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Equações de Mecânica Clássica: Momento Angular e Energia Potencial, Teses (TCC) de Automação

Documento contendo equações matemáticas relacionadas ao momento angular total em relação à origem e a decomposição do momento angular em termos de momentos angulares de partículas individuais. Além disso, aborda a relação entre a energia potencial e as equações de lagrange.

O que você vai aprender

  • Qual é a importância da teoria do momento de inércia e da velocidade angular em mecânica?
  • Qual é a função de dissipação de Rayleigh e qual é sua importância no documento?
  • Qual é a equação de Lagrange e qual é sua importância no documento?
  • Qual é a teoria apresentada no documento?
  • Qual é a aplicação prática da teoria apresentada no documento?

Tipologia: Teses (TCC)

2017

Compartilhado em 18/12/2017

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FACULDADE DE TECNOLOGIA
SÃO FRANCISCO
JACAREÍ-SP
MECANISMO PARA FRENAGEM DA
VELOCIDADE DE ROTAÇÃO DE UM SATÉLITE
ARTIFICIAL
Carlos Eduardo Ramos Júnior
Trabalho de Conclusão de Curso
Jacareí SP
Jacar SP
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Baixe Equações de Mecânica Clássica: Momento Angular e Energia Potencial e outras Teses (TCC) em PDF para Automação, somente na Docsity!

FACULDADE DE TECNOLOGIA

SÃO FRANCISCO

JACAREÍ-SP

MECANISMO PARA FRENAGEM DA

VELOCIDADE DE ROTAÇÃO DE UM SATÉLITE

ARTIFICIAL

Carlos Eduardo Ramos Júnior

Trabalho de Conclusão de Curso

Jacareí – SP

Jacareí – SP

FACULDADE DE TECNOLOGIA

SÃO FRANCISCO

JACAREÍ-SP

MECANISMO PARA FRENAGEM DA

VELOCIDADE DE ROTAÇÃO DE UM SATÉLITE

ARTIFICIAL

Carlos Eduardo Ramos Júnior

Orientador: Dr. Mário César Ricci

Cleiton Rodrigues

Vinícius Jordan Teodoro

Orientador(es): Sérgio de Barros Pinto, Mário César Ricci

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado à Faculdade de Tecnologia

São Francisco – FATESF, para graduação

em Engenharia de Controle e Automação

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado à Faculdade de Tecnologia

São Francisco – FATESF, para graduação

em Engenharia de Controle e Automação

Jacareí – Dezembro/

o

semestre de 2017

i

Agradecimentos

Primeiramente a Deus, pois sem Ele, nada seria possível.

Agradeço a minha família que me incentivou, apoiou e sempre esteve ao meu

lado durante esses anos de minha dedicação ao curso de Engenharia de

Controle e Automação.

Agradeço também todos que de alguma forma contribuíram e apoiaram no

desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso.

Agradeço todos os professores, em especial ao meu orientador Dr. Mário

César Ricci.

ii

RESUMO

MECANISMO PARA FRENAGEM DA VELOCIDADE DE ROTAÇÃO

DE UM SATÉLITE ARTIFICIAL

O objetivo deste trabalho é obter as equações da dinâmica e explicar o funcionamento de um

mecanismo que serve para frear a velocidade de rotação de um satélite artificial. Ao ser

injetado em órbita o foguete lançador, por questões de estabilidade, impõe uma taxa de

rotação, em torno do eixo de maior momento de inércia do satélite, relativamente alta. Para

fins de controle de atitude essa taxa tem que ser diminuída. Pretende-se apresentar os métodos

necessários para obter uma resposta eficaz do sistema de frenagem. Existem alguns modos de

frenar a velocidade de rotação de um satélite. Um deles é usar um mecanismo denominado

“ioiô”, que serve para aumentar o momento de inércia em torno do eixo principal de inércia

do satélite. Uma vez que, na ausência de torques externos, o momento angular do sistema

permanece constante e sendo o momento angular definido pelo produto da velocidade angular

pelo momento de inércia em torno do eixo de giro, aumentando-se o momento de inércia

ocorre uma redução da velocidade angular. O mecanismo ioiô é composto por um peso, uma

mola, um cabo e acessórios. O mecanismo ioiô reduz consideravelmente os erros de giro e os

erros devido a variações no momento de inércia. Henry Cornille do Goddard Space Flight

Center sugeriu a introdução de uma mola, cujo propósito é compensar os erros no giro inicial.

Por exemplo, em uma determinada aplicação de alongamento dos cabos do mecanismo ioiô

haverá certa quantidade de alongamento da mola durante a operação normal. Se a rotação

inicial for maior que a normal a mola alongar-se-á mais que o normal durante a operação e

reduzirá a rotação para o valor desejado. Se o giro inicial for inferior ao giro nominal, a mola

irá alongar menos do que o normal durante o funcionamento para uma rotação inferior. O

mecanismo ioiô é um exemplo simples de um sistema adaptativo: detecta o ambiente de

rotação em que está e corrige-o em conformidade. Além disso, será mostrado que o

mecanismo ioiô é relativamente insensível a variações (incertezas) do momento de inércia de

rotação.

Palavras-chave: Frenagem, Ioiô, Rotação, Velocidade.

iv

  • 1 INTRODUÇÃO SUMÁRIO
    • 1.1 Objetivos.......................................................................................................................
    • 1.2 Revisão Bibliográfica
    • 1.3 Metodologia
    • 1.4 Conteúdo do trabalho
  • 2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS
    • 2.1 Definição de rotação
    • 2.2 Representação de Atitude
    • 2.3 Princípios físicos
      • 2.3.1 Momento angular
      • 2.3.2 Momento de inércia
      • 2.3.3 Força centrífuga.................................................................................................
    • 2.4 Dinâmica Lagrangiana
      • 2.4. 1 Princípios da Mecânica Newtoniana
      • 2.4.2 Vínculos
      • 2.4.3 Princípio de d’Alembert
      • 2.4.4 Coordenadas Generalizadas e Equações de Lagrange
      • 2.4.5 Aplicações das Equações de Lagrange..............................................................
      • 2.4.6 Potenciais Generalizados e Função de Dissipação
      • 2.4.7 Forças Centrais e Teorema de Bertrand
    • 2.5 Sistemas de coordenadas
    • 2.6 Equações de movimento
      • 2.6.1 Equação de Euler
    • 2.7 Energia Cinética e Potencial
      • 2.7.1 Equações cinemáticas em termos dos quatérnions
      • 2.7.2 Energia potencial gravitacional
      • 2.7.3 Energia potencial elástica
      • 2.7.4 Conservação da energia mecânica.....................................................................
    • 2.8 Satélites estabilizados por rotação
  • 3 DESENVOLVIMENTO
    • 3.1 Análise Dinâmica
    • 3.2 Equação de movimento da fase
    • 3.3 Equação de movimento da fase
    • 3.4 Abordagem simplificada para as equações do mecanismo ioiô
    • 3.5 Massa distribuída no cabo
    • 3.6 Aplicando as equações do projeto
  • 4 TESTES E RESULTADOS
    • 4.1 Resultados obtidos para o mecanismo ioiô.................................................................
  • 5 CONCLUSÕES
  • REFERÊNCIAS..................................................................................................
  • APÊNDICE A.....................................................................................................
  • APÊNDICE B......................................................................................................
  • APÊNDICE C......................................................................................................

v

Lista de Tabelas

Tabela 4.1 – Parâmetros e requisitos de projeto.......................................................................

vii

LISTA DE SÍMBOLOS

θ Teta

ϕ Fi (variante)

Δ Delta

ζ Zeta

φ Fi

𝜕 Diferencial

𝑝 Densidade

𝑒 Exponencial

δ Delta minúsculo

α Alpha

β Beta

π Pi

𝝴 Épsilon

ξ Csi

γ Gama

∇ Nabla

viii

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CM Centro de Massa

FATESF Faculdade de Tecnologia São Francisco

TEC Teorema da Energia Cinética

RPM Rotação por minuto

rotação pode comprometer o experimento e um grande erro de desvio pode fazer com que os

apêndices de satélites não funcionem ou podem danificá-los no funcionamento.

O dispositivo que reduz, consideravelmente, os erros de rotação devido a variações no

momento de inércia de rotação é o mecanismo ioiô. Ele pode consistir em um peso, um cabo e

acessórios (Figura 1.2), ou simplesmente um peso, uma mola e acessórios (Figura 1.3). O

objetivo da mola é compensar erros na rotação inicial. Por exemplo, em uma determinada

aplicação de alongamento do ioiô, haverá certa quantidade de alongamento da mola durante o

funcionamento normal. Se a rotação inicial for superior ao valor nominal, a mola alongar-se-á

mais do que o normal durante a operação e reduzirá a rotação para o valor desejado. Se a

rotação inicial for inferior ao valor nominal, a mola alongar-se-á menos do que o normal

durante a operação e não reduzirá a rotação para o valor desejado. O mecanismo ioiô é um

exemplo simples de um sistema de controle adaptativo que detecta o ambiente de rotação em

que está, e corrige a rotação em conformidade. Além disso, será mostrado que o mecanismo

ioiô é relativamente insensível às variações (incertezas) do momento de inércia de rotação.

Figura 1.2 – Mecanismo ioiô consistindo de peso,

cabo e acessórios. Escala em polegadas.

(Fonte: Joseph V. Fedor, 1963)

Figura 1.3 – Mecanismo ioiô constituindo de

peso, mola e acessórios. Escala em polegadas.

(Fonte: Joseph V. Fedor, 1963)

As próximas três seções deste trabalho desenvolvem modelos dinâmicos deste sistema e

investiga o comportamento do mecanismo através da análise e simulação desses modelos

matemáticos. Serão apresentadas também todas as equações obtidas para que se tenha uma

resposta eficaz do mecanismo ioiô e todos os métodos realizados para uma boa compreensão.

1.3 Metodologia

Os métodos a serem seguidos para atingir o objetivo desejado são classificados nas

seguintes etapas.

a) Aprofundamento nos estudos teóricos dos assuntos relacionados ao projeto:

Notoriamente nas áreas da física (Energia cinética), dinâmica lagrangiana, cálculo

diferencial, quebra de rotação, momento angular, mecânica. De onde iremos tirar

as equações apropriadas ao funcionamento do mecanismo ioiô em sua fase de

aplicação.

b) Análise do sistema: Observar, interpretar e avaliar os requisitos do projeto.

c) Modelagem matemática do sistema: Através da utilização do conhecimento da

física e matemática, esta etapa consiste em obter as equações do mecanismo para

frenagem da velocidade de rotação de um satélite artificial. A base fundamental

para a formulação desta etapa consiste na teoria da Dinâmica Lagrangiana, Energia

Cinética, Equações do movimento e Equação de Euler.

d) Análise de teste e das repostas: Análise do teste foi realizada através de

experimentos realizados no qual será apresentado o funcionamento e respostas

obtidas pelo mecanismo.

1.4 Conteúdo do trabalho

O trabalho será dividido em cinco capítulos, onde cada um deles apresentarão as etapas

para obtenção do resultado final. Segue a descrição de cada um dos capítulos:

a. Capítulo 1 – Introdução: São detalhados os conceitos iniciais do trabalho, tais

como a base introdutória para elaboração dos demais capítulos.

b. Capítulo 2 – Fundamentos Teóricos: nesta etapa são apresentadas as bases teóricas

do projeto, em sua maior parte assuntos relacionados ao mecanismo ioiô do satélite

e todos os conceitos relacionados.

c. Capítulo 3 – Desenvolvimento: Após coletar toda a base teórica necessária, será

então aplicado o conhecimento adquirido para elaborar o projeto do mecanismo

para frenagem da velocidade de rotação de um satélite artificial com seus

parâmetros de correção de rotação pré-estabelecidos.

d. Capítulo 4 – Teste e Resultado: Os cálculos, gráficos e simulações implementados

até esta etapa serão testados e apresentados para demonstrar o funcionamento do

mecanismo de forma clara e objetiva.

e. Capítulo 5 – Conclusão: os resultados obtidos serão analisados para uma conclusão

do que foi feito no projeto.

𝑂

= r × 𝑚Ṙ (2.2)

Uma vez que Ṙ = Ṙ

𝑂

  • 𝑟̇ Equação (2.2) torna-se:

𝑂

= 𝑟 × 𝑚𝑟̇ + 𝑟 × 𝑚Ṙ

𝑂

Figura 2.1 – Movimento de uma partícula de

massa m em relação a um referencial móvel x, y, z e

em relação ao referencial inercial X, Y, Z.

(Fonte: Halliday e Resnick, 2012)

O primeiro termo a direita na Equação (2.3) é o momento angular aparente no sistema x , y,

z que está se movendo e o segundo termo à direita na Equação (2.3) é a correção devido ao

movimento do ponto O.

A taxa de variação de ℎ

𝑂

é de muita importância para o desenvolvimento das equações de

movimento de atitude. Derivando a Equação (2.2) em relação ao tempo tem-se:

𝑂

𝑑

𝑑𝑡

(𝑟 × 𝑚𝑟̇ ) − 𝑅

𝑂

× 𝑚𝑟 − 𝑅

𝑂

× 𝑚𝑟̇ (2.4)

Cada termo do lado direito da Equação (2. 4 ) tem um significado físico. O primeiro é a

taxa de variação do momento angular aparente no sistema x, y, z. O segundo termo representa

o efeito da aceleração do ponto O e o último representa a correção devido à velocidade do

ponto O. Essa taxa de variação do momento angular pode ser relacionada com um torque

aplicado em relação ao ponto O definido como 𝑀

𝑂

. O momento de uma força agindo sobre m ,

em relação ao ponto O , é definido por:

𝑂

= 𝑟 × 𝐹 (2.5)

Onde 𝐹 = 𝑚𝑅

para esse caso. Assim, 𝑀

𝑂

resulta em:

𝑂

= 𝑟 × 𝑚𝑅

= 𝑟 × 𝑚(𝑅

𝑂

Uma vez que 𝑟̇ × 𝑟̇ = 0 , a Equação (2.6) torna-se:

𝑂

𝑑

𝑑𝑡

(𝑟 × 𝑚𝑟̇ ) − 𝑅

𝑂

× 𝑚𝑟 (2.7)

Comparando as Equações (2.6) e (2.4) tem-se:

𝑂

𝑂

𝑂

× 𝑚𝑟̇ (2.8)

Uma observação importante pode ser feita imediatamente desse resultado da Equação

Se o ponto O é fixo no espaço ou r é constante, então:

𝑂

𝑂

Da Equação (2.9) conclui-se que se o torque aplicado for zero, o momento angular do

sistema em relação ao ponto O é conservado, ou seja, isso indica que ℎ 𝑂

é constante sobre a

condição de torques externos serem nulos.

2.3.2 Momento de inércia

O momento de inércia é de suma importância para o entendimento do estudo realizado

nesse trabalho, mas antes de explicar o conceito de momento de inércia será apresentada uma

breve explicação do conceito de inércia.

Inércia é a resistência de qualquer objeto físico a qualquer mudança no seu estado de

movimento, incluindo mudanças na sua velocidade e direção. É a tendência de objetos para

manter, se em movimento, em linha reta com velocidade constante. O princípio da inércia é