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Guias e Dicas
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TCC técnico em Agronegocio, Manuais, Projetos, Pesquisas de Produtividade

Trabalho de conclusão de curso técnico em agronegocio

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2018
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Compartilhado em 25/09/2018

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SENAR – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
CURSO TÉCNICO EM AGRONEGÓCIO
MIGUEL PEREIRA
Carlos Magno Borba Chaves
ESTUDO DA PRODUÇÃO DE TOMATES SOBRE SISTEMA PRO-
TEGIDO EM FUNÇÃO DA PRODUTIVIDADE EM UMA PROPRIEDADE
EM PATY DO ALFERES NO BAIRRO COQUEIROS.
Rio de Janeiro - RJ
2018
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SENAR – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL

CURSO TÉCNICO EM AGRONEGÓCIO

MIGUEL PEREIRA

Carlos Magno Borba Chaves

ESTUDO DA PRODUÇÃO DE TOMATES SOBRE SISTEMA PRO-

TEGIDO EM FUNÇÃO DA PRODUTIVIDADE EM UMA PROPRIEDADE

EM PATY DO ALFERES NO BAIRRO COQUEIROS.

Rio de Janeiro - RJ

Carlos Magno Borba Chaves

ESTUDO DA PRODUÇÃO DE TOMATES SOBRE SISTEMA PRO-

TEGIDO EM FUNÇÃO DA PRODUTIVIDADE EM UMA PROPRIEDADE

EM PATY DO ALFERES NO BAIRRO COQUEIROS.

PROJETO FINAL APRESENTADO COMO TRABA- LHO DE CONCLUSÃO DO CURSO TÉCNICO EM AGRONEGÓCIO, DO SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL – SENAR DA REGIONAL DE MIGUEL PEREIRA RJ, ORIENTADO PELO TUTOR ALMIR LUIZ SOUZA ALMEIDA, COMO REQUISITO PARA OBTENÇÃO DO DIPLOMA DE HABILITAÇÃO TÉCNICA.

Rio de Janeiro – RJ

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

Considerado uma das principais culturas do município de Paty do alferes em 2014 de acordo com dados disponibilizados pelo IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, que, por sua vez, utiliza fontes do IBGE, o tomate é a hortaliça que mais gera emprego e ren- da ao nosso município, e o tomate italiano, tem ganhado campo juntamente com algumas ou- tras espécies que vem sendo cultivadas em Paty do Alferes, cujo o mesmo vem sendo conside- rado um produto de ótima aceitação no mercado consumidor. “Os tomates deste grupo possuem frutos compridos (7 – 10 cm), em alguns casos pontiagudos, polpa espessa com co- loração intensa, firmes e saborosos. Atingem preços superi- ores aos dos Grupo Santa Cruz, embora se tenha observa- do aumento frequente na demanda, muitos consumidores ainda não o conhecem. ” Sendo assim, o cultivo de tomates através do sistema protegido já havia ganhado a partir do ano de 2010 muita importância ao longo dos anos pelos produtores rurais no município de Paty do Alferes, e o que tem levado este sistema de cultivo a ganhar tanta importância entre os principais agricultores deste município é, além de muitos outros fatores, o aumento de produ- tividade, ou seja, produzir mais, em menos tempo se utilizando de menor quantidade de recur- sos (insumos e mão de obra). Contudo, muitos produtores ainda vivem do cultivo tradicional desta cultura, ou seja, ainda investem no sistema de cultivo do tomate no modo tradicional. Entretanto, alguns agricultores já puderam observar que, o sistema de cultivo protegido, mes- mo sendo mais caro para ser implantado, é um sistema mais lucrativo em função da produtivi- dade, ou seja, seu custo benefício e menor, portanto, alguns já adquiriram este sistema em suas propriedades. “Em Paty do Alferes, interior do Rio de Janeiro, esse cultivo começou em 2010. Atualmente são nove produtores, que fazem parte de um sistema integrado, uma espécie de coo- perativa, em que toda a produção é comercializada por uma única empresa (…) ”. Desta forma, este documento irá fundamentar esta questão da produção em função da produtividade, esclarecendo pontos primordiais do sistema, onde será detalhado tecnicamente e qualitativamente, as principais etapas do processo deste sistema de cultivo, demostrando como este método é capaz de melhorar a produtividade durante a safra de um ano de cultivo gerando lucro ao seu proprietário, principalmente através do método que vem sendo emprega-

do nesta propriedade, onde o manejo do cultivo encontra-se nas mãos de membros da família que cuidam de maneira diferenciada de sua produção, pois entendem, que somente assim, se obtém a qualidade capaz de garantir um aumento significativo no que será produzido durante a safra em menor tempo e com menor demanda de recursos: Um outro fator importante e que deve ser destacado, é que o cultivo feito através das mãos de membros da família, acaba criando uma metodologia de aplicações de técnicas de manejo por parte dos integrantes, e que é justificado pelo fator repetição do manejo no dia a dia, cujo as atividades acabam sendo executadas em menor tempo, promovendo assim um enorme ganho em questão da produtividade bem como a qualidade na execução dos serviços no dia a dia.

2. ASPECTOS GERAIS

2.1 Identificação da área rural pesquisada

A área pesquisada para elaboração deste trabalho, fica no estado do Rio de Janeiro, no município de Paty do Alferes, em um bairro conhecido como Coqueiros. A propriedade é produtora de tomates da espécie italiano no sistema protegido, e tem se destacado juntos aos produtores da região por ter saído do cultivo no sistema tradicional, e passado para o cultivo no sistema protegido, onde existe um maior ganho na produtividade através dos métodos implantados por este sistema de cultivo, gerando menor demanda por in- sumos e mão de obra. Geograficamente protegida de fatores climáticos como os fortes ventos suas estufas en- contram-se instaladas dentro de um pequeno vale na propriedade, tendo assim em sua volta, alguns pequenos morros que fazem o trabalho de quebrar os ventos que podem vir a afetar as estruturas físicas deste sistema de cultivo.

3. CARACTERÍSTICAS DA ÁREA

Paty do Alferes, é um município que ocupa uma área de 319.103 Km² de extensão, fica situada a 624 metros de altitude em relação ao nível do mar e tem uma geografia montanhosa e de clima ameno, propícia para o cultivo de tomates.

A empresa onde foi adquirido (comprado) estes produtos, foi a mesma responsável pela montagem da estufa, levando cerca de 21 dias de trabalho corrido para deixar pronta a estrutu- ra para o cultivo. Neste tipo de sistema, pode ser observado um rodapé em concreto armado que sustenta toda a estrutura, valorizando assim o acabamento desta, evitando o contato direto da terra com a tela, evitando o apodrecimento destas nas laterais, aumentando assim o tempo de vida útil da tela bem como da estufa como um todo. A entrada para a parte interna da estufa é feita através da câmara de desinfecção, onde cada trabalhador deve fazer a desinfecção das mãos com álcool gel, bem como dos pés que são passados na caixa da cal virgem, evitando assim a entrada de doenças no cultivo. As telas laterais são de malha fina que apesar de evitar a entrada de insetos que podem ser vetores para as pragas, são de boa ventilação, arejando o ambiente interno da estrutura de forma homogenia. O teto é de plástico de uma boa espessura evitando que se resgue facilmente com os ventos fortes, bem como transparente, facilitando assim a entrada de luminosidade no interior da estufa. Outro fator importante é a saída de ar quente do interior da estufa encontrada no superi- or da estrutura, que é um vão saliente acima fechado com a mesma tela das laterais da estufa, ou seja, tela de malha fina. Figura 2 Parte externa da estrutura da estufa

O piso dentro da estufa, é coberto por uma malha de ráfia, material fabricado em poli- propileno, este material tem a finalidade de evitar o crescimento de plantas daninhas dentro da estufa evitando assim o gasto com mão de obra bem como herbicidas para matar estas plantas. As linhas onde são inseridos os vasos, são sustentadas por esteios de eucalipto com li- nhas de arame liso nº 22 na parte superior que servirão para o tutoramento das plantas, e de nº 24 no inferior para sustentar os vasos onde serão cultivados os pés do tomateiro. Existem tanto na parte superior quanto na parte inferior de cada moirão pivô, uma peça de ferro com catraca, onde são enrolados os arames tanto do tutoramento quanto da sustenta- ção dos vasos e que servem para esticar estes arames os mantendo tencionados na quantidade correta para que esta sustentação seja eficiente. Figura 3 Estrutura interna das estufas Assim, pode ser observado que, com a aquisição desta estrutura, há uma grande melho- ria em função da produtividade, pois o produtor adquiri um produto que irá facilitar em larga escala sua produção, pois além de proteger todo o cultivo, este método é feito em local plano, dentro de uma estrutura protegida, e com várias técnicas que facilitam o dia a dia promovendo assim a diminuição efetiva de mão de obra para desenvolver os trabalhos deste manejo.

6. MANEJO

Para executar os serviços neste sistema de cultivo nesta propriedade onde foram cultiva- dos 5.400 pés de tomate da espécie italiano, são necessários apenas quatro membros desta fa-

tidade de horas trabalhadas por dia, pois o cultivo geralmente era feito com métodos que exi- giam maior número de pessoas para executar as tarefas bem como maior número de horas tra- balhadas, e posso citar como exemplo a questão do tomate ser cultivado nos morros, que ne- cessitavam de maior tempo nas manobras para os procedimentos operacionais, hoje, é cultiva- do dentro de uma estufa, na baixada, reduzindo o tempo diário em horas para executar as tare- fas do dia a dia diminuindo a quantidade de horas trabalhadas no mês de acordo com o gráfico e as tabelas.

Planilha De Horas Mensal Trabalhadas

Sistema de Cultivo Protegido

Dia Entrada Saída Almoço Entrada Almoço Saída Subtotal Segunda 08:00 12:00 13:00 17:00 08: Terça 08:00 12:00 13:00 17:00 08: Quarta 08:00 12:00 13:00 17:00 08: Quinta 08:00 12:00 13:00 17:00 08: Sexta 08:00 12:00 13:00 17:00 08: Sábado 08:00 12:00 13:00 17:00 08: Total de Horas Trabalhadas Semanal 48:00: Total de Horas Trabalhadas Mensal 192:00: Tabela 2 Planilha de Horas trabalhadas mensal no cultivo protegido Sendo assim, podemos observar no gráfico abaixo que houve um ganho substancial de 20% a.m. na produtividade nesta propriedade de acordo com a diferença de horas trabalhas sobre o sistema de cultivo tradicional pelo sistema de cultivo protegido.

Tradicional Protegido 0 50 100 150 200 250 300 240 192

Total Horas Mensal

Tabela 3 Gráfico ganho de produtividade de horas mensal

6.1 Plantio.

O procedimento operacional para o plantio nesta propriedade de acordo com o seu pro- prietário, consiste basicamente em produzir as suas próprias mudas no próprio local, fazendo a semeadura em bandejas de isopor, que são preenchidas com substrato onde as sementes se- rão semeadas e onde eclodirão estas sementes formando as mudas do tomateiro. O transplante é feito em torno 20 a 30 dias após a semeadura, as mudas são transplantadas no mesmo está- gio que aquelas produzidas em sementeiras (4 ou 5 folhas definitivas) Em seguida, quando as mudas atingem o tamanho ideal para replanta, é a vez de encher os vasos com os substratos que serão responsáveis pelo crescimento do tomateiro até a fase adulta, este produto geralmente é feito de fibra de casca de cocô verde, que é comprado em sacos de 8 Kg onde cada saco é suficiente para preencher 6 vasos. “A tecnologia compreende o cultivo do tomateiro em vasos contendo substrato de fibra de casca de coco verde, fertirri- gado com uma solução nutritiva. O cultivo do tomateiro em substrato apresenta como vantagens em relação ao cultivo no solo: maior produtividade, obtenção de frutos com me- lhor qualidade, mais uniformes e com maior valor comercial. (…)” Logo após encher os vasos, os mesmos são colocados enfileirados em cima de duas per- nas de arame liso nº24 na parte inferior dos esteios, onde são colocadas uma ao lado da outra,

alguns destes deles. A partir daí, será elaborado uma planilha com as medidas da quantidade de nutrientes necessárias para nutrir o tomateiro Figura 5 Sistema de extração de solução do solo Alguns pontos que devem ser observados pelo técnico ou agrônomo responsável pelo cultivo é que, sendo a fertirrigação um dos principais elementos que irão determinar a boa nu- trição das plantas, e uma boa produção de frutos, devem ser observados alguns elementos en- contrados na água de irrigação pois estes são nutrientes de suma importância para o desenvol- vimento da planta bem como dos frutos na fase adulta, sendo assim, estes devem obedecer aos níveis indicados na tabela 4. Tabela 4 Quantidade de nutrientes Recomendada em Água de Irrigação (mg/l)

Um dos fatores que fazem parte do procedimento operacional e que contribuem de for- ma efetiva para o bom desempenho do cultivo, ou seja, para uma boa produtividade, é encon- trado basicamente na fertirrigação, pois a nutrição do tomateiro durante seu desenvolvimento é essencial para que o tomateiro desenvolva uma planta forte evitando a entrada de doenças bem como auxiliando no desenvolvimento de seus cachos e frutos. “Uma nutrição bem equilibrada nos estágios de desenvolvi- mento radicular, crescimento inicial, florescimento e frutifica- ção é fundamental para atingir altas produtividades de to- mate comercializável. (…)” Sendo assim, nesta propriedade, este sistema se consiste basicamente de duas caixas d’água de cinco mil litros, bomba d’água para bater ou misturar os nutrientes, filtros e encana- mentos que irão levar estes nutrientes aos vasos onde se encontram os pés de tomate cultiva- dos dentro das estufas. Figura 6 Sistema de fertirrigação automática

6.4 Retirada de plantas daninhas dos vasos

Este procedimento operacional nesta propriedade é feito diariamente e com as mãos, pois não se deve deixar crescer outro tipo de planta dentro dos vasos junto ao pé de tomate, pois o mesmo, pode acabar retirando para si a maior parte de nutrientes da fertirrigação, con- tribuindo desta forma para o enfraquecimento do pé de tomate bem como para diminuição do tamanho do fruto, levando este a ter uma baixa produção ou até mesmo a ter problemas relaci- onados a doenças que podem ser transitadas através destas plantas, ou seja, a capina com a mão é um fator fundamental tanto para manter limpo os vasos causando uma boa impressão

dentro das estufas, pode haver um ganho no aumento da produção de frutos de acordo com (Silva Neto et al.,2013; Deprá et al., 2014). Já os frutos desta espécie de tomate são longos, com pouca semente chegando a atingir cerca de dez centímetros de tamanho e atingindo cerca de 120 gramas de peso na fase adulta. Figura 7 Pencas do tomateiro

8. PRODUÇÃO

No sistema de cultivo desta propriedade, foi criado uma técnica para que se pudesse au- mentar a produção do cultivo através de um manejo que aumentasse a produção de frutos. E este manejo é feito da seguinte forma; No berçário, existem sempre mudas de reposi- ção prontas para serem plantadas nos vasos onde serão retirados os tomateiros da safra anteri- or, ou seja, neste sistema de cultivo, não existe a necessidade da perda de tempo para que se possa renovar a safra, basta a retirada de uma safra para que se entre a outra tendo apenas como perda de tempo, a desinfecção do local bem como a revirada do substrato da safra ante- rior que se encontra no vaso para que seja efetuado novo cultivo. Desta forma, sua produção de frutos tem atingido aproximadamente cerca de 4.320 cai- xas de tomate por ano neste sistema de cultivo, deixando para trás as 3.220 caixas que eram produzidas durante o ano com a mesma quantidade cultivada no sistema tradicional.

Sistema Tradicional Sistema Protegido 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 3240 4320

Produção Anual de Caixas

Tabela 5 Diferença de Produção por Sistema de Cultivo Desta forma, com a mudança do sistema de cultivo, esta propriedade elevou sua produ- ção em 33%, de maneira que o custo benefício do cultivo, passe a ser menor, gerando assim uma porcentagem maior de lucro para seu proprietário e seus familiares, pois de acordo com o gráfico acima, houve um ganho de produção em torno de 1080 caixas por ano, ou seja, 540 caixas a mais produzidas por safra, que geralmente levam aproximadamente 6 meses durante o período deste sistema de cultivo, um aumento significativo cuja responsabilidade está relaci- onado a alta produtividade.

9. COLHEITA

A colheita nesta propriedade é feita manualmente, sendo que os frutos colhidos são co- locados em caixas de plástico onde ficam armazenados aguardando para serem avaliados e posteriormente processados para serem comercializados. Vale ressaltar que, este procedimento é feito em um único dia de trabalho onde são os próprios membros da família os responsáveis para realizar este procedimento. Já o processo de avaliação e processamento dos frutos para que possa ser comercializa- do, fica por conta do comprador de toda a produção de tomates desta propriedade que é o mesmo que o transporta até o seu centro de reabastecimento.