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os primordios da arquitetura, um pouco sobre eles
Tipologia: Esquemas
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Chama-se arquitectura bizantina aquela desenvolvida pelo Império Bizantino (assim chamado como referência a Bizâncio, o antigo nome da capital imperial bizantina Constantinopla) durante a Idade Média (atualmente será mais correto denominar este período Antiguidade Tardia - a dita decadência romana - e não Idade Média) como desenvolvimento da arquitectura romana.
E Bizâncio virou Constantinopla no ano de 330. Durante o governo de Teodósio ocorreu a divisão do império (395) em duas partes: Império do Ocidente, com sede em Roma, e Império do Oriente, com Constantinopla como capital. A parte ocidental, invadida e dominada pelos germanos, foi se desagregando pouco a pouco, à medida que os grandes proprietários e chefes locais se substituíam no Poder. No Império Romano do Oriente floresceu a partir do século V a civilização bizantina, de elementos gregos e Romanos. O cristianismo, perseguido por Diocleciano (284 a 305), elevado à igualdade com os cultos pagãos no reino de Constantino (306 e 337) e proclamado religião oficial com Teodósio (394 a 395), dominaria em quase todas as suas realizações. Depois da cisão do cristianismo, que durou do século V ao século XI, a antiga Bizâncio tornou-se o centro principal da Igreja Ortodoxa.
Conhece-se como bizantina a arte e a arquitectura que floresceram na cidade de Bizâncio, quando o imperador Constantino transferiu para ali sua corte, às margens do Bósforo, entre a Ásia e a Europa. Nesta época, Bizâncio passou a chamar- se Constantinopla. A arquitectura bizantina tem sua origem no séc. IV e concilia influências do oriente com elementos gregos e Romanos. Nessa arquitectura destacam-se a cúpula e a planta de eixo central ou de Cruz grega (com braços de igual comprimento). A cúpula veio da Ásia Menor e os bizantinos aperfeiçoaram-na.
O estilo caracteriza-se pelos mosaicos vitrificados e pelos ícones, pinturas sacras normalmente feitas sobre madeira, com disposição tríptica.
A arquitectura é marcada pelo processamento das várias influências estéticas recebidas pelo Império Bizantino. Também destacou-se no desenvolvimento da engenharia e de técnicas construtivas arrojadas, tendo sido responsável pela difusão de novas formas e tipologias de cúpulas.
A arte bizantina teve seu centro de difusão em Bizâncio, mais exatamente na cidade de Constantinopla, e se desenvolveu a partir do século IV como produto da confluência das culturas da Ásia Menor e da Síria, com elementos alenxandrinos.
As bases do império eram três: a política, a economia e a religião e, para manter a unidade entre os diversos povos que conviviam em Bizâncio, Constantino oficializou o cristianismo, tendo o cuidade de enfatizar nele aspectos como rituais e imagens dos demais grupos religiosos. Uma vez estabelecido na Nova Roma (Constantinopla), Constantino começou a renovação arquitectônica da cidade, erigindo teatros, termas, palácios e sobretudo igrejas, já que se fazia necessário, uma vez oficializado o cristianismo, imprimir seu caráter público definitivo em edifícios abertos ao culto.
As primeiras igrejas seguiram o modelo das salas da basílica (casa real) grega: uma galeria ou nártex, às vezes ladeada por torres, dava acesso à nave principal, separada por fileiras de colunas de uma ou duas naves laterais. A arte bizantina era uma arte cristã, de caráter eminentemente cerimonial e decorativo, em que a harmonia das formas – fundamental na arte grega – foi substituída pela imponência e riqueza dos materiais e dos detalhes. Desconhecia perspectiva, volume ou profundidade do espaço e empregava em profusão as superfícies planas, onde sobressaíam melhor os ornamentos luxuosos e complicados que acompanhavam as figuras.
No momento de sua máxima expansão, o Império Bizantino englobava, na Europa, os territórios balcânicos limitados pelos rios Danúbio, Drina e Sava, e parte da península Itálica (Exarcado de Ravena); a Ásia Menor, Síria e Palestina, na Ásia; o Egito e as regiões que hoje formam a Líbia e a Tunísia, na África. Por outro lado, Constantinopla se erguia no entroncamento das rotas comerciais entre a Ásia e a Europa mediterrânea. A população do império compreendia, pois, nacionalidades diversas, sobretudo gregos.
A arte bizantina sofreu, assim, influências diversas, vindas do Egito, Síria, Anatólia, Pérsia, Balcãs e da própria antiguidade grega. Influências que se fundiram em Constantinopla, onde se processou a formação de um novo estilo definindo-se seus traços.
Sua história pode ser dividida em três fases principais: a idade do ouro, a iconoclastia e a segunda idade do ouro. A primeira fase (idade do ouro), corresponde ao reinado de Justiniano (526 a 565), quando se construiu a igreja de Santa Sofia, o maior e mais representativo dos monumentos da arte bizantina. A segunda fase se caracterizou pela iconoclastia – movimento que começou mais ou menos em 725, com um decreto do Imperador Leão III que proibia o uso de imagens nos templos -; o terceiro período foi a segunda idade de ouro (séculos X e XIII) e nele se deu um novo apogeu das pinturas e mosaicos tão combatidos pelo movimento iconoclasta. Inspirada e guiada pela religião, a arquitectura alcançou sua expressão mais perfeita na construção de igrejas.
Na história da arquitectura religiosa desta época dois progressos se assinalam: o Campanário e o Batistério. O Campanário deu origem às torres das igrejas medievais. O batistério foi de começo uma construção à parte, ligada a igreja principal da cidade e era apenas usado para o Batismo. Circular ou octogonal, era construído como os templos menores ou os túmulos romanos.
A arte bizantina era uma arte cristã, de caráter eminentemente cerimonial e decorativo, em que a harmonia das formas – fundamental na arte grega – foi substituída pela imponência e riqueza dos materiais e dos detalhes.
Os edifícios cupulados bizantinos podem ser divididos em três tipos:
1. Cúpula sobre plano circular, forma similar ao Panteon de Agripa 2. Cúpula sobre plano octogonal, como San Vitale en Ravenna, que é um desenvolvimento do terceiro tipo. 3. Cúpula sobre plano quadrado, solução que se pode encontrar já no século VI e que permanece até os nossos dias. A este último gênero pertence, por exemplo, a Catedral de Edessa.
Procópio ainda afirma: “sempre que se vai a essa igreja rezar, se compreende imediatamente que este trabalho se realizou não por poder e habilidades humanas, mas pela influência de Deus. Assim a mente do visitante se eleva até Deus e flutua nas alturas, pensando que Ele não pode estar longe, senão que deve amar o habitar neste lugar, que Ele mesmo escolheu.” As novas concepções artísticas que regem e controlam a construção do edifício, respondem a um fim sublime que é elevar, através do sensível e o belo, a alma até o insensível e o belo, até Deus. A beleza material que excita os sentidos é só um meio para alcançar o dito fim.
Catedral de Edessa Sokollo Mehmet – Istambul Pantocrátor – de Santa Sofia de Kiev – Ucrânia Domo da Rocha – Jerusalém