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TCC - SENAI NR12, Teses (TCC) de Engenharia Elétrica

TCC - Técnico Senai sobre a NR 12

Tipologia: Teses (TCC)

2014

Compartilhado em 01/10/2014

Vinicius20
Vinicius20 🇧🇷

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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
SENAI SÃO PAULO
CURSO TÉCNICO DE ELETROMECÂNICA
AMÓS M. S. SANTOS
ALLAN H. SILVINO
JONAS E. SILVINO
JOSÉ V. G. S. FILHO
SEGURANÇA EM MÁQUINAS OPERATRIZES:
ADEQUAÇÃO DE UM TORNO CONVENCIONAL A NR-12
ARARAS - SP
DEZ - 2012
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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL

SENAI SÃO PAULO

CURSO TÉCNICO DE ELETROMECÂNICA

AMÓS M. S. SANTOS

ALLAN H. SILVINO

JONAS E. SILVINO

JOSÉ V. G. S. FILHO

SEGURANÇA EM MÁQUINAS OPERATRIZES:

ADEQUAÇÃO DE UM TORNO CONVENCIONAL A NR-

ARARAS - SP

DEZ - 2012

AMÓS M. S. SANTOS

ALLAN H. SILVINO

JONAS E. SILVINO

JOSÉ V. G. S. FILHO

SEGURANÇA EM MÁQUINAS OPERATRIZES:

ADEQUAÇÃO DE UM TORNO CONVENCIONAL A NR-

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Centro de Treinamento SENAI - Araras para obtenção do grau de técnico em Eletromecânica.

Orientador: Prof. Eng.º Ricardo N. Malvestiti

ARARAS - SP

DEZ – 2012

Dedicamos este trabalho a todos os nossos familiares pelo apoio e compreensão constante, independente das situações adversas encontradas.

AGRADECIMENTOS

Para realização deste trabalho inúmera são as pessoas que participaram direta ou indiretamente, incentivando e incorporando-lhe valor, expressamos aqui os nossos reais agradecimentos.

Em primeira instancia a Deus por ter nos capacitado e nos proporcionado a chegar ao final de mais uma etapa em nossas vidas, com disciplina e perseverança.

A instituição SENAI por ter sido um referencial de educação técnica no desenvolvimento do trabalho, e também pelo subsidio financeiro.

Ao Diretor da escola SENAI Araras Djair D. Poleto, que com sua capacidade e empenho, foi fundamental para elaboração deste trabalho.

Ao Prof. Cezar B. D. Mendes pela coordenação educacional, administrando com destreza e competência todas as áreas pertinentes ao curso.

Ao Prof. Ricardo N. Malvestiti pela orientação, amizade e dedicação que soube conduzir com excelência todo o processo de pesquisa, desenvolvimento e conclusão deste projeto.

Aos professores Jorge L. Fisnack, Shalom R. Parreira e José R. Curtulo pelo acompanhamento na oficina de usinagem e ajustagem.

E a todo o corpo docente e discente que contribuíram de forma relevante compartilhando conhecimento para concretização deste trabalho.

RESUMO

Este presente trabalho tem por objetivo apresentar uma abordagem da metodologia de análise dos fatores com risco de segurança em máquinas operatrizes, com enfoque principal em um torno convencional tendo por base a norma regulamentadora de numero doze, e sua adequação a ela. A relação de elementos em que foi feita a detecção e posterior neutralização de risco, de acordo a norma, visa a fornecer ao operador uma garantia da integração eficiente entre a máquina e os dispositivos de segurança, porém, a instalação de tais dispositivos não exclui integralmente os riscos inerentes às máquinas, se faz necessário à tomada de algumas ações adicionais tais como a capacitação continua dos operadores e um plano de manutenção preventiva conforme o fabricante. A partir dessa linha de pensamento focamos nas mudanças exigidas pela norma na parte elétrica e também na parte operacional do torno mecânico; e em todos os elementos do torno em que foi feita a adequação a norma regulamentadora de numero doze, foi elaborado um plano de manutenção preventiva através de ensaios realizados. Com essas medidas visamos atingir diminuindo diretamente os índices de acidentes no trabalho envolvendo tornos convencionais, e também o número de transtornos as empresas, causados por afastamento de funcionários.

Palavra Chave: Norma regulamentadora de número doze. Segurança. Torno.

ABSTRACT

This present study aims to present an approach to the methodology for analyzing risk factors with safety in machine tools, with main focus on a lathe conventional based on the regulatory norm of number twelve, and their suitability to it. The list of elements that made the detection and subsequent neutralization of risk, according to standard aims to provide the operator with a guarantee of efficient integration between machine and safety devices, however, the installation of such devices do not fully exclude the risks inherent in the machines, it is necessary to take some additional actions such as training continues operators and a preventive maintenance plan according to the manufacturer. From this line of thought focused on the changes required by the standard in the electrical and also the operational part of the lathe, and all the elements around it was made to fit the regulatory norm of number twelve, we designed a maintenance plan preventive through tests. With these measures we aim to achieve directly reducing the number of accidents at work involving conventional lathes, and also the number of firms disorders, caused by removal of officials.

Keyword: Norma regulatory number twelve. Security. Lathe.

LISTA DE SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

NBR – Normas Brasileiras.

NBR 13759 – Segurança de máquinas. Equipamentos de parada de emergência.

NBR 13930 – Prensas mecânicas. Requisitos de segurança.

NBR 13970 – Segurança de máquinas. Temperaturas para superfícies acessíveis.

NBR 14152 – Segurança de máquinas dispositivos de comando.

NBR 14154 – Segurança de máquinas prevenção de partida inesperada.

NBRNM 272 – Segurança de máquinas. Proteções. Requisitos gerais para o projeto

e construção de proteções fixas e móveis.

NBRNM 273 – Segurança de máquinas. Dispositivos de intertravamento associados

a proteções. Princípios para projeto e seleção.

NBRNM 13854 – Segurança de máquinas folgas mínimas para evitar esmagamento de partes do corpo humano.

NR – Normas Regulamentadoras.

NR 10 – Instalações e Serviços em Eletricidade.

NR 12 – Máquinas e Equipamentos.

  • Figura 1: Diagrama de ligação dos dispositivos de segurança....................…......
  • Figura 2 Chave de segurança de posição .................................................…......
  • Figura 3: Botões de emergência tipo soco ...........................................................
  • Figura 4: Sensores indutivos de segurança.........................................….…….....
  • Figura 5: Comando bimanual.………...................................……………...…….....
  • Figura 6: Circuito com dispositivos de segurança....................……………...…....
  • Figura 7: Relé de segurança.....,.....................................................................…...
  • Figura 8: CLP de segurança Flexi Soft…....................................................….…..
  • Figura 9: Função dos componentes no circuito elétrico.............................….......
  • Figura 10: Comando elétrico categoria 1…...................................................……...
  • Figura 11: Comando elétrico categoria 2.......................................................……..
  • Figura 12: Comando elétrico categoria 3................................................................
  • Figura 13: Comando elétrico categoria 4................................................................
  • Figura 14: Sistema parada de emergência.............................................................
  • Figura 15: Torno mecânico, fase inicial.............................................................…..
  • Figura 16: Torno mecânico, fase inicial........................................…………………..
  • Figura 17: Torno mecânico, fase inicial.…........................…………………………..
  • Figura 18: Avaliação da máquina.……….......................................................……..
  • Figura 19: Desenho técnico - Proteção da placa.…..........................................…..
  • Figura 20: Proteção da placa.………….............................................................…..
  • Figura 21: Castanha sem proteção......................….................……………………..
  • Figura 22: Proteção da placa instalada no torno.................................……………..
  • Figura 23: Desenho técnico da proteção do carro.….................................………..
  • Figura 24: Proteção do carro instalada..............................................................…..
  • Figura 25: Suporte da proteção do carro.............................................……………..
  • Figura 26: Micro da proteção do carro.…...............................................…………..
  • Figura 27: Fuso sem proteção.…...................................................................……..
  • Figura 28: Fuso com proteção.………….................................................................
  • Figura 29: Painel elétrico, estado inicial..........................................………………..
  • Figura 30: Diagrama de comando torno..................................................................
  • Figura 31: Painel estado final..............................................................……………..
  • Figura 32: Torno antes da pintura............................................……………………..
  • Figura 33: Torno depois da pintura.…….................................................................
  • Figura 34: Correia desgastada.……...............................................................……..
  • Figura 35: Correia trocada.……...................................................…………………..
  • Figura 36: Painel antigo............................................................……………………..
  • Figura 37: Painel novo.………….............................................................…………..
  • Figura 38: Engrenagem quebrada.....................................................................…..
    1. INTRODUÇÃO... ....................................................................................................
  • 1.1DELIMITAÇÃO DO TEMA..............................................................................
  • 1.2 FORMULAÇÃO DA QUESTÃO DE ESTUDO...............................................
  • 1.3 JUSTIFICATIVAS...........................................................................................
  • 1.4 OBJETIVOS...................................................................................................
  • 1.4.1 Objetivo geral ........................................................................................
  • 1.4.2 Objetivos específico .............................................................................
  • 1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO..................................................................
    1. REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................
  • 2.1BASE LEGAL..................................................................................................
    1. METODOLOGIA ....................................................................................................
  • 3.1. MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADAS........................................................
  • 3.2. TIPOS DE PROTEÇÃO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS....................
  • 3.2.1. Proteções fixas ....................................................................................
  • 3.2.2. Proteções móveis ................................................................................
  • 3.2.3. Enclausuramento da zona de trabalho ..............................................
  • 3.2.4. Máquina Fechada .................................................................................
  • 3.3. DISPOSITIVOS ELÉTRICOS DE PROTEÇÃO............................................
  • 3.3.1. Chave de segurança ............................................................................
  • 3.3.2. Dispositivo de parada emergência ....................................................
  • 3.3.3. Sensores de segurança ......................................................................
  • 3.3.4. Comando bimanual ..............................................................................
  • 3.4 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS.........................................................................
  • 3.5. CIRCUITOS ELÉTRICOS DE SEGURANÇA...............................................
  • 3.5.1. Relés de segurança .............................................................................
  • 3.5.2. CLP de Segurança ...............................................................................
  • 3.6. PRINCIPIOS PARA PROJETO E SELEÇÃO...............................................
  • 3.7 CATEGORIAS DE RISCOS...........................................................................
  • 3.7.1. Categoria de risco 1 ............................................................................
  • 3.7.2. Categoria de risco 2 ............................................................................
  • 3.7.3. Categoria de risco 3 ............................................................................
  • 3.7.4. Categoria de risco 4 ............................................................................
  • 3.8 PARADA DE EMERGÊNCIA.........................................................................
  • 3.8.1. Parada de emergência categoria 0 .....................................................
  • 3.8.2. Parada de emergência categoria 1 .....................................................
  • 3.9. SISTEMA DE SEGURANÇA.........................................................................
  • 3.9.10 MANUTENÇÃO.........................................................................................
    1. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ...........................................
  • 4.1.ESTADO INICIAL DO TORNO MECÂNICO..................................................
  • 4.2. AVALIAÇÃO DA MÁQUINA .........................................................................
  • 4.3. PONTOS CRÍTICOS OBSERVADOS...........................................................
  • 4.3.1 Proteção da placa .................................................................................
  • 4.3.2. Proteção contra cavacos ....................................................................
  • 4.3.3. Proteção do fuso .................................................................................
  • 4.3.4 Painel elétrico .......................................................................................
  • 4.4 REFORMA.....................................................................................................
  • 4.4.1. Pintura geral da máquina ....................................................................
  • 4.4.2. Troca de óleo de todos os conjuntos ................................................
  • 4.4.3. Troca do sistema de transmissão de força (Correias) ....................
  • 4.4.4. Atualização e mudança de toda a parte elétrica ...............................
  • 4.4.5. Substituição de peças desgastadas ..................................................
    1. CONCLUSÃO ........................................................................................................
  • REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ..........................................................................

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1. INTRODUÇÃO

1.1. DELIMITAÇÃO DO TEMA

Esse trabalho em seus capítulos fornece princípios gerais de segurança a serem observados em máquinas conforme as normas regulamentadoras. A segurança de máquinas operatrizes é um fator preponderante na indústria, pois ela diminui as paradas de produção por motivos de acidentes de trabalho. Como consequência viu-se a necessidade de adotar procedimentos padronizados no planejamento, operação e manutenção de máquinas. Em decorrência desse estado foi criado normas regulamentadoras pelo ministério do trabalho que visam fornecer orientações obrigatórias relacionadas à segurança e medicina do trabalho no Brasil, elas norteiam as obrigações dos estabelecimentos de qualquer natureza (regidos pela CLT) em relação a saúde e segurança do trabalhador.

1.2. FORMULAÇÃO DA QUESTÃO DE ESTUDO Toda maquina operatriz e equipamento acionado com ciclos de repetição devem conter dispositivos de segurança conforme a NR-12, visando a segurança e a integridade física do operador e manutentor. Com isso detectamos no torno mecânico convencional a necessidade de adicionar proteções que fornecem garantia de um trabalho seguro em pontos críticos onde a probabilidade de acidente é maior.

1.3. JUSTIFICATIVA Segurança no trabalho é fundamental em qualquer organização, ela abrange conceitos e técnicas que quando aplicados nos procedimentos do serviço a ser executado o torna muito mais confiável, no que se refere à garantia de que o trabalhador preserve a sua saúde. Na indústria há momentos em que o trabalhador fica mais vulnerável e exposto à ocorrência de acidente, e é nesses momentos onde as proteções devem intervir e estar de acordo a norma, para proteger o indivíduo. Nessa linha de pensamento foi detectado no

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2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1 BASE LEGAL

As normas técnicas da ABNT – NBR são instrumentos básicos de trabalho e devem ser empregadas em todas as soluções de segurança, as normas técnicas de segurança são divididas em três partes: Normas do tipo A (fundamentais de segurança); Normas do tipo B (B1 – Aspectos particulares de segurança / B2 – Sobre dispositivos elétricos condicionadores de segurança, como bi-manuais, dispositivos de intertravamento); e Normas tipo C (por categoria de máquinas). Apresento aqui os principais itens da NR-12, que é uma norma do tipo B, aplicados no projeto. Nela foram extraídas todas as diretrizes para planejamento e execução prática das proteções do torno mecânico, porém a NR-12 se inter-relaciona com outras normas regulamentadoras de segurança que foram observadas no projeto e descritas no decorrer deste trabalho. Os itens da NR-12 relacionados com esse projeto são:

Instalações e dispositivos elétricos. 12.14. As instalações elétricas das maquinas e equipamentos devem ser projetadas e mantidas de modo a prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico, incêndio, explosão e outros tipos de acidentes,conforme previsto na NR 10. 12.15. Devem ser aterrados, conforme as normas técnicas oficiais vigentes, as instalações, carcaças, invólucros, blindagens ou partes condutoras das maquinas e equipamentos que não façam parte dos circuitos elétricos, mas que possam ficar sob tensão. 12.16. As instalações elétricas das maquinas e equipamentos que estejam ou possam estar em contato direto ou indireto com água ou agentes corrosivos devem ser projetadas com meios e dispositivos que garantam sua blindagem, estanqueidade, isolamento e aterramento, de modo a prevenir a ocorrência de acidentes. 12.17. Os condutores de alimentação elétrica das maquinas e equipamentos devem atender aos seguintes requisitos mínimos de segurança: a) oferecer resistência mecânica compatível com a sua utilização; b) possuir proteção contra a possibilidade de rompimento mecânico, de contatos abrasivos e de contato com lubrificantes, combustíveis e calor; c) localização de forma que nenhum segmento fique em contato com as partes moveis ou cantos vivos; d) facilitar e não impedir o trânsito de pessoas e materiais ou a operação das maquinas; e) não oferecer quaisquer outros tipos de riscos na sua localização; e f) ser constituídos de materiais que não propaguem o fogo, ou seja, auto-extinguíveis, e não emitirem substâncias toxicas em caso de aquecimento. 12.18. Os quadros de energia das maquinas e equipamentos devem atender aos seguintes requisitos mínimos de segurança: a) possuir porta de acesso, mantida permanentemente fechada; b) possuir sinalização quanto ao perigo de choque elétrico e restrição de acesso por pessoas não autorizadas;

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c) ser mantidos em bom estado de conservação, limpos e livres de objetos e ferramentas; d) possuir proteção e identificação dos circuitos. e e) atender ao grau de proteção adequado em função do ambiente de uso. 12.19. As ligações e derivações dos condutores elétricos das maquinas e equipamentos devem ser feitas mediante dispositivos apropriados e conforme as normas técnicas oficiais vigentes, de modo a assegurar resistência mecânica e contato elétrico adequado, com características equivalentes aos condutores elétricos utilizados e proteção contra riscos. 12.20. As instalações elétricas das maquinas e equipamentos que utilizem energia elétrica fornecida por fonte externa devem possuir dispositivo protetor contra sobrecorrente, dimensionado conforme a demanda de consumo do circuito. 12.20.1. As maquinas e equipamentos devem possuir dispositivo protetor contra sobretensão quando a elevação da tensão puder ocasionar risco de acidentes. 12.20.2. Quando a alimentação elétrica possibilitar a inversão de fases de maquina que possa provocar acidente de trabalho, deve haver dispositivo monitorado de detecção de seqüência de fases ou outra medida de proteção de mesma eficácia. 12.21. São proibidas nas maquinas e equipamentos: a) a utilização de chave geral como dispositivo de partida e parada; b) a utilização de chaves tipo faca nos circuitos elétricos; e c) a existência de partes energizadas expostas de circuitos que utilizam energia elétrica. 12.22. As baterias devem atender aos seguintes requisitos mínimos de segurança: a) localização de modo que sua manutenção e troca possam ser realizadas facilmente a partir do solo ou de uma plataforma de apoio; b) constituição e fixação de forma a não haver deslocamento acidental; e c) proteção do terminal positivo, a fim de prevenir contato acidental e curto-circuito. 12.23. Os serviços e substituições de baterias devem ser realizados conforme indicação constante do manual de operação.

Dispositivos de partida, acionamento e parada. 12.24. Os dispositivos de partida, acionamento e parada das maquinas devem ser projetados, selecionados e instalados de modo que: a) não se localizem em suas zonas perigosas; b) possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra pessoa que não seja o operador; c) impeçam acionamento ou desligamento involuntário pelo operador ou por qualquer outra forma acidental; d) não acarretem riscos adicionais; e e) não possam ser burlados. 12.25. Os comandos de partida ou acionamento das maquinas devem possuir dispositivos que impeçam seu funcionamento automático ao serem energizadas. 12.26. Quando forem utilizados dispositivos de acionamento do tipo comando bimanual, visando a manter as mãos do operador fora da zona de perigo, esses devem atender aos seguintes requisitos mínimos do comando: a) possuir atuação síncrona, ou seja, um sinal de saída deve ser gerado somente quando os dois dispositivos de atuação do comando -botões- forem atuados com um retardo de tempo menor ou igual a 0,5 s (cinco segundos); b) estar sob monitoramento automático por interface de segurança; c) ter relação entre os sinais de entrada e saída, de modo que os sinais de entrada aplicados a cada um dos dois dispositivos de atuação do comando devem juntos se iniciar e manter o sinal de saída do dispositivo de comando bimanual somente durante a aplicação dos dois sinais; d) o sinal de saída deve terminar quando houver desacionamento de qualquer dos dispositivos de atuação de comando; e) possuir dispositivos de comando que exijam uma atuação intencional a fim de minimizar a probabilidade de comando acidental; f) possuir distanciamento e barreiras entre os dispositivos de atuação de comando para dificultar a burla do efeito de proteção do dispositivo de comando bimanual; e

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Sistemas de segurança. 12.38. As zonas de perigo das maquinas e equipamentos devem possuir sistemas de segurança, caracterizados por proteções fixas, proteções moveis e dispositivos de segurança interligados, que garantam proteção a saúde e a integridade física dos trabalhadores. 12.38.1. A adoção de sistemas de segurança, em especial nas zonas de operação que apresentem perigo, deve considerar as características técnicas da maquina e do processo de trabalho e as medidas e alternativas técnicas existentes, de modo a atingir o nível necessário de segurança previsto nesta Norma. 12.39. Os sistemas de segurança devem ser selecionados e instalados de modo a atender aos seguintes requisitos: a) ter categoria de segurança conforme previa analise de riscos prevista nas normas técnicas oficiais vigentes; b) estar sob a responsabilidade técnica de profissional legalmente habilitado; c) possuir conformidade técnica com o sistema de comando a que são integrados; d) instalação de modo que não possam ser neutralizados ou burlados; e) manterem-se sob vigilância automática, ou seja, monitoramento, de acordo com a categoria de segurança requerida, exceto para dispositivos de segurança exclusivamente mecânicos; e f) paralisação dos movimentos perigosos e demais riscos quando ocorrerem falhas ou situações anormais de trabalho. 12.40. Os sistemas de segurança, de acordo com a categoria de segurança requerida, devem exigir rearme, ou reset manual, apos a correção da falha ou situação anormal de trabalho que provocou a paralisação da maquina. 12.41. Para fins de aplicação desta Norma, considera-se proteção o elemento especificamente utilizado para prover segurança por meio de barreira física, podendo ser: a) proteção fixa, que deve ser mantida em sua posição de maneira permanente ou por meio de elementos de fixação que só permitam sua remoção ou abertura com o uso de ferramentas especifica; e b) proteção móvel, que pode ser aberta sem o uso de ferramentas, geralmente ligada por elementos mecânicos a estrutura da maquina ou a um elemento fixo próximo, e deve se associar a dispositivos de intertravamento. 12.42. Para fins de aplicação desta Norma, consideram-se dispositivos de segurança os componentes que, por si só ou interligados ou associados a proteções, reduzam os riscos de acidentes e de outros agravos a saúde, sendo classificados em: a) comandos elétricos ou interfaces de segurança: dispositivos responsáveis por realizar o monitoramento, que verificam a interligação, posição e funcionamento de outros dispositivos do sistema e impedem a ocorrência de falha que provoque a perda da função de segurança, como reles de segurança, controladores configuráveis de segurança e controlador lógico programável

  • CLP de segurança; b) dispositivos de intertravamento: chaves de segurança eletromecânicas, com ação e ruptura positiva, magnéticas e eletrônicas codificadas, optoeletrônicas, sensores indutivos de segurança e outros dispositivos de segurança que possuem a finalidade de impedir o funcionamento de elementos da maquina sob condições especificas; c) sensores de segurança: dispositivos detectores de presença mecânicos e não mecânicos, que atuam quando uma pessoa ou parte do seu corpo adentra a zona de perigo de uma maquina ou equipamento, enviando um sinal para interromper ou impedir o início de funções perigosas, como cortinas de luz, detectores de presença optoeletrônicos, laser de múltiplos feixes, barreiras óticas, monitores de área, ou scanners, batentes, tapetes e sensores de posição; d) válvulas e blocos de segurança ou sistemas pneumáticos e hidráulicos de mesma eficácia; e) dispositivos mecânicos, como: dispositivos de retenção, limitadores, separadores, empurradores, inibidores, defletores e retrateis; e f) dispositivos de validação: dispositivos suplementares de comando operados manualmente, que, quando aplicados de modo permanente, habilitam o dispositivo de acionamento, como chaves seletoras bloqueáveis e dispositivos bloqueáveis.

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12.43. Os componentes relacionados aos sistemas de segurança e comandos de acionamento e parada das maquinas, inclusive de emergência, devem garantir a manutenção do estado seguro da maquina ou equipamento quando ocorrerem flutuações no nível de energia alem dos limites considerados no projeto, incluindo o corte e restabelecimento do fornecimento de energia. 12.44. A proteção deve ser móvel quando o acesso a uma zona de perigo for requerido uma ou mais vezes por turno de trabalho, observando-se que: a) a proteção deve ser associada a um dispositivo de intertravamento quando sua abertura não possibilitar o acesso a zona de perigo antes da eliminação do risco; e b) a proteção deve ser associada a um dispositivo de intertravamento com bloqueio quando sua abertura possibilitar o acesso a zona de perigo antes da eliminação do risco. 12.45. As maquinas e equipamentos dotados de proteções móveis associadas a dispositivos de intertravamento devem: a) operar somente quando as proteções estiverem fechadas; b) paralisar suas funções perigosas quando as proteções forem abertas durante a operação; e c) garantir que o fechamento das proteções por si só não possa dar inicio as funções perigosas 12.46. Os dispositivos de intertravamento com bloqueio associados as proteções moveis das maquinas e equipamentos devem: a) permitir a operação somente enquanto a proteção estiver fechada e bloqueada; b) manter a proteção fechada e bloqueada ate que tenha sido eliminado o risco de lesão devido as funções perigosas da máquina ou do equipamento; e c) garantir que o fechamento e bloqueio da proteção por si só não possa dar inicio as funções perigosas da maquina ou do equipamento. 12.47. As transmissões de forca e os componentes moveis a elas interligados, acessíveis ou expostos, devem possuir proteções fixas, ou moveis com dispositivos de intertravamento, que impeçam o acesso por todos os lados. 12.47.1. Quando utilizadas proteções móveis para o enclausuramento de transmissões de forca que possuam inércia, devem ser utilizados dispositivos de intertravamento com bloqueio. 12.47.2. O eixo carda deve possuir proteção adequada, em perfeito estado de conservação em toda a sua extensão, fixada na tomada de forca da maquina desde a cruzeta ate o acoplamento do implemento ou equipamento. 12.48. As maquinas e equipamentos que ofereçam risco de ruptura de suas partes, projeção de materiais, partículas ou substâncias, devem possuir proteções que garantam a saúde e a segurança dos trabalhadores. 12.49. As proteções devem ser projetadas e construídas de modo a atender aos seguintes requisitos de segurança: a) cumprir suas funções apropriadamente durante a vida útil da maquina ou possibilitar a reposição de partes deterioradas ou danificadas; b) ser constituídas de materiais resistentes e adequados a contenção de projeção de pecas, materiais e partículas; c) fixação firme e garantia de estabilidade e resistência mecânica compatíveis com os esforços requeridos; d) não criar pontos de esmagamento ou agarramento com partes da maquina ou com outras proteções; e) não possuir extremidades e arestas cortantes ou outras saliências perigosas; f) resistir às condições ambientais do local onde estão instaladas; g) impedir que possam ser burladas; h) proporcionar condições de higiene e limpeza; i) impedir o acesso a zona de perigo; j) ter seus dispositivos de intertravamento protegidos adequadamente contra sujidade, poeiras e corrosão, se necessário; k) ter ação positiva, ou seja, atuação de modo positivo; e l) não acarretar riscos adicionais. 12.51. Durante a utilização de proteções distantes da maquina ou equipamento com possibilidade de alguma pessoa ficar na zona de perigo, devem ser adotadas medidas