ↓ Cardiogênico (^) ↓ ↑ ↑ ↑ Obstrutivo ↓ ↑ ↑ Varia conforme causa Distributivo (^) ↑ ↓ ↓ (após volume, normal) ↓ (após volume, normal)

Instabilidade hemodinâmica

Estado de hipoperfusão tecidual

Perfusão = Débito cardíaco X

Resistência Vascular Periférica

Classificação:

Choque hipodinâmico: há diminuição do débito cardíaco e aumento

compensatório da resistência vascular periférica. Abrange os choques

hipovolêmico, cardiogênico e obstrutivo.

Choque hiperdinâmico (distributivo): há diminuição da resistência

vascular periférica e aumento compensatório do débito cardíaco.

Abrange os choques séptico, anafilático e neurogênico.

Monitorização hemodinâmica: Cateter de Swan-Ganz: determina pressão venosa central (lado direito do coração) e pressão de oclusão da artéria pulmonar (lado esquerdo do coração) PVC: indica indiretamente a volemia. É influenciada pela funcionalidade do ventrículo direito. POAP: indica presença de congestão e função do ventrículo esquerdo. PAM: pressão arterial média, obtida por PAI. Débito cardíaco = FC X Volume sistólico

Sepse e choque séptico

Sepse: disfunção orgânica por resposta imune desregulada a uma infecção. Score SOFA: indica grau de disfunção orgânica e gravidade do paciente. Parâmetros: PaO2/FiO2, cardiovascular, escala de Glasgow, plaquetas, bilirrubina e função renal (creatinina). Se SOFA ≥ 2: disfunção orgânica (paciente mais grave). q-SOFA: SOFA simplificado. FR ≥ 22, PAS < 100 e Glasgow < 15: um ponto cada. Se q-SOFA ≥ 2: pior prognóstico. Tipo de choque hiperdinâmico Choque séptico: sepse que necessita de vasopressor para manter PAM ≥ 65 mm Hg OU lactato > 18 mg/dl, mesmo após reposição volêmica.

Na fase quente: aumento

do débito cardíaco.

Na fase fria: diminuição do

débito cardíaco.

Início do quadro Evolução

Surviving Sepsis

Pacote da primeira hora: medidas que devem ser iniciadas na primeira hora de atendimento. Medir lactato e TEC: reduzir ao máximo o nível de lactato com uso de cristalóides (30 ml/kg). Concluir a infusão em até 3 horas, individualizando a taxa de hidratação. Se paciente não estiver responsivo ao volume, usar vasopressor (noradrenalina). Não precisar esperar que todo o volume corra para só então iniciar o vasopressor, quando necessário. Pode iniciar o vasopressor em um acesso venoso periférico até se obter um acesso venoso central. Se PAM ainda inadequada, mesmo com noradrenalina a 0,25-0, mcg/kg/min, associar vasopressina.

Hemocultura e antibiótico: fazer em até 3 horas se sepse apenas suspeitada, e em até 1 hora se sepse altamente provável. Pode-se esperar a hemocultura por até 45 minutos. Se for demorar mais que isso, não atrasar o uso do antibiótico; colher a hemocultura depois. Para pacientes refratários: não respondem a vasopressores Corticoide Transfusão (se Hb ≤ 7) e dobutamina (se hipoperfusão persistente com suspeita de disfunção miocárdica).

Alterações do nível de consciência

Avaliação por escalas: Escala de Glasgow: Abertura ocular: de 1 a 6 pontos; Resposta verbal: de 1 a 5 pontos; Resposta motora: de 1 a 4 pontos. Somatório ≤ 8 pontos: recomendação de proteção de vias aéreas. Onde está o problema: córtex X tronco. Córtex: lesões mais extensas (necessário lesar todas as fibras neuronais). Pouco comum. Tronco: lesões menos extensas, mais comum. Avaliar respiração espontânea, reflexo oculovestibular (água no ouvido), reflexo fotomotor, reflexo córneo- palpebral e reflexo oculocefálico (“dos olhos de boneca”). Lesões importantes do tronco abolem os reflexos vindos dele. Se for lesão tóxica, eles se mantêm, bem como não há lesão focal. Exceção: hipoglicemia (pode simular um AVC).

Clínica e diagnóstico: conforme definições de Berlim. Tempo de até 7 dias, com fator de risco: sintomas respiratórios iniciados ou piorados agudamente por derrame, atelectasia ou nódulos. Edema inflamatório (não-cardiogênico): solicitar BNP e ecocardiograma para excluir causas cardíacas. Hipoxemia (PaO2/FiO2): ≤ 300 (leve), ≤ 200 (moderado) ou ≤ 100 (grave); paciente em PEEP ou com CPAP ≥ 5 cmH2O. Ajustes pela ATS: Opacidade também pode ser valorizada se obtida por USG. Hipoxemia pode ser calculada por SatO2 (periférica)/FiO2. Paciente pode estar usando cateter nasal de alto fluxo com pelo menos 30 litros por minuto. Tratamento: Para inflamação: corticoide. Ventilação protetora: Volume corrente ≤ 6 ml/kg de peso predito (hipercapnia permissiva); Pressão de platô ≤ 30 cmH2O: checar com manobra de pausa inspiratória Driving pressure ≤ 15 cmH2O: diferença entre Pplatô e PEEP. Quanto menor essa diferença, menor o risco de lesão ao longo do tempo. Sempre preferir subir a PEEP a reduzir a Pplatô. Pacientes refratários (PaO2/FiO2 < 150): Manter o paciente em posição prona (medida de escolha); Usar bloqueadores neuromusculares ou ECMO (para refratários à pronação ou com contraindicações a ela).