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José da silva guedes e marilda lauretti da silva guedes apresentam um critério para quantificar o indicador de mortalidade proporcional de nelson de moraes, eliminando suas desvantagens e permitindo a hierarquização e comparação simultânea da evolução do nível de saúde em diferentes localidades. O documento discute a importância dos indicadores de saúde, a história do indicador de swaroop e uemura, e as vantagens e desvantagens da quantificação do indicador de nelson de moraes.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
José da Silva GUEDES * Marilda Lauretti da Silva GUEDES *
RSPU-B/
GUEDES J. DA S. & GUEDES M. L. DA S. — Quantificação do indicador de Nel- son de Moraes (curva de mortalidade proporcional). Rev. Saúde públ., S. Paulo, 7:103-13, 1973. RESUMO: Propõe-se um critério para quantificação do indicador de Nel- son de Moraes (curva de mortalidade proporcional) procurando eliminar as desvantagens do indicador não ter tradução numérica. Utilizando dados de Moraes, Ramos e próprios, são quantificadas Curvas de Mortalidade Pro- porcional de países desenvolvidos, do município de São Paulo e das regiões administrativas do Estado de São Paulo. A quantificação gera um indicador cujas cifras variam de valores negativos até o máximo teórico de + 50. São destacadas as vantagens da quantificação, que permite a hierarquização de diferentes regiões e a comparação simultânea da evolução do nível de saú- de de um grande número de localidades. UNITERMOS: Níveis de saúde (indicadores) *; Estatística vital ; _Mortali- dade; Epidemiologia._
I N T R O D U Ç Ã O
Em 1952, a ONU (apud SWAROOP & UEMURA 6 ) convocou um Comitê de Peri- tos com o fim de elaborar a maneira mais adequada para medir os "níveis de vida", que sugeriu uma série de doze componentes, figurando dentre eles "saú- de, incluindo condições demográficas".
O primeiro indicador criado para me- dir "saúde, incluindo condições demográ- ficas" foi o de SWAROOP & UEMURA 6 , a Ra- zão de Mortalidade Proporcional, tendo sido apresentado em 1955 ao Grupo de Estudo sobre a medida do nível de saú-
de, que sobre o patrocínio da OMS se reuniu em Genebra.
Em 1957, as conclusões do citado Gru- po de Estudo 4 foram publicadas incluin- do o indicador de Swaroop e Uemura dentre os indicadores globais de saúde e sugerindo que fossem feitos estudos so- bre a mortalidade proporcional em deter- minadas idades (outras que a de 50 anos e mais).
A partir dessa sugestão, MORAIS 5 , em 1959, estudando a mortalidade proporcio- nal para as idades: menores de l ano, l
Do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo — Rua Cesário Mota Jr., 112 — São Paulo, SP. — Brasil.
a 4, 5 a 19, 20 a 49 e 50 anos e mais, propôs um novo indicador, a Curva de Mortalidade Proporcional. Este indicador apresenta uma série de vantagens: dis- pensa os dados de população, é fácil de calcular, inclui o indicador de Swaroop e Uemura, e além disso, permite visualiza- ção da situação pois é representado gra- ficamente.
Vários autores têm utilizado o indica- dor de Nelson de Moraes para localida- des brasileiras 2,^^5.
Alguns inconvenientes têm sido senti- dos, entretanto, no seu uso, decorrentes primordialmente do fato do indicador não ser expresso numericamente. Assim, para curtos períodos de tempo em que tenha ocorrido pequenas variações, a percepção de diferenças pode não ser muito rápida, já que depende da análise do comportamento de 5 pontos do grá- fico e por não haver um critério expres- so quanto ao significado do aumento ou diminuição para os diferentes grupos abaixo de 50 anos. A comparação de tra- balhos usando gráficos em escalas dife- rentes também não é fácil. Encontra-se dificuldade em descrever as mudanças quando compreendidas nos intervalos en- tre os 4 tipos esquemáticos (elevado, re- gular, baixo e muito baixo). E finalmen- te, é impossível atribuir "nota" ou "peso" ao indicador, nas tentativas de reunir vá- rios indicadores para obter uma "nota" média para a situação de saúde de uma localidade.
Procurando estudar a evolução do ní- vel de saúde das regiões administrativas do Estado de São Paulo, de 1950 a 1970 ¹ deparamos com o problema de comparar as curvas de mortalidade proporcional das onze regiões durante os períodos de 1949 a 1951, 1959 a 1961, 1966 a 1968. Os gráficos são auto-explicativos, porém, ten- tar analisar as diferenças entre as cur- vas das onze regiões, de modo a poder
hierarquizá-las, foi algo bastante difícil, o que nos levou a procurar uma "quanti- ficação" do indicador.
MATERIAL E MÉTODOS
Para o propósito da quantificação do indicador de Nelson de Moraes utiliza- mos: dados referentes ao município de São Paulo de 1894 a 1959 calculados a cada 5 anos, apresentados por RAMOS 5 ; dados referentes a sete países desenvolvi- dos por volta de 1950, apresentados por MORAIS 3 e dados referentes às regiões ad- ministrativas do Estado de São Paulo para os períodos de 1949-1951, 1959-1961, 1966-1968, por nós apresentados ¹.
Buscamos estabelecer pesos para cada ponto da curva segundo um raciocínio que levou em conta o "poder discrimina- tório" da porcentagem de mortes em ca- da grupo de idade, que depende em últi- ma análise da vulnerabilidade do grupo às alterações das condições de vida.
Assim atribuimos:
a. pontos positivos para a proporção de mortes nas idades acima de 50 anos, já que seu aumento revela uma melhoria de saúde;
b. pontos negativos para a proporção de mortes nas idades abaixo de 50 anos, já que seu aumento revela piora do nível de saúde;
c. peso + 5 para a proporção de mor- tes no grupo de 50 anos e mais; d. peso — 4 para a proporção de mor- tes no grupo de menores de l ano. A mortalidade neste grupo reflete bem a proteção oferecida aos in- fantes contra as agressões do meio, dependendo essa proteção de inú- meros fatores de ordem social, eco- nômica e cultural. É ainda, em ge- ral, o primeiro grupo a sofrer as conseqüências das alterações sócio-
Para melhor compreensão da maneira como foram feitos os cálculos, apresenta-
mos na Tabela 4 os dados referentes ao município de São Paulo.