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INCONTINÊNCIA
URINÁRIA
Irana Castro
DEFINIÇÃO
A Sociedade Internacional de Continência define
Incontinência Urinária como qualquer queixa de
perda involuntária de urina.
MARQUES, A. A. / FERREIRA, N. O.
Encéfalo Tronco Encefálico Ponte SNP Parassimpático Sacral (N. Pélvico) Simpático Toracolombar (N. Hipogástrico) Somático Sacral (N. Pudendo) IMPULSOS EXCITATÓRIOS E INIBITÓRIOS MARQUES, A. A. / FERREIRA, N. O.
Arquivo pessoal; MORENO, 2009
- Inibe reflexos da contração detrusora durante o enchimento CORTEX CEREBRAL- LOBO FRONTAL
- Organização dos estímulos aferentes e eferentes do trato urinário durante o enchimento SUBSTÂNCIA RETICULAR PONTO-MESENCEFÁLICA
- Inibem as contrações do detrusor NÚCLEOS DA BASE
CONTINÊNCIA
- Mecanismo Proximal: Adequado posicionamento do ângulo uretrovesical posterior, necessário para manter a oclusão uretral diante do aumento da pressão intra-abdominal.
- Mecanismo do Terço Médio Uretral: Papel do rabdoesfíncter
- Mecanismo Intrínseco: Coaptação da mucosa uretral oferecida pela vascularização local. MARQUES, A. A. /FERREIRA, N. O.
FISIOPATOLOGIA
Disfunção no trato urinário inferior que pode acontecer quando:
- Há alteração no processo fisiológico da micção.
- Há alteração nas estruturas envolvidas no suporte e sustentação dos órgãos miccionais. MARQUES, A. A. /FERREIRA, N. O.
- Mista : Perda involuntária de urina que associa esforço e urgência.
- Transitória : Perda involuntária de urina causada por infecção ou medicamento, que se reverte assim que cessa a causa desencadeante.
- Por fístula urinária : Comunicação anormal entre um órgão do trato urinário (geralmente a bexiga) e a vagina decorrente de um procedimento cirúrgico, processo inflamatório, traumatismo ou irradiação. É contínua e severa por apresentar gotejamento constante. Núcleo avançado de Urologia – Hospital Sírio Líbanes
- Por Transbordamento: Ocorre quando a bexiga fica cheia a ponto de transbordar. Pode ser causada pelo enfraquecimento do músculo da bexiga ou pela obstrução à saída de urina. (O aumento da próstata pode causar essa obstrução, por isso esse tipo é mais comum em homens.) Frequente em homens, diabéticos, etilistas crônicos e em algumas doenças neurológicas.
- Funcional: O sistema urinário funciona bem, mas limitações físicas ou cognitivas impedem que o individuo use o banheiro normalmente.
- Enurese noturna : Ocorre durante o sono.(Ex: criança que faz xixi na cama.) Núcleo avançado de Urologia – Hospital Sírio Líbanes
CAUSAS
- Infecção urinária
- Vaginite atrófica
- Gestação/Parto vaginal/Episiotomia
- Diuréticos: Poliúria e urgência
- Cafeína: Irritação vesical
- Anticolinérgicos: Retenção urinária
- Antidepressivos: retenção urinária
- Álcool: Frequência e Poliúria
- Aumento da produção de urina causada pela hipoglicemia - Hipovolemia: aumento da ingestão hídrica - Diminuição da capacidade da necessidade de urinar - Delirium - Doenças crônicas ou ortopédicas que restringem o movimento e/ou cognição.
FATORES DE RISCO
- Idade: Maior incidência a partir do climatério. Redução da capacidade da bexiga de 500-600ml para 250-300ml Baixo nível de estrógeno Doenças crônicas Aumento do IMC
- Obesidade: Aumento da pressão intra-abdominal com consequente aumento da pressão vesical.
- Paridade: Associa-se a quantidade de partos com a incidência de IU
- Tipo de parto: Maior incidência no parto vaginal se comparado a cesárea
- Peso do RN: Aumento da pressão intra-abdominal e risco de lesão de AP durante parto vaginal.
- Constipação: Estiramento reto que pode comprimir a bexiga. HIGA, Rosângela, et al.
SINAIS E SINTOMAS
- Aumento da frequência miccional
- Noctúria
- Urgência
- Hiper-reflexia vesical
- Perda de urina aos esforços
- Incontinência no intercurso sexual
- Infecção urinária
- Dor abdominal Bruna Evellyn Souza Melo, et al.
DIAGNÓSTICO CLINICO:
- História clínica: Duração e característica (Urgência/Esforço); Uso de forros; Quantidade da perda; Padrão de ingestão hídrica; Padrão miccional; Antecedente de cirurgia ginecológica; Doenças associadas; Uso de medicamentos; Alteração cognitiva; Alteração na função sexual.
- Exame físico: Abdominal (Distensão vesical, cicatrizes de cirurgias, presença de dor); Retal (Sensibilidade perineal, tônus esfincteriano); Genital (Condições cutâneas, atrofia mucosa, prolapsos, massas pélvicas).
- Exame de Urina:
- Hematúria (Infecção, Câncer);
- Glicosúria (Diabetes);
- Piúria (Infecção);
- Proteínúria (Nefropátia). M.G. Lucas, et al.
ESTUDO URODINÂMICO
- Avalia as funções da bexiga e do esfíncter. O examinador estuda a sensibilidade, capacidade de armazenamento, e eficiência de esvaziamento. Os resultados avaliam a necessidade ou não de intervenção cirúrgica. MONTEIRO, MARILENE VALE DE CASTRO, et al.
RISCOS:
- Disúria
- Infecção de trato urinário
- Pielonefrite
FATORES QUE INTERFEREM NO EXAME:
- Dificuldade de urinar diante do examinador
- Constrangimento
- Infusão vesical de líquido que não é urina
- Temperatura do liquido infundido
- Ritmo de infusão acima do fisiológico
- Cateterização
São introduzidas duas sondas - uma na bexiga (pela uretra) e uma no reto (pelo ânus) - que são conectadas a um computador. O exame consiste em três partes principais:
- 1 - Urofluxometria: é a primeira parte do exame, realizada antes da passagem das sondas. O paciente urina em um recipiente adequado e é avaliada a velocidade do jato urinário.
- 2 - Enchimento vesical (cistometria): após a passagem de uma sonda urinária e uma sonda retal, é realizado o enchimento lento da bexiga com soro fisiológico, sendo concomitantemente avaliado as pressões intravesical (através de um transdutor de pressão presente no mesmo catéter vesical) e intra-abdominal (através da sonda retal).
- 3 - Fase miccional (estudo pressão-fluxo): é pedido ao paciente para urinar novamente no recipiente (desta vez ainda com as sondas inseridas) para avaliar a função da bexiga durante a micção e curvas de pressão/fluxo, ou seja, a relação entre as pressões intravesicais e o fluxo urinário.