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Comparação de Níveis de Saúde: Indicador de Mortalidade Proporcional de Nelson de Moraes, Manuais, Projetos, Pesquisas de Evolução

José da silva guedes e marilda lauretti da silva guedes apresentam um critério para quantificar o indicador de mortalidade proporcional de nelson de moraes, eliminando suas desvantagens e permitindo a hierarquização e comparação simultânea da evolução do nível de saúde em diferentes localidades. O documento discute a importância dos indicadores de saúde, a história do indicador de swaroop e uemura, e as vantagens e desvantagens da quantificação do indicador de nelson de moraes.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Ronaldinho890
Ronaldinho890 🇧🇷

4.3

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QUANTIFICAÇÃO
DO
INDICADOR
DE
NELSON
DE
MORAES
(CURVA
DE
MORTALIDADE
PROPORCIONAL)
José
da
Silva
GUEDES
*
Marilda Lauretti
da
Silva
GUEDES
*
RSPU-B/164
GUEDES
J. DA S. &
GUEDES
M. L. DA S.
Quantificação
do
indicador
de
Nel-
son de
Moraes
(curva
de
mortalidade
proporcional).
Rev. Saúde
públ.,
S.
Paulo,
7:103-13,
1973.
RESUMO:
Propõe-se
um
critério para
quantificação
do
indicador
de
Nel-
son de
Moraes
(curva
de
mortalidade proporcional) procurando eliminar
as
desvantagens
do
indicador
não ter
tradução numérica.
Utilizando
dados
de
Moraes,
Ramos
e
próprios,
são
quantificadas
Curvas
de
Mortalidade
Pro-
porcional
de
países
desenvolvidos,
do
município
de São
Paulo
e das
regiões
administrativas
do
Estado
de São
Paulo.
A
quantificação
gera
um
indicador
cujas
cifras
variam
de
valores negativos
até o
máximo teórico
de
+
50. São
destacadas
as
vantagens
da
quantificação,
que
permite
a
hierarquização
de
diferentes
regiões
e a
comparação simultânea
da
evolução
do
nível
de
saú-
de
de um
grande
número
de
localidades.
UNITERMOS:
Níveis
de
saúde (indicadores)
*;
Estatística vital
*;
Mortali-
dade*;
Epidemiologia.
INTRODUÇÃO
Em
1952,
a ONU
(apud
SWAROOP
&
UEMURA
6)
convocou
um
Comitê
de
Peri-
tos com o fim de
elaborar
a
maneira
mais adequada para medir
os
"níveis
de
vida",
que
sugeriu
uma
série
de
doze
componentes,
figurando
dentre eles "saú-
de,
incluindo condições demográficas".
O
primeiro indicador criado para
me-
dir
"saúde, incluindo condições demográ-
ficas"
foi o de
SWAROOP
&
UEMURA
6,
a Ra-
o
de
Mortalidade Proporcional, tendo
sido apresentado
em
1955
ao
Grupo
de
Estudo sobre
a
medida
do
nível
de
saú-
de, que
sobre
o
patrocínio
da OMS se
reuniu
em
Genebra.
Em
1957,
as
conclusões
do
citado Gru-
po
de
Estudo
4
foram
publicadas
incluin-
do
o
indicador
de
Swaroop
e
Uemura
dentre
os
indicadores globais
de
saúde
e
sugerindo
que
fossem feitos
estudos
so-
bre a
mortalidade
proporcional
em
deter-
minadas
idades
(outras
que a de 50
anos
e
mais).
A
partir
dessa
sugestão,
MORAIS
5, em
1959,
estudando
a
mortalidade proporcio-
nal
para
as
idades: menores
de l
ano,
l
Do
Departamento
de
Medicina
Social
da
Faculdade
de
Ciências
Médicas
da
Santa
Casa
de
o
Paulo
Rua
Cesário
Mota
Jr.,
112o
Paulo,
SP.
Brasil.
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QUANTIFICAÇÃO DO INDICADOR DE NELSON DE MORAES

(CURVA DE MORTALIDADE PROPORCIONAL)

José da Silva GUEDES * Marilda Lauretti da Silva GUEDES *

RSPU-B/

GUEDES J. DA S. & GUEDES M. L. DA S. — Quantificação do indicador de Nel- son de Moraes (curva de mortalidade proporcional). Rev. Saúde públ., S. Paulo, 7:103-13, 1973. RESUMO: Propõe-se um critério para quantificação do indicador de Nel- son de Moraes (curva de mortalidade proporcional) procurando eliminar as desvantagens do indicador não ter tradução numérica. Utilizando dados de Moraes, Ramos e próprios, são quantificadas Curvas de Mortalidade Pro- porcional de países desenvolvidos, do município de São Paulo e das regiões administrativas do Estado de São Paulo. A quantificação gera um indicador cujas cifras variam de valores negativos até o máximo teórico de + 50. São destacadas as vantagens da quantificação, que permite a hierarquização de diferentes regiões e a comparação simultânea da evolução do nível de saú- de de um grande número de localidades. UNITERMOS: Níveis de saúde (indicadores) *; Estatística vital ; _Mortali- dade; Epidemiologia._

I N T R O D U Ç Ã O

Em 1952, a ONU (apud SWAROOP & UEMURA 6 ) convocou um Comitê de Peri- tos com o fim de elaborar a maneira mais adequada para medir os "níveis de vida", que sugeriu uma série de doze componentes, figurando dentre eles "saú- de, incluindo condições demográficas".

O primeiro indicador criado para me- dir "saúde, incluindo condições demográ- ficas" foi o de SWAROOP & UEMURA 6 , a Ra- zão de Mortalidade Proporcional, tendo sido apresentado em 1955 ao Grupo de Estudo sobre a medida do nível de saú-

de, que sobre o patrocínio da OMS se reuniu em Genebra.

Em 1957, as conclusões do citado Gru- po de Estudo 4 foram publicadas incluin- do o indicador de Swaroop e Uemura dentre os indicadores globais de saúde e sugerindo que fossem feitos estudos so- bre a mortalidade proporcional em deter- minadas idades (outras que a de 50 anos e mais).

A partir dessa sugestão, MORAIS 5 , em 1959, estudando a mortalidade proporcio- nal para as idades: menores de l ano, l

Do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo — Rua Cesário Mota Jr., 112 — São Paulo, SP. — Brasil.

a 4, 5 a 19, 20 a 49 e 50 anos e mais, propôs um novo indicador, a Curva de Mortalidade Proporcional. Este indicador apresenta uma série de vantagens: dis- pensa os dados de população, é fácil de calcular, inclui o indicador de Swaroop e Uemura, e além disso, permite visualiza- ção da situação pois é representado gra- ficamente.

Vários autores têm utilizado o indica- dor de Nelson de Moraes para localida- des brasileiras 2,^^5.

Alguns inconvenientes têm sido senti- dos, entretanto, no seu uso, decorrentes primordialmente do fato do indicador não ser expresso numericamente. Assim, para curtos períodos de tempo em que tenha ocorrido pequenas variações, a percepção de diferenças pode não ser muito rápida, já que depende da análise do comportamento de 5 pontos do grá- fico e por não haver um critério expres- so quanto ao significado do aumento ou diminuição para os diferentes grupos abaixo de 50 anos. A comparação de tra- balhos usando gráficos em escalas dife- rentes também não é fácil. Encontra-se dificuldade em descrever as mudanças quando compreendidas nos intervalos en- tre os 4 tipos esquemáticos (elevado, re- gular, baixo e muito baixo). E finalmen- te, é impossível atribuir "nota" ou "peso" ao indicador, nas tentativas de reunir vá- rios indicadores para obter uma "nota" média para a situação de saúde de uma localidade.

Procurando estudar a evolução do ní- vel de saúde das regiões administrativas do Estado de São Paulo, de 1950 a 1970 ¹ deparamos com o problema de comparar as curvas de mortalidade proporcional das onze regiões durante os períodos de 1949 a 1951, 1959 a 1961, 1966 a 1968. Os gráficos são auto-explicativos, porém, ten- tar analisar as diferenças entre as cur- vas das onze regiões, de modo a poder

hierarquizá-las, foi algo bastante difícil, o que nos levou a procurar uma "quanti- ficação" do indicador.

MATERIAL E MÉTODOS

Para o propósito da quantificação do indicador de Nelson de Moraes utiliza- mos: dados referentes ao município de São Paulo de 1894 a 1959 calculados a cada 5 anos, apresentados por RAMOS 5 ; dados referentes a sete países desenvolvi- dos por volta de 1950, apresentados por MORAIS 3 e dados referentes às regiões ad- ministrativas do Estado de São Paulo para os períodos de 1949-1951, 1959-1961, 1966-1968, por nós apresentados ¹.

Buscamos estabelecer pesos para cada ponto da curva segundo um raciocínio que levou em conta o "poder discrimina- tório" da porcentagem de mortes em ca- da grupo de idade, que depende em últi- ma análise da vulnerabilidade do grupo às alterações das condições de vida.

Assim atribuimos:

a. pontos positivos para a proporção de mortes nas idades acima de 50 anos, já que seu aumento revela uma melhoria de saúde;

b. pontos negativos para a proporção de mortes nas idades abaixo de 50 anos, já que seu aumento revela piora do nível de saúde;

c. peso + 5 para a proporção de mor- tes no grupo de 50 anos e mais; d. peso — 4 para a proporção de mor- tes no grupo de menores de l ano. A mortalidade neste grupo reflete bem a proteção oferecida aos in- fantes contra as agressões do meio, dependendo essa proteção de inú- meros fatores de ordem social, eco- nômica e cultural. É ainda, em ge- ral, o primeiro grupo a sofrer as conseqüências das alterações sócio-

Para melhor compreensão da maneira como foram feitos os cálculos, apresenta-

mos na Tabela 4 os dados referentes ao município de São Paulo.