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Sonetos completos de William Shakespeare, Exercícios de Poesia

William Shakespeare escreveu livros dentro da tragédia, da comédia, dos dramas históricos e escreveu também este singular livro de poesia. Este livro não é ...

Tipologia: Exercícios

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Fatima26
Fatima26 🇧🇷

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José Arantes Junior Sonetos completos de William Shakespeare
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JOSÉ ARANTES JUNIOR
Sonetos completos de
William Shakespeare
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Baixe Sonetos completos de William Shakespeare e outras Exercícios em PDF para Poesia, somente na Docsity!

JOSÉ ARANTES JUNIOR

Sonetos completos de

William Shakespeare

Dados internacionais de catalogação na publicação

(CIP)(Câmara Brasileira do livro, SP, Brasil)

Índice para catálogo sistemático

1. Shakespeare: Sonetos: Literatura inglesa

2. Sonetos de Shakespeare: Literatura inglesa

Shakespeare, William, 1564-

Sonetos completos de William Shakespeare

tradução, introdução e notas) José Arantes

Junior. – São Paulo: Ed. do Autor, 2007

1. Shakespeare, William 1564-1616. Sonetos –

Crítica e interpretação I. Arantes Junior, José.

II. Título.

07-7044 CDD-821.

93. A alquimia divina e a pessoal

95. O ofensor e o ofendido

97. A culpa e a absolvição

99. A dualidade e a unidade do amor

101. O torpor da fortuna e a força da virtude

103. Musa e autora do destino

105. O duplo na unidade do ser

107. Roubo e doação na mesma ação

109. Criação e destruição pela beleza

111. Perder e ganhar um amor

113. As sombras e a luminosidade

115. Matéria versus pesnamento

117. O ar e o fogo como mensageiros

119. O olho e o coração – II

121. O olho e o coração – III

123. As insignificâncias e as jóias

125. Tempos de contratempos

127. A alegria e a tristeza

129. A pressa e a morosidade

131. O tempo como patrimônio do ser

133. O encanto exterior e o encanto interior

135. A rosa e o botão

137. A aversão versus o louvor

139. A carência versus a plenitude

141. Senhor e escravo do amor

143. A liberdade na escravidão

145. O passado e o futuro no presente

147. O tempo versus os versos

149. O ciúme e o amor

151. Pecado de amor como salvação

153. A decrepitude e a juventude

155. O ganho e a perda

157. A labilidade e a eternidade

159. O disparate e a coerência

161. A realidade e as lembranças

163. Beleza antiga e beleza atual

165. Os elogios e as críticas

167. A inveja e a evoçução

169. O esquecimento das lembranças

171. A impressão versus a ilusão

173. A sustentação e o abandono

175. A sobrevivência na morte

177. Os excessos na limitação

179. A renovação do antigo

181. As reflexões e as realizações

183. A inteligência na ignorância

185. Dívida e crédito na poesia

187. O humilde e o orgulhoso

189. O verso como monumento

191. O poeta e a musa

193. Um olho versus dois vates

195. A contradição dos valores

197. O erudito-iletrado

199. O túmulo como útero

201. O conquistador vencido

203. A vantagem na desvantagem

205. O fixo e o mutável

207. O sempre e o agora

209. Valor aparente e valor real

211. A segurança e a insegurança

213. A aparência e a essência

215. O doce e o azedo

217. O privilégio e a susceptibilidade

219. A graça e o mal

221. A sombria satisfação

223. A cópia e a matriz

225. Dons autênticos e dons roubados

227. Decadência com alegria

229. Sobrevivência à tumba

231. O forte e o fraco

233. O espelho e o reflexo

235. O velho-jovem

237. A separação e a união

239. Os olhos e a língua - I

241. O orvalhos e o monumento

243. Amor eterno e amor recente

245. O tudo diante do nada

247. Malbaratar versus sublimar

249. A pena como bálsamo

251. As censuras e os louvores

253. O rude e o meigo

255. Os montros e os querubins

PREFÁCIO

Eu me senti muito feliz e ao mesmo tempo muito apreensivo quando fui convidado para prefaciar este livro, primeiro pela indiscutível grandeza literária que Shakespeare representa dentro do mundo literário, ainda mais em se tratando de seus sonetos tão filosóficos e depois por se tratar do presente poeta (Arantes) que o coloca em sonetos rimando na língua portuguesa. Arantes apresenta neste seu trabalho uma novidade poética. Eu já vi incontáveis poetas fazerem poesia explorando a métrica nas estrofes e por isso mesmo cultivando a harmonia auditiva dos sonetos, mas ainda não vi um poeta utilizar esta simetria, ressaltando desta forma a harmonia visual nos sonetos, o que faz com que uma frase termine perfilada com as demais existentes no poema. Neste trabalho o poeta faz questão de que as frases ou versos de cada estrofe tenha exatamente 36 (trinta e seis) caracteres, só sendo ultrapassado este número por uma pontuação pertinente. Tudo isto faz com que o trabalho tenha um visual muito especial e permite também, ao mesmo tempo, pelo tamanho homogêneo dos versos, que eles tenham uma certa cadência sonora, lembrando os sonetos metrificados. O que mais me impressionou nesta tradução- interpretação dos sonetos de Shakespeare nem foi esta beleza visual e sonora alcançadas, mas sim a harmonia, a abrangência e a coerência filosófica shakesperiana transpostas em sonetos para nossa língua portuguesa. A percepção do poeta Arantes ao detectar que os sonetos de Shakespeare refletiam idéias dentro da milenar teoria dos contrários é de fundamental importância para uma reavaliação moderna deste autor tão abrangente chamado William Shakespeare. Arantes não só percebeu esta relação dos contrários, presente no original em inglês, mas também conseguiu explorá-la, igualmente, de maneira poética, só que agora dentro da língua portuguesa. As idéias poéticas de Shakespeare já são veiculadas na língua inglesa há quase meio milênio e agora elas também podem ser apreciadas, com ligeiras nuanças de diferenças de enfoque, na língua portuguesa.

Por outro lado, podem existir algumas diferenças de conteúdo entre um e outro soneto traduzido, mas é perfeita- mente perceptível que o cerne principal da idéia original de Shakespeare foi preservado; assim as ligeiras diferenças apresentadas não distanciam a obra original desta interpretação poética. Quase meio milênio nos separam das idéias deste gênio nascido na Inglaterra e assim é possível resgatar muitas idéias, conceitos e opiniões que eram próprias ou típicas daquela época; assim, neste sentido, este acaba também sendo um livro de história. Estamos diante de uma nova e bastante agradável versão dos “Sonetos completos de William Shakespeare”, que certamente servirá para o deleite dos leitores entusiastas e também para a análise de críticos que apresentam conceitos mais embasados e criteriosos a respeito do autor, na área filosófica e ainda no relevante campo das letras. Shakespeare não necessita da colaboração do poeta Arantes pois a sua fama é planetária, entretanto as pessoas de língua portuguesa, principalmente aquelas que não sabem ler em inglês, se beneficiarão sobremaneira com esta nova abordagem a respeito dos sonetos shakesperianos. É bem verdade que Shakespeare às vezes se mostra uma pessoa bastante enigmática e Arantes soube lidar com esses enigmas sem descaracterizá-los, simplesmente transpondo-os para a língua portuguesa. Com este livro os leitores farão uma viagem mental à era medieval elisabetana e também à era em que surgiram os primeiros fragmentos da teoria dos contrários na antiguidade européia e asiática, possibilitando desta forma um exercício de imaginação de inusitadas proporções. Fico muito feliz de ver que mais uma maneira diferente de se observar e de se interpretar Shakesperare chega às livrarias, beneficiando de forma exponencial os leitores que buscam novos subsídeos para tornarem os seus próprios potenciais mentais mais flexíveis e dinâmicos nesta constante ascenção evolutiva que é experimentada e cicenciada em cada ser humano e em particular aqueles que cultivam o salutar hábito da leitura de bons livros.

São Paulo, outono de 2008

Mário Scherer

na sua linha de raciocínio que se pautou nitidamente dentro da teoria da coexistência dos contrários. Assim, Cristo dizia: “Os primeiros serão os últimos e os últimos serão os primeiros”, Bem aventurados os que choram”, “ Bem aventurados os que têm sede de justiça”, “Aqueles que julgam serão julgados”, “É dando que se recebe”, “É perdoando que se é perdoado”, “Se tiverdes fé (pequena) como um grão de mostarda, podereis mover uma (grande) montanha”, “Enquanto não vos fizerdes (como menino) não entrareis (como adulto) no reino dos Céus”; “Se quiserdes um verdadeiro tesouro, doai o vosso tesouro aos pobres”; “Quando ajudardes o menor dentre vós é a mim que estareis ajudando”; “Meus discípulos, vós me chamais de Senhor, então eu lavarei vossos pés tal como um servo”; “Graças vos dou meu Deus por haverdes revelado esta verdade aos pobres e humildes e havê-la ocultado dos ricos e poderosos”. O lado filosófico de Shakespeare não fica muito nítido em suas obras dentro da tragédia, da comédia ou dos dramas históricos a não ser em alguns trechos como aquele da citação de Hamlet onde ele disse: “Ser ou não ser, eis a questão”, mas dentro da poesia, o escritor exteriorizou toda a sua flexibilidade e abrangência filosófica dentro da teoria da co-relação dos opostos na natureza. Assim, a poesia de Shakespeare não deve ser compreendida apenas como poesia simplesmente e sim como uma demonstração filosófica de um poeta. Deve-se considerar Jesus Cristo como discípulo filosófico de Heráclito ou de Lao-Tsé e William Shakespeare como discípulo de ambos? Não, cada qual se expressa com par- ticularidades tão distintas que não podem ser classificadas como pertencentes à relações de mestre para discípulo. Assim, a poesia de Shakespeare se insere num contexto tão original e independente que o diferencia e “contrariamente” também o relaciona com estes dois pensadores predecessores. Tomei a liberdade de enumerar e dar nome a cada soneto para distinguir melhor o cerne de cada raciocínio que motivou a elaboração desta obra poética para facilitar a associação com a idéia filosófica referente aos contrários. Ao longo das páginas deste livro, o leitor vai perceber uma inusitada demonstração de relacionamentos inse- ridos na coexistência dos contrários, o que valoriza e dis- tingue sobremaneira o alcance deste escritor, filósofo e poeta inglês.

José Arantes Junior

PINTURA DE WILLIAM SHAKESPEARE

WILLIAM SHAKESPEARE É HOMEM LUMINOSO

ENRIQUECEDOR DO DISCERNIMENTO HUMANO,

FILÓSOFO, ESCRITOR E POETA TALENTOSO

PÔS O CONHECIMENTO ACIMA DOS ENGANOS

ESTÁTUA DE CORPO INTEIRO DO POETA

SHAKESPEARE REDIGIU COM BOA MAESTRIA

ABORDANDO OS TEMAS DENTRO DA COMÉDIA,

DOS DRAMAS HISTÓRICOS, ATÉ DA POESIA,

E TAMBÉM SE IMPÔS DENTRO DA TRAGÉDIA.

PINTURA DE WILLIAM SHAKESPEARE

A REFLEXÃO DE SHAKESPEARE SE ENCERRA

EM UMA DAS FRASES DE MAIOR SABEDORIA:

“HÁ MAIS MISTÉRIOS ENTRE CÉU E TERRA

DO QUE APREGOA A NOSSA VÃ FILOSOFIA”.

RESIDÊNCIA DE WILLIAM SHAKESPEARE

ESTA CASA SE TRANSFORMOU EM UM MUSEU

PORQUE É UM LOCAL ANTIGO E ALTANEIRO,

É ONDE O VATE NASCEU, VIVEU E MORREU

E RECEBE AS VISITAS DO MUNDO INTEIRO.

RESIDÊNCIA DE ANNE HATHAWAY

ANNE HATHAWAY VIVEU NESTA RESIDÊNCIA

E TAMBÉM É VISITADA POR TODO O MUNDO,

É A ESPOSA QUE INSPIROU A EFICIÊNCIA

QUE O POETA REVELOU EM SEUS ASSUNTOS.

ESCRITOS ORIGINAIS DE SHAKESPEARE

OS ESCRITOS ORIGINAIS ESTÃO EXPOSTOS

NO MUSEU DEDICADO À VIDA DO ESCRITOR,

OS DETALHES DA LETRA ESTÃO DISPOSTOS

EM PAPÉIS AUTÊNTICOS DE GRANDE VALOR.

ANNE HATHAWAY E WILLIAM SHAKESPEARE

WILLIAM SHAKESPEARE TEVE A SUA UNIÃO

COM ANNE HATHAWAY, ESPOSA ENVOLVENTE,

E POR MEIO DE SUPERLATIVA INSPIRAÇÃO,

O MUNDO CONHECEU UMA OBRA ABRANGENTE.