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Amor Ímpar em Maria Gabriela Llansol: A Incomunicabilidade das Palavras de Amor, Esquemas de Literatura

Este texto explora o tema do amor ímpar em maria gabriela llansol, enfatizando a incomunicabilidade das palavras de amor e a importância do silêncio. O autor discute a ideia de giordano bruno e hölderlin sobre o silêncio do amor e a perda de letras na palavra 'amor'. Além disso, ele discute a presença de anagramas na obra de llansol e a importância da letra 'r' no início da palavra 'ramo'. O texto também aborda a ideia de amor ímpar como uma saída de formas de amor vinculadas à luz comum e uma cura para a palavra amor.

Tipologia: Esquemas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Barros32
Barros32 🇧🇷

4.4

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O TERCEIRO RAMO AUSENTE:
SOBRE O AMOR ÍMPAR EM MARIA GABRIELA LLANSOL
Jonas Miguel Pires Samudio
________ que posso eu dizer-vos que não quebre a incomunicabilidade das palavras de amor?
(UBDMT, p.49)
A epígrafe insiste: dizer algo para que a incomunicabilidade permaneça nas palavras
de amor. Escrever-ler para que o incomunicável permaneça nas palavras e para que o amor
possa ser por ele dito. Escrever-ler não para que não-haja silêncio no amor, para que este
silêncio seja descrito: “é uma actividade prática do silêncio, a própria descrição do silêncio
por meio do silêncio” (AC, p.43).
Com Maria Gabriela Llansol, com seu texto, recebemos um texto partido aos pedaços
(E, p.48), pois “a realidade para ser profunda tem que ser fragmentada” (E, p.58), de modo
que o que, aqui, leremos da autora, são fragmentos e figuras, tal como ela as denominou:
À medida que ousei sair da escrita representativa [...] identifiquei
progressivamente “nós construtivos” do texto a que chamo figuras e que, na
realidade, não são necessariamente pessoas mas módulos, contornos,
delineamentos. Uma pessoa que historicamente existiu pode ser uma figura,
ao mesmo título que uma frase (“este é o jardim que o pensamento
permite”), um animal, ou uma quimera (FP, p.121).
Como Giordano Bruno, figura de Hölder, de Hölderlin (1993), que poderia ter dito “o
que é escabroso no amor é que não tem anel; mas nada disse” (HH, p.36), também não
calemos o silêncio do amor. Tomamos as figuras textuais frasais, as cenas fulgor a nos contar
que o amor pode ser ímpar: tal é proposição llansoliana– em sentido spinozista sobre o
amor, o amor ímpar, aquele em que se a troca verdadeira. Realçando a proposição de
amor ímpar, mantendo a incomunicabilidade das palavras de amor, o chamarei, aqui, ramo,
escrevendo, com essa palavra, um pensamento verdadeiro, sabendo que, na textualidade
Llansol, pensamento “não é o raciocínio, é um feixe de reflexões, de sentimentos, de visões
que se encadeiam e abrem caminho aqui” (FP, p.38), e, igualmente, que “quando um
pensamento é verdadeiro podem deduzir-se, sem interrupção, outros pensamentos
verdadeiros” (CA, p.17).
Para nos aproximarmos desse pensamento como de uma poética sobre o amor ímpar,
nos aproximamos da literatura, não como poder de representação, como a instituição literária,
em seus movimentos mais ou menos localizáveis na linha do tempo, pois “não há literatura.
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O TERCEIRO RAMO AUSENTE:

SOBRE O AMOR ÍMPAR EM MARIA GABRIELA LLANSOL

Jonas Miguel Pires Samudio ________ que posso eu dizer-vos que não quebre a incomunicabilidade das palavras de amor? (UBDMT, p.49) A epígrafe insiste: dizer algo para que a incomunicabilidade permaneça nas palavras de amor. Escrever-ler para que o incomunicável permaneça nas palavras e para que o amor possa ser por ele dito. Escrever-ler não para que não-haja silêncio no amor, para que este silêncio seja descrito: “é uma actividade prática do silêncio, a própria descrição do silêncio por meio do silêncio” (AC, p.43). Com Maria Gabriela Llansol, com seu texto, recebemos um texto partido aos pedaços (E, p.48), pois “a realidade para ser profunda tem que ser fragmentada” (E, p.58), de modo que o que, aqui, leremos da autora, são fragmentos e figuras , tal como ela as denominou: À medida que ousei sair da escrita representativa [...] identifiquei progressivamente “nós construtivos” do texto a que chamo figuras e que, na realidade, não são necessariamente pessoas mas módulos, contornos, delineamentos. Uma pessoa que historicamente existiu pode ser uma figura, ao mesmo título que uma frase (“este é o jardim que o pensamento permite”), um animal, ou uma quimera (FP, p.121). Como Giordano Bruno, figura de Hölder, de Hölderlin (1993), que poderia ter dito “ o que é escabroso no amor é que não tem anel ; mas nada disse” (HH, p.36), também não calemos o silêncio do amor. Tomamos as figuras textuais frasais, as cenas fulgor a nos contar que o amor pode ser ímpar: tal é proposição llansoliana– em sentido spinozista – sobre o amor, o amor ímpar , aquele em que se dá a troca verdadeira. Realçando a proposição de amor ímpar , mantendo a incomunicabilidade das palavras de amor, o chamarei, aqui, ramo , escrevendo, com essa palavra, um pensamento verdadeiro , sabendo que, na textualidade Llansol , pensamento “não é o raciocínio, é um feixe de reflexões, de sentimentos, de visões que se encadeiam e abrem caminho aqui” (FP, p.38), e, igualmente, que “quando um pensamento é verdadeiro podem deduzir-se, sem interrupção, outros pensamentos verdadeiros” (CA, p.17). Para nos aproximarmos desse pensamento como de uma poética sobre o amor ímpar , nos aproximamos da literatura, não como poder de representação, como a instituição literária, em seus movimentos mais ou menos localizáveis na linha do tempo, pois “não há literatura.

Quando se escreve só importa saber em que real se entra, e se há técnica adequada para abrir caminho a outros” (FP, p.52). Falamos do texto de gozo, o texto impossível, com Roland Barthes (2006), da escrita que sulca o real, e acomoda restos, com Jacques Lacan (2009); do jogo insensato de escrever, da literatura que caminha em direção à sua essência, que é o seu desaparecimento, da “não-literatura que cada livro persegue, como a essência do que ama e desejaria apaixonadamente descobrir” (2005, p.294), com Maurice Blanchot (2005;2011). Assim, encontramos o texto como a um amante: o humano não poderá nunca definir-se pelo poder, pela razão, ou pela vontade, mas pelo face a face ao Amante, de que o corpo é a manifestação presente, e o texto a ausência que se manifesta (LL, p.130-31). O texto manifesta, pois, uma ausência que diz do movimento textual que nos ascende, chama, e pede uma escrita que não seja possível ler; ou, ainda, pede a escrita que se prolonga em seu começo, e joga o sentido para o depois contínuo: depois, logo adiante, o sentido arremessado para que, livres da univocidade da interpretação, acorramos ao encontro do texto que nos espera, pois: Nunca olhes os bordos de um texto. Tens que começar numa palavra. Numa palavra qualquer se conta. Mas, no ponto-voraz, surgem fugazes as imagens. Também lhes chamo figuras. Não ligues excessivamente ao sentido. A maior parte das vezes, é impostura da língua. Vou, finalmente, soletrar-te as imagens deste texto, antes que meus olhos se fatiguem (UBDMT, p.112). Não servindo à impostura da língua , que nos diz o que falar nos obrigando a calar, o texto tem sentidos “no sentido que se interroga” (E, p.40), e, “partilha comigo a dor do sentido que aflorece, e se desvanece./ Mas nunca o sentido progressivo se ocultou” (CLeg). À escuta desse sentido progressivo nos colocamos, ouvindo seu chamado e lhe aquiescendo com nossa possibilidade de leitura, lendo: Vereis que, pouco a pouco, as letras vão rolar do próprio nome: amor sem m. amor sem o. amor sem r. amor sem a. fica o silêncio em que vos dareis uma à outra, ponto final na chama (UBDMT, p.93).

abertura para que ramo possa ser dito na palavra amor , e a sua incomunicabilidade não seja, assim, obstruída. Que o silêncio da palavra amor seja escrito numa outra palavra. Escrevendo ramo com amor recordamos do cão Jade ( Amar um cão , 1991), uma possibilidade de amor ímpar, quando se estabelece uma alteração na relação com as palavras, e se adentra no lugar em que o texto existe: Principio a recorrer às palavras que anunciam a realidade:

  • Por que brincas? Por que não brincas? Por que brincas sozinha?
  • Por necessidade de conhecer. De conhecer-te – respondo.
  • Entraste no reino onde eu sou cão. Pesa a palavra.
  • Eu peso.
  • Desenha a palavra.
  • Eu desenho.
  • Pensa a palavra.
  • Eu penso.
  • Então entraste no reino onde eu sou cão – concluiu ele (AC, p.41). Nosso ramo é a palavra amor pesada, pensada, desenhada; ramo é o gesto de turbar as letras da palavra amor , dando-lhe outra forma de dizer-se, sobretudo, como movimento que, diz o texto, “torna-nos obsessivos e inconstantes. Não podemos viver sem ele, mas a imagem não se mantém fixa. O fulgor desloca-se. Não podemos desejar o novo e querê-lo sem surpresa” (OVDP, p.34). O amor ímpar é, pois, feito de novo e de desordem (E, p.22) sobre a falta-traço que não se completa: __________________________, falta-me uma flor branca para compor, com rigor, um ramo lilás (CLeg). Começa-se com um traço. No traço está contida a vontade de dizer que não se diz; o traço contém o silêncio, contém sua falta, a falta dele, texto, a falta de quem o lê, legente, a falta-a-escrever: “falta-me uma flor branca para compor, com rigor, um ramo lilás.” E, se o branco em forma de flor é o que falta-a-escrever, como causa amante, pousamos a escrita sobre essa cor, branco, vendo que, aqui, ela se dá porque o branco é o resto que falta à composição de um ramo numa cor que não o elimina: para que o ramo seja rigorosamente lilás, falta-lhe o branco. Avançando, recordamos que “há mais tons de branco do que a brancura faz supor” (P, p.45), não lemos o branco como pureza e esterilidade, e nos reportamos ao Disco de Newton: as sete cores do arco-íris em movimento como origem do branco, revestido de um excesso de cores – o sete, na numerologia bíblica, p.ex., significa a plenitude – , um excesso que é movimento e devir, atravessamento de cores sobre cores. Logo,

o branco não é a falta estagnada: é um tipo de texto que podemos chamar, com Llansol, de texto da neve da linguagem: “no texto da neve há uma mistura de silêncio, neve e cal, utilizada em acabamentos” (AA, p.216), lemos, e afirmamos que o que falta de brancura para que o ramo seja lilás é seu caráter de movimento – fim para o princípio, abertura deslocada, dilatação. Faltam as cores em atravessamento. Falta ao amor , para que seja ramo , a abertura que o devir comporta: travessia. E lemos essa abertura-travessia sob a égide da composição de um ramo sem simetria: falta branco para que seja lilás. O amor ímpar ¸ então, é a proposição de uma relação assimétrica, não pela qualidade das partes, mas porque qualquer simetria é um impossível, visto não serem iguais-incompletos que se encontram. O encontro se dá entre os absolutamente sós : “trabalhar a dura matéria move a língua; viver quase a sós atrai, pouco a pouco, os absolutamente sós” (F, p.50). Escreve-se, o amor ímpar como encontro de absolutamente sós. E quem se entrega a essa escrita-leitura, torna-se figura, acolhendo, em seu corpo, outra forma de corpo, o corp’a’screver , fragmento absolutamente só em que o eu falta: Não vou perguntar: “quem falta?” sou eu que falto, o fragmento por que suspiro, e que está suspenso fora de mim. Eu que queria ser ele , sem poder, como_________ como um resto de frase que se esquece (IQC, p.21). Amar com amor impar é um estado de amor-fora-do-eu – êxtase – , uma possibilidade para além do espelho. Amar nesse ramo para que haja encontro com o fora-do-eu que, em primeira instância, é o outro-que-falta: o outro absolutamente só que, comigo, pode partilhar o ramo e a alegria de viver. Encontro que se dá ainda no adeus: Há uma chama que vos corta em duas partes idênticas. Mas cada uma dessas partes são as partes principais; Quando sobe a luz do dia, e o amor fica deserto, que dizer-vos do amor______ a não ser adeus (UBDMT, p.92) Lemos: com a subida da luz, só uma palavra do amor pode ser dita ao que fica deserto: adeus. Ao ramo , um adeus. Dizemos adeus não interrompendo a incomunicabilidade, o silêncio da palavra amor. Dizemos ramo e adeus , nos recordando de Jacques Derrida, em Adeus a Emmanuel Lévinas (2004) quando, no texto que dá título à obra – o pronunciamento

mitos da compreensão do amor: o mito de Eros e Psique , 4 presentificado por: “aos que dormem tranquilamente”; e também os do Banquete de Platão, marcados pelo “a comer o amor”. O ramo do amor ímpar propõe-se como outra forma para o amor, uma cura – a liberdade para além do céu, pois “a abóbada celeste acaba de ruir” – , um perdão, tomado em sua etimologia latina de Per-donare : doar-se para outrem, per-dom para o outro-fora de mim_._ Por fim, dizer adeus, diante de outro, abre-nos à possibilidade de encontro, na esperança, e, crendo no a-deus , ainda mais, pois este reporta-nos à confiança de que um outro absolutamente só , que não disputa primazia, cuidará da possibilidade do encontro. Em suma, podemos dizer, com Llansol, que, no ramo do amor ímpar, adeus é mais uma palavra anódina que os amantes nus trocam entre si, enquanto se acariciam e se contemplam. Nesse instante, os corpos brilham porque, nesse trânsito, a palavra aí existe, mas sem importância útil, e os corpos, sem que nós os saibamos, a absorvem – e fulgem (LL, p.118) Tais amantes, que se abrem ao amor ímpar das palavras que eles não-sabem, podem se abrir, igualmente, às outras formas de amor , sob a luz do fora-de-eu, ramo, que, em Maria Gabriela Llansol, foi a escrita: “eu passei apenas pela escrita. Palavra feminina como eu. /Estou a acrescentar-lhe um ramo enquanto cresce a árvore florida__________” (CLeg). O amor ímpar acresce em abertura ao outro, figura, que, tendo arriscado sua identidade, pois esse é o gesto imprescindível, descobriu a linhagem a que pertence (E, p.36; p.30); ademais, podemos dizer com Lévinas, figura que se abre ao estatuto figural do rosto de outrem, pois o rosto é a pobreza essencial do outro exposta, a sua nudez como pedido de resposta ao apelo pelo cuidado (2010, p.69-70). E isso se dá seja qual for a outridade figural: seja outro eternidade (CME, p.70); outra pessoa, como Augusto Joaquim, o A.Nômada, Vergílio Ferreira, o companheiro filosófico; outro animal – como o cão Jade, a gata Melissa; outro vegetal – Prunus Triloba, Filomena do nó; outro frasal – “no intervalo do afecto entre os perigos do poço e os prazeres do jogo ”; outro textual – o texto, o lápis, o caderno – ; outro histórico que resta escrito como texto – Friedrich N., Aossê, Comuns o pobre ; os objetos da casa – cordeiro de porcelana, estátua de Ana que ensina a ler a Myriam – , pois estes trazem memória e nome daqueles que com eles conviveram; outro quimera – o Coração do urso, (^4) Ver BRANDÃO , Junito de Souza. Eros e Psiqué. Mitologia grega. Vol II. Petrópolis: Vozes, 1987. p.209- 251

Potropato. Em suma, os outros, em forma de figura, são chamados a participar, longe de qualquer simetria, na abertura do amor dos complexos “três sexos que movimentam a dança do vivo: a mulher, o homem, a paisagem. Esta é a novidade: a paisagem é o terceiro sexo” (OVDP, p.44). O amor ímpar é, pois, ramo : abertura e dilatação. Este texto, nessas palavras – que, quiçá, não tenham quebrado a incomunicabilidade das palavras de amor – foi um mover as letras, desenhando outra palavra para a palavra amor , e, ao abri-la, fazê-la dizer mais do que a luz comum , levá-la para fora de si mesma, identificá- la com a falta em branco que, destoando do restante das cores, as mostra, e mostra-se, na singularidade de seu passajar, e conduz ao ponto em que, ao invés de palavras incomunicáveis, possamos trocar, nós e nossos amantes, sejam quais forem os seus sexos – de homem, de mulher, de paisagem – , na nudez de nossos afectos, palavras anódinas e, mais, possamos fazer a partilha do silêncio que perfila a singularidade de cada palavra, um silêncio descrito pelo próprio silêncio, um ponto vago em que depositamos o amor , para que ele- palavra seja letra demarcando um território sem lugar no aberto: amor como ramo de afectos acrescendo, em abertura, no corpo que aprendemos; o amor ímpar como desejo para cada amor, pois ele, o amor , é alegria acompanhada, e, sendo ímpar , tem como causa o exterior, o aberto que não cessa de se abrir. Em último lugar, dizemos, silenciando, ainda uma vez a palavra amor, dizendo- escrevendo-lendo ramo , como a palavra ao redor da qual nos assentamos para a colheita que fazemos na leitura, e dizemos essa palavra-frase como uma pergunta de fim de encontro, como nosso adeus, abertura em expansão, o gesto de escrever que se amplifica como uma pergunta aberta sobre o aberto: “Quem precisa que um ramo entre na sua vida?” (AA, p.94) Referências Obras de Maria Gabriela Llansol: AC: “Amar um cão”. Cantileno. Lisboa: Relógio d’Água, 2000. AA: Amigo e Amiga. Curso de silêncio de 2004. Lisboa: Assírio CLeg: Carta ao legente. Belo Horizonte: Breve Colóquio Intenso da Psicanálise com o texto de Maria Gabriela Llansol, 2011a (Edição Limitada). CL: Os cantores de leitura. Lisboa: Assírio&Alvim, 2007. CLP: O começo de um livro é precioso. Lisboa: Assírio & Alvim, 2003. CME: Contos do mal errante. Lisboa: Assírio & Alvim, 2004. E. Entrevistas. Belo Horizonte: Autêntica, 2011. FP: Um Falcão no punho. Belo Horizonte: Autêntica, 2011. F: Finita. Belo Horizonte: Autêntica, 2011. HH: “Hölder de Hölderlin”. Cantileno. Lisboa: Relógio d’Água, 2000. & Alvim, 2006. IQC: Inquérito às quatro confidências. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.