Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

student manual portuguese, Esquemas de Organização e Administração de Empresas

.....................................................

Tipologia: Esquemas

2017

Compartilhado em 19/12/2023

alexia-fonseca-1
alexia-fonseca-1 🇦🇴

6 documentos

1 / 205

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
MANUAL DO ALUNO
Princípios básicos em
higiene ocupacional
Outubro de 2010
This course is offered by the Occupational Hygiene Training Association and available free of
charge though the OHTA website ohtatraining.org.
Copyright information
This student manual is provided under the Creative Commons Attribution - NoDerivs licence
agreement. It can only be reproduced in its entirety without change, unless with the prior written
permission of OHTA.
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
pf22
pf23
pf24
pf25
pf26
pf27
pf28
pf29
pf2a
pf2b
pf2c
pf2d
pf2e
pf2f
pf30
pf31
pf32
pf33
pf34
pf35
pf36
pf37
pf38
pf39
pf3a
pf3b
pf3c
pf3d
pf3e
pf3f
pf40
pf41
pf42
pf43
pf44
pf45
pf46
pf47
pf48
pf49
pf4a
pf4b
pf4c
pf4d
pf4e
pf4f
pf50
pf51
pf52
pf53
pf54
pf55
pf56
pf57
pf58
pf59
pf5a
pf5b
pf5c
pf5d
pf5e
pf5f
pf60
pf61
pf62
pf63
pf64

Pré-visualização parcial do texto

Baixe student manual portuguese e outras Esquemas em PDF para Organização e Administração de Empresas, somente na Docsity!

MANUAL DO ALUNO

Princípios básicos em

higiene ocupacional

Outubro de 2010

This course is offered by the Occupational Hygiene Training Association and available free of charge though the OHTA website ohtatraining.org. Copyright information This student manual is provided under the Creative Commons Attribution - NoDerivs licence agreement. It can only be reproduced in its entirety without change, unless with the prior written permission of OHTA.

RECONHECIMENTOS

Este manual foi originalmente desenvolvido em nome da GlaxoSmithKline por

Adrian Hirst of Hirst Consulting Limited, UK.

No desenvolvimento deste manual, assistência considerável foi recebida e o

autor gostaria de expressar seu agradecimento às seguintes pessoas por seu

suporte ou contribuição.

 Steve Bailey

 Roger Alesbury

 Phil Johns

 Brian Davies

 BP International Limited

 GSK

OHTA agradece à GlaxoSmithKline por seu suporte financeiro ao projeto.

Apoiado por Este trabalho está licenciado sob Creative Commons Atribuição n° Derivativo

  • 1 INTRODUÇÃO
    • 1.1 HISTÓRIA
    • 1.2 A IMPORTÂNCIA DA HIGIENE OCUPACIONAL
  • 2 F ISIOLOGIA HUMANA E DOENÇAS INDUSTRIAIS
    • 2.1 PELE
      • 2.1.1 Dermatite
      • 2.1.2 Danos físicos
      • 2.1.3 Agentes biológicos
      • 2.1.4 Câncer
      • 2.1.5 Outros efeitos
    • 2.2 SISTEMA MÚSCULO ESQUELÉTICO
    • 2.3 SISTEMA NERVOSO
    • 2.4 SISTEMA ENDÓCRINO..............................................................................
      • 2.4.1 O sistema circulatório
    • 2.5 O SANGUE
    • 2.6 SISTEMA RESPIRATÓRIO
    • 2.7 O TRATO GASTROINTESTINAL
    • 2.8 O FÍGADO
    • 2.9 SISTEMA EXCRETOR
    • 2.10 Os olhos
  • 3 FUNDAMENTOS DA TOXICOLOGIA
    • 3.1 INTRODUÇÃO
    • 3.2 TERMOS.......................................................................................................
    • 3.3 CONCEITOS BÁSICOS
      • 3.3.1 Forma física.............................................................................................
      • 3.3.3 Rota de entrada / absorção
      • 3.3.4 Metabolismo
      • 3.3.5 Excreção
      • 3.3.6 Resposta às toxinas
    • 3.4 Estágios da avaliação toxicológica
      • 3.4.1 Que efeitos adversos um químico pode causar?
      • 3.4.2 Os efeitos vistos em animais são relevantes para o homem?..................
    • 3.5 Ficha de informações de segurança de produto químico (FISPQ)
  • 4 EXEMPLOS DE SUBSTÂNCIAS / PROCESSOS PERIGOSOS
    • 4.1 SÍLICA CRISTALINA
    • 4.2 FIBRA MINERAL ARTIFICIAL (MMMF)
    • 4.3 VAPORES DE SOLDAGEM
    • 4.4 ISOCIANATOS
    • 4.5 PÓ DE MADEIRA
    • 4.6 FARMACÊUTICOS
    • 4.7 PRODUTOS DE PETRÓLEO
    • 4.8 MINERAÇÃO – EXTRAÇÃO MINERAL E DE METAL
    • 4.9 Uso e refino de metal
  • 5 AVALIAÇÃO DOS RISCOS PARA A SAÚDE
    • 5.1 INTRODUÇÃO
    • 5.2 PERIGO E RISCO
    • 5.3 AVALIAÇÃO DOS RISCOS PARA A SAÚDE...........................................
      • 5.3.1 Definir a extensão da avaliação
      • 5.3.2 Coletar informações
      • 5.3.3 Avaliar o(s) risco(s) para a saúde
      • 5.3.4 Especificar qualquer ação requerida........................................................
      • 5.3.5 Registrar a avaliação de risco..................................................................
      • 5.3.6 Executar as avaliações
      • 5.3.7 Analisar a avaliação de risco
    • 5.4 SISTEMAS ESPECIALISTAS E CONTROL BANDING
  • 6 MEDIÇÃO DOS CONTAMINANTES NO AR
    • 6.1 PRINCÍPIOS GERAIS
      • 6.1.1 Técnicas de amostragem
      • 6.1.2 Tipos de amostragem
    • 6.2 EQUIPAMENTO DE AMOSTRAGEM
    • 6.3 REGISTROS DE AMOSTRAGEM
    • 6.4 Amostragem Para Partículas Transportadas Pelo Ar
      • 6.4.1 Tamanho das partículas
      • 6.4.2 Elementos de um sistema de amostragem
    • 6.5 AMOSTRAGEM DE GASES E VAPORES
      • 6.5.1 Equipamento de amostragem
      • 6.5.2 Métodos de amostragem
      • 6.5.3 Amostragem de posição fixa....................................................................
    • 6.6 ESTRATÉGIAS DE AMOSTRAGEM
      • 6.6.1 Identificação de contaminantes transportados pelo ar
      • 6.6.2 Vazamentos e derramamentos
      • 6.6.3 Avaliação da eficácia das medidas de controle
    • 6.7 MÉTODOS DE ANÁLISE
      • 6.7.1 Vapores orgânicos...................................................................................
      • 6.7.2 Gases inorgânicos
      • 6.7.3 Matéria particulada orgânica....................................................................
      • 6.7.4 Metais e seus compostos
      • 6.7.5 Poeiras minerais
      • 6.7.6 Calibração e controle de qualidade..........................................................
  • 7 PADRÕES DE HIGIENE E LIMITES DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
    • 7.1 INTRODUÇÃO
    • EXPOSIÇÃO 7.2 ESTABELECIMENTO DE PADRÕES DE HIGIENE E LIMITES DE
    • 7.3 PADRÕES DE HIGIENE PARA AGENTES QUÍMICOS
      • 7.3.1 Quantificação das concentrações no ar de agentes químicos
      • 7.3.2 Categorias de limites de exposição
      • 7.3.3 Observação "Pele"
      • 7.3.4 Efeitos de exposições mistas...................................................................
      • especificados 7.3.5 Cálculo da exposição com relação aos períodos de referência
    • 7.4 VALORES DE ORIENTAÇÃO DE MONITORAMENTO BIOLÓGICO
  • 8 MONITORAMENTO BIOLÓGICO E VIGILÂNCIA SANITÁRIA
    • 8.1 URINA
    • 8.2 SANGUE
    • 8.3 PELE
    • 8.4 RESPIRAÇÃO
    • 8.5 VISÃO
    • 8.6 RAIOS X
    • 8.7 EXAMES NEUROLÓGICOS.......................................................................
    • 8.8 AUDIOMETRIA
    • 8.9 TESTES DE FUNÇÃO PULMONAR
      • 8.9.1 volume pulmonar e volume expiratório forçado (FEV1)
      • 8.9.2 Resistência das vias aéreas
  • 9 ABORDAGENS GERAIS PARA O CONTROLE DOS RISCOS À SAÚDE
    • 9.1 TIPOS DE MEDIDAS DE CONTROLE
    • 9.1.1 Eliminação/substituição
    • 9.1.2 Isolamento
    • 9.1.3 Segregação
    • 9.1.4 Controles de Engenharia – Ventilação
    • 9.1.5 Controles Administrativos
    • 9.1.6 Informação, Instrução e Treinamento
    • 9.1.7 Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
  • 10 VENTILAÇÃO
    • 10.1 TIPOS DE CONTROLE
    • 10.2 CARACTERÍSTICAS GERAIS DE UM SISTEMA DE LEV
      • 10.2.1 Considerações gerais
      • 10.2.2 Entradas /Coifas
      • 10.2.3 Dutos
      • 10.2.5 Movimentadores de ar
      • 10.2.6 Descarga na atmosfera
    • VENTILAÇÃO 10.3 MANUTENÇÃO, INSPEÇÃO E TESTES DOS SISTEMAS DE
      • 10.3.1 Requisitos legais
      • 10.3.2 Manutenção regular
      • 10.3.3 Análise abrangente e testes
  • 11 AMIANTO
    • 11.1 HISTÓRICO
      • 11.1.1 Tipos de amianto
      • 11.1.2 Propriedades do amianto
      • 11.1.3 Usos do amianto....................................................................................
      • 11.1.4 Fibras de amianto no ar
      • 11.1.5 Exposição a fibras de amianto
    • 11.2 RISCOS À SAÚDE DO AMIANTO
    • 11.3 REGISTRO DE AMIANTO
      • 11.3.1 Função do registro de amianto
    • AMIANTO 11.4 TRATAMENTO CURATIVO DOS MATERIAIS QUE CONTÊM
      • 11.4.1 Remoção de amianto.............................................................................
      • 11.4.2 Reparo/encapsulamento de amianto
  • 12 RISCOS BIOLÓGICOS
    • 12.1 INTRODUÇÃO A RISCOS BIOLÓGICOS...............................................
    • 12.2 LEGIONELA E FEBRE DO UMIDIFICADOR
      • 12.2.1 Legionela
      • 12.2.2 Febre do umidificador
    • 12.3 DOENÇAS DO SANGUE
      • 12.3.1 Hepatite B..............................................................................................
      • 12.3.2 Hepatite C
      • 12.3.3 HIV – (Vírus da Imunodeficiência Humana)
    • 12.4 ZOONOSES
      • 12.4.1 Antraz (ACDP Grupo 3)
      • 12.4.2 Leptospirose (Grupo de risco 2)
      • 12.4.3 Salmonelose
      • 12.5 MOFOS
      • 12.6 PANDEMIAS
      • 12.7 MODIFICAÇÃO GENÉTICA
  • 13 RUÍDO
    • 13.1 HISTÓRICO
    • 13.2 A ORELHA..................................................................................................
    • 13.3 SOM AUDÍVEL
    • 13.4 EFEITOS DE RUÍDO EXCESSIVOS NA SAÚDE
    • 13.5 ADIÇÃO AOS NÍVEIS DE SOM
    • 13.6 ANÁLISE DE FREQUÊNCIA
    • 13.7 PONDERAÇÕES DE DECIBÉIS
    • 13.8 NÍVEL DE SOM CONTÍNUO EQUIVALENTE (LEQ)
    • 13.9 DOSE DE RUÍDO
    • 13.10 LIMITES DE RUÍDO
      • 13.10.1 Outros limites
    • 13.11 CONSERVAÇÃO AUDITIVA
      • 13.11.1 Avaliação do ruído no local de trabalho
      • 13.11.2 Controle de ruído no trabalho
      • 13.11.3 Proteção de pessoal em situação de risco.............................................
      • 13.11.4 Informação, instrução e treinamento......................................................
    • 14 VIBRAÇÃO
    • 14.1 INTRODUÇÃO
    • 14.2 EXPOSIÇÃO À VIBRAÇÃO
    • 14.3 EFEITOS DA VIBRAÇÃO NA SAÚDE
    • 14.4 MEDIÇÃO DE VIBRAÇÃO
  • 15 AMBIENTE TÉRMICO: PRINCÍPIOS, AVALIAÇÃO E CONTROLE
    • 15.1 RESPOSTA HUMANA AO MEIO AMBIENTE TÉRMICO
    • 15.2 TRANSFERÊNCIA DE CALOR DO CORPO
    • 15.3 AVALIANDO O AMBIENTE TÉRMICO
    • 15.4 ÍNDICES DE ESTRESSE POR CALOR
    • 15.5 CONFORTO TÉRMICO
    • 15.6 ESTRESSE CAUSADO PELO FRIO
    • 15.7 CONTROLAR O AMBIENTE TÉRMICO
    • 15.8 PROBLEMAS AMBIENTAIS ESPECÍFICOS
  • 16 INTRODUÇÃO À RADIAÇÃO DE ILUMINAÇÃO E NÃO-IONIZANTE
    • 16.1 INTRODUÇÃO
    • 16.2 TIPOS DE RADIAÇÃO NÃO-IONIZANTE
    • 16.3 AVALIAÇÃO DA RADIAÇÃO NÃO-IONIZANTE
    • 16.4 ILUMINAÇÃO
  • 17 RADIAÇÃO IONIZANTE
    • 17.1 CARÁTER
    • 17.2 RADIONUCLÍDEOS
    • 17.3 RADIAÇÃO EXTERNA E INTERNA.
    • 17.4 NÍVEIS DE RADIAÇÃO
    • 17.5 EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO IONIZANTE.
    • 17.6 USOS DA RADIAÇÃO...............................................................................
    • 17.7 MEDIÇÃO DA RADIAÇÃO........................................................................
    • 17.8 PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
    • 17.9 VIGILÂNCIA DE SAÚDE
  • 18 INTRODUÇÃO À ERGONOMIA
    • 18.1 INTRODUÇÃO
    • 18.2 AVALIAÇÃO DE RISCO DO LOCAL DE TRABALHO
    • 18.4 TAREFAS REPETITIVAS
    • 18.5 EQUIPAMENTOS COM TELA PARA EXIBIÇÃO(DSE).
    • 18.6 FAZENDO UMA AVALIAÇÃO
    • ESTAÇÕES DE TRABALHO 18 .7 ESPECIFICAÇÕES MÍNIMAS PARA AS
    • 18.8 CONTROLES ADMINISTRATIVOS
  • 19 COMPORTAMENTO E CULTURA...........................................................
    • 19 .1 IMPACTOS DO COMPORTAMENTO NA HIGIENE OCUPACIONAL
    • 19.2 MOTIVAÇÃO E MODIFICAÇÃO DE COMPORTAMENTO...................
    • 19.3 CULTURA DE SAÚDE E SEGURANÇA
  • 20 ESTRESSE RELACIONADO AO TRABALHO
    • 20.1 SINTOMAS DE ESTRESSE
    • 20.2 AVALIAÇÃO DO ESTRESSE
    • 20.3 GERENCIAMENTO DE ESTRESSE
  • 21 CARREIRAS EM HIGIENE OCUPACIONAL
    • 21.1 PRÁTICA DE HIGIENE OCUPACIONAL
    • 21.2 IMPLICAÇÕES PARA HIGIENISTAS.
    • 21.3 O HIGIENISTA COMO UM GERENTE.
    • 21.4 DESENVOLVIMENTO PESSOAL............................................................
    • 21.5 ÉTICA

1 INTRODUÇÃO

A International Occupational Hygiene Association (IOHA) define Higiene Ocupacional como: “A disciplina de antecipar , reconhecer , avaliar e controlar riscos para a saúde no ambiente de trabalho com o objetivo de proteger a saúde e bem estar do trabalhador e proteger a comunidade como um todo.” ANTECIPAÇÃO – isto envolve identificar os riscos potenciais no local de trabalho antes que eles apareçam. RECONHECIMENTO – isto envolve identificar o risco potencial que um agente químico, físico ou biológico – ou uma situação ergonômica adversa – representa para a saúde. Agentes químicos Gases, vapores, sólidos, fibras, líquidos, pós, névoas, fumaças, etc. Agentes físicos Ruído e vibração. Calor e frio. Campos eletromagnéticos, raios, etc. Agentes biológicos Bactérias, fungos, etc. Fatores ergonômicos Elevação, extensão e movimento repetitivo. Fatores psicossociais Estresse, carga e organização do trabalho. AVALIAÇÃO da extensão da exposição ao risco químico, físico ou agentes biológicos (ou situação ergonômica adversa) no local de trabalho. Isto com frequência envolve a medição da exposição pessoal de um trabalhador a um risco/agente no local de trabalho, particularmente na interface relevante entre o ambiente e o corpo, por exemplo, zona de respiração, zona de audição e avaliação dos dados em termos de limite de exposição ocupacional recomendados (OELs), onde tais critérios existirem.

▪ A antecipação dos riscos à saúde em situações de trabalho novas e propostas. ▪ O reconhecimento dos riscos para a saúde em locais de trabalho existentes. ▪ A avaliação dos riscos para a saúde no local de trabalho; por meio de avaliações qualitativas, assim como pesquisa de medidas de exposição quantitativa. ▪ A seleção de medidas de controle apropriadas para os riscos para a saúde; isto requer um conhecimento de trabalho abrangente sobre medidas tais como eliminação, substituição, ventilação por exaustão local. ▪ O desenvolvimento de soluções de controle sob medida para atividades de trabalho exclusivas; muitos locais de trabalho exigem a modificação e desenvolvimento de medidas de controle, uma vez que medidas prontas não funcionarão adequadamente. ▪ A investigação sobre as causas da doença relacionada ao trabalho. ▪ Assistência com atividades relacionadas à saúde ocupacional tais como inspeção de saúde/monitoramento biológico. ▪ Treinamento e educação; tal como informações aos trabalhadores sobre os riscos associados com seu trabalho e treinamento sobre o uso correto das medidas de controle. ▪ Atividades de pesquisa sobre métodos aperfeiçoados para reconhecimento, avaliação e controle de exposição. O higienista ocupacional pode trabalhar regularmente próximo aos ambientalistas, pessoal de segurança, médicos, gerentes de projeto, engenheiros de todas as disciplinas, higienistas alimentares, Oficiais do governo local, etc., para ajudar a reduzir e controlar a exposição aos riscos para a saúde no ambiente de trabalho.

1.1 História

Doenças industriais são conhecidas desde Hipócrates (Grécia antiga aprox. ano 400 AC). Até há evidências mostrando que as doenças ocupacionais foram reconhecidas pelos antigos egípcios. Com o tempo, as ligações entre a ocupação e os problemas de saúde aumentaram e as associações se fortaleceram. Em paralelo a isto, técnicas foram desenvolvidas para avaliar e controlar os riscos. A tabela abaixo representa uma seleção de alguns dos eventos interessantes e notáveis no desenvolvimento da higiene ocupacional.

Aprox. 400 AC Hipócrates na Grécia antiga foi o primeiro a observar doenças em pessoas que trabalhavam com sulfeto de mercúrio. Aprox. 100 AC O romano Plutarco observa que: “ Não é justo expor inocentes aos venenos das minas ”. Ele também documenta o uso de pele da bexiga como forma de Equipamento de Proteção Respiratória para controlar exposição ao pó nas minas. Aprox. 1540 Paracelso na Áustria descreveu as doenças pulmonares nos mineiros 1556 Agricola (aprox. 1556) na Boêmia escreveu “De Re Metallica” que descreve as doenças associadas com os mineiros assim como o uso de ventilação e equipamento de proteção respiratória para controlar exposições aos gases e pós. (^1700) Ramazzini, o pai da medicina industrial e Professor de Medicina em Pádua, escreveu “De Morbis Artificum Diatriba”, o primeiro estudo formal das doenças industriais. Foi ele que fez uma adição à lista de Hipócrates de perguntas aos pacientes ao pesquisar o histórico: “Qual sua ocupação”. 1750 em diante A revolução industrial do final do século XVIII até o início do século XIX levou a um aumento da urbanização e industrialização. Isto por sua vez aumentou o número de trabalhadores expostos a níveis cada vez maiores de riscos para a saúde. (^1815) Sir Humphrey Davy desenvolve a lâmpada de arco, que é uma lâmpada de segurança usada em minas. A lâmpada também é usada para detectar a presença de gases combustíveis em minas. Curiosamente, a lâmpada é posteriormente culpada por um aumento no número de acidentes, pois permite que os trabalhadores continuem a trabalhar em atmosferas mais perigosas. 1833 Primeiros (quatro) inspetores nomeados no Reino Unido 1840s Os romances de Charles Dickens e políticos em campanha, tais como Lord Shatesbury, aumentam a conscientização das pessoas sobre as condições ruins de trabalho. 1855 No Reino Unido, cirurgiões certificadores (que anteriormente certificavam a idade) foram instruídos a “certificar que pessoas jovens não estavam incapacitadas para o trabalho em decorrência de doença ou enfermidade do corpo e a investigar acidentes industriais". (Schilling). (^1858) John Stenhouse introduz uma máscara impregnada com carvão para controlar a exposição a gases e vapores. 1889 Limites de exposição são estabelecidos para umidade e dióxido de carbono nas usinas de algodão no Reino Unido. Isto, por sua vez, levou ao desenvolvimento de Ventilação Local Exaustora em vez de ventilação geral. Também levou ao desenvolvimento de dispositivos de monitoração na forma de Tubos Indicadores para Dióxido de carbono. (^1898) Thomas Legge foi nomeado como o primeiro Inspetor Médico de Fábricas. Ele realizou o primeiro trabalho na indústria sobre envenenamento por chumbo, que se tornou uma doença notificável em 1899 1890s Haldane realiza um trabalho sobre a toxicidade do monóxido de carbono ao expor ratos, camundongos e até mesmo a si próprio a diversas concentrações dentro de uma “câmara de exposição”. Ele utilizou estes

1.2 A importância da higiene ocupacional

Enquanto um breve exame da história e tendências em higiene ocupacional mostra uma melhora geral em nosso entendimento e controle dos riscos para a saúde, ainda há muitas questões a serem abordadas. Aumentar a atividade industrial em países em desenvolvimento significa que há mais pessoas expostas em todo o mundo. Avanços tecnológicos também significam que novos riscos estão sendo introduzidos no local de trabalho. A Organização Mundial de Saúde estima que globalmente haja:

▪ 2.000.00 de mortes relacionadas ao trabalho por ano , com doenças

sendo responsáveis pela vasta maioria destas, mas mesmo este número é considerado uma estimativa inferior do número real de mortes em decorrência da falta de dados disponíveis.

▪ 386.000 mortes a cada ano pela exposição a partículas

transportadas pelo ar. (asma: 38.000; COPD: 318.000; pneumoconioses: 30,000). Isto totaliza quase 6,6 milhões de DALYs* (ano de vida ajustado pela incapacidade) (asma: 1.621.000; COPD (Doença pulmonar obstrutiva crônica): 3 733.000, pneumoconioses: 1.288.000) em decorrência de exposição a partículas transportadas pelo ar.

▪ 152.000 mortes por ano por carcinógenos no local de trabalho.

(câncer pulmonar: 102.000; leucemia: 7.000; mesotelioma maligno: 43.000) e aproximadamente 1,6 milhão DALYs (câncer pulmonar: 969.000; leucemia: 101.000; mesotelioma maligno: 564.000) em decorrência de exposição a carcinógenos ocupacionais.

▪ 37% da Dor Lombar são atribuídos à ocupação , com variação em

dobro entre regiões. Estima-se que a dor lombar relacionada ao trabalho cause 818.000 DALYs perdidos anualmente. *COPD = Doença pulmonar obstrutiva crônica que é a bronquite crônica e enfisema, duas doenças geralmente coexistentes dos pulmões nas quais as vias aéreas se tornam estreitas.

**DALYs = Ano de vida ajustado pela incapacidade – A soma de anos de vida potencial perdidos em decorrência de mortalidade prematura e anos de vida produtiva perdidos em decorrência de incapacidade. Fonte http://www.who.int/quantifying_ehimpacts/global/en/ (acessado em Fevereiro de 2010). A importância relativa da higiene ocupacional pode ser ilustrada ao comparar estatísticas sobre a incidência de acidentes com a de saúde ruim. No Reino Unido, o número de mortes em decorrência de atividades relacionadas ao trabalho é de aproximadamente 250. Isto pode ser comparado ao número de mortes em decorrência de acidentes de trânsito que é de aproximadamente

  1. No entanto, o número de mortes a cada ano em decorrência de câncer e doença respiratória relacionados ao trabalho é estimado em 12.000. Isto gera uma proporção de 1:10:48.

A pele desempenha múltiplas funções: ▪ Proteção: uma barreira anatômica contra patógenos e danos entre o interior e o ambiente externo na defesa do corpo. ▪ Sensação: contém uma variedade de terminações nervosas que reagem ao calor, frio, toque, pressão, vibração e lesão do tecido. ▪ Regulagem de calor: a pele contém um suprimento sanguíneo muito maior que sua necessidade, o que permite controle preciso da perda de energia por radiação, convecção e condução. Vasos sanguíneos dilatados aumentam a perfusão e a perda de calor enquanto vasos contraídos reduzem muito o fluxo sanguíneo cutâneo e conservam o calor. ▪ Controle de evaporação: a pele fornece uma barreira relativamente seca e impermeável contra a perda de líquidos. A perda de função contribui para a perda massiva de fluidos em queimaduras. ▪ Armazenagem e síntese: age como um centro de armazenagem para lipídeos, assim como um meio de síntese da vitamina D. ▪ Excreção: o suor contém ureia, no entanto, sua concentração é de 1/130 a da urina, portanto a excreção pelo suor é no máximo uma função secundária para regulagem da temperatura. ▪ Absorção: Enquanto a pele age como uma barreira, alguns químicos são prontamente absorvidos por ela. ▪ Resistência à água: A pele age como uma barreira resistente contra a água, de forma que nutrientes essenciais não sejam lavados para fora do corpo. A pele pode ser afetada por agentes químicos, físicos e biológicos e os transtornos cutâneos são responsáveis por uma proporção substancial de doenças industriais. Os tipos de efeitos podem ser classificados em: dermatite, dano físico, câncer, biológico ou outros efeitos.

2.1.1 Dermatite

O transtorno mais comum é a dermatite de contato e 70% dos casos se devem a irritação primária, isto é, ação direta na pele, mais frequentemente nas mãos e antebraços. Um irritante é um agente que danifica diretamente as células se

aplicado à pele em concentração e por tempo suficientes (isto é, todos os efeitos são relacionados à dose), levando a dermatite de contato por irritante. Álcalis dissolvem a queratina e alguns solventes removem o sebo. Quaisquer efeitos diretos na pele podem tornar a superfície mais vulnerável a outros agentes e reduzem as defesas de entrada na pele. A outra forma de dermatite de contato é a dermatite por contato alérgico. Isto resulta da sensibilização da pele por contato inicial com uma substância e subsequente repetição do contato. Um sensibilizante (alergênico) é uma substância que pode induzir uma sensibilidade imunológica especifica a si mesmo. A dose inicial pode precisar ser bem alta e leva a uma resposta de hipersensibilidade retardada mediada por linfócitos e envolvendo a produção de anticorpos. A primeira dose não produz nenhum efeito visível, mas exposições subsequentes, frequentemente de um minuto, podem levar a dermatite. Irritantes comuns incluem detergentes, sabões, solventes orgânicos, ácidos e álcalis. Sensibilizantes comuns são plantas (jardinagem), antibióticos (indústria farmacêutica), corantes (indústria de tintas e cosméticos), metais (níquel (geralmente não-industrial) e cromados (indústria de cimentos)), borrachas e resinas. Pessoas que trabalham com óleos de corte podem apresentar dermatite de contato irritante e alérgica, sendo irritadas pelo óleo em si e alérgicas aos biocidas nele presentes.

2.1.2 Danos físicos

Agentes físicos que podem danificar a pele incluem o clima, fricção e lesão. Frio, vento e chuva podem causar pele rachada e o sol pode queimar ou causar tumores de pele, então ocupações expostas a esses elementos (pesca, agricultura) apresentam risco. Lesões por fricção são comuns em trabalhos manuais pesados (construção e mineração) e equipamentos cortantes usados em muitas ocupações podem levar a abrasões e lacerações.

2.1.3 Agentes biológicos

A pele está sujeita aos efeitos de agentes biológicos tais como infecções virais de animais, infecções por leveduras e fungos quando contato prolongado com água ocorre e infecções por antraz onde produtos animais são manuseados.