

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Neste documento, aprenda sobre a realização dos 1ª edição dos jogos mundiais indígenas em palmas-to, que reuniu mais de 100 mil pessoas e 25 etnias brasileiras e internacionais. Além de jogos tradicionais, aconteceram exposições, apresentações de música e danças, e debates sobre sustentabilidade e mudanças climáticas. No entanto, a realização dos jogos foi interrompida por uma manifestação contra a pec 215, que ameaça a demarcação de terras indígenas.
O que você vai aprender
Tipologia: Exercícios
1 / 3
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
De acordo com dados da Fundação Nacional do Índio (Funai), o estado do Tocantins tem uma população apro- ximada de 10 mil indígenas. Krahô, Krahô Canela, Karajá, Karajá Xam- bioá, Apinajé, Xerente e Javaé são algu- mas das etnias distribuídas em mais de 82 aldeias. Entre 19 de novembro e 1º de dezembro de 2015, no entanto, essa população se multiplicou. A capital de Tocantins, Palmas, recebeu a 1ª edição dos Jogos Mundiais Indígenas, que teve como lema “Agora somos todos indíge- nas”. Segundo o Ministério do Esporte, 104 mil estiveram nos jogos, injetando R$ 2,5 milhões na economia do esta- do. A programação foi intensa com a participação de 24 etnias brasileiras, 23 delegações de outros países. 1129 atle- tas indígenas nacionais e 566 interna- cionais. 250 pessoas participaram dos jogos como voluntários e 300 jornalis- tas nacionais e de outros países fizeram a cobertura do evento. Os Jogos Mun- diais Indígenas foram patrocinados pe- las Nações Unidas e pelo Ministério do Esporte e coordenados pelo Comitê In- tertribal, Memória e Ciência Indígena e pela prefeitura da cidade de Palmas. A programação foi dividida em jogos de integração, com atividades tradicionais praticadas pelos povos indígenas brasi- leiros como arco e flecha e arremesso de lança; jogos de demonstração, aqueles específicos de determinada etnia como a corrida com toras, jogo de bola com a cabeça, peteca entre outros; e, final-
al, que viabiliza a participação efetiva da sociedade civil na formulação de políticas públicas para o setor. O estado também mantém interes- santes iniciativas visando à formação de público para o cinema de arte e o cinema nacional, como as ações da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), vinculada ao Ministério da Educação, que já abrigou diversos cineclubes e
mostras. Em 1998, a Fundaj inaugu- rou o Cinema da Fundação, cuja pro- gramação é feita pelo cineasta Kleber Mendonça Filho e pelo jornalista Luiz Joaquim. Entre outras ações, o espaço exibe filmes que dificilmente entra- riam no circuito comercial. O Cinema São Luiz, cujo prédio foi tombado pe- la Fundação do Patrimônio Artístico e Cultural de Pernambuco em 2008, também adotou uma programação de filmes de fora do circuito comercial, com ingressos a preços mais acessíveis. Além disso, Pernambuco ainda abriga importantes festivais de cinema, que contribuem para a divulgação e exibi- ção de filmes, tais como o Cine-PE, já em sua 19ª edição, e o Janela Interna- cional de Cinema de Recife, que com- pletou sete edições em 2015.
BRodagem Outro diferencial do ci- nema pernambucano é a chamada “brodagem” (“brother” e “cama- radagem”), uma maneira de fazer filmes de forma colaborativa, acio- nando redes de amigos e conhecidos para viabilizar as produções. Longe dos grandes centros, com falta de infraestrutura técnica, pouca mão de obra qualificada e trabalhando com baixos orçamentos, a “broda- gem” é uma importante estratégia para driblar as dificuldades. Para a diretora Adelina Pontual essa é uma das principais características do ci- nema pernambucano. “Existe esta mobilização grande em torno das produções. Os amigos se ajudam para concretizar os projetos, inter- cambiando funções, mobilizando esforços, às vezes até trabalhando com cachês simbólicos”, conta.
Paula Gomes
A despeito dos benefícios, a “brodagem” já foi criticada por restringir a participação feminina nas produções, especialmente na direção. “A questão do protagonismo masculino perpassa toda a história do cinema mundial. No cinema pernambucano não é diferente”, afirma a cineasta Adelina Pontual. Ela lembra que no Ciclo do Super-8 o único nome feminino de destaque era o da realizadora Kátia Mesel que, por sinal, continua produzindo. “A minha geração, que começou a participar de projetos cinematográficos no final dos anos de 1980 e início dos anos de 1990, está desenhando um cenário diferente”, acredita a diretora. Além dela, o cinema de Pernambuco tem roteiristas, produtoras, técnicas de som e na fotografia. “Se analisarmos por este prisma, fomos até inovadores: fotografia e som, até hoje, são searas bastante restritas para as mulheres”, finaliza.
mente os jogos ocidentais, com espor- tes incorporados pela cultura indígena como o futebol, corrida e o cabo de for- ça. Os jogos indígenas não foram con- cebidos como uma competição tradi- cional, mas como celebração, uma festa ritual em que as identidades culturais de todas as etnias presentes devem estar representadas. Mais do que um evento esportivo, o objetivo dos Jogos Mun- diais dos Povos Indígenas é valorizar a cultura indígena, proporcionar a troca de valores e de experiências entre os povos de várias nações. Nesse sentido, segundo Marcos Terena, organizador e idealizador dos jogos, esses objetivos foram atingidos.
Fotos: Assessoria de Imprensa JMPI 2015 e Mayke Toscano/GEMI/Acervo Fotos Públicas
Mais do que uma competição, os Jogos Indígenas são uma celebração