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Guias e Dicas
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SUGESTÕES PARA A IMPLANTAÇÃO DO SISCAL, Manuais, Projetos, Pesquisas de zootecnia

1. SUGESTÕES PARA A IMPLANTAÇÃO DO SISCAL

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2019

Compartilhado em 08/11/2019

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monica-giponi-2 🇧🇷

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Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Centro Nacional de Pesquisa de Suínos e Aves
Ministerio da Agricultura e do Abastecimento
Caixa Postal 21, 89700-000, Concórdia, SC
Telefone: (49) 442-8555, Fax: (49) 442-8559
http://www.cnpsa.embrapa.br/
sac@cnpsa.embrapa.br
COMUNICADO
TÉCNICO
ISSN 0100 - 8862
CT /278 /Embrapa Suínos e Aves, Maio/2001, p. 1–8
SISTEMA INTENSIVO DE SUÍNOS CRIADOS AO AR LIVRE
SISCAL: CRECHE MÓVEL SOBRE CAMA PARA SUÍNOS
Osmar Antônio Dalla Costa 1
Paulo A. V. de Oliveira2
Roberto Diesel 3
Elder Joel Coelho Lopes 4
Carmo Holdefer 5
Simone Colombo6
O sistema confinado sobre piso ripado, total ou parcial, em conjunto com os sistemas de
manejo de dejetos em esterqueiras ou lagoas é o manejo mais utilizado no Brasil. Porém, os
altos custos de implantação desses sistemas têm dificultado o ingresso de novos produtores na
suinocultura. Na produção de suínos, a fase de creche é um período crítico para a produção
de leitões, sendo que existem vários modelos de edificações com o uso de baias suspensas
totalmente ripadas, baias com piso em PVC, concreto ou com barras de ferro, porém todos esses
sistemas implicam em um elevado investimento de implantação e dependem de um sistema de
manejo de dejetos em esterqueiras ou lagoas.
A suinocultura brasileira vem sendo questionada em função dos problemas ambientais
causados por essa atividade. Entretanto, nos últimos anos, houve uma evolução nos sistemas de
produção de suínos do Brasil, principalmente nas áreas de manejo, genética, nutrição, sanidade
e instalações.
O correto manejo dos dejetos de suínos é o maior desafio que as regiões de produção intensiva
de suínos terão que enfrentar nos próximos anos, em função dos problemas de poluição das
águas, dos custos de armazenamento dos dejetos, dos sistemas de tratamentos e transporte,
e o aproveitamento como adubo na agricultura. O sistema de criação sobre leito formado por
maravalha, palha ou casca de arroz constitui-se numa alternativa viável para a fase de creche,
onde os dejetos sofrem compostagem “in situ”, visando uma redução dos investimentos em
edificações, minimizando os riscos de poluição e melhor valorização agrônomica.
Os países europeus vêm estudando o sistema de criação de suínos em cama sobreposta
desde o final da década de 80, com bom resultados. No Brasil esse sistema de produção foi
introduzido pela Embrapa Suínos e Aves no ano de 1993, através da realização de estudos de
avaliação de desempenho dos suínos nas fases de crescimento e terminação.
O sistema de produção em cama sobreposta apresenta algumas vantagens em relação ao
sistema convencional como: menor custo de investimento em edificações, melhor conforto e bem
1Zootec., M.Sc., Embrapa Suínos e Aves.
2Eng. Agric.,PhD., Embrapa Suínos e Aves.
3Extensionista EMATER/RS.
4Zootec., estagiário, convênio Embrapa Suínos e Aves e UnC Concórdia.
5Auxiliar de operações, Embrapa Suínos e Aves.
6Informát., estagiária, convênio Embrapa Suínos e Aves e UnC Concórdia.
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Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Centro Nacional de Pesquisa de Suínos e Aves Ministerio da Agricultura e do Abastecimento Caixa Postal 21, 89700-000, Concórdia, SC Telefone: (49) 442-8555, Fax: (49) 442- http: / / www.cnpsa.embrapa.br / sac@cnpsa.embrapa.br

COMUNICADO

TÉCNICO

ISSN 0100 - 8862

CT / 278 / Embrapa Suínos e Aves, Maio/2001, p. 1–

SISTEMA INTENSIVO DE SUÍNOS CRIADOS AO AR LIVRE –

SISCAL: CRECHE MÓVEL SOBRE CAMA PARA SUÍNOS

Osmar Antônio Dalla Costa^1 Paulo A. V. de Oliveira^2 Roberto Diesel^3 Elder Joel Coelho Lopes^4 Carmo Holdefer^5 Simone Colombo^6

O sistema confinado sobre piso ripado, total ou parcial, em conjunto com os sistemas de manejo de dejetos em esterqueiras ou lagoas é o manejo mais utilizado no Brasil. Porém, os altos custos de implantação desses sistemas têm dificultado o ingresso de novos produtores na suinocultura. Na produção de suínos, a fase de creche é um período crítico para a produção de leitões, sendo que existem vários modelos de edificações com o uso de baias suspensas totalmente ripadas, baias com piso em PVC, concreto ou com barras de ferro, porém todos esses sistemas implicam em um elevado investimento de implantação e dependem de um sistema de manejo de dejetos em esterqueiras ou lagoas. A suinocultura brasileira vem sendo questionada em função dos problemas ambientais causados por essa atividade. Entretanto, nos últimos anos, houve uma evolução nos sistemas de produção de suínos do Brasil, principalmente nas áreas de manejo, genética, nutrição, sanidade e instalações. O correto manejo dos dejetos de suínos é o maior desafio que as regiões de produção intensiva de suínos terão que enfrentar nos próximos anos, em função dos problemas de poluição das águas, dos custos de armazenamento dos dejetos, dos sistemas de tratamentos e transporte, e o aproveitamento como adubo na agricultura. O sistema de criação sobre leito formado por maravalha, palha ou casca de arroz constitui-se numa alternativa viável para a fase de creche, onde os dejetos sofrem compostagem “in situ”, visando uma redução dos investimentos em edificações, minimizando os riscos de poluição e melhor valorização agrônomica. Os países europeus vêm estudando o sistema de criação de suínos em cama sobreposta desde o final da década de 80, com bom resultados. No Brasil esse sistema de produção foi introduzido pela Embrapa Suínos e Aves no ano de 1993, através da realização de estudos de avaliação de desempenho dos suínos nas fases de crescimento e terminação. O sistema de produção em cama sobreposta apresenta algumas vantagens em relação ao sistema convencional como: menor custo de investimento em edificações, melhor conforto e bem (^1) Zootec., M.Sc., Embrapa Suínos e Aves. (^2) Eng. Agric.,PhD., Embrapa Suínos e Aves. (^3) Extensionista EMATER/RS. (^4) Zootec., estagiário, convênio Embrapa Suínos e Aves e UnC Concórdia. (^5) Auxiliar de operações, Embrapa Suínos e Aves. (^6) Informát., estagiária, convênio Embrapa Suínos e Aves e UnC Concórdia.

estar animal e melhor aproveitamento da cama como fertilizante agrícola. Contudo, esse sistema requer alguns cuidados quando da construção das edificações, tais como: maior pé direito e maior ventilação, maior disponibilidade de água, disponibilidade de material de boa qualidade para a cama, como maravalha, serragem, casca de arroz ou feno e um plantel de matrizes com bom status sanitário. A proposta deste trabalho é o projeto de uma creche móvel, para o uso na agricultura familiar, construída com o uso de madeira rústica, de baixo custo, para a implantação em pequenas propriedades produtoras de suínos. O modelo de creche móvel é um sistema de criação de leitões, construído em estrutura de madeira, coberto com lona em PVC para caminhão, medindo 6 m × 3,5 m, colocada sobre uma estrutura de ferro (CA–60 e CA–50). Possui dimensões de 6 m × 2,4 m × 1,2 m (comprimento, largura, altura). O modelo é composto por 4 módulos 3 m × 1,2 m, e 2 módulos de 2,4 m × 1,2 m (Figuras 1 e 2) sendo:

  • módulos 1, 2, 4 e 5 – módulos laterais
  • módulo 3 – portão
  • módulo 6 – comedouro

Os módulos 1, 2, 4 e 5, são constituídos por 2 tábuas de madeira de 3 m × 0,25 m; 4 montantes, que são caibros de 0,06 m × 0,08 m × 1,20 m (comprimento × largura × altura); 1 guia superior com 0,10 m × 3 m; 1 guia de beiral de 0,15 m × 3,0 m; 4 apoios para a guia de beiral na forma de triângulo equilátero de 0,10 m de lado; tela metálica – tipo aviário, malha 6, de 0,70 m × 3,0 m. O detalhe dos cantos, nos últimos módulos laterais, que formam os cantos da creche, logo abaixo da guia beiral, é fixado um conjunto de dobradiças em que a primeira peça consiste em uma chapa metálica 0,03 m × 0,14 m, com 4 mm de espessura (DC1) , com uma extremidade soldada em um elemento metálico fixo (macho). A parte móvel da dobradiça (DC2) é soldada a uma chapa de 0,03 × 0,07 m, um segmento de cano, que é a parte (fêmea) da dobradiça. Essa peça é parafusada ao montante do portão móvel da cabeceira de acesso. Esse conjunto (encaixe/dobradiça) também é fixado na parte inferior do canto, assim como em todos os cantos da creche móvel, inclusive na cabeceira dos comedouros (Figura 3). O detalhe de amarramento conforme detalhado em (DA2) , em cada montante de amarramento (entre módulos laterais e entre módulos de comedouros) fixa-se uma chapa metálica de 0,03 × 0,05 m, soldada a esta chapa, um segmento de cano que transpassará um ferrolho de amarração (DA3). Na base dos montantes de amarramento (entre módulos e cantos) fixa-se uma cantoneira metálica (DA4) , com parafusos e essa é perfurada para que se processe estaqueamento (Figura 4). O módulo 3 (portão) é constituído por 4 tábuas de madeira de 1,2 m × 0,25 m; 4 montantes, que são caibros de 0,06 m × 0,08 m × 1,20 m (comprimento × largura × altura); 2 guias superiores com 0,10 m × 1,2 m; 2 guias de beiral de 0,15 m × 3,0 m; 8 apoios para a guia de beiral na forma de triângulo equilátero de 0,10 m de lado; tela metálica - tipo aviário, malha 6, possuindo 0, m × 2,4 m. Esse módulo é dividido ao meio, de forma que as duas metades formam o portão de acesso ao interior das instalações (Figura 5). Possui cortinado de lona de aviário, formando um semi-circulo de 1,5 m de raio. O módulo 6 (comedouro) é constituído por dois comedouros e um tablado de madeira. Cada comedouro possui 1,0 m × 0,8 m × 0,3 m (comprimento × altura × largura), posicionado entre os montantes da cabeceira. Esses comedouros (Figuras 6 e 7) são constituídos de:

  • 1 tampa superior (j1) em prancha de 1,0 m × 0,30 m;

Tabela 1 – Material necessário para montagem da creche móvel sobre cama

Totalização de materiais para montagem do Brete de manejo Quantidade Unidade Especificação Tamanho (mt) Utilização 1 Un Lona de cobertura 6 × 3,5 Cobertura

2 Un Lona de aviário Semi círculo de 1,5 m raio

Cabeceiras

7 Barras Ferro de construção 1/2" 3,5 Cobertura 14 Un Encaches de dos arcos da estruturais aos montantes

  • Cobertura

21 Un Cursores soldados as bar- ras de estruturais

  • Cobertura

3 Barras Ferro de construção 1/2" 6 Cobertura 1 Un Guia de madeira 2,4 × 0,10 × 1" Portão 1 Un Guia de madeira 3,0 × ,010 × 1" Guia lateral

1 Un Tela metálica tipo malha 6 2,40 × 0,70 Portão 4 Un Tela metálica tipo malha 6 3,0 × 0,70 Módulo lateral 4 Un Tábua de madeira 1,0 × 0,3 × 1" Comedouro 8 Un Tábua de madeira 0,96 × 0,3 × 1" Comedouro

2 Un Guias de madeira 0,9,6 × 0,1 × 1" Comedouro 18 Barras Ferro de construção 1/2" 0,20 Comedouro 4 Barras Ferro de construção 1/2" 1,0 Comedouro

2 Barras Ferro de construção 1/2" 1,1 Comedouro 5 Un Tábua de madeira 2,25 × 0,30 × 1" Estrado 3 Un Tábua de madeira 1,50 × 0,20 × 1" Estrado

8 Un Tábua de madeira 3,0 × 0,25 × 1" Módulo lateral 23 Un Caibros de madeira 1,2 × 0,08 × 0,06 Montante 4 Un Guias de madeira 3,0 × 0,05 × 0,05 Módulo lateral 4 Un Guias de madeira 3,0 × 0,10 × 1" Módulo lateral

16 Un Apoio das guias Triângulos de 0,15 m de lados

Módulo lateral

8 Un Dobradiças – Cantos 3 Un Encaixes – Amarração entre os módulos

10 Un Cantoneiras metálicas 3 Un Bebedouros Creche Módulo laterais 88 Un Parafusos 5/16 × 5" Fixação estrutura

35 Un Parafusos 5/16 × 2" Arcos da cobertura 2 Kg Prego 18 × 30 Fixação 1 Kg Grampo de cerca – Fixação da tela

30 Un Borrachas com ganchos – Fixação da lona

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m ódu lo 4

De talhe D C

De talhe A D

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Figura 1 – Perspectiva do modelo de creche

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M L 3 .0 0 M L 3 .0 0

Figura 2 – Planta baixa do modelo de creche

a b c d e f g h i

Figura 5 – Vista do módulo 3 – portão

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Figura 6 – Perspectiva do módulo 6 – Comedouro

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Figura 7 – Corte transversal do comedouro

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Figura 8 – Detalhe DD