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A elaboração de um aplicativo para o ensino do exame clínico de enfermagem, incluindo a seleção de diagnósticos de enfermagem da nanda-i relacionados com o conteúdo do exame físico. Os pesquisadores identificaram a necessidade de uma teoria e taxonomia de diagnósticos de enfermagem para aplicativos móveis voltados para o ensino e registro do exame clínico de enfermagem. Além disso, foram selecionados os principais diagnósticos de enfermagem da nanda-i que mantinham vínculo com o conteúdo do exame físico elencado em cada grupo de necessidades humanas básicas.
O que você vai aprender
Tipologia: Exercícios
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Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Enfermagem. Área de concentração: Saúde e Enfermagem no processo de desenvolvimento humano. Orientadora: Prof.ª Dra. Mirian Fioresi Coorientadora: Prof.ª Dra. Cândida Caniçali Primo VITÓRIA 2018
A minha companheira e amada esposa, Parceira de vida e de alma, Que tornou essa caminhada mais tranquila e segura. Aos meus filhos Bernardo e Alice, Ainda sendo gerados no útero, Foram minha fonte de inspiração, Amo vocês!
Agradeço primeiramente a Deus pela dádiva da vida, por me acompanhar em todos os momentos de minha vida pessoal, profissional e espiritual, me concedendo saúde e perseverança para alcançar meus objetivos. À minha esposa e companheira Jussara, pelo amor, dedicação, paciência e compreensão mediante minhas intensas atividades profissionais e discentes nestes últimos dois anos. À professora Doutora Elizabete Regina Araújo de Oliveira, por vibrar com todas as minhas conquistas pessoais e profissionais, pelo exemplo de simplicidade, integridade e justiça em todas as ações do cuidar. À minha estimada orientadora, Professora Doutora Mirian Fioresi, pelo exemplo de pessoa, mãe e profissional dedicada ao processo de ensino aprendizagem, por acreditar em mim quando tudo parecia muito distante, sempre com uma palavra de ânimo, carinho e alternativas para que este projeto pudesse ser concluído. À minha coorientadora, Professora Doutora Cândida Caniçali Primo, pela disponibilidade e direcionamento a cada orientação, se preocupando com os mínimos detalhes desse projeto. À professora Doutora Eliane de Fátima Almeida Lima, pelas valiosas contribuições realizadas ao longo do trabalho. Ao Grupo de Releitores que contribuíram com as adequações e correções do roteiro textual, junto a Prof.ª Janayna Casotti do Departamento de Línguas e Letras do Programa de Pós-Graduação em Linguística da UFES Aos professores que aceitaram com por a banca de mestrado, por oferecerem oportunidades de melhoria por meio de suas contribuições. Aos juízes que aceitaram o convite para participarem do processo de validação de conteúdo do aplicativo, elevando a qualidade da tecnologia produzida. Enfim, a todos que direta ou indiretamente contribuíram para concretização desse sonho.
MELO, E.B.M. Tecnologia educacional para o exame clínico de enfermagem. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Espírito Santo. 2018. Introdução: O exame clínico constitui a primeira etapa do Processo de Enfermagem, portanto deve ser realizado com pleno domínio teórico prático, uma vez que precede a base do pensamento clínico e crítico do enfermeiro. No entanto, percebe-se que o exame clínico não é realizado em sua totalidade de forma sistemática e deliberativa por estudantes de enfermagem e enfermeiros, sendo a falta de habilidade teórico prática um dos principais fatores que corroboram para essa lacuna. Objetivos: Elaborar e validar o conteúdo do aplicativo sobre o exame clínico de enfermagem para o ensino; Construir o aplicativo sobre exame clínico de enfermagem para o ensino. Metodologia: Estudo metodológico que seguiu o método do Design Centrado no Usuário conforme ABNT ISO/TR 16982:2014, realizado em três etapas: 1) Elaboração do conteúdo técnico científico; agrupamentodas Necessidades Humanas Básicas de Horta; e seleção dos títulos diagnósticos da NANDA-I; 2) Validação do conteúdo do aplicativo; 3) Construção do aplicativo. No primeiro momento foram selecionados os conteúdos utilizando artigos e livros textos sobre enfermagem, exame físico, semiologia, Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Horta, a classificação de diagnósticos de enfermagem da NANDA-I, e a experiência dos pesquisadores; agrupamento das Necessidades Humanas Básicas da Teoria de enfermagem de Horta; e seleção dos títulos diagnósticos da NANDA-I. Na segunda etapa, foi realizada a validação de conteúdo por consenso por nove juízes, para avaliar a concordância foi utilizado o Índice de Validade de Conteúdo (IVC) pontuados de acordo com a escala Likert: (1- Adequado; 2-Necessita de adequação; 3-Inadequado). A terceira etapa de construção do aplicativo ocorreu através da geração dealternativas de implementação e prototipagem. Resultados: Obteve-se média geral de IVC=0,88, considerado adequado. O aplicativo móvel CuidarTech “SemioTech – Exame Clínico de Enfermagem” possui sete telas que integram os elementos para realização do exame clínico de enfermagem. Conclusão: O conteúdo do aplicativo segundo avaliação dos juízes é confiável, adequado e eficiente. O aplicativo será incorporado no ensino de semiologia no Curso de graduação em Enfermagem da Universidade. PALAVRAS CHAVES: Exame físico. Tecnologia biomédica. Tecnologia educacional. Educação em saúde.
MELO, E.B.M. Educational technology for clinical nursing examination. Masters dissertation. Federal University of Espirito Santo. 2018 Introduction: Clinical examination is the first stage of the Nursing Process, so it should be carried out with full practical theoretical domain, since it precedes the clinical and critical thinking of nurses. However, it is noticed that the clinical examination is not performed in its entirety in a systematic and deliberative way by nursing students and nurses, and the lack of practical theoretical ability is one of the main factors that corroborate this gap. Objectives: To elaborate the content of the application on the clinical examination of nursing for the teaching; Validate the content of the application; Build the application on clinical nursing examination for teaching. Methodology: Methodological study that followed the User-Centered Design method according to ABNT ISO / TR 16982: 2014, carried out in three stages: 1) Elaboration of scientific technical content; grouping of Basic Human Needs of Horta; and selection of NANDA-I diagnostic titles; 2) Validation of the application content; 3) Building the application. In the first moment the contents were selected using articles and textbooks on nursing, physical examination, semiology, Theory of Basic Human Needs of Horta, the classification of NANDA-I nursing diagnoses, and the researchers' experience; grouping of the Basic Human Needs of the Nursing Theory of Horta; and selection of the NANDA-I diagnostic titles. In the second stage, content validation was performed by nine judges, to evaluate the concordance using the Content Validity Index (IVC) scored according to the Likert scale: (1-Adequate, 2- Adequacy, 3- Inappropriate). The third stage of application construction occurred through the generation of alternatives of implementation and prototyping. Results: A general mean of IVC = 0.88, considered adequate. The CuidarTech mobile application "SemioTech - Clinical Examination of Nursing" has seven screens that integrate the elements to perform the clinical nursing examination. Conclusion: The content of the app judges appraisal is reliable, adequate and efficient. The application will be incorporated into the teaching of semiology in the Nursing undergraduate course at the University. KEYWORDS: Physical examination. Biomedical technology. Educational technology. Health education.
Quadro 1 - Descrição das seções do aplicativo. Vitória, ES, Brasil, 2018 ................ 47 Quadro 2 - Descrição do IVCda validação de conteúdo das seções do aplicativo. Vitória, ES, Brasil, 2018. ........................................................................ 55
CUIDARTEC Laboratório de tecnologias em saúde IVC Índice de validade de conteúdo LILACS Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde LOOP Laboratório e Observatório de Ontologias Projectuais MEDLINE Medical Literature Analysis and Retrival System Online NANDA North American Nrsing Diagnosis Association NHB Necessidades Humanas Básicas PE Processo de enfermagem PPGENF Programa de Pós-Graduação em Enfermagem TCLE Termo de consentimento livre e esclarecido UFES Universidade Federal do Espírito Santo
5.2Artigo ................................................................................................................... 67 6REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 86 ANEXO I.................................................................................................................... 96 APENDICE I ............................................................................................................ 101 APENDICE II .................................................................... Erro! Indicador não definido. APENDICE III ................................................................... Erro! Indicador não definido. APÊNDICE IV ......................................................................................................... 111
1.1 Temporalidade e Aproximação com o tema de pesquisa O interesse pela temática do exame clínico surgiu ainda na graduação do Curso de Enfermagem, no Centro Universitário Católica de Vitória, onde atuei como monitor da disciplina de semiologia, no ano de 2005. Durante a monitoria, exercia atividades ligadas ao exame clínico junto aos estudantes de enfermagem. Em 2008, tive a oportunidade de trabalhar como enfermeiro no Hospital Santa Rita de Cássia, no qual fui designado para o setor de oncologia, onde realizava diariamente o exame clínico de enfermagem. Desde então, por estar intimamente ligada a minha trajetória profissional, essa prática tem definido o rumo de minha qualificação na enfermagem. Em 2011, concluí a Especialização em Unidade de Terapia Intensiva na Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória, com apresentação de Trabalho de Conclusão intitulado “Tecnologia x Humanização nas práticas semiotécnicas de enfermagem”. Em 2017, finalizei as especializações em “Educação e Divulgação em Ciências”, pelo Instituto Federal do Espírito Santo, e “Oncologia”, pela Universidade São Caetano do Sul. Os trabalhos realizados nessas especializações são, respectivamente, “Tecnologia Interativa para o ensino dos sinais vitais para escolares” e” Exame clínico para enfermeiros em quimioterapia”, e com eles foi possível aprofundar meu aprendizado e facilitar minha aproximação com a temática da presente pesquisa. Ainda em 2017, ingressei como docente nas Faculdades Integradas Espírito- Santenses, em Vitória, e no Mestrado Profissional de Enfermagem, do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF), da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Considerando minha atuação profissional como enfermeiro docente e assistencial, e o fato de ser integrante do CuidarTech: Laboratório de Tecnologias de Enfermagem da UFES, que busca ampliar o conhecimento na área das tecnologias, vislumbrei
em suas necessidades psicobiológicas, psicossociais e psicoespirituais (BENEDET; BUB, 2001; HORTA, 1979). As NHB estão intimamente ligadas aos problemas de enfermagem que por sua vez podem sugerir diagnósticos próprios do fenômeno observado durante o exame clínico. Os diagnósticos podem ser descritos por meio das taxonomias, a enfermagem conta com diversos sistemas de classificação e entre os mais conhecidos e aplicados pode-se citar a Taxonomia da NANDA Internacional (NANDA-I) (NÓBREGA; NÓBREGA; SILVA, 2011). Nessa perspectiva, o exame clínico composto pela entrevista o exame físico, as teorias e os sistemas de classificação de enfermagem estão intimamente interligados. No entanto, percebe-se, nas instituições de saúde, que a entrevista e o exame físico de enfermagem não são realizados, em sua totalidade, de forma sistemática e deliberativa, por estudantes e enfermeiros. Estudos apontam que a falta de habilidade teórico/prática é um dos principais fatores que dificulta a realização do exame clínico e, consequentemente, impacta na operacionalização do PE, essencial para cientificidade e visibilidade da profissão (COFEN, 2009; SANTOS; VEIGA; ANDRADE, 2011; MELO et al., 2017). Em soma, outros fatores que dificultam a realização do exame clínico estão postos na literatura como: lacunas no processo de ensino aprendizagem; falta de habilidade técnica e científica; esquecimento do suporte teórico; dificuldade de aprender a codificação típica da área da saúde; medo; insegurança na verificação, interpretação dos achados e atribuição de nomenclatura específica; sobrecarga de trabalho (LIRA et al., 2015; MAJCZAK; HOHL, 2015; PEREIRA et al., 2016; MELO et al., 2017). Diante desse cenário, novas formas de ensino têm sido uma das estratégias utilizadas pelas universidades, como por exemplo, o uso de tecnologias educacionais (SANTIAGO, 2012). As tecnologias educacionais em enfermagem e a educação estão interligadas, uma vez que a enfermagem está comprometida com princípios, leis e teorias, e a tecnologia consiste na expressão desse conhecimento científico, e em sua própria transformação (MERHY, 2002; NIETSCHE et al., 2012; MARTINS; CHIANCA, 2016).
A partir dessa perspectiva, foi considerada a importância de uma ferramenta tecnológica educacional do tipo aplicativo que pudesse facilitar o ensino e o registro do exame clínico de enfermagem, voltado para estudantes e enfermeiros. Cabe ressaltar que foi realizada uma busca nas lojas Google Play e Apple AppStore para identificar aplicativos sobre exame físico. Foram encontrados nove aplicativos que abordavam o exame físico de alguns sistemas orgânicos específicos e apenas um aplicativo intitulado “LATesSemiologia” que tratava do exame físico completo do adulto. Os aplicativos encontrados foram baixados no celular dos pesquisadores para realização das análises. A análise avaliou questões relacionadas à forma e conteúdo dos aplicativos: Formato utilizado e número de telas; Organização do conteúdo (seções, temas abordados, presença ou não de atividades); Características do projeto gráfico: estrutura da diagramação utilizada (colunagem), identidade visual (tipografia, uso de cores), hierarquia da informação, relação entre texto e imagem (fotos, ilustrações, infografias) e qualidade do espaço branco para respiro. A partir das análises, foram identificadas oportunidades para a organização de um novo aplicativo, preenchendo lacunas de conteúdo e melhorando a apresentação gráfica das informações consideradas relevantes nos aplicativos encontrados, verificou-se que não foram encontrados na literatura tecnologias do tipo aplicativo móvel voltadas para o ensino e registro do exame clínico de enfermagem que utilizasse uma teoria e taxonomia de diagnósticos de enfermagem. Dessa forma, acredita-se que o desenvolvimento de um aplicativo móvel pode contribuir para o desenvolvimento das práticas na educação em saúde a partir da elaboração de formas de ensino não tradicionais, que corroborem para pensamento clínico e crítico do público ao qual se volta este trabalho. Além disso, pode-se tratar de um mecanismo eficiente para o registro da assistência prestada, servindo, inclusive, como uma ferramenta de referência para o direcionamento do ensino e melhoria da qualidade do atendimento da enfermagem. Assim, esta pesquisa tem como objeto de estudo uma tecnologia educacional, e busca-se responder a seguinte pergunta:
2.1 Teoria das necessidades humanas básicas A Teoria das Necessidades Humanas Básicas (NHB) de Wanda de Aguiar Horta fundamenta este estudo. Justifica-se essa seleção pelo fato de esta ser uma teoria bastante difundida entre os pesquisadores brasileiros, além de ser utilizada pelos profissionais do Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes, hospital de ensino da UFES. A partir da década de 1970, Horta inicia a divulgação de seus trabalhos referentes às bases teóricas e metodológicas da assistência de enfermagem. Em 1979, publica o livro Processo de Enfermagem, no qual apresenta a “Teoria das Necessidades Humanas Básicas”, o que lhe garantiu o lugar de primeira teórica brasileira (HORTA, 1979). Contudo, foi na segunda metade da década de 1990 que as experiências de aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem ganham força em nossa realidade e começam a se multiplicar, sinalizando um avanço científico no campo da prática do PE no país (UBALDO; MATOS; SALUM, 2015). A teoria das NHB engloba as leis gerais que regem os fenômenos universais, tais como: a lei do equilíbrio; a homeostase, na qual todo o universo mantém-se por processos de equilíbrio dinâmico entre os seres vivos; a lei da adaptação, que defende a interação entre homem e meio na busca do equilíbrio; e a lei do holismo, que vê o homem como um todo e não uma mera soma das partes. Assim, a autora define o ser humano como um ser capaz de reflexão e imaginação, único, autêntico, individual, inserido em um universo dinâmico onde só ele é capaz de realizar mudanças em seu ambiente (HORTA, 1979). Horta (1979) caracteriza o homem como protagonista do próprio processo de saúde e doença, pois, ao mesmo tempo em que ele é o agente de mudanças, é também a causa do equilíbrio e/ou desequilíbrio do seu próprio dinamismo. Os desequilíbrios podem gerar necessidades, expressas como estados de tensão, conscientes ou inconscientes, e levam o homem a buscar a satisfação de suas necessidades para manter a sua homeostase no tempo e no espaço. Dessa forma, as necessidades
não atendidas trazem desconfortos e, quando prolongadas, podem causar doenças ao indivíduo, família ou comunidade (HORTA, 1979; PAGLIUCA, 1993). Nessa direção, as necessidades são definidas como estados de tensão, conscientes ou inconscientes, resultantes dos desequilíbrios homeodinâmicos dos fenômenos vitais, sendo universais, comuns a todos os seres humanos, variando, porém, de um indivíduo para o outro. Portanto, problemas de enfermagem resultam dos desequilíbrios das necessidades humanas básicas do indivíduo, da família ou da comunidade, e exigem, por sua vez, a assistência de enfermagem (HORTA, 1979; BENEDET; BUB, 2001). Horta desenvolveu uma teoria que explica a natureza da enfermagem, com a definição de um campo de ação específico e metodologia de trabalho baseada na teoria da motivação humana, de Abraham Maslow, e na determinação dos níveis da vida psíquica, de João Mohana (MOHANA, 1964; MASLOW, 1970; HORTA, 1979). Maslow (1970) classificou as necessidades humanas básicas em cinco níveis hierarquizados: necessidades fisiológicas; de segurança; de amor; de estima; e de autorrealização. O homem só procura satisfazer as necessidades do nível seguinte após satisfação das anteriores. Segundo a teoria de Maslow, nunca há satisfação completa de uma necessidade. Caso contrário, não haveria mais motivação individual. Contudo, Wanda Horta adotou a classificação de João Mohana (1964), que categorizou as necessidades em três níveis: psicobiológico; psicossocial; e psicoespiritual, sendo que os dois primeiros níveis são comuns a todos os seres vivos nos diversos aspectos de sua complexidade orgânica. Entretanto, o terceiro nível trata de uma característica única do ser humano (MOHANA, 1964; HORTA, 1979). Para Horta (1979), as NHB estão inter-relacionadas e fazem parte do ser humano. Quando uma necessidade se manifesta, as outras sofrem um grau de alteração, ou seja, um desequilíbrio causado pela falta ou excesso de qualquer uma delas. Para a autora, sempre surgirão novas necessidades, exigindo que o enfermeiro e o paciente adquiram uma nova perspectiva em termos de prioridade do cuidado prestado. Assim, Horta (1979) introduziu, em cada nível proposto por Mohana (1964), subgrupos de necessidades humanas, de forma a ajustar esse modelo para a prática assistencial de enfermagem, conforme ilustrado pela figura 1, a seguir.