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Extractos de textos sobre a arquitetura de steven holl, escritos por ele mesmo e por outros autores. Os textos abordam a percepção fenomenológica da arquitetura, a relação entre conceito e forma, a importância dos materiais e a poética da arquitetura. Além disso, há referências a obras específicas de holl, como as capelas e os croquis.
Tipologia: Esquemas
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Volume 1 Dissertação de Mestrado Integrado em Arquitectura Orientada pelo Professor João Pedro Xavier Mariana Marques Guardado FAUP 2012/
“A arquitectura é uma arte: A premissa de uma divisão é ilusória” Steven Holl Imagem 1-Steven Holl Watercolors (2000-2012)
Little Tesseract House – 2001- Wrinting With House – 2001- Nail Collector’s House – 2001- Planar House – 2002- Turbulência House - 2005 Deayang Gallery House – 2006- 5- Linhas de um pensamento final 6- Referências bibliograficas 7- Índice Iconográfico 91 93 95 99 103 105 114 119 123
Architecture, artistic forms, philosophy and mankind. There was a search to find an author to study the relation between those subjects, dedicating the study to the pratical and theoretical project of the architect Steven Holl. The houses were the pratical basis of the study of the connection between these subjects. This work doesn’t look for exact answers to the approaches made on the studied theme, but rather it pretends to be a contribution for the unveiling new questions e new ways of think and look the inner relation of the subjects. It allows us to questioning, with the intersection of information provi- ded by the architect and the analysis of different authors, the thought and contemporary interpretation of this series, creating an investigation around the artistic concept on the architectonic production
A arquitectura contemporânea e a intrínseca relação com as artes, a fi- losofia e o Homem formam o mote para o desenvolvimento deste trabalho, que se pretende que represente um momento de transição, uma reflexão e um aprofundamento do conhecimento adquirido. O trabalho não tem a ambição de procurar respostas exactas e concretas mas antes de formar a possibilidade de abrir um caminho para uma discussão sobre o tema. Apesar de se compreender a abrangência quase infinita deste tema, pre- tendemos criar uma aproximação através de uma delimitação concreta de um caso de estudo. Acreditamos que esta relação não pode ser um simples diálogo, mas sim um diálogo poético a partir de exemplos de lugares que se transformam criando uma paixão unida às memórias, ao desejo e ao poder da imaginação. Ao percorrermos este tema, alcançamos uma esfera mais profunda, onde a poesia, seja ela literária ou plástica, dá sentido à vida humana e significado às suas necessidades. É no diálogo entre o Homem e esta esfera que a arquitectura acontece. Se não houvesse este diálogo a arquitectura não teria sentido e seria somente paredes sem vida. “Qualidade arquitectónica só pode significar que sou tocado por uma obra. Mas porque diabo, me tocam estas obras? E como posso projectar tal coisa? Como posso projectar algo como o espaço desta fotografia – é um ícone pessoal, nunca vi este edifício, acho que não existe e, no entanto, adoro vê-lo.”^1 É nesta procura de diálogo entre a arquitectura e o Homem, que definimos o caso de estudo. Através de uma contextualização do tema predominante no trabalho, centra-se a atenção na apresentação de alguns momentos destacáveis na história do modernismo na relação entre a arquitectura e outras vertentes artísticas. É nesse contributo interdisciplinar que se desenvolve o trabalho. Inicia-se o trabalho com um processo de investigação histórica, necessário para alcançar a formalização e a inclusão do tema. Como tal, o primeiro objectivo parte de uma aproximação ao caso de estudo dedicado ao movi- mento moderno, procura-se perceber a relação existente entre o processo de pensamento arquitectónico e o pensamento artístico. Não queremos que esta primeira parte seja uma abordagem estritamente histórica mas antes uma espécie de guia para melhor perceber a relação que sempre existiu 1- ZUMTHOR, Peter, Atmosferas Entornos arquitectónicos - As coisas que me rodeiam, tradu- ção de Astrid Grabow, Editorial Gustavo Gil, Barcelona 2006, pág. 11
Fragmentei, resumi e amalgamei Ideias vindas de minha cultura, Isto é, do discurso dos outros; Comentei, não para tornar inteligível, Mas para saber o que é inteligível; E para tudo isso apoiei-me continuamente Naquilo que se enunciava à minha volta. Roland Barthes
Imagem 2-Steven Holl Watercolors (2000-2012)
A influência da arte na arquitectura não é um tema novo e esta relação sempre esteve presente ao longo da história, no pensamento artísti- co e filosófico. A ideologia de que as artes não vivem uma sem a outra acentuou-se no Renascimento e manteve-se durante o Barroco. Na con- temporaneidade muitos são os arquitectos que se regem em torno desta filosofia e Steven Holl é um destes exemplos, trabalhando a partir desta ligação e intercomunicação entre as disciplinas. Para ele, uma arquitectura ancorada às artes plásticas torna-se mais completa e plena atingindo, assim, nesta conjugação, a essência do habitar. A história revela-nos de- talhes muito importantes para a compreensão deste tema, contudo, para o desenvolvimento deste trabalho, tornou-se mais pertinente a concentração do estudo desta relação focada no século XX. “Os arquitectos, os pintores e os escultores devem reconhecer o carácter compósito do edifício como uma entidade unitária. E mais adiante: juntos concebemos e criamos o novo edifício do futuro, que reunirá arquitectura, escultura e pintura numa única unidade.”^1 Este primeiro manifesto da escola Bauhaus, em 1919, reflecte a realidade do início do século XX. Com a chegada das vanguardas artísticas e as suas novas concepções, as possíveis fronteiras existentes entre estas disciplinas acabaram por se diluir, convertendo-as numa relação essencial e predominante. Renovou-se, então, o ideal de união entre as artes que tinha sido quebrado no século XIX e foi neste reencontro que se resgatou uma totalidade formal das obras e um renascimento do pensamento da sociedade. No século XX o diálogo entre a arquitectura e as artes reaparece de maneira forte e decidida, influída pelos modelos e ideais que tinham em comum: o desenvolvimento industrial e a rejeição do artesanato. Este forte crescimento industrial desencadeou um aumento desfreado e forçado na construção exagerada com repercussões sociais. Esta ideia de colaboração entre a arquitectura e a pintura ressurgiu na fase inicial do De Stijl, movimento impulsionado na Holanda por Theo van Doesburg (1883-1931) e por Piet Mondrian (1872-1944). Ambos acreditavam que a arte deveria reconciliar-se com as grandes polaridades da vida, sendo elas a natureza e o intelecto do Homem. 1- GROPIUS, Walter; “Programn des Staatkuchen Bauhauses in Weimar, 1919”; BENÉVOLO, Leo- nardo, História da arquitectura moderna; Trad. por: Carlos Flores; Edição Gustavo Gili; Barcelo- na; 1986; pág. Manifestações artísticas Século XX De Stijl Theo van Doesburg Piet Mondriam Imagem 3 e 4
Imagem 3- Theo van Doesburg, “Desenho”, 1923 Imagem 4- Piet Mondiran “Composi- ção” 1918 Imagem 5- Kazimir Malevitch “Bureau and room” 1913 Imagem 6- Kazimir Malevitch “Spre- matisc Composition” 1916 Imagem 7- Mies Van der Rohe, Brick Country House, 1925 Imagem 8- El Lizzitsky (1890-1941), Sementation for drawing