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Taylorismo e Fordismo no Cinema: 'Tempos Modernos' e 'Gigantes da Indústria' - Prof. Alves, Trabalhos de Organização e Administração de Empresas

RELAÇÕES ENTRE O TAYLORISMO E O FORDISMO DE ACORDO COM OS FILMES “TEMPOS MODERNOS” E “GIGANTES DA INDÚSTRIA DE HENRY FORD”.

Tipologia: Trabalhos

2021

Compartilhado em 13/04/2021

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marcos-barbosa-ifn 🇧🇷

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FACULDADE DE CIÊNCIAS E EMPREENDEDORISMO - FACEMP
GRADUAÇÃO
Marcos Vinícius Barbosa Nunes
RELAÇÕES ENTRE O TAYLORISMO E O FORDISMO DE ACORDO COM OS
FILMES “TEMPOS MODERNOS” E “GIGANTES DA INDÚSTRIA DE HENRY
FORD”
Santo Antônio de Jesus
2019
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FACULDADE DE CIÊNCIAS E EMPREENDEDORISMO - FACEMP

GRADUAÇÃO

Marcos Vinícius Barbosa Nunes RELAÇÕES ENTRE O TAYLORISMO E O FORDISMO DE ACORDO COM OS FILMES “TEMPOS MODERNOS” E “GIGANTES DA INDÚSTRIA DE HENRY FORD” Santo Antônio de Jesus 2019

Marcos Vinícius Barbosa Nunes RELAÇÕES ENTRE O TAYLORISMO E O FORDISMO DE ACORDO COM OS FILMES “TEMPOS MODERNOS” E “GIGANTES DA INDÚSTRIA DE HENRY FORD” Trabalho a ser entregue à professora Delnice Alves, como parte das exigências para compor a nota da segunda unidade. Santo Antônio de Jesus 2019

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo geral contextualizar, no campo da administração científica, as principais relações estabelecidas entre o fordismo e o taylorismo, identificando suas características, suas origens, suas formas de elaboração e seus pontos positivos e negativos nos filmes “Tempos modernos” e “Gigantes da indústria de Henry Ford”. Pretende-se analisar o contexto histórico no qual estavam inseridos os pensadores Frederick Winslow Taylor e Henry Ford e o que os motivaram a pensarem suas teorias da maneira como as formularam. Buscamos também fazer uma breve retrospectiva sobre a vida e a história dos pensadores e suas teorias. Discorreremos, assim, sobre os impactos que essas teorias causaram na sociedade contemporânea e como elas impulsionaram para que tivéssemos os avanços tecnocientíficos que temos hoje, tanto na área da administração científica quanto na área dos estudos socioantropológicos. Palavras-chave: Taylorismo. Fordismo. Relações. Pontos positivos e negativos. Características. Administração científica. Formas de elaboração.

INTRODUÇÃO

Com o renascimento científico surge uma nova maneira de pensar o modelo de organização fabril. Com a racionalização do homem, as explicações com base na religião já não eram satisfatórias para atender as necessidades da população. O que antes era explicado pela religião e por meio de crenças cede lugar às explicações científicas e de carácter racional, fazendo com que o homem passasse do estágio teocêntrico (Deus no centro de tudo) para o estágio antropocêntrico (homem no centro de tudo). Inserido nesse contexto histórico, surge uma figura que revolucionaria a indústria e os modos de produção fabril, Frederick Winslow Taylor, engenheiro norte-americano, considerado como um dos fundadores da administração científica. Taylor enfatiza a eficiência operacional das tarefas realizadas, buscando extrair o melhor rendimento de cada funcionário. Ao desenvolver seus projetos, Taylor fez uma análise dos processos produtivos, tendo como foco a economicidade, ao máximo, em termos dos esforços produtivos. Com isso, ele não estava preocupado com inovações tecnológicas, mas sim com o controle de produção, através de uma padronização contínua, estabelecendo, desse modo, um sistema de supervisão e controle. As observações de Taylor o levaram à conclusão de que, ao controlar o ritmo dos operários, estes passavam a ser muito mais produtivos. Por isso, Taylor acreditava que, com a substituição dos métodos por metodologias cientificamente testadas, a seleção e treinamento rigoroso dos trabalhadores, a supervisão contínua do trabalho, a execução disciplinada das tarefas e o fracionamento do trabalho na linha de montagem, tudo isso atrelado ao uso de metodologias para evitar a fadiga do trabalhador, o estimulo salarial proporcional e a hierarquização da cadeia produtiva, fariam com que o operário atingisse o seu potencial máximo no que se refere à produção. Em meados do século XX, em meio a todas as transformações políticas, científicas e tecnológicas que o mundo estava vivendo, tendo como embasamento o modelo desenvolvido por Frederick Taylor, surge um homem com um pensamento que transformaria a indústria como um todo e a automobilística em particular, Henry Ford. Apesar de ter frequentado a

DESENVOLVIMENTO

Ao pensarmos sobre o modelo de produção desenvolvido por Frederick Taylor (taylorismo), não poderíamos deixar de citar um dos filmes que mais retrata a utilização desse método nos modos de produção fabril da época. Charlie Chaplin, ao protagonizar o filme “Tempos modernos”, expressa de forma genuinamente bem o modelo desenvolvido por Taylor para aprimorar e melhorar o desempenho dos trabalhadores. Taylor, ao desenvolver seu método, não se ateve às inovações tecnológicas. O que ele queria era o estudo de métodos que fizessem com que os operários realizassem suas tarefas da forma mais rápida e eficaz possível, aumentando, assim, o lucro e a produtividade, e que, ao mesmo tempo, fizessem com que esses mesmos operários se sentissem estimulados e incentivados a produzir mais e mais. Por meio de métodos como a padronização da execução das tarefas, tão bem expressa por Chaplin no filme, Taylor acreditava que os operários pudessem se especializar naquela função e assim desempenhá-la da melhor maneira possível. E nisso o pensador falhou miseravelmente, pois não conseguiu prever que a monotonia na repetição deixaria os operários exaustos e fatigados com o trabalho, sendo essa uma das maiores críticas a sua teoria. Taylor verificou que os trabalhadores deveriam ser organizados de forma hierarquizada e sistematizada, distanciando o trabalho manual do trabalho intelectual, garantindo a gerência que era a detentora do conhecimento geral da produção, o controle sobre os trabalhadores. Karl Max, um importante filósofo e pensador daquela época, também falou um pouco sobre isso na sua teoria, quando estabelece uma relação de trabalho pensada através de elementos materiais, sendo um deles a divisão do trabalho social, dividido em trabalho intelectual, composto por aqueles que pensam as relações de trabalho, ou seja, os donos das fábricas e os burgueses, e o trabalho manual, composto por aqueles que executam as relações de trabalho, ou seja, a classe trabalhadora e os proletários. Se por um lado Taylor não se ateve muito aos recursos tecnológicos para o desenvolvimento do seu método, Ford focou seus estudos na mecanização do trabalho. Juntamente com os métodos racionais e científicos desenvolvidos por Taylor, sua principal característica, sem dúvida, foi a introdução nas linhas de montagem, a qual se caracteriza pelo

trabalho monótono e repetitivo, na qual o operário fica parado realizando uma tarefa específica enquanto o produto fabricado era deslocado pela fábrica em uma espécie de esteira. Tanto em “Gigantes da indústria” quanto em “Tempos modernos” é possível notar as características mais relevantes que levaram os dois pensadores a formularem suas teorias do modo como o fizeram: o trabalho monótono, a repetição, a introdução nas linhas de montagem. Os trabalhos de ambos os pensadores foram, sem dúvida, métodos que fizeram com que a indústria de seu tempo tivesse um desenvolvimento gigantesco. Mas como todo modelo e teoria, os dois pensadores pecaram em alguns aspectos. Ford errou ao pensar a produção eficiente concentrada em um só modelo. Uma piada da época dizia que Ford deixava que seus clientes escolhessem qualquer cor para seus veículos, desde que ela fosse preta. Essa piada mostra como o fordismo favorece a quantidade em detrimento da qualidade e como nessa teoria o foco está voltado mais para o produto do que para o mercado. O sistema de Ford, apesar de sua grande eficiência, não dava muito espaço para a inovação e a adaptação às oscilações do mercado. Isso pode ter sido um dos seus principais erros. Já Taylor acaba pecando na medida em que ignora algumas necessidades básicas dos trabalhadores, os quais passam a se sentir explorados e insatisfeitos. Ao notar que passaram a ser vistos como peças descartáveis, os trabalhadores se opõem bruscamente à aplicação do taylorismo. Ambos os modelos, ao apresentarem claros sinais de esgotamento, tanto no que tange à mão-de-obra dos operários quanto à produção fabril, começam a decair. Os trabalhadores, insatisfeitos com aquelas situações de trabalho insalubre, começam a se organizar junto ao patronato, reivindicando a criação de políticas de proteção aos trabalhadores e solicitando melhorias nas condições de trabalho. Com a deflagração da Segunda Guerra Mundial, o modelo fordista encontra-se sob violenta crise e entra em declínio.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://www.todamateria.com.br/taylorismo/. Acesso em 28/06/2019. TAYLORISMO,fordismo.Disponível em: http://www.mundoeducacao.com/geografia/ taylorismo.htm. Acessado em 18/06/2019. https://www.todamateria.com.br/fordismo/ Acesso em 28/06/2019. GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2004. PINTO, Geraldo Augusto. A organização do trabalho no século 20: taylorismo, fordismo e toyotismo. São Paulo: Expressão Popular, 2010. ANDRADE, Rui Otávio Bernardes de; AMBONI, Nério. Teoria geral da administração: das origens às perspectivas contemporâneas. São Paulo: Elsevier, 2007. Fordismo, revolução e administração de empresas. Disponível em: http://www. guiadacarreira.com.br/artigos/gestaoeadministracao/fordismo-revolucao-administracao- empresas/. Acesso em 18/06/2019. MOTTA, Fernando Carlos Prestes; ISABELLA, Gouveia de Vasconcelos. Teoria geral da administração. São Paulo: Cengage Learning, 2015.