





































Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Tipos de Tanques, e suas atribuições na indústria.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
1 / 45
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
ADÃO JOSÉ DE SOUZA JUNIOR
Apresentação
1 - Introdução
2 - Classificação dos Tanques de Armazenamento
3 - Diques e Bacia de Contenção
4 - Bases e Fundações
5 - Normas de Construção
6 - Materiais de Construção
7 - Projeto do Fundo
8 - Projeto do Costado
9 - Projeto do teto
10 - Bocais e Acessórios
11- Fabricação
12 - Montagem
13 - Pintura
14 - Operação
15 - Manutenção
16 - Inspeção
17 - Relação de Tanques - REFAP
18 - Bibliografia
Tanques de armazenamento são equipamentos de caldeiraria pesada, sujeitos à pressão aproximadamente atmosférica e destinados, principalmente, ao armazenamento de petróleo e seus derivados. O presente trabalho tratará, exclusivamente, de tanques de armazenamento atmosféricos, cilíndricos, verticais, não enterrados, de fabricação soldada e construídos com chapas de aço carbono. São equipamentos tipicamente encontrados em refinarias, terminais, oleodutos, bases de distribuição, parques industriais etc. Como conceito de definição geral podemos ver o diagrama da Figura 1.1.
TANQUE DE ARMAZENAMENTO
RECIPIENTE PARA ARMAZENAMENTO DE LÍQUIDO
ELEVADO
ENTERRADO
HORIZONTAL
VERTICAL
HORIZONTAL
VERTICAL
ATMOSFÉRICO
BAIXA PRESSÃO
ATMOSFÉRICO
ATMOSFÉRICO
ATMOSFÉRICO
BAIXA PRESSÃO
BAIXA PRESSÃO
BAIXA PRESSÃO
Figura 1. Definição Geral de Tanque de Armazenamento
Mais especificamente no âmbito desse estudo finalmente completamos a definição conforme o diagrama da Figura 1.2.
ELEVADO, VERTICAL, ATMOSFÉRICO:
►SERVIÇO: PETRÓLEO E DERIVADOS ►FORMATO: CILÍNDRICO ►CONSTRUÇÃO: SOLDADO ►MATERIAL: AÇO CARBONO ►TETO: FIXO OU FLUTUANTE Figura 1. Definição Geral de Tanque de Armazenamento
A construção de um tanque de armazenamento normalmente é regulamentada pela norma americana API 650 “Welded Steel Tanks for Oil Storage” do American Petroleum Institute (API). No Brasil utiliza-se, também, a norma NBR 7821 “Tanques Soldados para Armazenamento de Petróleo e Derivados”, publicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Atualmente, os tanques de armazenamento convencionais — projeto convencional e material de fabricação nacional — são construídos numa ampla faixa de capacidades, desde 100 barris (16 m³) até aproximadamente 550.000 barris (87.500 m³). Como o custo do barril armazenado decresce com o aumento da capacidade do tanque, haverá, normalmente, o interesse na construção de tanques de armazenamento com capacidade cada vez maior. Isto é limitado pela espessura requerida ao costado do equipamento. Desta forma, construções especiais — projeto mais elaborado, material de alta resistência mecânica e de elevada tenacidade — permitem a construção de tanques de armazenamento com capacidade superior a 1.000. barris (159.000 m³). Os maiores tanques de armazenamento construídos no Brasil, pertencentes à PETROBRAS, apresentam capacidade da ordem de 550.000 barris (Figura 1.3).
Figura 1. Manutenção do tanque de armazenamento TQ-01M - REFAP, com 550.000 barris de capacidade nominal.
A construção de um tanque de armazenamento merece a mais cuidadosa atenção possível, principalmente devido aos seguintes motivos:
Figura 1. Principais componentes de um tanque de armazenamento.
c) Teto em Gomos (Umbrella Roof): é uma modificação do tipo anterior, no qual qualquer seção horizontal terá a forma de um polígono regular com número de lados igual ao número de chapas utilizadas nesta região do teto (Figura 2.3).
Figura 2. Teto fixo em gomos
Tanques de Teto Móvel (Lifting Roof)
São tanques cujos tetos se movimentam externamente ao costado (Figura 2.4), em função da pressão de seu espaço vapor. O equipamento deverá conter dispositivos de segurança para evitar o excesso de pressão ou vácuo interno. As perdas por evaporação são evitadas por meio de um sistema de selagem entre o costado e o teto (Figura 2.4).
Figura 2. Teto móvel e detalhe do sistema de selagem
Tanques de Teto Flutuante (Floating-Roof)
São tanques cujos tetos estão diretamente apoiados na superfície do líquido armazenado, no qual flutuam, acompanhando sua movimentação durante os períodos de esvaziamento e enchimento. São utilizados com o objetivo de minimizar as perdas por evaporação devido à movimentação de produto. Como o teto flutuante movimenta-se internamente ao costado, haverá necessidade de um sistema de selagem.
O teto flutuante apresenta os seguintes tipos construtivos:
a) Teto Flutuante com Flutuador (Pontoon Floating-Roof ): possui, na construção convencional, um disco central e um flutuador na periferia do teto (Figura 2.5), permitindo maior flutuabilidade comparado com o tipo duplo.
Figura 2. Teto flutuante com flutuador.
Uma variação construtiva do teto flutuante “Pontoon” é o tipo “Buoyroof”, apresentado na Figura 2.6.
Os tetos flutuantes com flutuador apresentam, principalmente, os seguintes problemas:
Diques apropriados são normalmente construídos em torno de cada tanque, ou conjunto de tanques, limitando uma região que se denomina (Figura 3.1).
Os diques e a bacia de contenção objetivam a segurança da instalação de armazenamento, apresentando basicamente as seguintes finalidades:
Figura 3. Diques e bacia de contenção
Os diques podem ser construídos utilizando-se diversos materiais, tais como: terra, concreto, alvenaria, chapas metálicas etc., sendo os diques de terra e de concreto os mais freqüentes.
Os diques de terra devem ser construídos com camadas sucessivas e uniformes, de espessura não superior a 30 cm, havendo sempre compactação antes da deposição da camada seguinte. O talude do dique deve ser definido pela natureza do material empregado, sendo o talude 1:1,5 o normalmente adotado nos diques de terra. A superfície do dique deve ser protegida da erosão utilizando-se o plantio de grama ou asfaltamento. Os diques de terra são os mais baratos, porém apresentam elevado custo de manutenção. Uma sobre altura, de aproximadamente 20 cm, normalmente é adicionada à altura teórica do dique para compensar a redução devida à compactação e/ou à erosão do terreno.
Os diques de concreto são os mais caros, porém o gasto de manutenção é praticamente desprezível.
O projeto e a construção das bases e fundações dos tanques de armazenamento devem ser orientados de modo que os recalques máximos, absoluto e diferencial, sejam compatíveis com a segurança do equipamento. Tais recalques, se excessivos, poderão ocasionar:
Tipos de Fundação
a) fundação direta: apresenta, basicamente, dois aspectos construtivos:
Figura 4. Fundação direta do tipo aterro compactado
b) fundação profunda é o tipo de fundação mais caro e só utilizado quando as condições do solo impossibilitarem o emprego da fundação direta. Apresenta uma série de estacas sob uma laje de concreto armado em cima da qual se apóiam as chapas do fundo e o costado do tanque de armazenamento (Figura 4.4). Tal tipo de fundação procura distribuir a carga total do equipamento sobre uma superfície suficientemente grande, de modo a não ocorrer um recalque excessivo. Devem ser previstos os rebaixos para acomodar as portas de limpeza, drenos de fundo ou qualquer outro acessório que interfira com a laje de concreto.
Figura 4. Fundação profunda.
A seguir descreveremos, resumidamente, as principais normas adotadas na construção de um tanque de armazenamento.
API Standard 650 "Welded Steel Tanks For Oil Storage" do American Petroleum Institute:^ Abrange especificações sobre material, projeto, fabricação, montagem e testes de tanques de armazenamento verticais, cilíndricos, não enterrados, com o topo fechado ou aberto, de construção soldada, em aço, com várias dimensões e capacidades, para serviço não refrigerado e pressão interna aproximadamente atmosférica (não superior a 2,5 psig).
NBR 7821 “Tanques Soldados Para Armazenamento de Petróleo e Derivados” da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT: A antiga NB-89, atual NBR 7821, estabelece as exigências mínimas que devem ser seguidas para materiais, projeto, fabricação, montagem e testes de tanques de aço carbono, soldados, cilíndricos, verticais, não enterrados, com teto fixo ou flutuante, destinados ao armazenamento de petróleo e seus derivados líquidos. A norma abrange apenas os tanques sujeitos a uma pressão próxima da atmosférica e cujos produtos armazenados tenham temperaturas compreendidas entre os seguintes extremos: – 6ºC e + 200ºC.
API Standard 620 "Design And Construction Of Large, Welded, Low-Pressure Storage Tanks" do American Petroleum Institute: Abrange o projeto e a construção de grandes tanques de baixa pressão, soldados, montados no campo e usados para armazenamento de petróleo e derivados com pressão, no máximo, de 15 psig no espaço vapor
API Standard 2000 "Venting Atmospheric And Low-Pressure Storage Tanks (Non-Refrigerated And Refrigerated)" do American Petroleum Institute: Especifica os requisitos normais e de emergência para tanques de armazenamento, não enterrados, de petróleo e seus derivados líquidos ou para tanques de armazenamento refrigerado, enterrados ou não, de hidrocarbonetos líquidos. A norma abrange tanques projetados para operação até 15 psig de pressão.
N-270 “Projeto de Tanque Atmosférico” da Comissão de Normas Técnicas da PETROBRAS: Fixa as condições exigíveis para o projeto mecânico de tanques de superfície, em aço carbono, fabricação soldada, cilíndricos, verticais, sem teto ou com teto fixo ou flutuante e destinados ao armazenamento de petróleo e seus derivados líquidos. A temperatura do produto armazenado não deve exceder a 260º C.
N-271 "Montagem de Tanques de Armazenamento" da Comissão de Normas Técnicas da PETROBRAS: Fixa as condições exigíveis para a montagem de tanques de armazenamento cilíndricos, verticais, soldados, operando a pressões atmosféricas e temperaturas entre – 6º e 150º C ou pressões até 98 kPa (1 kgf/cm²) e temperaturas entre – 50º e 95º C.
N-1888 “Fabricação de Tanque Atmosférico” da Comissão de Normas Técnicas da PETROBRAS: Fixa as condições exigíveis para a fabricação executada em oficina, bem como para o transporte de tanques de armazenamento atmosféricos.
IT-1R1-01062 “Requisitos para Projeto e Fabricação de Tanques de Armazenamento Atmosférico” da REFAP : Define requisitos para aquisição do projeto de fabricação de tanques de armazenamento atmosféricos a serem utilizados pela REFAP.
IT-1R1-00265 “Projeto, Montagem e Reforma de Tanques de Teto Flutuante” da REFAP (em elaboração): Define os critérios para projeto e montagem de tanques cilíndricos verticais de teto flutuante para armazenamento de petróleo e derivados a serem utilizados pela REFAP. Define também as recomendações de projeto para adaptação de tanques existentes aos critérios atuais dos códigos de projeto e para inclusão de melhorias estabelecidas pela REFAP.
Declividade Os tanques de armazenamento devem ter o fundo cônico, com caimento mínimo de 1:120 do centro para a periferia. Os tanques pequenos, com diâmetro até 6 m, podem ter o fundo plano.
Disposição das Chapas O contorno do fundo de um tanque de armazenamento pode ser realizado adotando-se dois tipos de disposição de chapas:
Figura 7. Disposição típica da chaparia do fundo com chapas anulares. Recomendações da N-270^7.
Figura 7. Disposição típica da chaparia do fundo com chapas recortadas. Recomendações da N-2707.
O dimensionamento do costado de um tanque de armazenamento depende, basicamente, da norma de projeto adotada. Normalmente é adotado o API 650. A atual 11ª Edição do API 650 (junho 2007), apresenta as seguintes alternativas para o dimensionamento do costado de um tanque de armazenamento:
Espessura Mínima A espessura nominal das chapas do costado não deve ser inferior a um valor mínimo estrutural, fixado por norma, baseado em requisitos de montagem.
Espessura Máxima Os tanques de armazenamento são equipamentos soldados e não tratados termicamente para alívio de tensões. Portanto, é necessária a fixação de uma espessura nominal máxima para as chapas do costado visando, principalmente, resguardar o equipamento do risco de uma fratura frágil. É fixada por norma.
Disposição das Chapas do Costado O costado deve ser projetado de modo que todos os seus anéis estejam em posição vertical, respeitando-se as tolerâncias fixadas por norma. Quanto ao alinhamento das chapas do costado, existem as seguintes possibilidades (Figura. 8.1): a) disposição simétrica: é o tipo de disposição mais recomendável estruturalmente, porém de montagem praticamente impossível; b) disposição com alinhamento pela face externa: é o tipo de disposição mais recomendável esteticamente, de fácil montagem e bom acabamento; c) disposição com alinhamento pela face interna: é a disposição usual na prática. Apresenta fácil montagem e acabamento regular. É a mais recomendável para o funcionamento do teto, no caso de tanques com teto flutuante. As juntas verticais de dois anéis adjacentes do costado devem estar de preferência defasadas de pelo menos 1/3 do comprimento de cada chapa, admitindo-se um mínimo, para as chapas de fechamento de anel, de 5 vezes a espessura nominal do anel mais espesso dos anéis considerados. As juntas verticais do primeiro anel do costado e as juntas das chapas anulares do fundo devem também atender aos requisitos de distância mínima entre as juntas verticais do costado. Não deve haver acúmulo de juntas verticais em uma mesma região do costado do tanque (Figura 8.1).
Figura 8. Disposição das chapas do costado.
Figura 9. Teto cônico suportado. Componentes da estrutura de sustentação. Nomenclatura.
Teto Cônico Autoportante A Norma N-270 recomenda que os tanques de teto cônico sejam autoportantes até o diâmetro de 6 m. Demais exigências conforme item 3.10.5 do API 650.
Teto Curvo e Teto em Gomos Autoportantes O projeto destes tipos de teto é praticamente semelhante ao projeto do teto cônico autoportante. As exigências do API 650 estão descritas no Item 3.10.6.
Ligação de Baixa Resistência Mecânica Entre Costado e Teto Fixo A ligação soldada entre o teto e a cantoneira de topo do costado, para os tanques de teto fixo cônico, curvo e em gomos, suportados ou autoportantes, só pode ser considerada de baixa resistência mecânica se todas as condições descritas a seguir forem satisfeitas: a) no caso dos tetos suportados, as chapas do teto estiverem simplesmente apoiadas na estrutura de sustentação; b) a declividade do teto for no máximo de 1:6 (9º 30’); c) a solda de ângulo contínua entre as chapas do teto e a cantoneira de topo do costado for simples e de dimensão máxima de 3/16 in; d) a ligação teto-cantoneira de topo-costado deve atender a um dos detalhes a – d da Figura F-2 do API 650; e) a área de reforço, em in^2 , existente na junção teto-costado, conforme indicada na Figura F-2 do API 650, não deve exceder ao valor dado pela expressão conforme API 650: f) O diâmetro do tanque não deve ser menor que 15,25 m;
Se a ligação soldada entre o teto e a cantoneira de topo do costado for considerada de baixa resistência mecânica, os dispositivos de alívio de pressão e vácuo são dimensionados atendendo às exigências normais (Item 4.3.2) do API 2000.
Em caso contrário, além das condições normais, tais dispositivos devem atender, também, às condições de emergência exigidas pelo API 2000.
Teto Flutuante
A figura 9.3 apresenta as partes principais do pontão (flutuador periférico) elemento responsável pela flutuação do teto.
Figura 9. Teto flutuante. Componentes da pontão. Nomenclatura.
O lençol superior do flutuador periférico deve apresentar uma declividade mínima de 1:64. Tal declividade mínima também é exigida para o lençol superior dos tetos duplos. O teto flutuante deve ser projetado para flutuar com o nível de produto sempre acima do seu lençol inferior. Assim, não haverá espaço para armazenar vapor de produto. As chapas do teto devem ser soldadas por sobreposição, apenas na parte superior, com cordão de solda contínuo e dimensão igual à espessura das chapas (“full-fillet weld”). Quando necessárias, também são realizadas soldas na parte inferior, como nas proximidades das anteparas e pernas de sustentação. Todas as chapas divisórias dos compartimentos do teto flutuante devem ser soldadas ao longo de todas as suas bordas inferiores e verticais, com solda de ângulo simples e contínua, a fim de se obter estanqueidade entre os diversos compartimentos. Os tetos flutuantes, de qualquer tipo, devem apresentar flutuabilidade suficiente e permanecer flutuando sobre um líquido de densidade 0,7, ou de densidade igual a do produto armazenado caso a sua densidade seja inferior a 0,7, com seus drenos principais inoperantes, em ambas as seguintes condições analisadas separadamente: