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Para estes autores, “a análise técnica é a ciência de registrar, ... Segundo Pring (2002, p.157), uma média móvel é uma versão suavizada de uma.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
A maioria dos indicadores gráficos (COLBY & MYERS, 1988), como por exemplo as médias móveis, o IFR – Índice de Força Relativa, e o MACD – Moving Average Convergence - Divergence, mostra uma situação presente do mercado, em função do valor das cotações da ação ou de pontos do índice, apontando para uma situação de overbought^1 ou oversold^2 e, portanto, a iminência de reversão da tendência. Porém, não prevê uma faixa no tempo onde seja mais provável que a reversão ocorra. O indicador Fibonacci Time Zones , baseado na seqüência de Fibonacci^3 (ACHELIS, 2001, p. 144), dá uma indicação de períodos mais prováveis onde pode ocorrer algum evento significativo como uma alta, uma baixa, etc., porém é de pouca precisão. Nesse sentido surgiu interesse na pesquisa da previsão temporal da reversão das tendências, ou timing , isto é, será possível estimar daqui quanto tempo uma tendência em curso irá reverter? Mais especificamente, pretende-se com este trabalho introduzir na caixa de ferramentas do analista, termo usado por Elder (1993), mais um indicador que possibilite a visualização da proximidade da reversão de uma tendência, e que associado, por exemplo, ao IFR e ao MACD, amplie o leque de instrumentos à disposição do analista técnico na tomada de decisão. Pretende-se com isso tornar possível a visualização da matemática que serve de embasamento à teoria da função log-periódica (LOP). Nesta mesma obra de Elder (1993, p. 118) o autor se mostra contrário às “caixas pretas”, ou softwares automatizados de recomendação de investimentos, isto é, aqueles que informam ao usuário o que comprar e vender e quando comprar e vender sem explicar por quê. E acrescenta: “não existe substituto para o julgamento maduro em trading”^4 , dizendo ainda que “atividades humanas complexas como trading não podem ser automatizadas. Máquinas podem ajudar, porém não substituir o ser humano”.
(^1) Overbought : sobre-comprado. Diz-se da situação em que se encontra o índice de mercado ou uma ação após ter sofrido um processo de alta rápida e acentuada, na qual aumentam as probabilidades de queda. 2 Oversold : sobre-vendido. Diz-se da situação em que se encontra o índice de mercado ou uma ação após ter sofrido um processo de queda rápida e acentuada, na qual aumentam as probabilidades de alta. 3 4 Ver p. 18. Trading (negociação) é o termo utilizado em inglês para designar operações de compra e venda de ações.
Noronha (1995) relata experiências desagradáveis na tentativa de obter sistemas autônomos. Depois de abandoná-los, conclui que quanto mais simples o sistema, melhor, e que a pesquisa ajuda a melhorar a performance. Por essas razões, não faz parte do escopo deste trabalho criar um sistema autônomo de tomada de decisão, mas fornecer ao analista mais uma ferramenta que, agregada às demais já existentes, venha a facilitar a tomada de decisão de compra ou venda de ações, da mesma forma que exames laboratoriais complementares ou uma radiografia auxiliam um médico na elaboração de seu diagnóstico. Este trabalho aborda sobretudo as tendências, estudando principalmente sua reversão.
O objetivo desta tese é propor o uso da LOP como um indicador oscilador que contribui para a previsão da reversão de tendências, principalmente das de alta para baixa, de forma mais eficaz que os indicadores IFR e MACD.
1.3 - JUSTIFICATIVA
Como será mostrado no desenvolvimento do trabalho, os estudos iniciais usando a LOP realizados por Sornette tinham por objetivo apenas as grandes crises ocorridas nos mercados financeiros, de ações ou moedas. Este trabalho estuda sua aplicação de uma forma mais direta, não apenas em grande crises ou catástrofes, mas nas reversões de tendências em geral. A justificativa da pesquisa se prende a dois fatos: em primeiro lugar, pelo aspecto temporal, pois a LOP situa no tempo a proximidade da reversão e o software escolhido para a elaboração das regressões não-lineares mostra um intervalo de tempo para a ocorrência da previsão. Em segundo lugar, pela inovação, pois diferentemente das médias móveis e dos indicadores IFR e MACD, também baseados em médias móveis, a LOP provém de uma formulação matemática.
De acordo com Goldberg e Nitsch (2001, p.6), “o objetivo principal da análise gráfica é identificar e fazer uso das tendências. A maioria dos modelos de negociação técnica de sucesso está baseada em acompanhar as tendências.” Para Noronha (1995, p.1), “Análise técnica é a ciência que busca, através do estudo de registros gráficos multiformes, associados a formulações matemático-estatísticas, incidentes sobre preços, volumes e contratos em aberto do passado e do corrente (sic) dos diferentes ativos financeiros, proporcionar, através da análise de padrões que se repetem, condições para que se possa projetar o futuro caminho dos preços, dentro de uma lógica de maiores probabilidades.” Noronha (1995, p.11) ainda acrescenta: “esses padrões nada mais são do que as ondas de ganância e medo entre investidores. São a fotografia da eterna batalha entre compradores e vendedores.”
A AG engloba várias modalidades, como o Gráfico de Barras, o Candelabro Japonês, o Gráfico Ponto-e-Figura e as Ondas de Elliott. Neste estudo será utilizado o gráfico de barras que, dentre as modalidades expostas, ainda é a mais utilizada. Os conceitos expostos a seguir sobre a AG ou AT visam a fornecer ao leitor os conhecimentos básicos necessários para a compreensão do escopo e alcance do presente trabalho, delineando um contexto onde se pretende inserir a função log-periódica, objeto desta tese, como mais um indicador de reversão de tendências, a exemplo do IFR – Índice de Força Relativa, das Médias Móveis e do MACD – Moving Average Convergence – Divergence (Convergência – Divergência das Médias Moveis), cujo objetivo é auxiliar na identificação de pontos de compra ou venda, não sendo pretensão do autor detalhar ao extremo ou aprofundar em demasia os conceitos aqui expostos sobre o assunto.
Vale destacar que o trabalho aborda o mercado de ações, o que não invalida a aplicação universal da AG.
2.1.1 A teoria de Dow A AG, da forma como é conhecida hoje em dia, originou-se da chamada Teoria de Dow, que remonta a 3 de julho de 1884, quando foi publicada a primeira média (ou primeiro índice) que norteava o mercado de ações (Murphy, 1986, p. 24).
Segundo Leite e Sanvicente (1995, pp. 12-21), Charles Henry Dow e Edward Jones fundaram a Dow Jones & Co. em 1882, com a finalidade de divulgar cotações de ações e notícias econômicas do mercado de New York. Ambos foram os primeiros editores do Wall Street Journal , lançado em 1889. No entanto, Dow jamais chegou a apresentar uma teoria. Coube a William Peter Hamilton, sucessor de Dow na edição do Wall Street Journal após sua morte, compilar e enunciar aquilo que ficou conhecido como os princípios de Dow , apresentados a seguir.
Os princípios de Dow Segundo Murphy (1986, pp. 26-34) os Princípios de Dow podem ser assim enunciados:
(^5) A expressão ‘descontam’ é aqui utilizada no sentido de retratam, absorvem, refletem, incorporam.
2.1.2 O Gráfico de Barras
O Gráfico de Barras é constituído por uma seqüência de barras, sendo o significado da barra ilustrado na figura 1 (MURPHY, 1986, p. 36):
Figura 1 – Barra de cotações
A barra indica a negociação ocorrida em um certo período, que pode ser de 15 minutos, um dia (o mais comum), uma semana, etc. Na explicação abaixo serão consideradas barras diárias, representando a negociação de uma ação. A barra poderia indicar também o número de pontos do índice.
máximo
fechamento abertura
mínimo
(isso não quer dizer que a cotação tenha passado por todos os valores entre o mínimo e o máximo, ao longo da barra, de forma contínua).
A Figura 2 a seguir mostra o gráfico de barras diário para os pontos do índice Bovespa e respectivos volumes de títulos, no período considerado.
Figura 2 – Exemplo de um gráfico de barras
O Gráfico de Barras
FONTE: LAFIS^6
A seqüência das barras no dia a dia vai fornecer o desenho das Tendências , que podem ser de Alta ou de Baixa.
(^6) Todos os gráficos de ações apresentados neste trabalho são obtidos pelo software Metastock da LAFIS.
Figura 4 - Tendência de Baixa
Fazem parte do jargão de investimentos utilizado nos Estados Unidos as expressões Bull Market (Mercado Touro, ou altista) – quando se faz referência a uma tendência de alta do mercado, e Bear Market (Mercado Urso, ou baixista), quando se quer caracterizar um mercado em tendência de queda. O touro levanta a cabeça (tendência de alta) para dar uma chifrada, para atacar um inimigo, enquanto que o urso se abaixa (tendência de baixa) para agarrar, atacar, daí as duas caracterizações distintas para essas diferentes fases do mercado.
Suportes e Resistências
Suportes e resistências são níveis de preço onde as compras e as vendas, respectivamente, são fortes o suficiente para interromper durante algum tempo - e possivelmente, reverter - um processo de queda ou de alta. Assim, topos são zonas de resistência, e fundos, zonas de suporte (NORONHA, 1995, p. 19). Em outras palavras, um suporte é o nível de pontos abaixo do qual uma cotação não cai em tendências de queda ou em deslocamentos laterais, conforme indicado nas figura 4. Uma resistência é um nível de pontos que não é ultrapassado em tendências de alta ou em deslocamentos laterais, conforme a figura 5 [Ver ACHELIS (2001, pp. 14-18)].
Figura 5 - Suportes e Resistências
FONTE: Noronha, 1995, p. 22
De acordo com Noronha (1995, pp. 19-20), “Suportes e resistências existem porque as pessoas têm memória, e a memória pode induzí-las a comprar e vender em certos níveis. As compras e vendas por parte do universo de investidores criam suportes e resistências. Se os investidores se lembram que recentemente os preços pararam de cair ao atingir um certo patamar e a partir daí subiram, provavelmente uma volta a esses níveis os induzirá a comprar novamente. Se os investidores se lembram que uma subida recente reverteu após atingir um certo topo, tenderão a vender quando os preços voltarem a esse nível. Existe suporte e resistência porque uma grande massa de investidores sente dor e arrependimento. Investidores que mantêm posições com prejuízo sentem muita dor. Esses perdedores estão determinados a cair fora tão logo o mercado lhes apresente uma nova chance. Investidores que perderam uma oportunidade sentem arrependimento e também esperam que o mercado lhes dê uma segunda chance. Sentimentos de dor e arrependimento são moderados nas regiões onde a amplitude das oscilações é pequena e as perdas não machucam muito.
Figura 7 - Retas de resistência
2.1.4 Rompimento de uma linha de tendência
Diz-se que uma tendência foi rompida quando as cotações ou pontos a ultrapassam por uma diferença igual ou maior a 3% do valor do suporte ou da resistência no ponto do rompimento, em termos de fechamento, não necessariamente essa diferença sendo alcançada no primeiro dia, às vezes demorando 2 ou 3 dias para a confirmação [(EDWARDS & MAGEE, 2001, p. 57); (DEHNER, 5-fev-1990, p. 5); (NORONHA, 1995, p. 54)]. Além do critério baseado em valor, Murphy (1986, p. 74) sugere outro, baseado em tempo, ou seja, considera-se o rompimento quando a cotação permanecer 2 dias acima (abaixo) da resistência (do suporte). Outros adotam 3 dias para esse critério. O rompimento de uma resistência representada por uma tendência de baixa é indicado na figura 8 à esquerda, e o de uma resistência horizontal, à direita. Murphy (1986, pp. 66-67) afirma que o nível de 10% para suportes e resistência maiores é utilizado por alguns grafistas, mas argumenta que esse critério é subjetivo, devendo ficar a cargo de cada analista o estabelecimento do nível de referência adequado. A esse respeito, Pring (2002, p.73) acrescenta:
“A sabedoria convencional sustenta que se deve esperar por uma confirmação de 3% de penetração em um limite antes de admitir que o rompimento é válido. ... Este enfoque foi desenvolvido na primeira parte do século XX, quando os períodos durante os quais os investidores detinham uma ação eram maiores. Hoje, com a popularidade dos gráficos intraday , 3% de variação pode representar a totalidade do movimento. Não tenho nenhuma objeção à regra dos 3% para movimentos de preço de prazo mais longo,
a) Tendência de baixa b) Deslocamento lateral
nos quais as flutuações são maiores. Todavia o melhor enfoque é um consenso baseado na experiência e julgamento, em cada caso particular.”
A confirmação do rompimento de uma tendência de baixa (resistência) geralmente determina um ponto de compra. A confirmação do rompimento de uma tendência de alta (suporte) geralmente define um ponto de venda. O uso de indicadores, tratado na p. 17, auxilia na decisão.
Figura 8 - Rompimento de tendência
Quando a tendência é ultrapassada, porém antes de atingir o nível de 3%, retorna à condição anterior, acima do suporte ou abaixo da resistência, não se trata de um rompimento, mas apenas de um corte ou teste na linha de tendência. A figura 9 indica o teste de um suporte representado por uma tendência de alta, à esquerda, e o teste de uma resistência horizontal, à direita.
Figura 9 - Corte ou teste de uma tendência
Figura 11- Ombro – Cabeça – Ombro
O Ombro-Cabeça-Ombro (O-C-O) é a figura mais temida da AG, pois costuma acarretar reversões severas nas tendências. Na figura 11 observa-se um O-C-O de reversão de alta para baixa, e seu funcionamento é descrito a seguir: Imagine que o gráfico de uma determinada ação venha se comportando em alta, conforme indica a seta tracejada à esquerda do gráfico. Num certo instante, o processo de alta é interrompido e dá-se pequena correção, o gráfico evoluindo em sentido contrário à seta, até que cesse esta queda ou correção. Forma-se assim o primeiro ombro (O1). A partir deste ponto, a ação volta a subir, atinge um máximo maior que o tamanho do primeiro ombro, e volta a cair, formando-se a cabeça (C) ao parar de cair. Em seguida volta a subir mas não atinge a altura da cabeça e volta a cair. Forma –se assim o segundo ombro (O2). A linha que une os dois pontos inferiores da cabeça aos ombros é chamada de Linha de Pescoço (LP). O rompimento da LP, com a devida confirmação, irá acarretar uma queda, a partir da LP, de tamanho igual à altura da cabeça, conforme indicado pelas setas pretas. Observe que o volume de títulos (gráfico inferior) acompanha a movimentação do O-C-O.
2.1.7 Indicadores
O Gráfico de Barras faz uso também de ferramentas auxiliares para a indicação de tendências e pontos de reversão, chamadas Indicadores , que se dividem em Osciladores e Rastreadores (NORONHA, 1995, pp. 179-193). Assim, referências ao Gráfico de Barras subentendem também esse conjunto de gráficos.
2.1.7.1 Osciladores Os osciladores são indicadores mais comumente usados quando o mercado não apresenta tendência definida. Normalmente são anteriores ou antecipados às tendências, sendo que o principal deles é o Índice de Força Relativa, ou IFR.
IFR – Índice de Força Relativa
Segundo Murphy (1986, pp. 195-203), o IFR (em Inglês RSI – Relative Strength Index ) varia entre 0 e 100, representado pela fórmula desenvolvida por Welles Wilder (WILDER, 1978, pp. 63-70):
IFR=100- 100 , onde FR=média das variações para cima em n dias 1+FR média das variações para baixo em n dias
Geralmente adota-se para n o valor 9 ou 14. Simplificando-se a fórmula acima o IFR , conforme mostrado no Apêndice 23, pode ser representado por:
IFR 100 x variações para cima = (^) variações para cima + variações para baixo
, onde:
Σ var.cima = somatória das oscilações positivas (ou para cima) das cotações em n dias Σ var. baixo = somatória das oscilações negativas (ou para baixo) das cotações em n dias Usualmente considera-se a variação do IFR ente 20 e 80, ou entre 30 e 70.
Em suma, o IFR, apresentado na figura 12, mostra a porcentagem de altas que ocorreram sobre o total de oscilações da cotação da ação ou de pontos do índice em um determinado período.
razões permanecem constantes a partir daí. A razão 0,618 é chamada Razão Áurea ou Número PHI. A teoria da AG sugere que os avanços e recuos das cotações acompanham essas razões. Para maiores detalhes, ver Noronha (1995, pp. 256-259; 279-282) e Bernstein (1998, pp. XXV-XXIX).
2.1.7.2 Rastreadores Os Rastreadores são indicadores que ajudam a confirmar uma tendência quando esta se encontra em seu início, sendo normalmente atrasados ou posteriores em relação à tendência. Neste trabalho serão discutidos apenas 2 rastreadores, quais sejam as Médias Móveis – destacando-se as Médias Móveis Aritméticas e o MACD – Convergência – Divergência das Médias Móveis.
2.1.7.2.1 Médias Móveis As médias móveis (MM) são rastreadores bastante úteis para indicar reversões de tendências, e podem ser aritméticas, ponderadas e exponenciais. Conforme explica Noronha (1995, p.180), “a média móvel é uma média extraída de um corpo de dados seqüenciais numa janela de tempo. Assim, uma média móvel de 10 períodos mostra o preço médio dos últimos 10 dias. No décimo primeiro dia, substitui- se o primeiro dia pelo décimo-primeiro e calcula-se uma nova média, e assim sucessivamente.” Conectando-se os pontos das médias móveis de cada dia cria-se a linha da média móvel. Noronha (1995, p.180) acrescenta: “O principal objetivo de uma média móvel é o de informar se começou ou terminou uma tendência. Por ser uma média calculada em cima de dados decorridos, ela não prediz, apenas reage com uma pequena defasagem de tempo em relação ao movimento de preços. Portanto, ela segue, mas não lidera ou antecipa. Sua característica principal é fazer com que o movimento do gráfico de preços fique mais suave, tornando mais fácil a visualização da tendência básica.” Em um teste realizado para operar o índice futuro numa base intra-diária, mediante a utilização de um sistema com diversas variáveis, Noronha (1995, p. 182) concluiu que os melhores resultados vinham associados à utilização das MM aritméticas, razão pela qual apenas estas serão abordadas no presente trabalho. Para detalhes sobre as médias móveis exponenciais, que compõem o indicador MACD, ver, e.g. Noronha (1995, p. 181), Pring (2002, p. 170), Appel (2005, p. 43) e Murphy (1986, p. 234).
Normalmente são utilizadas duas ou três, em conjunto, cuja periodicidade usualmente provém da seqüência de Fibonacci, ou seja: A “média diária” é considerada como o próprio fechamento, i.e., média de 1 dia. Uma semana de pregões: 5 ou 8 dias. Um mês de pregões: 21 dias (úteis no mês) Um ano de pregões: 233 dias (252 dias úteis no ano) Quando o gráfico é semanal, é utilizada a média de 55 semanas (52 semanas no ano).
Segundo Pring (2002, p.157), uma média móvel é uma versão suavizada de uma tendência, sendo que a própria média móvel em si é uma área de suporte e resistência. De acordo com Noronha (1995, p. 184), um investidor que pretenda operar apenas com a tendência primária deve trabalhar com uma média móvel de 200 dias, que representa um ano de pregões. Murphy (1999, pp. 197-203) argumenta que a média móvel é uma seguidora, não é líder. Nunca antecipa, apenas reage. A média móvel segue o mercado, indicando que uma tendência começou, mas sempre ex post facto. E explica a utilização das médias móveis: quando a seqüência de cotações corta uma MM de baixo para cima, seguindo- se a confirmação, isto é um sinal de início de uma tendência de alta, sugerindo um ponto de compra. Se o corte for de cima para baixo, após a confirmação, é um sinal de início de uma tendência de baixa, sugerindo um ponto de venda. Quando uma MM de periodicidade menor cortar uma MM de periodicidade maior de baixo para cima, após a confirmação, estará sendo dada uma sinalização de compra. Se for de cima para baixo, após a confirmação, estará sendo sinalizada uma venda. Pring (2002, p. 154) acrescenta: uma média móvel crescente é sinal de força do mercado, enquanto que uma declinante denota fraqueza. No presente trabalho são utilizadas as MM de 21 e 233 dias, que representam 1 mês e um ano de pregões respectivamente, de acordo com Fibonacci. O fechamento de uma barra pode ser considerado como MM de 1 dia.