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TCC Cólica Lactente, Teses (TCC) de Enfermagem

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Enfermagem, da Faculdade de Enfermagem do Belo Jardim, como requisito avaliativo obrigatório para conclusão da graduação. Corresponde a pesquisa qualitativa a respeito do fator etiológico para cólica do lactente (CÓLICA DO TERCEIRO MÊS)

Tipologia: Teses (TCC)

2010

Compartilhado em 27/12/2010

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kassio-felipe-5 🇧🇷

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AEB – Autarquia Educacional do Belo Jardim.
FAEB – Faculdade de Enfermagem do Belo Jardim.
Curso de Bacharelado em Enfermagem.
Carla Luana de Freitas Souza
Kassio Felipe Valeriano Freitas
Influência Psicológica na Relação Mãe/bebê para Incidência da Cólica do
Terceiro Mês em Filho(s) de Multíparas, Atendidos pelo Centro de Estudos,
Pesquisa e Atenção à Criança (CEPAC) – FAEB.
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Baixe TCC Cólica Lactente e outras Teses (TCC) em PDF para Enfermagem, somente na Docsity!

AEB – Autarquia Educacional do Belo Jardim. FAEB – Faculdade de Enfermagem do Belo Jardim. Curso de Bacharelado em Enfermagem.

Carla Luana de Freitas Souza

Kassio Felipe Valeriano Freitas

Influência Psicológica na Relação Mãe/bebê para Incidência da Cólica do Terceiro Mês em Filho(s) de Multíparas, Atendidos pelo Centro de Estudos, Pesquisa e Atenção à Criança (CEPAC) – FAEB.

BELO JARDIM

Carla Luana de Freitas Souza Kassio Felipe Valeriano Freitas

Influência Psicológica na Relação Mãe/bebê para Incidência da Cólica do Terceiro Mês em Filho(s) de Multíparas, Atendidos pelo Centro de Estudos, Pesquisa e Atenção à Criança (CEPAC) – FAEB.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Enfermagem, da Faculdade de Enfermagem do Belo Jardim, como requisito avaliativo obrigatório para conclusão da graduação.

Professora Ms. Luzia Helena Castro Squinca (Orientadora/FAEB)

Professora Patrícia Maria de Oliveira Andrade Araújo

(Examinador Titular Interno/FAEB)

Professora Especialista Vanessa Cavalcanti de Torres

(Examinador Titular Interno/FAEB)

“Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Ti, Senhor.”

DEDICATÓRIA

AGRADECIMENTOS

“Tudo é do Pai. Toda honra e toda glória, é Dele a vitória alcançada em minha vida”. (Frederico Cruz)

Agradeço a todos que por mim torceram e acreditaram: Aos meus amados pais, o ídolo e a guerreira da minha vida, que sempre me mostraram o caminho certo a seguir e, por vezes abriram mão de suas necessidades em busca das minhas realizações; à minha família, meu alicerce: por cada palavra, abraço, pelas orações, todo carinho que me sustentam até hoje. Aos meus amigos, que sonharam junto a mim com o meu sucesso, em particular aos que dividiram comigo na faculdade as alegrias e dificuldades desses quatro anos; falar em amigo é em especial falar da prima/irmã Taís e de Kamila que juntas correspondem ao melhor significado de amizade. Meu namorado Kassio, quem ao meu lado ajudou, me motivando e ouvindo, e por ter-mos partilhado a dificuldade e o prazer de desenvolver este trabalho.

À nossa orientadora, Luzia Squinca, pelo conhecimento e apoio compartilhado para a realização deste trabalho. Às mães entrevistadas, voluntárias que contribuíram essencialmente para o desenvolvimento da pesquisa, muito obrigada.

A Vitória é minha, mas vocês também são responsáveis por esse momento.

Carla Luana de Freitas Souza.

AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos que acreditando no meu sonho e no meu potencial me auxiliaram, e fizeram com que nada fosse por acaso. Nesta nova fase que se inicia posso afirmar que devo tudo que sou hoje a vocês: familiares, amigos e em especial, meus pais.

Todos os professores, os colégios que passei marcaram fundamentalmente minha formação, mas: dignidade, honestidade e respeito sempre, desde cedo, pude aprender com meus avós, meu pai e minha mãe.

Mais recentemente, nestes anos de graduação estive ainda mais firme por ter ao meu lado uma pessoa que especialmente me ouvia, confortava e supria minhas saudades; a falta do lar e dos amigos. Obrigado Luana. De forma especial, à Luzia Squinca por todo conhecimento transferido durante sua orientação.

Sem merecimento, ou mesmo sem cobrar nada em troca recebi tudo quanto me realiza de um Deus, uno e trino. A Ele pertence meu caminho, minhas vitórias.

nos termos deste trabalho, preparando-as para tornar a relação da díade o mais saudável, uma vez que a ansiedade da mãe é segundo Spitz (2004) uma “toxina psicológica”.

Palavras-chaves: Cólica, Díade mãe-filho, Supermissividade, orientação.

ABSTRACT

This is a work Completion of course that considers aspects of colic in the infant's condition, which is an annoyance reported by the infant generally beginning in the second week of life and lasting until the third month, with daily episodes of crying that

can last hour is extremely common complaint and cause of anxiety for parents, family and even for health professionals. The text addresses the definition of the clinical, etiological factors and associated hypothesis by relating the incidence of colon with primary overprotection anxious, synonymous with the overprotection of Spitz apud

Levy (2004). It is important to add these units to the routine measures to guide the primiparous women in particular about the colic, according to this work, preparing them to make the dyadic relationship as healthy, since the mother's anxiety is the second SPITZ (2004) a "psychological toxin”.

Keywords: colic, dyadic, overprotection, to guide.

3.4.1 Variáveis Independentes .......................................................................................... 26 3.4.2 Variáveis Dependentes .............................................................................................

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3.5 Aspectos éticos da Pesquisa .......................................................................................

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3.5.1 Riscos e Benefícios ..................................................................................................

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4 Resultados e Discussão .................................................................................................

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5 Considerações Finais .....................................................................................................

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6 Referências .....................................................................................................................

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7 Apêndice .........................................................................................................................

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8 Anexo ..............................................................................................................................

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Lista de Gráficos

GRÁFICO 1. Distribuição percentual da amostra quanto ao estado civil. Prevalência igual numericamente de sujeitos casados ou que vivem união estável, seguidos de solteiros. (p. 27)

GRÁFICO 2. Distribuição percentual da amostra quanto à escolaridade. Prevalência de sujeitos que estudaram até o Ensino Fundamental, seguidos do Ensino Médio e numericamente menor indivíduos sem instrução. (p. 27)

GRÁFICO 3. Distribuição percentual da amostra quanto à renda familiar. Metade da amostra declara ter renda inferior a um salário mínimo, enquanto os demais sujeitos declaram ter um e dois salários por renda respectivamente. (p. 28)

1. INTRODUÇÃO

A infância dentro de um contexto histórico recebe caricato diferenciado e ao mesmo tempo é concebida desta maneira. Na Idade Média, até o século XII, é possível afirmar que existiu certo menosprezo da sociedade para com este grupo através da

uma comunicação entre genitora e concepto, este demanda por suas necessidades, que quando atendidas no tempo e qualidade adequados gera o máximo de bem- estar, neste contexto Winnicott (1990, p. 57) refere-se como instinto

o termo pelo qual se denomina poderosas forças biológicas que vêm e voltam na vida do bebê ou da criança, e que exigem ação. A excitação do instinto leva a criança (...) a preparar-se para satisfação quando a mesma alcança seu estágio de máxima exigência. Se a satisfação é encontrada no momento culminante da exigência, surge recompensa do prazer e também o alívio temporário do instinto. A satisfação incompleta ou mal sincronizada acarreta alívio incompleto, desconforto, e a ausência de um período de descanso muito necessário entre duas ondas de exigência

Portanto em casos de primíparas, a insegurança e inexperiência bem como a hostilidade disfarçada em ansiedade pode ser fator de prestação inadequada da atenção reclamada pelo bebê que poderá desencadear: Eczema infantil, exposição aumentada a processos infecciosos, inclusive a cólica. Ainda sobre esses casos verifica-se potencialmente o compartilhamento dos cuidados ao bebê por outros além da mãe, Winnicott (1990) afirma que um bebê extremamente bem cuidado, sendo por diversas pessoas, ou mesmo por apenas duas, tem seu princípio de vida muito mais intricado. A divisão das tarefas no cuidado ao neonato desfavorece o vinculo afetivo que este teria com a mãe sendo cuidadora única, como também não proporcionaria satisfação completa sincronizada às necessidades daquele, conforme afirmou o autor.

A relação mãe-bebê já começa na gestação, esta última apontada por Borsa apud Caron (2006, p. 03)

como um terremoto hormonal, físico e psicológico que encerra os maiores desafios, segredos e incertezas do ser humano, ou seja, a gestação é cercada de mistérios insolúveis e estranhas reações que acompanham todo desenvolver do processo até o parto

Quando nascida, criança e mãe seguem aquela relação já estabelecida, e desta depende o desenvolvimento do bebê. “Com o parto quebra-se a imagem idealizada do bebê ao mesmo tempo em que este passa a se tornar um ser independente da mãe, recebendo todo o carinho e atenção que antes era desprendido à gestante”

Borsa (2006, p. 04), o mesmo autor afirma que neste momento a mulher deve absorver um novo sentido sobre a maternidade, onde a família deve favorecer um apoio emocional a esta, possibilitando adequada afinidade entre os pais e destes para com o bebê. É no aleitamento que se encontra as condições ideais para interação mãe-filho, havendo relatos de melhor aprendizagem e adaptação social entre as crianças amamentadas no peito, segundo Issler (2002). Para o neonato o primeiro ano de vida é dedicado ao esforço de sobrevivência e à formação e elaboração dos instrumentos de adaptação que servem a esse objetivo.

Sendo assim, coloca-se como objetivo geral estudar a relação entre a díade mãe- filho e a apresentação sintomática da cólica do terceiro mês, no primeiro e terceiro filho atendido no CEPAC – FAEB. Para tanto, especificamente buscou-se identificar a incidência da cólica do primeiro e terceiro filho de mães multíparas, relacionar a sintomática com a história de vida da mãe e Verificar o tipo de alimentação do primeiro e terceiro filho, e sua relação com o desenvolvimento da cólica.

Considerando que a cólica do lactente, um incômodo manifestado pelo bebê com início geralmente na segunda semana de vida e durável até o terceiro mês, com episódios diários de choro que podem durar horas; ser queixa extremamente frequente e causar ansiedade para pais, familiares e inclusive para os profissionais de saúde – os quais imputam causas diversas para ela e cada um traça condutas particulares 0 01 F– está relacionada a fatores psicológicos inerentes à díade mãe-filho, o problema de pesquisa buscou firmar a etiologia do problema, almejando melhoras desde pré-natal ao puerpério, adequando-os de modo a prestar assistência individualizada e integral enfatizando a resolução de problemas dos clientes e suas necessidades básicas afetadas, somáticas e psicológicas.

Os aspectos em torno do desenvolvimento físico encontram por parte de pesquisadores e profissionais de saúde a explicação para o problema em questão e que será explorado ao longo deste trabalho, é preciso considerar este fator sem esquecer-se do desenvolvimento emocional diante de sua importância na formação do indivíduo e mesmo seu potencial para desencadear fatores somáticos como explana o tópico a seguir.

2.1.2 Emocional

As respostas promovidas inicialmente pelo bebê estão ligadas necessariamente a processos psíquicos e como reflexos a estímulos, segundo Spitz (2004, p. 46) que destaca:

É por volta do fim da primeira semana de vida que o bebê começa a responder aos estímulos. Aparecem os primeiros tratos de comportamento dirigido para um alvo, isto é, a atividade, presumivelmente associada ao processo psíquico, que parece se estabelecer segundo reflexos condicionados.

Como exemplo, Spitz apud Bühler (2004, p. 47), cita:

No início, esses estímulos atingem a sensibilidade profunda. A primeira que desencadeia uma reação é a mudança de equilíbrio. Se após o oitavo dia, retirarmos do berço uma criança que é alimentada no peito e a colocamos nos braços de alguém, na posição de ser amamentada (isto é, na posição horizontal), ela vira a cabeça em direção ao peito da pessoa, homem ou mulher, que a está segurando.

Até algumas semanas, o bebê permanece incapaz de perceber o mundo que o cerca, tendo início de percepção por volta do segundo mês de vida, onde começa a interação com seus comunicantes quando principalmente apresenta fome. É, portanto, no início uma relação pouco estruturada, não verbal, até por isso

intensamente emocional. Quanto a isto Borsa apud Klaus (2006, p. 05) trata o investimento emocional dos pais em seus filhos como:

Um processo que é formado e cresce com repetidas experiências significativas e prazerosas. Ao mesmo tempo outro elo, geralmente chamado de ‘apego’, desenvolve-se nas crianças em relação a seus pais e a outras pessoas que ajudem a cuidar delas. É a partir dessa conexão emocional que os bebês podem começar a desenvolver um sentido do que eles são, e a partir do que uma criança pode evoluir e ser capaz de aventurar-se no mundo.

Claramente, em um bebê com desenvolvimento normal, entre o segundo e terceiro mês de vida observam-se respostas emocionais. A princípio ele segue com atenção concentrada a movimentos do rosto humano e têm-se início, em seguida, como primeira manifestação comportamental; o sorriso (Spitz, 2004).

É, entretanto, através do choro que se estabelece a primeira forma de comunicação social entre bebê e seus comunicantes, sendo considerada uma manifestação normal e fisiológica durante os primeiros meses de vida. Quanto a este entendimento Kosminsky apud Horário (2004, p. 02) afirma que este “pode sinalizar sede, fome, sono, fraldas sujas, desconfortos relacionados à temperatura ambiente, posição desconfortável, roupas apertadas, aerofagia, cólicas, vontade de ser aconchegado, entre outros”. Desta forma é considerado natural e perfeitamente esperado certo grau de choro para um lactente normal inserido num contexto sadio. Já que o choro é uma ferramenta de comunicação utilizada pelo RN nos primeiros meses de vida, e é sem dúvidas de todos os comportamentos pré-verbais o que mais chama atenção dos pais, quando maior a criança tem consciência com base em experiências anteriores, da tendência de sua mãe atender ao seu choro.

  1. A Relação mãe – bebê

Quanto a esta analogia Nascimento apud Mazet e Stoleru (2007, p. 01) enfatiza: