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Até a Revolução Industrial (século XVIII), quase só existia a Contabilidade Financeira (ou Geral), que, desenvolvida na Era Mercantilista, estava bem estruturada para servir as empresas comerciais. Para a apuração do resultado de cada período, bem como para o levantamento do balanço em seu final, bastava o levantamento dos estoques em termos físicos, já que sua medida em valores monetários era extremamente simples: o Contador verificava o montante pago por item estocado, e dessa maneira valorava
Tipologia: Teses (TCC)
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Monografia apresentada como requisito para a obtenção do Grau de Bacharel em Ciências Contábeis da Universidade de Caxias do Sul.
Orientador: Prof. Ms. Eduardo Tomedi Leites
Caxias do Sul
Monografia apresentada como requisito para a obtenção do Grau de Bacharel em Ciências Contábeis da Universidade de Caxias do Sul.
Banca examinadora:
Presidente/orientador Prof. Ms. Eduardo Tomedi Leites
Examinadores Nome e titulação do banqueiro - UCS
Nome e titulação do banqueiro – UCS
Trabalho apresentado e aprovado pela banca examinadora em 30/11/
Quero expressar meus agradecimentos ao meu orientador, Prof. Ms. Eduardo Tomedi Leites pela sua competência, orientação, críticas e sugestões de melhoramentos durante todo o desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso. Agradeço de forma toda especial, à minha esposa Gabriela, pelo amor, compreensão e apoio dedicados, que foram fundamentais para o desenvolvimento deste trabalho.
Só uma coisa torna um sonho impossível: o medo de fracassar. Paulo Coelho
10 O desafio pessoal motivador somado aos benefícios que a empresa terá no momento em que todos os custos estiverem abertos sobre a mesa da direção, oferecendo apoio a uma tomada de decisão, são fatores de grande importância e guiarão o desenvolvimento deste trabalho. Através desta abordagem ficará explícito até que ponto se pode ousar, delimitando o menor preço que será possível oferecer, dando, ainda, embasamento a melhor maneira de planejar o crescimento contínuo da empresa.
Segundo o artigo A Difícil Arte de Fixar Preços: (...) para quem quer ser competitivo não só em qualidade e atendimento, mas também no preço, o caminho das pedras começa com a adoção de uma postura política dentro da empresa: preço não é negócio que diz respeito apenas ao setor financeiro, por exemplo. Defini-lo é uma decisão que deve envolver a produção, o marketing, o departamento financeiro e a contabilidade (EXAME, 1992, p. 88).
A formação correta de um preço de venda pode definir o futuro da saúde financeira da empresa, desta maneira toda a sua elaboração depende impreterivelmente de uma boa adequação de todos os seus custos e despesas. Com este pensamento o objetivo do tema proposto será atingido, possibilitando a construção de uma excelente base para fundamentar o presente trabalho de conclusão de curso. Serão abordadas as dificuldades na obtenção dos resultados, a importância na manutenção dos valores e os benefícios de um sistema bem estruturado de rateio dos custos indiretos. Da teoria para a prática, será demonstrada a diferença final dos custos de um setor importante dentro da cadeia produtiva da empresa em questão.
1.2 QUESTÃO DE PESQUISA
Quais foram os impactos verificados na empresa selecionada (Suplay Componentes e Suprimento Ltda.) para o estudo, em decorrência da modificação no sistema de rateio dos custos indiretos de produção?
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1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo geral
Realizar um levantamento completo dos custos indiretos de fabricação e mensurar a melhor forma de rateá-los, demonstrando assim os impactos que apresentarão na formação dos custos dos produtos da empresa Suplay Componentes e Suprimento Ltda, doravante mencionada simplesmente como Suplay.
1.3.2 Objetivos específicos
1.4 METODOLOGIA
A metodologia de pesquisa será um estudo de caso utilizando uma pesquisa quantitativa exploratória. Desta forma vale ressaltar que estudo de caso caracteriza- se principalmente pelo estudo concentrado de um caso. Gil (1999, pg. 73) salienta que:
O estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir conhecimentos amplos e detalhados do mesmo, tarefa praticamente impossível mediante os outros tipos de delineamentos considerados.
Já a caracterização do estudo como pesquisa exploratória normalmente ocorre quando há pouco conhecimento sobre a matéria a ser abordada. Por meio do estudo exploratório, busca-se conhecer com maior profundidade o assunto, de modo
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sequência estará a proposta de reformulação nos critérios de rateio e os seus resultados. O quarto capítulo trará o fechamento do presente trabalho, juntamente com a análise dos dados e as conclusões finais.
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2 GESTÃO DE CUSTOS
A contabilidade de custos tem sua origem da contabilidade financeira, do momento em que surgiu a necessidade de mensurar os estoques na indústria. Isso teve início nos primórdios da revolução industrial. Antes deste período, os produtos eram fabricados, quase que exclusivamente, por artesões que normalmente não constituíam uma empresa e pouco se preocupavam com o cálculo de custos. Neste período a contabilidade tinha maior aplicação nos setores comerciais, sendo utilizada para apuração do resultado do exercício. Porém, com o incremento da indústria surge a necessidade de cálculo de custos para formação de estoques. Os comerciantes para apurar o resultado do exercício somavam as receitas e subtraíam delas o custo da mercadoria vendida, gerando o lucro bruto. Do lucro bruto eram deduzidas as demais despesas e, assim, encontravam o lucro ou prejuízo do período. Todas estas apurações e informações referentes aos custos são de grande importância e determinantes na apuração do resultado e de grande serventia para a tomada de decisões. O custo industrial compreende a soma dos gastos com bens e serviços aplicados ou consumidos na produção de outros bens (RIBEIRO, 2002).
2.1 CONCEITOS PRELIMINARES
Para um melhor entendimento faz-se necessário conhecer o conceito de alguns termos, tais como: gastos, investimentos, custos, despesas e desembolsos. Ribeiro (2002) traduz perfeitamente estes conceitos de forma simples e clara, para ele toda vez que a empresa industrial pretende obter bens, seja para uso, troca, transformação ou consumo, ou ainda utilizar algum tipo de serviço, ela efetua um gasto. Quando no momento da obtenção do bem ocorre o respectivo pagamento, dizemos que o gasto ocorreu à vista, pois houve desembolso imediato de numerário. Se por outro lado, no momento da compra não ocorreu pagamento, o qual será feito posteriormente, dizemos que o gasto ocorreu a prazo, pois não houve desembolso no momento da compra (RIBEIRO, 2002). O desembolso, segundo Ribeiro (2002) se caracteriza pela entrega do numerário, pode ocorrer antes, no momento ou depois da ocorrência do gasto.
16 O Quadro 1 apresenta uma visualização resumida dos conceitos expostos acima:
Gasto Desembolso à vista ou a prazo para obtenção de bens ou serviços.
Investimentos Gastos com a obtenção de bens de uso da empresa.
Custo Gastos com a obtenção de bens e serviços aplicados na produção
Despesa Gastos decorrentes do consumo de bens e da utilização deserviços da área administrativa, comercial e financeira
Desembolso Pagamento antes, no momento ou depois da ocorrência dos gastos Quadro 1 – Contas x Conceitos
2.2 CLASSIFICAÇÃO
A classificação dos custos com relação aos produtos pode ser subdividida em custos diretos e indiretos. Por sua vez, em relação ao volume de produção pode-se subdividi-las em fixos ou variáveis.
2.2.1 Custos diretos
Custos diretos compreendem os gastos com materiais, mão de obra e gastos gerais de fabricação aplicados diretamente no produto. Esses custos são assim denominados porque seus valores e quantidades em relação ao produto são de fácil identificação. Segundo Dutra (2003), custo direto é o custo que pode ser diretamente apropriado a cada tipo de bem ou órgão no momento de sua ocorrência, isto é, está ligado diretamente a cada tipo de função de custo. Como custo direto entende-se o que pode ser imediatamente apropriado a um só tipo de produto ou a um só tipo de serviço. Mais generalizadamente, os custos diretos são os que podem ser apropriados diretamente a uma função de acumulação de custos, seja essa função um produto, um serviço, uma ordem de produção, um
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centro de custo, uma atividade ou um órgão da empresa. São exemplos de custos diretos matéria-prima direta e mão-de-obra direta, pois os próprios títulos indicam a classe a que pertencem, além de outros que podem ser enquadrados nessa classe. Seguindo o mesmo pensamento Megliorini (2002) comenta, como uma pequena regra básica, que o custo direto é tudo o que for possível identificar a quantidade do elemento no produto. E vai além dizendo que a apropriação de um custo direto ao produto se dá pelo que efetivamente ele consumiu. No caso da matéria-prima, pela quantidade que foi efetivamente utilizada e, no caso da mão-de- obra direta, pela quantidade de horas que foram efetivamente utilizadas.
2.2.2 Custos indiretos
Segundo Ribeiro (2002) custos indiretos abrangem os gastos com materiais, mão de obra e gastos gerais de fabricação aplicados indiretamente no produto. Esses gastos são assim denominados por ser impossível uma segura identificação de seus valores e quantidades em relação ao produto.
A classificação dos gastos como custos indiretos é dada tanto àqueles que impossibilitam uma segura e objetiva identificação com o produto como também àqueles que, mesmo integrando o produto, pelo pequeno valor que representam em relação ao custo total, não compensam a realização dos cálculos para considerá-los como custo direto (RIBEIRO, 2002, pg. 28).
A dificuldade de identificação desses gastos em relação ao produto ocorre porque os referidos gastos são utilizados na fabricação de vários produtos ao mesmo tempo. Exemplos destes custos indiretos pode ser a energia elétrica, aluguel da fábrica, salários e encargos dos supervisores de fábrica. Como os custos indiretos são difíceis de identificar em relação a cada produto, há a necessidade de se estabelecer algum critério para a distribuição destes valores aos custos dos produtos. Esta distribuição é denominada de rateio, e o critério para efetuar esta distribuição é chamado de base de rateio. Utilizando o pensamento de Bruni (2003), custos indiretos, necessitam de aproximações, isto é, algum critério de rateio, para serem atribuídos aos produtos. Exemplos: seguro e aluguel da fábrica, supervisão de várias linhas de produção e etc.
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2.2.4 Custos variáveis
Custos variáveis são aqueles que variam em função das quantidades produzidas, como ocorre, por exemplo, com a matéria prima. Bruni (2003) salienta que nos custos variáveis, seu valor total altera-se diretamente em função das atividades da empresa. Quanto maior a produção, maiores serão os custos variáveis. Exemplos típicos de custos variáveis são os gastos com matérias primas e embalagens, quanto maior a produção, maior o consumo de ambos. Assim como os custos fixos, os custos variáveis possuem a característica de genericamente serem tratados como fixos em sua forma unitária.
2.3 MÉTODOS DE CUSTEIO
Segundos os autores Martins (2003), Dutra (2003), Bruni (2003) e Megliorini (2002), os principais métodos de custeio são: custeio direto, custo padrão, custeio baseado em atividades (ABC), custo meta e custo por absorção.
2.3.1 Custeio direto
Custeio Direto ou Variável é um método de custeio usado para alocação apenas dos custos variáveis ao produto. Segundo Martins (2005) o sistema de custeio variável ou direto é um método que considera apenas os custos variáveis de apropriação direta como custo do produto ou serviço. Segundo Sá (1990, p. 108) o custeio variável é "o processo de apuração de custo que exclui os custos fixos". Segundo Megliorini (2002) enquanto no custeio por absorção eles são rateados aos produtos, no custeio variável, são tratados como custos do período, indo diretamente para o resultado juntamente com as despesas. A diminuição da necessidade de rateio deve-se ao fato de que no sistema de custeio variável, na maioria dos casos, os custos variáveis também são diretos, não alocando os rateios dos custos indiretos. Ele é usado para eliminar qualquer distorção na apuração dos custos oriundos de problemas com rateios, pois os custos fixos são tratados como despesas.
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2.3.2 Custo padrão
Bruni (2003) comenta que custo padrão estabelecido com mais critério, representa o que determinado produto deveria custar, em condições normais de eficiência do uso do material direto, da mão-de-obra, dos equipamentos, de abastecimento do mercado fornecedor e da demanda do mercado consumidor. Pode ser ideal, quando obtido com base em estudos científicos, ou corrente, quando considera as características normais do processo e do produto. O principal objetivo da utilização do sistema de custeio padrão consiste no controle dos custos, realizado com base em metas prefixadas para condições normais de trabalho. Empregando este tipo de custo, é possível apurar os desvios do realizado em relação ao previsto, identificar as causas dos desvios, adotar providências corretivas e preventivas de erros, que permitem a melhoria do desempenho.
2.3.3 Custo baseado em atividades - ABC
No custeio Activity Based Costing ou ABC, a alocação dos custos indiretos é baseada nas atividades relacionadas. Conforme Dutra (2003), este método originou- se da tentativa de melhorar a qualidade da informação contábil para a tomada de decisões, principalmente com relação à produtividade da força de trabalho e à definição do mix ideal de produção. Dutra (2003) prossegue dizendo que este método atribui aos objetos de custeio, todos os custos e despesas, sendo os diretos por apropriação e os indiretos rateados por direcionadores de custos. Não pode ser utilizado para apuração de impostos nem distribuição de dividendos, tendo em vista ser ele um método exclusivamente gerencial que considera a totalidade dos gastos do período e os confronta com as receitas potenciais, ou seja, as correspondentes ao total da produção de bens e serviços.
2.3.4 Custo meta
O custo meta ou também conhecido como custo alvo, do ponto de vista de Moro (2003) resulta da diferença aritmética entre o preço máximo que o mercado está disposto a pagar por esse produto e a margem de lucro que se necessita obter