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Insuficiência Respiratória Aguda: Tipos, Causas e Tratamentos, Resumos de Saúde do Idoso

Uma tabela sobre a insuficiência respiratória aguda (irespa), incluindo suas definições, classificações, causas e tratamentos. A irespa é definida como uma síndrome clínica resultante de falha na realização de trocas gasosas adequadas, com início agudo e decorrente de disfunção em um ou mais componentes do sistema respiratório. A documento discute as hipoxêmica e hipercápnica tipos de irespa, suas causas, sintomas e exames complementares, além de tratamentos como oxigenoterapia e intubação orotraqueal.

Tipologia: Resumos

2022

Compartilhado em 29/11/2022

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johny-barbosa 🇧🇷

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FACULDADE DE MEDICINA DE OLINDA P7TBLSAUDE DO ADULTOINSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
Johny Barbosa & Carina Barbosa
1
TBL SAÚDE DO ADULTO – 28/03/2022
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
O distúrbio ventilação-perfusão é o principal mecanismo fisiopatológico da hipoxemia.
O grande determinante do conteúdo arterial de oxigênio é a saturação de oxigênio.
A hipoxemia frequentemente se apresenta com manifestações neurológicas inespecíficas, como agitação e sonolência.
Oferecer O2 suplementar é necessário para estabilização de pacientes hipoxêmicos, porém o tratamento da causa básica da insuficiência respiratória
aguda é fundamental.
A ultrassonografia point of care é um método acurado para o esclarecimento etiológico.
A gasometria arterial é o exame determinante para a classificação da insufic iência respiratória aguda (IRespA) em hipoxêmica ou hipercápnica.
A ventilação o invasiva é uma medida de suporte especialmente benéfica em doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) exacerbada e edema
agudo de pulmão, porém não deve protelar a intubação orotraqueal quando indicada.
Especial atenção deve ser dada em se evitar altos fluxos de oxigênio em pacientes hipercápnicos, sobretudo DPOC moderada a grave.
DEFINIÇÃO
A insuficiência respiratória aguda (IRpA) é uma síndrome clínica definida pela incapacidade do organismo em realizar trocas gasosas de f orma
adequada, de instalação aguda, decorrente da disfunção em um ou mais dos componentes do sistema respiratório (parede torácica, pleura, diafragma,
vias aéreas, alvéolos, circulação pulmonar, sistema nervoso central e periférico).
É definida gasometricamente por PaO2 < 60 mmHg (ou SpO2 < 90%) ou PaCO2 > 45 ou 50 mmHg.
CLASSIFICAÇÃO
TIPO 1
HIPOXÊMICA
(PaO2 < 60 mmHg)
8
Há falência primária na oxigenação.
8
Desenvolvida em condições em que a vent ilação se encontra preservada: a hipoxemia é decorrente de
alteração na relação ventilação/perfusão (V/Q) efeito shunt ou espaço morto ou na difusão dos gases
pela membrana alveolocapilar.
8
Gasometria arterial: hipoxemia está p resente, sem hipercapnia.
8
A PaCO2 pode estar baixa na tentativa de se compensar a hipoxemia com hiperventilação.
TIPO 2
HIPERCÁPNICA
(PaO2 > 45 mmHg)
8
O
Hipercapnia é definida como PaCO2 > 45 mmHg.
8
A pressão parcial de CO2 é diretamente proporcional à sua produção (VCO2) e inversamente proporcional
à ventilação alveolar (eliminação de CO2). A ventilação alveolar é dependente da ventilação minuto e da
relação entre espaço morto e volume corrente.
8
Aumento do espaço mort o e redução da ventilação minuto são causas comuns de hipercapnia; aument o
da produção de CO2 raramente resulta em hipercapnia importante devido aos mecanismos de
compensação.
ETIOLOGIA
TIPO 1
HIPOXÊMICA
(PaO2 < 60 mmHg)
8
Infecções (bactérias, vírus, fungos).
8
Edema aguda de pulmão cardiogênico (elevação da pressão hidrostática).
8
Edema agudo de pulmão não cardiogênico.
8
Lesão pulmonar/SDRA.
8
Embolia pulmonar.
8
Atelectasia.
8
Fibrose pulmonar/intersticiopatias.
8
Hemoptise.
8
Neoplasias.
8
Traumáticas: contusão pulmonar.
TIPO 2
HIPERCÁPNICA
(PaO2 > 45 mmHg)
8
Asma.
8
Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
8
Medicações depressoras do SNC: opioides, barbitúricos, benzoadiazepínicos.
8
Doenças neuromusculares: Guillain-Barré, miastenia gravis, distrofia muscular, esclerose lateral
amiotrófica.
8
Transtornos do SNC: neoplasias, infecções, traumas, AVC, elevação da pressão intracraniana.
8
Metabólicos: hipoglicemia, hipercalcemia, hipernatremia, hiponatremia.
8
Síndrome hipoventilação da obesidade.
AVALIAÇÃO DA OXIGENAÇÃO
N
Saturação de oxigênio (SatO2)
N
Pressão parcial arterial de oxigênio (PaO2)
N
Gradiente alvéolo-arterial de oxigênio [G(A-a)]
N
PaO2/FiO2
N
Nos pacientes que apresentem via aérea pérvia, a avaliação da
respiração será o próximo passo.
N
Pacientes em risco de hipercapnia, a saturação de O2 alvo é de
88-92%, pois há risco de depressão respiratória secundária a
elevações agudas na PaO2.
N
SatO2 > 94% não há indicação.
pf2

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FACULDADE DE MEDICINA DE OLINDA – P7 – TBL – SAUDE DO ADULTO – INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA Johny Barbosa & Carina Barbosa

TBL – SAÚDE DO ADULTO – 28 /0 3 /

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

  • O distúrbio ventilação-perfusão é o principal mecanismo fisiopatológico da hipoxemia.
  • O grande determinante do conteúdo arterial de oxigênio é a saturação de oxigênio.
  • A hipoxemia frequentemente se apresenta com manifestações neurológicas inespecíficas, como agitação e sonolência.
  • Oferecer O 2 suplementar é necessário para estabilização de pacientes hipoxêmicos, porém o tratamento da causa básica da insuficiência respiratória aguda é fundamental.
  • A ultrassonografia point of care é um método acurado para o esclarecimento etiológico.
  • A gasometria arterial é o exame determinante para a classificação da insuficiência respiratória aguda (IRespA) em hipoxêmica ou hipercápnica.
  • A ventilação não invasiva é uma medida de suporte especialmente benéfica em doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) exacerbada e edema agudo de pulmão, porém não deve protelar a intubação orotraqueal quando indicada.
  • Especial atenção deve ser dada em se evitar altos fluxos de oxigênio em pacientes hipercápnicos, sobretudo DPOC moderada a grave. DEFINIÇÃO
  • A insuficiência respiratória aguda (IRpA) é uma síndrome clínica definida pela incapacidade do organismo em realizar trocas gasosas de forma adequada, de instalação aguda, decorrente da disfunção em um ou mais dos componentes do sistema respiratório (parede torácica, pleura, diafragma, vias aéreas, alvéolos, circulação pulmonar, sistema nervoso central e periférico).
  • É definida gasometricamente por PaO 2 < 60 mmHg (ou SpO 2 < 90%) ou PaCO 2 > 45 ou 50 mmHg. CLASSIFICAÇÃO

TIPO 1

HIPOXÊMICA

(PaO2 < 60 mmHg) 8 Há falência primária na oxigenação. 8 Desenvolvida em condições em que a ventilação se encontra preservada: a hipoxemia é decorrente de alteração na relação ventilação/perfusão (V/Q) – efeito shunt ou espaço morto – ou na difusão dos gases pela membrana alveolocapilar. 8 Gasometria arterial: hipoxemia está presente, sem hipercapnia. 8 A PaCO2 pode estar baixa na tentativa de se compensar a hipoxemia com hiperventilação.

TIPO 2

HIPERCÁPNICA

(PaO2 > 45 mmHg) (^8) O Hipercapnia é definida como PaCO 2 > 45 mmHg. 8 A pressão parcial de CO 2 é diretamente proporcional à sua produção (VCO 2 ) e inversamente proporcional à ventilação alveolar (eliminação de CO 2 ). A ventilação alveolar é dependente da ventilação minuto e da relação entre espaço morto e volume corrente. 8 Aumento do espaço morto e redução da ventilação minuto são causas comuns de hipercapnia; aumento da produção de CO 2 raramente resulta em hipercapnia importante devido aos mecanismos de compensação. ETIOLOGIA

TIPO 1

HIPOXÊMICA

(PaO2 < 60 mmHg) 8 Infecções (bactérias, vírus, fungos). 8 Edema aguda de pulmão cardiogênico (elevação da pressão hidrostática). (^8) Edema agudo de pulmão não cardiogênico. (^8) Lesão pulmonar/SDRA. 8 Embolia pulmonar. 8 Atelectasia. 8 Fibrose pulmonar/intersticiopatias. 8 Hemoptise. 8 Neoplasias. 8 Traumáticas: contusão pulmonar.

TIPO 2

HIPERCÁPNICA

(PaO2 > 45 mmHg) 8 Asma. 8 Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). 8 Medicações depressoras do SNC: opioides, barbitúricos, benzoadiazepínicos. 8 Doenças neuromusculares: Guillain-Barré, miastenia gravis, distrofia muscular, esclerose lateral amiotrófica. 8 Transtornos do SNC: neoplasias, infecções, traumas, AVC, elevação da pressão intracraniana. 8 Metabólicos: hipoglicemia, hipercalcemia, hipernatremia, hiponatremia. 8 Síndrome hipoventilação da obesidade. AVALIAÇÃO DA OXIGENAÇÃO N Saturação de oxigênio (SatO 2 ) N Pressão parcial arterial de oxigênio (PaO 2 ) N Gradiente alvéolo-arterial de oxigênio [G(A-a)] N PaO 2 /FiO 2 N Nos pacientes que apresentem via aérea pérvia, a avaliação da respiração será o próximo passo. N Pacientes em risco de hipercapnia, a saturação de O 2 alvo é de 88 - 92%, pois há risco de depressão respiratória secundária a elevações agudas na PaO 2. N SatO 2 > 94% não há indicação.

` FACULDADE DE MEDICINA DE OLINDA – P7 – TBL – SAUDE DO ADULTO – INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA Johny Barbosa & Carina Barbosa

TRATAMENTO

- Cateter nasal de O2 (CN O2) - Máscara de Venturi - Máscara facial com reservatório - Dispositivo bolsa-máscara-válvula - Cânula nasal de alto fluxo - Ventilação não invasiva (VNI): ü O DPOC exacerbado com acidose respiratória (pH < 7,3 e PaCO2 > 45 mmHg). ü Edema agudo de pulmão cardiogênico. ü Pacientes imunossuprimidos em IRespA tipo 1. ü Prevenção de falência respiratória pós-extubação em pacientes de alto risco.

  • Intubação orotraqueal EXAMES COMPLEMENTARES
  • (^) Eletrocardiograma
  • Raio X de tórax
  • (^) D-dímero
  • Gasometria arterial
  • Tomografia (TC) de tórax
  • Cintilografia ventilação/perfusão
  • Capnografia
  • Ultrassonografia de tórax

INDICAÇÕES DE INTUBAÇÃO

O julgamento clínico é primordial.

  • Incapacidade de manutenção de adequada oxigenação (frequentemente considerada SatO2 > 90%), a despeito de O2 suplementar.
  • Ventilação espontânea inadequada e/ou intenso trabalho respiratório (objetivamente associado a taquipneia), a despeito de suporte ventilatório não invasivo.
  • (^) Incapacidade de proteção de vias aéreas usualmente, todavia não exclusivamente, associada a rebaixamento do nível de consciência (escala de coma de Glasgow ≤ 8).

CRITÉRIOS PARA IOT DIFÍCIL

• IMC > 40

  • Escala de Malampatti > ou = 3
  • Diâmetro cervical > 40 cm (5% difícil)
  • Diâmetro cervical > 60 cm (35% difícil)