Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Diagrama de Tensão-Deformação do Concreto: Estados Limites, Notas de aula de Cálculo

Os estados limites de deformação e ruptura de seções de concreto armado submetidas a solicitações normais. O texto aborda as bases de cálculo de seções de concreto armado, as solicitações normais, os estados limites de deformação plástica excessiva e de ruptura, e a distribuição de tensões no concreto na seção transversal. O documento também discute os domínios de deformações e os limites entre eles.

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Gaucho_82
Gaucho_82 🇧🇷

4.6

(52)

218 documentos

1 / 19

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Universidade Estadual de Campinas
Faculdade de Engenharia Civil
Departamento de Estruturas
Solicitações normais
Cálculo no estado limite último
Notas de aula da disciplina
AU414 - Estruturas IV– Concreto armado
Prof. Msc. Luiz Carlos de Almeida
Setembro/2002
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Diagrama de Tensão-Deformação do Concreto: Estados Limites e outras Notas de aula em PDF para Cálculo, somente na Docsity!

Universidade Estadual de Campinas

Faculdade de Engenharia Civil

Departamento de Estruturas

Solicitações normais

Cálculo no estado limite último

Notas de aula da disciplina

AU414 - Estruturas IV– Concreto armado

Prof. Msc. Luiz Carlos de Almeida

Setembro/

Solicitações normais

  • 1 Introdução ................................................. Cálculo no estado limite último
  • 2 Diagrama tensão deformação dos aços ........................
    • 2.1 Diagrama característico .................................
    • 2.2 Diagramas de cálculo ....................................
    • 2.3 Valores característicos .................................
  • 3 Diagrama tensão deformação do concreto .....................
  • 4 Hipótese de cálculo ........................................
  • 5 Domínios de deformação ....................................
    • 5.1 Reta a .................................................
    • 5.2 Domínio 1 ..............................................
    • 5.3 Domínio 2 ..............................................
    • 5.4 Domínio 3 ..............................................
    • 5.5 Domínio 4 ..............................................
    • 5.6 Domínio 4a .............................................
    • 5.7 Domínio 5 ..............................................
  • 6 Equação de equilíbrio e de compatibilidade ................
  • 7 Bibliografia ..............................................

b) Estados de ruptura: em peças submetidas à flexão simples ou flexão composta com quantidades médias ou grandes de armadura, o estado limite último é atingido por esmagamento do concreto comprimido para deformações da ordem de 0,35% e em peças submetidas à compressão uniforme ou compressão não uniforme o estado limite último é atingido por esmagamento do concreto para deformações da ordem de 0,2%.

2 Diagrama tensão deformação dos aços

2.1 Diagrama característico

Como diagramas característicos dos aços empregados em concreto armado, adotam-se os que são apresentados a seguir.

Figura 01a Figura 01b

Para os aços Classe A, adota-se um diagrama bi-retilíneo formado pela reta de Hooke e um seguimento reto paralelo ao eixo das deformações, cuja ordenada corresponde à resistência característica, f (^) yk , como indica a Figura 0la.

σ s

ε s

f yck

fyk

σ s

ε s

f yck

fyk

Para os aços Classe B, adota-se como diagrama característico obtido experimentalmente e que contém a resistência característica, f (^) yk , como indica a Figura 0lb.

Para os aços, tanto da Classe A quanto da Classe B, adota-se o módulo de elasticidade igual a: E (^) s = 2.100.000 kgf/cm².

Para esses aços admite-se um comportamento na compressão análogo ao na tração. Na parte correspondente à tração, o alongamento é limitado em 1%, ou seja, ao valor que caracteriza o estado limite de deformação plástica excessiva. Na parte correspondente à compressão, o encurtamento é limitado em 0,35% porque o concreto comprimido solidário às armaduras sofre ruptura com encurtamentos não superiores a 0,35%.

2.2 Diagramas de cálculo

Figura 02a Figura 02b

Para os aços Classe A, admite-se um diagrama de cálculo como o apresentado na Figura 02a, ou seja, bi-retilíneo, formado pela reta de Hooke e um segmento reto paralelo ao eixo das

σ s

ε s

f yck

fyk

f yd

fycd

ε (^) yd s ε

f yck

fyk

f yd

0 , 2 %^ ε yd

f ycd

σ s

Aços

( Kgf / cm^2 )

f (^) yk ( Kgf / cm^2 )

f (^) yd ( / )

Kgf cm^2

f (^) yd ε (^) yd ε pd

CA-25 2500 2174 0.
CA-50A 5000 4348 0.
CA-50B 5000 4348 3044 0.004070 0.
CA-60A 6000 5217 0.
CA-60B 6000 5217 3652 0.004484 0.

3 Diagrama tensão deformação do concreto

Conforme a NB-l/80, o diagrama tensão-deformação do concreto à compressão de cálculo, é formado de uma parábola do 2º grau que passa pela origem e vértice no ponto de abscissa 0,2% e ordenada

  1. 85 f cd e de um segmento reto entre as deformações de 0,2% e

0,35% tangente à parábola e paralelo ao eixo das abscissas (Figura 03).

Figura 03

4 Hipótese de cálculo

As hipóteses de cálculo no estado limite último de ruptura ou de deformação plástica excessiva, nos casos de flexão simples ou composta, normal ou oblíqua, e de compressão ou tração uniforme,

σ c

ε c

  1. 85 f cd

0 , 2 %^0 ,^35 %

= −^ − 

2

  1. (^85110). 002 σ c fcd^ ε c

A s

h d eixo

LN

x

C. G. Nu

Mu

ε cu

ε s

LN

Deformações

excluídas as vigas paredes e os consolos curtos, são as seguintes:

a) Sob a influência das solicitações normais, as seções transversais permanecem planas (hipótese de Bernouilli).

Como resultado, as deformações^ ε^ das fibras de uma seção são proporcionais às suas distâncias à linha neutra, ou seja, o diagrama de deformações na seção transversal é retilíneo (Figura 04).

Figura 04

b) A resistência à tração do concreto é desprezada.

Em virtude da baixa resistência que o concreto apresenta quando tracionado, na região da seção em que a solicitação produz tensões de tração que o concreto esteja fissurado. Disso decorre que todas as forças internas de tração devem ser resistidas por armadura.

c) Admite-se que haja aderência perfeita entre a armadura e o concreto adjacente não fissurado.

Figura 6

Permite-se a substituição do diagrama por um retângulo de altura y = 0,8x, com a seguinte tensão:

0,85 f (^) cd no caso em que a largura da seção medida paralelamente

alinha neutra não diminui a partir desta para a borda comprimida;

0,80 f (^) cd no caso contrário.

O coeficiente redutor (0,85) da resistência de cálculo do concreto considera a diminuição da resistência do mesmo por influência da deformação lenta (efeito Rusch) causada por ações de longa duração.

g) A tensão na armadura é a correspondente à deformação determinada de acordo com as hipóteses anteriores e obtida do diagrama tensão-deformação do aço correspondente.

h d

As

eixo Nu

Mu

ε cu = 0 , 35 %

ε s

x^0 ,^2 %

0 , 85 fcd

0 , 85 f cd 0 , 80 fcd

y

ou

L. N.

y = 0 , 8 x

Deformaçõe s (^) Tensõesnoconcreto

5 Domínios de deformação

As configurações possíveis do diagrama de deformações correspondentes ao estado limite último para uma seção submetida a solicitações normais sugerem a delimitação de regiões, chamadas domínios de deformações, onde poderá estar contido o diagrama de deformações referente a um determinado caso de solicitação normal quando o estado limite último for atingido.

Na Figura 07 estão representados os domínios de deformações e as retas que correspondem aos limites entre cada um deles.

Figura 07

5.1 Reta a

A reta a corresponde à tração uniforme, caso em que toda a seção é tracionada de modo uniforme. A deformação na seção é representada por uma reta paralela a face da seção, que é a origem das deformações. A posição da linha neutra é dada por

ε yd

ε s

73^ h

alongamento encurtamento

h (^) d

A
B
1 C

4 a^5

x = - 00

reta a

x = + 00

reta b

ε c

x = 0

x = 0. 259 d

x = x y

x = d x = h

borda comprimida da seção com o encurtamento de 0,35% e o

alongamento na armadura está compreendido entre 1% e ε (^) yd ,. Cobre

o campo de profundidade da linha neutra desde x > 0. 259 até xxy.

Esta é a situação desejável para projeto, pois os materiais são aproveitados de forma econômica e a ruína poderá ser avisada pelo aparecimento de muitas fissuras motivadas pelo escoamento da armadura. As peças de concreto armado nestas condições são denominadas peças sub-armadas.

5.5 Domínio 4

O domínio 4 abrange os casos de flexão simples e flexão composta com grande excentricidade. A linha neutra é interna à seção e a reta do diagrama de deformações na seção passa pelo ponto B. Refere-se aos casos em que no estado limite último o encurtamento de 0,35% é alcançado na borda comprimida da seção e

o alongamento na armadura está situado entre ε (^) yd e 0. 0 estado

limite último é caracterizado pela ruptura do concreto comprimido sem que haja escoamento da armadura. Cobre o campo de

profundidade da linha neutra desde x > xy até xd. As peças de

concreto armado nestas condições são denominadas peças superarmadas e devem ser evitadas tanto quanto possíveis.

5.6 Domínio 4a

O domínio 4a corresponde à flexão composta com pequena excentricidade. As armaduras são comprimidas e existe somente uma pequena região de concreto tracionada próxima a uma das bordas da seção. A linha neutra é interna a seca, e cobre o

campo de profundidade da linha neutra desde x > d até xh. A

reta do diagrama de deformações na seção passa pelo ponto B. O

estado limite último é caracterizado pela ruptura do concreto com encurtamento de 0,35% na borda comprimida.

5.7 Domínio 5

0 domínio 5 refere.se à compressão não uniforme, com toda a seção de concreto comprimida. A linha neutra é externa à seção e cobre o campo de profundidade da linha neutra desde

x > h até x ≤ +∞.A reta do diagrama de deformações na seção passa

pelo ponto C, afastado da borda mais comprimida de 3/7 da altura total da seção e correspondente a um encurtamento de 0,2%. 0 estado limite último e atingido pela ruptura do concreto comprimido com encurtamento na borda mais comprimida situado entre 0,35% e 0,20%, dependendo da posição da linha neutra, mas constante e igual a 0,2% na fibra que passa pelo ponto C. Reta b

A reta b corresponde à compressão uniforme, caso em que toda a seção é comprimida de modo uniforme. A deformação na seção é representada por uma reta paralela a face da seção, que é a origem das deformações. A posição da linha neutra é dada por x = +∞. 0 estado limite último é atingido por ruptura do concreto com um encurtamento de 0,2%. A seção resistente é constituída pelo concreto e pelas armaduras, sendo a deformação nestas igual à do concreto, ou seja,0,2%.

6 Equação de equilíbrio e de compatibilidade

Neste trabalho trata-se somente de seções com um eixo de simetria submetidas a solicitações normais que atuam segundo um

plano que contem esse eixo e com armaduras principais As e A s '.

y = ordenada contada a partir da borda mais comprimida ou menos tracionada da seção; b y = largura da seção na ordenada y; σ (^) c = tensão de compressão no concreto; σ (^) cy = tensão de compressão no concreto na ordenada y; σ (^) s = tensão na armadura As ; σ (^) s^ ' = tensão na armadura A s '; R c = resultante das tensões de compressão no concreto; R s = resultante das tensões na armadura As ; R s^ ' = resultante das tensões na armadura A s ' ; z (^) c = distância do ponto de aplicação da resultante de compressão

no concreto ao centro de gravidade da armadura As.

Como a flexo-compressão constitui-se na solicitação mais freqüente, considera-se a força normal com sinal positivo quando for de compressão e com sinal negativo quando for de tração. O momento fletor é considerado positivo quando provocar tração na borda inferior da seção. As tensões internas e suas resultantes são consideradas positivas quando de compressão e negativas quando de tração.

O sistema de esforços constituído por N (^) u e M (^) u referidos ao eixo

baricêntrico da seção transversal de concreto pode ser reduzido

a um sistema equivalente formado pela força normal N (^) u aplicada

com excentricidade e em relação ao centro de gravidade da seção de concreto (Figura 11), onde:

u

u

N

e = M

A excentricidade e (^) s de N (^) u em relação ao centro de gravidade da

armadura As (Figura 09) vale:

2

d d ' es = e +^ −

Figura 09

A excentricidade e é considerada positiva a partir do centro de gravidade da seção transversal até a sua borda mais comprimida e a excentricidade e (^) s é tomada como positiva a partir do centro de

gravidade da armadura As até a borda mais comprimida da seção

transversal.

Considerando-se as resultantes internas como indica a Figura 10 e referindo-se os momentos dessas resultantes ao centro de

gravidade da armadura As , as equações de equilíbrio no estado

limite último são escritas na forma seguinte:

'

N e R z R d d

N R R R

u s c c s

u c s s

h d

LN

As

eixo Nu >^0 Mu > 0

As

' A s

y

eixo

Nu

e > 0

es > 0

e es

x

C. G.

cálculo. O momento M (^) u será considerado sempre positivo e a força

normal N (^) u será positiva quando de compressão e negativa quando

de tração.

7 Bibliografia

1 - Fernandes,G. B., Notas de aula, FEC-Unicamp, Campinas, 1980.

2 - Pfeil ,W., Concreto Armado, vol 1, Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda., Rio, 1985.

3 - Macgregor, J. G., Reinforced Concrete Mechanics and Disign, Prentice_hal, Inc. Upper Saddle River, New Jersey, 1997.

4 - Rusch., H., Concreto armado e protendido, Editora Campus, Rio, 1981.