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O documentário 'desaparecidos: histórias de mães e amor perdidos' apresenta casos de pessoas desaparecidas e as lutas das mães por obter respostas sobre os desaparecimentos. O filme utiliza um processo de envelhecimento digital para ajudar nas buscas e destaca histórias de três pessoas desaparecidas e as dificuldades que as mães enfrentam para obter informações de órgãos de segurança pública e organizações não governamentais. O documentário também discute a importância do cadastro de pessoas desaparecidas e o papel do cinema no registrar e trazer para o público questões complexas.
O que você vai aprender
Tipologia: Esquemas
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Goiânia 2020
Produto Filme Documentário apresentado como Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação em Jornalismo à Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Escola de Comunicação, sob orientação da Professora Doutora Eliani de Fátima Covem Queiroz. GOIÂNIA 2020
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por ser essencial em nossas vidas e por ter nos guiado até aqui. Aos nossos Pais, irmãos, e a toda minha família que, com muito carinho e apoio, não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa da minha vida.
Agradeço aos meus pais, que se esforçaram e me incentivou a não desistir diante das dificuldades encontradas no caminho. Aos professores do curso de Jornalismo da PYC Goiás que, durante estes quatro anos compartilharam seus conhecimentos conosco, em especial a minha orientadora professora Drª. Eliani Covem, que por muitas noites, feriados e finais de semana se dispos a me ajudar a fazer este trabalho,dedicação que ficou muito marcada nesta caminhada. Que não seja apenas um simples e mero trabalho acadêmico, mas um aprendizado sem precedentes, porque foi o que me fez olhar com um olhar difetente para um outro mundo que não conhecia. Agradeço a cada mãe que pode conceder a entrevista para o filme e possibilitar escutar um pouquinho de sua história. Aos profissionais de segurança pública do Estado de Goiás, que com grande empenho e coragem se desdobram em uma peleja constante para garantir os direitos a cada cidadão goiano.
RESUMO: O documentário Desaparecidos: amores perdidos traz os relatos de mães que há algum tempo tiveram seus filhos desaparecidos. Até hoje elas não puderam ter a alegria de encontrá-los. Nem resposta sobre o real motivo do desaparecimento. Também foram entrevistados profissionais da área de segurança pública e do conselho tutelar para saber como essas investigações e denúncias chegam até eles para que sejam investigadas e buscar a solução. Também com o profissional encarregado de fazer o retrato digital da criança já adulta, utilizando um processo de envelhecimento digital, para auxiliar nas buscas. PALAVRAS-CHAVE : Documentário, desaparecido, mãe, dor, amor. ABSTRACT: The documentary Disappeared: Lost Love brings the stories of mothers who had their children missing for some time. To this day they have not been able to have the joy of meeting them. No answer about the real reason for the disappearance. Professionals from the public security area and from the tutelary council were also interviewed to find out how these investigations and complaints reach them so that they can be investigated and seek a solution. Also with the professional in charge of making the digital portrait of the adult child, using a digital aging process, to assist in searches. KEYWORDS: Documentary, missing, mother, pain, love.
Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas e criou o Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas^3. O cadastro está sendo criado com a contribuição de todos os Estados. Com a proposta do PLID e a criação da Lei 13.812, a expectativa é que as investigações possam ter êxito com as possibilidades de buscar as pessoas desaparecidas. No site da Policia Civil do Estado de Goiás, existem casos de pessoas desaparecidas há mais de dezesseis anos, com investigação parada e sem solução^4. Esta ferramenta possibilita uma resposta mais rápida para a família. Como na semana de gravação do filme, em setembro de 2020, uma pessoa que iria dar entrevista disse que foi informado que a pessoa que tanto procurou faleceu. Essa informação veio deois de cinquenta anos de procura e foi descoberto pela Receita Federal, por ter invalidado o seu CPF e o motivo do cancelamento como óbito. Dialogando com Nichols, Ramos (2008) afirma que o documentário é uma narrativa com imagens que traz contextualização para o mundo, mostrando aspectos de um fato ou situação que é pouco visto, esquecido ou deixado de lado. A natureza das imagens mostra a dimensão que um tema alcança, com a narrativa contada de forma a dar singularidade às histórias. Dessa forma, o filme Desaparecidos: amores perdidos aborda esta temática que lida com afetos perdidos. Parafraseando Nichols (2005), quando afirma que o filme documentário é uma produção cinematográfica que pretende mostrar a realidade de algumas situações vividas por um grupo de pessoas. É um recorte da realidade escolhido pelo diretor A metodologia adotada para a produção do filme envolveu a pesquisa sobre o tema, a produção com a localização dos personagens e locações de filmagem, a gravação das entrevistas e das imagens foi realizada usando a câmera Canon SL2. A entrevista com a mãe do João Victor foi realizada na casa dela, em contra-luz porque ela queria contribuir com a produção do documentário, mas não poderia ser identificada. Já a mãe da Mayra gravou com telefone celular na casa dela, na cidade de Nova Glória, norte do Estado de Goiás e enviou ao autor do trabalho por aplicativo WhatsApp. O vídeo da entrevista da mãe do Wesley, Camila Pedroso de Oliveira, foi copiado da Página “Gente procurando gente”, no Facebook. (^3) Lei nº 13.812, sancionada no dia 16 de março de 2019 e publicada o dia 18 de março de 2019 no Diário Oficia da União (DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO, 2019). (^4) O site da Policia Civil do Estado de Goiás traz informações sobre pessoas desaparecidas, com as investigações paralisadas (POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE GOIÁS, 2020).
Depois de concluída as gravações, foi feita a decupagem das entrevistas e imagens, um trabalho minucioso de transcrição de falas e das imagens. A partir da decupagem foi elaborado do roteiro, uma etapa desafiadora, já que muitos a narrativa de cada história trazia detalhes importantes e momentos de muita emoção. A partir do roteiro pronto, o editor Kevin Felipe fez a montagem do filme no programa Final Cut Pro X. O filme foi editado mais de uma vez, na sequência de vários cortes, fazendo ajustes, retirando trechos de entrevistas e colocando outros, inserindo imagens, legendas, até a sua finalização.
que muitos colocam em prática. O documentário é um “depositário de uma essência estática, atribuível a um tipo de material fílmico, a uma forma de abordagem ou a um conjunto de técnicas” (DA-RIN, 2004, p.7). No entendimento de alguns, o documentário é tratado como algo utópico. Mas também é tido como dissipador de informações em larga escala. Pode tratar de uma determinada situação, uma pessoa ou ponto de vista isolado. No entanto, o autor considera que, mesmo que tratando de temas específicos, essas informações são reais, com fundamentos de pesquisa. Dessa forma, o documentário é “dotado de uma imanência. Quanto em considerá-lo um falso objeto, é mero efeito ideológico” (DA-RIN, 2004, p. 8). Dialogando com Da-Rin (2004), Nichols (2009) considera que os documentários dão a capacidade de ver questões oportunas que necessitam de atenção. Pode-se ter visões fílmicas do mundo. Essas visões colocam diante do público questões sociais e atualidades, problemas recorrentes e soluções possíveis. “O vínculo entre o documentário e o mundo histórico é forte e profundo. O documentário acrescenta uma nova dimensão à memória popular e à história social” (NICHOLS, 2009, p.27). Para Ramos (2008, p. 22), o documentário permite asserções sobre o mundo. Em poucas palavras, documentário é uma narrativa com imagens-câmera que estabelece asserções sobre o mundo, na medida em que haja um espectador que receba essa narrativa como asserção sobre o mundo. A natureza das imagens-câmera e, principalmente, a dimensão da tomada através da qual as imagens são constituídas determinam a singularidade da narrativa documentária em meio a outros enunciados assertivos, escritos ou falados. Noutra direção, Jorge (2010, p. 3) coloca em destaque o poder do filme documentário em trazer para o público questões também permeadas de embates e conflitos. Mesmo sendo representação da realidade, o cinema é documental porque registra por meio da imagem o pensamento e as ideias que gestam embates e conflitos, convergências e divergências dos sujeitos que cotidianamente protagonizam o movimento da história. Assim, é no interior da contradição forma/conteúdo, ficção/realidade que o cinema se faz como registro imagético da história, tornando o acúmulo da produção cinematográfica registro histórico da vida social (JORGE, 2010, p.3). Segundo Nichols (2009), o produto áudio visual fala para um público, seja aquele que está participando diretamente como agência ou instituição. Um produto que fala de algo que tem importância e é histórico. Nesse sentido, quando um cineasta coloca um olhar antes não observado em determinada situação, a narrativa sai de uma ficção, para a não-ficção, proporcionando o real do material.
Dialogando com Nichols (2009), Bernard (2008) considera que o documentário também trata de assuntos factuais. No entanto, esse assunto pode ser tratado não apenas na narrativa da factualidade, mas com a expressão de narrativa de sentimento. Para a autora, os documentários “conduzem seus espectadores a novos mundos e experiências por meio da apresentação de informações factual sobre pessoas, lugares e acontecimentos reais, geralmente retratados por meio do uso de imagens reais e artefatos” (BERNARD,2008, p.2). Dessa forma, a visão cinematográfica de um documentário requer mais que apontar a câmera e extrair dela informações aleatórias. Cada tomada auxilia na aquisição de informações sobre o assunto tratado. O filme pode abordar sobre algo factual, mas se não conseguir desenrolar a história com informações novas, que o público não havia percebido ainda ou narrar de uma forma que desperte sentimento, será apenas um conjunto de imagens que informará as pessoas (BERNARD, 2008). De acordo com a autora, no caso de documentário, o filme deve ser produzido para levar o público a pensar e ter convicções além do que já sabe sobre aquele assunto. Nichols (2008) classificou seis modos com especificidades próprias na forma de fazer o documentário: observativo, expositivo, reflexivo, performático, participativo e poético. O filme Desaparecidos: amores perdidos foi realizado seguindo os modos expositivo e reflexivo. No modo expositivo, o diretor dirige-se ao espectador diretamente, com legendas ou vozes narradas ou em entrevistas, “que propõem uma perspectiva, expõem um argumento ou recontam a história” (NICOLS, 2008, P. 142). Dessa forma, os documentários expositivos dependem muito de uma lógica informativa transmitida verbalmente. No modo reflexivo, segundo o autor, o documentário pede para vê-lo como ele é, um construto ou uma representação da realidade. Provoca a reação do expectador diante da tela, interpretando o filme, “em favor de um acesso imaginário aos acontecimentos mostrados na tela” (NICHOLS, 2008, p. 163). O documentário reflexivo “estimula no expectador uma forma mais elevada de consciência a respeito de sua relação com o documentário e aquilo que ele representa” (NICHOLS, 2008, P. 163). Técnicas de produção do documentário
condições de produção, ou seja, exibir, mostrar, dar a ver, tornar visível, fazer da visibilidade um fim em si mesma” (TEIXEIRA, p. 273). Dito de outra forma, na montagem, segundo Puccini (2007, p. 199), Surge o momento em que o documentarista tem o controle do universo de representação do filme. No controle da montagem não importa mais o estilo porque, toda a montagem implica no trabalho de roteirização que orienta a ordenação das sequências, definindo-se a formação final do filme. Nesta situação mesmo de não ser escrito no papel, o roteiro do filme será impresso essa e colocado em prática as informações e modificado até a chegada no pronto final de acordo com a condução do roteiro. Na finalização é o momento de colocar a trilha sonora, o nome do filme, as legendas e os créditos finais do filme, fazendo uma revisão geral da montagem, se ficou na ordem desejada pelo diretor. Ao concluir a finalização, o filme está pronto para ser lançado e exibido ao público (PUCCINI, 2007). A história do documentário no Brasil O documentário nasceu no final do século passado, quando imagens ganhavam movimento por meio da fotografia em produções de cine-jornais e filmes institucionais, em registro de expedições, acontecimentos históricos, atos oficiais, cerimônias públicas e privadas da elite, funcionamento de fazendas e fábricas e outros. Cineastas como os irmãos Afonso e Paschoal Segreto, Silvino dos Santos, major Luís Tomás Reis são pessoas que registraram as primeiras imagens do acervo histórico do cinema brasileiro. Tais imagens do cinema mudo mostravam também o futuro da maioria dos filmes documentários feitos na época no Brasil. Deve partir não do longa-metragem de ficção, que é o sonho, a vontade, o “verdadeiro” cinema, mas exceção – e sim dos documentários de curta- metragem e dos jornais cinematográficos, pois é este tipo de cinema que durante décadas foi o sustentáculo da produção e comercialização de filmes brasileiros (RODRIGUES, 2010, p.64). Essa produção era financiada pelo Estado e por fazendeiros da região, detentores de poder político e econômico, direcionando as produções para as elites aqui no Brasil e no exterior. No século XX a análise dos documentários e cinejornais, primeiros a serem dirigidos, tem um poder de impacto e prospecção. Já na década de 1920 aconteceu a primeira crise na produção nacional. Uma pequena porcentagem que produção nacional se mostrou negligenciada. De acordo com Rodrigues (2010, p. 65), “não é nenhuma surpresa que, desde essa época, pouca coisa mudou: os filmes norte-americanos
dominavam a cena com cerca de 80% da exibição em território nacional. A pequena fatia restante ficava para os filmes europeus”. Na década de 1960 surgiu o movimento do cinema novo, com a temática exótica sobre florestas e os povos que nela habitava dando lugar a temática que busca refletir sobre o subdesenvolvimento no país e a desigualdade social. Sugerem algumas mudanças nas questões estéticas caras à formação do movimento cinema novas. Paulo César Saraceni dirige, em conjunto com Mário Carneiro, o pioneiro Arraial do Cabo, de
Ronald Reagan, declarou 25 de maio como o Dia Nacional das Crianças Desaparecidas, em homenagem a Etan Patz. As políticas de enfrentamento a essas situações não eram bem estruturadas. Havia nos Estados Unidos o Departamento de Pessoas Desaparecidas, mas a polícia não contava com ferramentas e recursos suficientes para a resolução de casos. Na Europa, o desaparecimento de Madeleine McCann que tinha 3 anos, que aconteceu em 2007 intrigou a todos. Os pais de Madeleine, dois médicos britânicos, tinham deixando a menina de x anos e dois outros filhos dormindo no quarto do hotel e saído para jantar em um restaurante a 50 metros do local dentro do complexo turístico do hotel. A mãe da menina ao voltar para o quarto para olhar os filhos, viu que Madeleine não estava por lá (MIGALHAS, 2019). Então começou uma corrida em busca da garota. A polícia, artistas, entre outras pessoas, fizeram apelos para encontrarem o paradeiro da menina. Até os dias atuais, não foi possível comprovar nada sobre o desaparecimento de Madeleine. No início das investigações surgiram evidências de que um homem foi visto com uma criança no colo nas proximidades do quarto em que Madeleine estava, mas essa suspeita não foi comprovada. Os pais foram indiciados como suspeitos, pois a polícia suspeitou que a criança tomou remédio para dormir e morreu. Os pais então tentaram encobrir a morte da menina. Essa suspeita foi levantada porque no quarto do casal tinha sangue e um cheiro muito forte de cadáver (MIGALHAS, 2019). No Brasil, o menino Carlos Ramires da Costa, de 10 anos de idade, foi sequestrado em agosto de 1973, na cidade do Rio de Janeiro. Carlos era filho de Maria da Conceição e João Mello, tinha seis irmãos. A mãe era dona de casa e o pai farmacêutico. Conhecido como Carlinhos, foi sequestrado na casa em que morava com sua família. Sequestradores deixaram um bilhete na casa, que exige o pagamento de um valor para o resgate, e exigia que não chamassem a polícia. Começou uma força tarefa da família para juntar o dinheiro. Como o bilhete acabou sendo publicado no jornal O Globo, os sequestradores nunca mais entraram em contato e Carlos Ramires nunca mais foi encontrado (REDAÇÃO DO G1, 2019). Outro caso que teve grande repercussão no Brasil foi o desaparecimento do menino Pedrinho, levado poucas horas depois do seu nascimento no Hospital Santa Lúcia, em Brasília por uma mulher que não conseguiram identificar. O filho de Maria Auxiliadora Braule Pinto e Jayro foi levado sem deixar nenhum vestígio. Após 16 anos, a Policia Civil recebeu um e-mail anônimo com a descrição de um garoto nascido em
Brasília e adotado por uma família de Goiânia, com o nome de Osvaldo Martins Borges. As características eram as mesmas de Pedrinho (REDAÇÃO DO CORREIO BRASILIENSE, 2015). De acordo com os autores, em diligência em Goiânia, os policiais encontraram Pedro Rosalino Braule Pinto, o Pedrinho. O exame de DNA deu positivo e Pedrinho se muda para Brasília, para a casa dos pais biológicos. Atualmente ele é advogado, casado com a administradora Nágyla Gabriela Queiroz Galvão e tem um filho. Os autores informam que a mulher que sequestrou Pedrinho, Vilma Martins, tinha em sua casa outra suporta filha, Roberta Jamilly Martins Borges, que também foi sequestrada por ela há mais de 33 anos. Ela continuou com o nome que Vilma a registrou, no entanto não mora mais com a mãe adotiva. Já Vilma Martins cumpriu cinco dos 19 anos de condenação por sequestro e outros agravantes. Cumpriu a pena e atualmente já se encontra em liberdade. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública realiza pesquisas sobre os registros de desaparecidos no Brasil. Entre os anos de 2007 a 2016, foram 693.076 registros de pessoas desaparecidas. Uma médiade190 pessoas desaparecidas por dia, oito por hora. No ano de 2017 foram registrados82.684 boletins de ocorrência por desaparecimentos (CALVI, 2018). De acordo com o autor, estatísticas de 2019 mostram um número de 82. desaparecidos em todo o país. O Estado com mais casos é o de São Paulo, com 24. casos de desaparecimento. O índice de pessoas localizadas em 2019 foi de 19.722, menor que no ano anterior (2018), que foi de 23.726 pessoas localizadas. Em 2019 o Estado de Goiás teve 3.068 casos de desaparecimento. Aspectos legais que auxiliam na busca de desaparecidos no Brasil A criação de leis pelo governo federal dá suporte decisivo para auxiliar nas investigações dos desaparecidos no Brasil. No ano de 2019 foi aprovada uma lei federal que viabiliza a política de busca de pessoas desaparecidas e determina a criação de um cadastro nacional de pessoas desaparecidas. É a Lei No^ 13.812, de 16 de março de 2019 (DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO, 2019). Esta Lei estrutura pontos que antes não tinha uma perspectiva concreta sobre o que fazer sobre o assunto. A lei mostra que, além do setor de segurança pública, participa também da investigação órgãos de direitos humanos e de defesa da cidadania;