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Anatomia e Fisiologia da Coluna Vertebral: Um Estudo Detalhado da Cervicalgia, Notas de estudo de Ortopedia

A anatomia e fisiologia da coluna vertebral, com foco na região cervical. Aborda a cervicalgia, suas causas, sintomas, fatores de risco e diagnóstico, além de discutir os tratamentos e a importância da postura adequada. O texto é informativo e detalhado, com linguagem clara e organizada, tornando-o um recurso valioso para estudantes de saúde e profissionais da área.

Tipologia: Notas de estudo

2025

À venda por 24/02/2025

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A coluna vertebral se estende do crânio até o ápice
do cóccix, forma o esqueleto do pescoço e do dorso,
e constitui a principal parte do esqueleto axial.
Esqueleto axial: é constituído pelos ossos do
crânio, pela coluna vertebral, pelas costelas e
pelo esterno.
Afunção da coluna é proteger a medula espinal e os
nervos, sustentar o peso do corpo, fornecer um eixo
parcialmente rígido e flexível para o corpo e um pivô
para a cabeça, o que contribui para a locomoção e
postura.
A coluna vertebral geralmente é composta por
33 vértebras distribuídas, como na descrição a
seguir:
1. Cervical: são sete ao todo; as duas
primeiras são denominadas atlas (C1) e
áxis (C2).
2. Torácica: são 12 ao todo, cada uma
articulando-se com um par de costelas.
3. Lombar: são cinco ao todo; são
vértebras volumosas, apropriadas para
suportar o peso corporal.
4. Sacral: são cinco vértebras fundidas
para a estabilidade na transferência de
peso do tronco para os membros
inferiores.
5. Cóccix: são quatro ao todo; a Co1
muitas vezes não é fundida, mas Co2 a
Co4 o são (um resquício da cauda
embrionária.
OBS: As vértebras tornam-se gradualmente maiores à
medida que a coluna vertebral desce em direção ao
sacro e tornam-se progressivamente menores em direção
ao ápice do cóccix. Essas diferenças estruturais ocorrem
porque as vértebras suportam cada vez mais peso à
medida que descem na coluna. Elas atingem seu maior
tamanho logo acima do sacro, que distribui o peso para
os membros inferiores através das articulações
sacroilíacas.
OBS: A coluna vertebral pressacral é flexível, visto que é
constituída por vértebras unidas entre si por discos
intervertebrais semirrígidos. As 25 primeiras vértebras,
também se articulam nas articulações dos processos
articulares (zigapofisárias), que facilitam e controlam a
flexibilidade da coluna.
Vista lateral da coluna:
1. Curvatura cervical (lordose cervical): uma
curvatura secundária adquirida quando a criança
consegue suportar o peso de sua cabeça.
2. Curvatura torácica (cifose torácica): uma
curvatura primária presente no feto.
3. Curvatura lombar (lordose lombar): uma
curvatura secundária adquirida quando a criança
assume a postura ereta e suporta seu próprio
peso.
4. Curvatura sacral: curvatura primária presente no
feto.
ESTRUTURA E FUÕES DAS VÉRTEBRAS
Uma vértebra geral é constituída por um corpo
vertebral, um arco vertebral e sete processos.
1. O corpo vertebral (a parte anterior e
mais maciça da vértebra) confere
resistência à coluna vertebral e sustenta
o peso do corpo.
2. O arco vertebral situa-se posteriormente
ao corpo vertebral e é formado pelos
APG 01-Cervicalgia
1- Revisar a morfofisiologia da coluna cervical.
2- Erigir conceito, epidemiologia, fatores de risco,
fisiopatologia, manifestações clínicas, diagnóstico,
tratamento e complicações da cervicalgia.
3-Entender como a tecnologia interfere na cervicalgia.
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Baixe Anatomia e Fisiologia da Coluna Vertebral: Um Estudo Detalhado da Cervicalgia e outras Notas de estudo em PDF para Ortopedia, somente na Docsity!

estaelly.gomes  A coluna vertebral se estende do crânio até o ápice do cóccix, forma o esqueleto do pescoço e do dorso, e constitui a principal parte do esqueleto axial.

 Esqueleto axial: é constituído pelos ossos do

crânio, pela coluna vertebral, pelas costelas e pelo esterno.  A função da coluna é proteger a medula espinal e os nervos, sustentar o peso do corpo, fornecer um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e um pivô para a cabeça, o que contribui para a locomoção e postura.  A coluna vertebral geralmente é composta por 33 vértebras distribuídas, como na descrição a seguir:

  1. Cervical: são sete ao todo; as duas primeiras são denominadas atlas (C1) e áxis (C2).
  2. Torácica: são 12 ao todo, cada uma articulando-se com um par de costelas.
  3. Lombar: são cinco ao todo; são vértebras volumosas, apropriadas para suportar o peso corporal. 4. Sacral: são cinco vértebras fundidas para a estabilidade na transferência de peso do tronco para os membros inferiores. 5. Cóccix: são quatro ao todo; a Co muitas vezes não é fundida, mas Co2 a Co4 o são (um resquício da cauda embrionária. OBS: As vértebras tornam-se gradualmente maiores à medida que a coluna vertebral desce em direção ao sacro e tornam-se progressivamente menores em direção ao ápice do cóccix. Essas diferenças estruturais ocorrem porque as vértebras suportam cada vez mais peso à medida que descem na coluna. Elas atingem seu maior tamanho logo acima do sacro, que distribui o peso para os membros inferiores através das articulações sacroilíacas. OBS: A coluna vertebral pressacral é flexível, visto que é constituída por vértebras unidas entre si por discos intervertebrais semirrígidos. As 25 primeiras vértebras, também se articulam nas articulações dos processos articulares (zigapofisárias), que facilitam e controlam a flexibilidade da coluna.  Vista lateral da coluna:
  4. Curvatura cervical (lordose cervical): uma curvatura secundária adquirida quando a criança consegue suportar o peso de sua cabeça.
  5. Curvatura torácica (cifose torácica): uma curvatura primária presente no feto.
  6. Curvatura lombar (lordose lombar): uma curvatura secundária adquirida quando a criança assume a postura ereta e suporta seu próprio peso.
  7. Curvatura sacral: curvatura primária presente no feto. ESTRUTURA E FUNÇÕES DAS VÉRTEBRAS  Uma vértebra geral é constituída por um corpo vertebral, um arco vertebral e sete processos.
  8. O corpo vertebral (a parte anterior e mais maciça da vértebra) confere resistência à coluna vertebral e sustenta o peso do corpo.
  9. O arco vertebral situa-se posteriormente ao corpo vertebral e é formado pelos APG 01-Cervicalgia 1- Revisar a morfofisiologia da coluna cervical. 2- Erigir conceito, epidemiologia, fatores de risco, fisiopatologia, manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento e complicações da cervicalgia. 3-Entender como a tecnologia interfere na cervicalgia.

estaelly.gomes pedículos e lâminas direitos e esquerdos.

  1. Sete processos originam-se do arco vertebral de uma vértebra geral: processo espinhoso, dois processos transversos e quatro processos articulares.  Em cada região da coluna, as faces articulares têm uma orientação específica, que define os movimentos possíveis. Além disso, o tamanho e o formato do canal vertebral variam para se ajustar à espessura da medula espinal. VÉRTEBRAS CERVICAIS  As 2 primeiras vértebras cervicais são únicas e denominadas atlas e áxis. O atlas (C1) segura a cabeça sobre o pescoço e o áxis (C2) é o ponto da articulação no qual a cabeça gira sobre o pescoço.  Tem corpos menores e arcos cervicais maiores.  Todas as vértebras cervicais apresentam três forames: um forame vertebral (são mais largos porque alojam a intumescência cervical da medula espinal) e dois forames transversos (de cada processo transverso, passam a artéria vertebral e sua veia acompanhante, além de fibras nervosas).  Os processos espinhosos de CII a CVI são muitas vezes bífidos, ou seja, se ramificam em duas projeções pequenas nas extremidades.  A C1 (Atlas) é a primeira vértebra cervical, localizada abaixo do crânio. Tem formato de anel ósseo, sem corpo vertebral nem processo espinhoso. Suas faces articulares superiores se articulam com o occipital, permitindo o movimento de anuência. As faces articulares inferiores se conectam com a C2. Possui grandes processos e forames transversos.  A C2 (Áxis) é a segunda vértebra cervical e possui um corpo vertebral com uma projeção óssea chamada dente do áxis, que atua como eixo para a rotação da cabeça. Sua articulação com o atlas, denominada articulação atlantoaxial, permite esse movimento, sendo essencial para a mobilidade cervical.  A 3 ª, 4 ª, 5 ª e 6 ª vértebras cervicais (CIII a CVI), correspondem ao padrão estrutural de uma vértebra cervical típica previamente descrita.  A 7 ª vértebra cervical (VII) chamada de vértebra proeminente, é um tanto diferente, revelando um processo espinhoso grande e não bífido que pode ser percebido e palpado na base do pescoço, mas, sob outros aspectos, é típica. ARTICULAÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL  Os discos IV fornecem uniões fortes entre os corpos vertebrais e constituem cer a de 25% da altura da coluna. Esses discos intervertebrais permitem o movimento entre as vértebras e absorvem impactos graças à sua elasticidade. Cada disco é formado por uma parte externa fibrosa, chamada anel fibroso, e um centro gelatinoso chamado núcleo pulposo.  A diminuição da altura vertebral com o envelhecimento resulta da perda óssea nos corpos vertebrais e não da diminuição da espessura dos discos intervertebrais  (^) Os discos IV são nutridos pelos corpos vertebrais. MOVIMENTOS DA COLUNA RAÍZES NERVOSAS  Os nervos espinais são vias de comunicações entre a medula espinal e regiões específicas do corpo.  Existem 31 pares de nervos espinais, sendo 8 deles cervicais. Considera-se que cada par de nervos espinais surge de um segmento espinal.  A nomeação dos nervos se faz de acordo com o segmento nos quais estão localizados.

estaelly.gomes  A cervicalgia é a dor na região do pescoço. Pode está associada a acometimento de raízes nervosas causando dor na extremidade dos MMSS, denominado uma cervicobraquialgia.  Na maioria das vezes, advém de um processo degenerativo ou um distúrbio funcional das estruturas ligamentares, musculares, discais e osteocartilaginosas da região cervical.  A cervicalgia é uma das queixas mais comuns no dia a dia da prática clínica. Ela tem sido observada em cerca de 25% dos indivíduos na faixa etária de 25 a 29 anos e em até 50% da população com mais de 45 anos de idade.  É classificada em: aguda (< 4 semanas), subaguda ( 4 a 12 semanas) e crônica (> 12 semanas). ANATOMIA ASSOCIADA A CLÍNICA  A coluna cervical é a parte mais móvel da coluna vertebral, e isso acontece por algumas características estruturais especiais.  Atlas (C1) e Áxis (C2): atlas (C1) sustenta o crânio e permite a inclinação da cabeça, enquanto o áxis (C2) tem uma estrutura chamada processo odontoide, que funciona como um pivô para a rotação da cabeça. A articulação entre essas duas vértebras (atlantoaxial) é a principal responsável pelo movimento de rotação do pescoço.  Outras vértebras cervicais: Da terceira até a sétima vértebra cervical, a coluna tem uma curvatura voltada para frente (lordose cervical). Essas vértebras se conectam por discos intervertebrais e duas articulações importantes: o Zigoapofisárias (facetárias): Permitem pequenos movimentos de rotação e inclinação lateral. o Uncovertebrais (de Luschka): Estão localizadas nas laterais das vértebras e ajudam na estabilidade da coluna cervical.  Alterações nessas estruturas podem causar dor no pescoço (cervicalgia), mas isso é menos comum, exceto em pessoas com artrite reumatoide.  Protusões discais, acometimento das articulações citadas acima, processos degenerativos com formação de osteófitos, podem levam à compressão das raízes nervosas cervicais. Entretanto, a sintomatologia relacionada ao acometimento é relativamente rara, pois existe o processo unciforme, que atua como uma barreira protetora.  Nesse sentido, as raízes nervosas anteriores, pela maior proximidade com os processos unciformes são menos suscetíveis à compressão. FATORES DE RISCO  (^) Ocupação: trabalhadores manuais, carga de trabalho pesada;  (^) Estresse físico;  Nível educacional;  Depressão;  É mais frequente em mulheres e aumenta com a idade;  Síndrome metabólica e IMC alto estão mais relacionados à cervicalgia crônica. CAUSAS  Posturais;  Compressivas (hérnia discal e estenose vertebral);  Degenerativas (osteoartrite, doença degenerativa discal);  Infecciosas (discite vertebral por tuberculose ou estafilococos);

estaelly.gomes  Inflamatórias (artrite reumatoide e espondilite anquilosante);  Metabólicas (osteoporose com fratura patológica);  Tumorais (metástases ou lesões primárias);  Deformidades vertebrais (dorso curvo juvenil ou doença de Scheuermann);  Traumáticas. OBS: A maioria das dores no pescoço (cervicalgias) de origem mecânica não tem uma causa exata definida.  Dor aguda: Pode ocorrer quando uma pequena estrutura dentro da articulação zigapofisária (menisco intra-articular) fica "preso" em um espaço maior da cápsula da articulação. Isso pode causar inflamação, dor e rigidez, que melhoram quando o menisco volta ao lugar.  Dor crônica: Ainda não se sabe ao certo o que a causa. ETIOPATOGENIA  A simples compressão da raíz nervosa não causa dor. É preciso que, além da compressão, haja inflamação para o desenvolvimento da dor.  As cervicalgias agudas podem ocorrer como um sintoma de patologias subjacentes inflamatórias, infecciosas ou tumorais.  Mais frequentemente, as cervicalgias ocorrem em razão de distúrbios mecânicos e musculoesqueléticos inespecíficos. São situações geralmente benignas e autolimitadas.  Entretanto, as cervicalgias crônicas estão mais relacionadas a traumas e fatores ocupacionais. Nesse sentido, fatores posturais, principalmente hiperflexão prolongada da coluna cervical, também podem desencadear a dor em consequência do estiramento das articulações zigoapofisárias posteriores.  A prevalência de processos degenerativos aumentam com a idade, chegando a ser um achado quase universal em pessoas com mais de 65 anos de idade. Com o processo de envelhecimento normal, o disco intervertebral cervical desidrata e sofre um processo de fragmentação e fissuração posterior.  A principal causa das neuralgias cervicobraquiais são alterações degenerativas progressivas com a idade, que comprometem o disco, as vértebras, os processos uncinados e as facetas. CAUSAS DE DOR CERVICAL  Dor e desconforto cervical, habitualmente com restrições dos movimentos da coluna e dolorimento à palpação da musculatura cervical e trapézio.  Sem sintomas neurológicos.  Pode ocorrer em pacientes mesmo jovens, e o estresse físico do dia a dia, a postura inadequada, principalmente relacionada à ocupação do paciente, e a baixa qualidade do sono predispõem a dor miofascial.  Ocorre devido a uma degeneração discal.  O paciente apresenta dor e desconforto aos movimentos, com restrição de sua amplitude, e é comum a presença de espasmos da musculatura cervical.  As alterações degenerativas visíveis a radiografia simples, por si só, não são suficientes para confirmação diagnóstica, apesar de mostrarem alterações estruturais  As articulações zigoapofisárias podem causar dor no pescoço, principalmente após traumas ou posturas prolongadas com o pescoço inclinado para trás.  (^) Sintomas: A dor costuma ser mais lateralizada, podendo irradiar para o ombro e a região próxima à escápula.  Diagnóstico: Se a dor melhora após uma injeção de anestésico na articulação, isso confirma que ela é a fonte do problema.  A compressão de uma raiz nervosa pode causar fraqueza, alteração na sensibilidade e/ou dor, dependendo da raiz afetada e da gravidade.  Dor: Mais intensa no braço do que no pescoço.  Outros sinais: Reflexos, sensibilidade e força podem estar comprometidos.  Diagnóstico: Os sintomas pioram com testes específicos que provocam a compressão do nervo. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS  A principal manifestação é a dor.  Em casos agudos, com etiologia mecânico-postural, além da dor, os achados usuais são restrição de movimentos e contratura muscular.  Parestesias, diminuição de força e dor do tipo “choque” indicam radiculopatia por provável hérnia de disco cervical. Para definir qual a raiz cervical está acometida, deve-se analisar os reflexos tendinosos que podem estar abolidos ou reduzidos e os dermátomos com alteração de sensibilidade.  Dor de caráter noturno, que pode acordar o paciente, leva à suspeita de doenças malignas.  Febre, inapetência e perda de peso sugerem, principalmente, infecções vertebrais, mas podem

estaelly.gomes  RM: É o padrão-ouro para avaliar hérnias discais cervicais (hérnia de disco mole), mielopatia cervical, hérnia de disco torácica, fraturas por osteoporose e tumores vertebrais, além de detectar processos infecciosos.  Cintilografia óssea: exame de triagem para lesões tumorais, infecção e fraturas por osteoporose.  Eletroneuromiografia: útil para o diagnóstico de lesões compressivas de nervos periféricos. Pode ser normal em casos de hérnias discais com radiculopatia. ESCALA DA AVALIAÇÃO DA DOR  Existem a escala analógica visual (EAV) e a escala verbal numérica para avaliação da dor.  A escada analgésica da OMS orienta o tratamento da dor. Na dor crônica, começa-se com analgésicos leves e aumenta-se a intensidade conforme necessário. Na dor aguda, inicia-se com opioides fortes e técnicas invasivas por curto período, esperando que a dor diminua à medida que o quadro agudo se resolve. TRATAMENTO  O tratamento da cervicalgia depende da causa. Nas cervicalgias sintomáticas, foca-se na patologia subjacente, enquanto nas mecânicas, o objetivo é reduzir a dor e melhorar a função. NÃO MEDICAMENTOSO  Colar cervical de espuma (não usar por mais de 10 dias, pois atrofia a musculatura paravertebral).  Fisioterapia.  Tração cervical.  Acupuntura.  Alguns casos têm indicação de tratamento cirúrgico (absoluta [mielopatia cervical] e relativa [hérnia discal, fraturas por osteoporose]). MEDICAMENTOSO AINES  A classe inclui:  derivados do ácido salicílico (ácido acetilsalicílico [AAS], difluni-sal e salsalato).  do ácido propiônico (ibuprofeno, fenoprofeno, flurbiprofeno, cetoprofeno, naproxeno e oxaprozina).  do ácido acético (diclofenaco, etodolaco, indometacina, cetorolaco, nabumetona, sulindaco e tolmetina).  do ácido enólico (meloxicam e piroxicam), de fenamatos (ácido mefenâmico e meclofenamato).  do inibidor COX-2 seletivo (celecoxibe).  Eles atuam inibindo as enzimas cicloxigenase, que leva a uma redução da síntese de PGs. O único que inibe irreversivelmente é o AAS.  Os AINEs (anti-inflamatórios não esteroidais) têm três principais ações:  Anti-inflamatória: Inibem a cicloxigenase (COX), reduzindo a formação de prostaglandinas (PGs) e, consequentemente, modulando a inflamação.  Analgésica: Diminuem a síntese de PGE2, que sensibiliza as terminações nervosas, reduzindo a dor.  Antipirética: Baixam a febre ao inibir a síntese de PGE2, que aumenta o ponto de referência no centro termorregulador do hipotálamo.  (^) Efeitos adversos: Os AINEs podem causar efeitos adversos no sistema gastrointestinal, como dispepsia e sangramentos, devido à redução de prostaglandinas protetoras gástricas. Também podem afetar os rins, levando à retenção de sódio e água, o que pode causar edema. A seletividade dos AINEs pela COX-1 está associada a um maior risco de efeitos gástricos. Glicocorticoides

estaelly.gomes  Os glicocorticoides reduzem a produção de citocinas pró-inflamatórias, bloqueiam a fosfolipase A (impedindo a liberação de ácido araquidônico) e diminuem a produção de prostaglandinas e leucotrienos, o que é crucial para sua ação anti- inflamatória. Eles também estabilizam membranas de mastócitos e basófilos, reduzindo a liberação de histamina. OBS: podem ser usados também relaxantes musculares (ciclobenzaprina), opioides fracos (codeína e tramadol) e opioides fortes (tapentadol e oxicodona).  O uso excessivo de smartphones e tablets pode causar posturas inadequadas, especialmente em idades mais jovens, levando a um aumento na incidência de cervicalgia e afetando a qualidade de vida.  Alterações posturais comuns, como assimetria de ombros, escoliose e hiperlordose, ocorrem frequentemente durante o período escolar e o uso de eletrônicos. O uso inadequado e prolongado de mochilas e aparelhos eletrônicos pode causar dores musculares, cefaleia e, a longo prazo, problemas como hérnias discais e osteófitos.  O uso excessivo de smartphones, especialmente ao abaixar a cabeça a 60 graus, aumenta o peso da cabeça, causando dores no pescoço e problemas na coluna. Esses efeitos, além de afetarem a estética, já são considerados uma epidemia global pela Organização Mundial da Saúde.

Referencias:

TORTORA, G. J; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia humana. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

MARTINS, Mílton de A.; CARRILHO, Flair J.; ALVES, Venâncio Avancini F.; CASTILHO, Euclides. Clínica Médica, Volume 5: Doenças Endócrinas e Metabólicas, Doenças Osteometabólicas; Doenças Reumatológicas. 2. ed. Barueri, SP: Editora Manole, 2016. SATO et al. Cervicalgia entre estudantes de medicina: uma realidade multifatorial. Revista da Faculdade de Ciências Médicas Sorocaba, 2019. LEALDINO et al. Revisão de literatura sobre as principais alterações posturais em crianças. Anais da 14a Mostra de Iniciação Científica, Urcamp Bagé – RS, 2017.