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tecnologia da construção civil
Tipologia: Trabalhos
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Não perca as partes importantes!
Relatório referente à disciplina de Tecnologia da Construção Civil I, no curso de graduação de Enge- nharia Civil no Instituto de Geociências e Engenha- rias pela Universidade Federal do Sul e do Sudeste do Pará – Unifesspa. Orientadora: Dra. Núria Perez Gallardo
Este relatório apresenta os resultados da visita técnica realizada ao canteiro de obras do novo Bloco de Laboratórios do IGE/UNIFESSPA, localizado nos fundos do Bloco 1 do Campus II da cidade de Marabá/PA. A obra, atualmente em fase de fundações e construção do subsolo, compreende uma edificação de cinco pavimentos (subsolo, térreo e três andares) que abrigará 17 laboratórios para os cursos de Engenharia Civil, Elétrica e áreas afins. O sistema estrutural adotado utiliza estacas contínuas de 9m de profundidade, radier central e sapatas isoladas para as escadas, compatíveis com as características do solo local (argiloso com camadas arenosas). O canteiro apresenta organização adequada, com materiais distribuídos estrategicamente e tapumes perimetrais garantindo a segurança do local. Destacam-se como aspectos positivos: a gestão por etapas dos materiais, a separação adequada entre áreas de alimentação e serviços, o uso correto de EPIs pela equipe, e a do- cumentação completa da obra (diários, projetos e cronogramas). O relatório detalha ainda as próximas etapas construtivas e inclui registros fotográficos que documentam as condições ob- servadas. Palavras-chave: Canteiro de Obras; Fundações; Gestão de Obras; Técnicas Construti- vas
A construção do novo Bloco de Laboratórios do IGE representa um significativo avanço na infraestrutura acadêmica da UNIFESSPA. Localizado ao fundo do Bloco 1 do Campus II de Marabá, a obra está sendo executada em uma área de aproximadamente 742m^2 , apresentando desnível topográfico considerável em relação às edificações existentes e está atualmente na fase de fundações e construção do subsolo. A previsão é que sejam construídos cinco pavimentos que abrigarão 17 laboratórios multidisciplinares. A visita técnica teve como propósito acom- panhar o desenvolvimento das obras, verificando a aplicação dos conceitos estudados em sala de aula na disciplina de Tecnologia da Construção Civil I, especialmente no que diz respeito à organização de canteiros, sistemas de fundação, gestão de materiais, investigação do subsolo, movimentos de terras, etc. O presente relatório busca registrar de forma detalhada todas as observações realizadas durante a inspeção.
O relatório tem como objetivo principal documentar as condições do canteiro de obras na data da visita, com ênfase nos seguintes aspectos: análise do estágio atual da construção, avaliação da organização espacial do canteiro, verificação das condições de segurança no tra- balho, e registro dos sistemas construtivos empregados. Além disso, busca-se conectar a teoria estudada em sala de aula, com a prática presenciada em uma rotina de uma obra em etapa ini- cial. Os registros fotográficos anexados complementam as descrições textuais e validam o que foi visto na disciplina de Tecnologia da Construção Civil I.
As informações contidas neste relatório foram obtidas através de observação direta do canteiro de obras, análise da documentação disponível no local, entrevistas com o encarregado da obra e um dos engenheiros responsável pela obra. A visita foi realizada no dia 11 de Abril de 2025, durando aproximadamente 1 hora e meia. Foram registradas fotografias em diversos pontos estratégicos do canteiro, sempre respeitando as normas de segurança e sem interferir nas atividades dos operários. Os dados coletados foram posteriormente organizados e analisados com base nos conhecimentos técnicos adquiridos na disciplina de Tecnologia da Construção Civil I.
A obra encontrava-se na fase de construção do subsolo, com as fundações já totalmente concluídas. As estacas de 9 metros de profundidade e o radier estavam perfeitamente inte- grados, servindo agora de base para a estrutura do subsolo. O piso inferior do subsolo estava completamente concretado, apresentando uma superfície lisa e nivelada. Os pilares que susten- tarão os pavimentos superiores estavam em fase inicial de construção, com suas armaduras já posicionadas e prontas para receber o concreto. Desde as primeiras etapas da construção, era possível ver os espaços destinados aos elementos verticais de circulação. O poço do elevador estava demarcado no subsolo, com suas dimensões já estabelecidas. Segundo o encarregado da obra, as escadas possuem fundações em sapatas isoladas e apresentavam sua localização bem definida, com as armaduras de espera já posicionadas para a futura ligação com a estrutura principal.
O canteiro de obras apresenta uma organização definida, tanto adaptada às característi- cas do terreno e à fase atual da obra (subsolo em execução), como também apresentando as áreas específicas para cada atividade. Os materiais de construção estão dispostos próximos às frentes de trabalho, seguindo uma lógica de suprimento por etapas, o que explica a quantidade redu- zida de insumos estocados. Os tapumes delimitam todo o perímetro da obra, proporcionando segurança e isolamento do canteiro. A área de alimentação encontra-se distante dos locais de corte de materiais (como o aço e madeira), atendendo às normas de segurança do trabalho. O canteiro conta com instalações sanitárias provisórias e área de descanso para os operários, além de container administrativo onde são armazenados os documentos da obra.
O projeto adotou soluções específicas para as características do terreno, que apresenta desnível em relação às edificações vizinhas. O sistema de fundações combinando estacas contí- nuas e radier mostrou-se adequado para o solo argiloso com presença de areia, conforme iden- tificado nos estudos preliminares. A drenagem do terreno será resolvida através da construção de canaletas localizadas nas laterais do edifício, que irão garantir o escoamento adequado das águas pluviais. O sistema de aterramento, já em instalação junto com a execução da obra, utiliza barras de cobre próximo aos pilares laterais com a função de posteriormente serem interligadas as malhas localizadas próximas ao telhado.
FIGURA 1: Vista geral do subsolo em construção
FIGURA 2: Vista do tipo de solo/Materiais
FIGURA 3: Pilares e vãos dos futuros elevadores
FIGURA 5: Estrutura dos pilares
[1] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12.235: Canteiro de obras - Condições ambientais - Procedimento. Rio de Janeiro, 2012.
[2] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 18.280: Execução de obras de construção civil - Procedimento. Rio de Janeiro, 2015.
[3] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16.575: Gestão de resí- duos na construção civil - Requisitos. Rio de Janeiro, 2016.
[4] SILVA, J. P. da. Gestão de canteiros de obras. 3. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2020.
[5] OLIVEIRA, M. A. et al. Tecnologia do concreto aplicada a canteiros de obra. Curitiba: IFPR, 2019.