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Sistemas Wireless, Notas de estudo de Eletrônica

Sistemas Wireless

Tipologia: Notas de estudo

2014

Compartilhado em 27/12/2014

professor-delphini-12
professor-delphini-12 🇧🇷

4.5

(4)

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SISTEMAS WIRELESS
01/08/2014
Conselheiro Lafaiete - MG
www.asterisklibre.org
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SISTEMAS WIRELESS

Conselheiro Lafaiete - MG

www.asterisklibre.org

1.INTRODUÇÃO

Estamos assistindo ao surgimento de pessoas totalmente viciadas em informações: pessoas que precisam estar permanentemente on-line. Para os usuários móveis o par trançado, o cabo coaxial, e a fibra ótica não têm a menor utilidade. Eles precisavam transferir dados para os seus computadores, laptop, notebook, palmtop, de bolso ou de pulso sem depender da infraestrutura de comunicação terrestre. A resposta para esse usuário está na comunicação sem fio ”. (TANENBAUM, 1997)

Os pioneiros no uso de redes sem fio foram os aficionados por rádio mediante suas emissoras, que ofereciam uma velocidade de 9600bps (bits por segundo). Mas quando tratamos especificamente de redes sem fio, para a comunicação de dados ou voz, devemos voltar ao ano de 1997, quando a tecnologia Wi-Fi foi criada pela Wireless Ethernet Compatibility Alliance (WECA). Essas duas sílabas resultam da abreviação de “Wireless Fidelity”.

Buscando sempre a mobilidade total, a tecnologia wireless está por meio das estradas invisíveis, criadas por sinais de rádio, fazendo com que possamos aproveitar da melhor maneira possível o tempo, cada vez, mas precioso, em lugares públicos ou privados para trabalhar ou até mesmo se divertir.

A crescente demanda de informações, em tempo real que são trocadas ou obtidas pelas corporações e a possibilidade de comunicar-se sem a utilização de fios, fazem com que o mercado se exalte e invista nessa nova tecnologia.

2.COMUNICAÇÃO WIRELESS

Comunicação wireless refere-se à comunicação sem cabos ou fios e tem como finalidade estabelecer uma comunicação entre dois ou mais pontos ou dispositivos sem fio. O termo é empregado normalmente nas indústrias de telecomunicações para definir sistemas de comunicações sem fio à distância, tais como: transmissores e receptores de rádio, controles remotos, redes de computadores entre outros. Existem também indústrias que utilizam alguma forma de energia eletromagnética que é uma combinação de um campo magnético que se propagam através do espaço, transportando energia, exemplos como ondas de rádio, luz infravermelha, laser, ondas sonoras entre outras para transmitir informações sem uso de fios. O uso da tecnologia wireless vai desde transceptores de rádio walkie-talkies até satélites artificiais no espaço. (Miller, 2001)

Na figura 1 mostra um exemplo de redes sem fio, dentro de uma residência comum, com os dispositivos que são sem fio e que são utilizamos no cotidiano, neste caso são dispositivos que utilizamos sem ser um computador.

No entanto as redes WWAN (Wireless Wide Área Network), ou seja, uma rede com uma área ampla utilizadas comumente entre prédios corporativos e em interligações fisicamente distantes, esta rede surgiu da necessidade de se compartilhar recursos especializados por uma maior comunidade de usuários geograficamente dispersas.

Na figura 2 estão ilustrados as aplicações de redes e os ambientes que normalmente as redes são utilizadas.

Figura 2: AMBIENTES E APLICAÇÕES DAS REDES.

O uso da rádio frequência ou da comunicação sem fio está sempre associado a um serviço de telecomunicações, esses serviços necessitam de autorizações que no Brasil é obtida através ANATEL (Agencia Nacional de Telecomunicações).

A Anatel estabelece as normas que são antes submetidas à consulta pública, os atos da Anatel são acompanhados por exposição formal de motivos que os justifiquem e cabendo, ainda a um ouvidor, a uma apresentação periódica de avaliações de críticas sobre os trabalhos da Agência (ANATEL, 2008).

A Anatel decretou a Lei 9.472/97, que foi incumbida de administrar a utilização do espectro de radiofrequência, regulamentando e fiscalizando seu uso no Brasil. Cada faixa de radiofrequência é adequada para uma determinada aplicação ou serviço, a regulamentação

aplicável às diversas faixas de radiofrequência pode ser encontrada no Plano de Atribuição, Destinação e Distribuição de Faixas de Frequência no Brasil (PDDF). (ANATEL, 2008)

Os avanços da comunicação sem fio nos últimos anos possibilitaram o surgimento de várias tecnologias, que desde então, procuram atender à necessidade real dos usuários, com a melhor qualidade possível. No decorrer da evolução dessa tecnologia, diversas alternativas foram desenvolvidas com o intuito de eliminar os fios. Atualmente existem sistemas de transmissão de informações por ondas de rádios, ondas de micro-ondas, ondas de UHF ( Ultra Hight Frequeny ) e, VHF ( Very Hight Frequency ).

O uso da tecnologia wireless proporciona a criação de inúmeras possibilidades, sendo algumas delas apenas imagináveis no presente momento, entretanto outras já se fazem presente no cotidiano das pessoas, já há algum tempo, um exemplo, pode ser o nosso simples controle remoto para a TV, DVD, entre outros dispositivos domésticos, que utilizam a conexão por raio infravermelho, com um alcance de 5 metros.

O IEEE é uma organização profissional sem fins lucrativos formado entre outros por engenheiros elétricos, engenheiros da computação, cientistas da computação, profissionais de telecomunicações. Fundado em 1963 com uma fusão das organizações Instituto de Engenheiros de Rádio (IRE) com o Instituto Americano de Engenheiros Elétricos (AIEE), seu princípio principal é promover conhecimento no campo da engenharia elétrica, eletrônica e da computação, a meta do IEEE é estabelecer novos padrões, para formatos de computadores e dispositivos moveis, os resultados destas pesquisas, dos testes realizados, com os equipamentos e as realizações das metas são divulgadas através das conferencias organizadas pelo mesmo, promovendo publicações técnicas e publicando em seus próprios jornais ou revistas eletrônicas. (IEEE, 2008).

IEEE padronizou as redes com fio 802.1, 802.2, 802.3 e recebeu a tarefa de elaborar um padrão de redes sem fio. O primeiro padrão apresentado pelo por IEEE para conexões sem fio foi as conexões por raios infravermelho e em 1997 o comitê apresentou o padrão 802.11.

Com o desenvolvimento natural da tecnologia, as empresas interessadas nas comunicações sem fio criaram equipamentos que aumentaram a capacidade de bandas e velocidade da comunicação sem fio, havendo assim uma nova necessidade de padronização e testes de interoperabilidade. Para suprir essa demanda o IEEE criou novos grupos de trabalho, reduzindo o foco de aplicação para características, mas especificas, formando assim os grupos para as padronizações 802.11a, 802.11b e 8002.11g.

As redes sem fio ou wireless como é conhecida mundialmente, faz parte de nosso cotidiano sem que muitas vezes demos contas. Ações como mudar de canal pelo controle remoto, utilizar forno micro-ondas, efetuar ou receber uma ligação no telefone sem fio e celular utilizavam a o sistema deslocamento de ondas ou feixe de luz em suas finalidades. Para apresentar um pouco dessas tecnologias e suas formas de funcionamento citaremos adiante os respectivos padrões e utilidade de equipamento que usam o wireless como principal mecanismo de funcionamento

dispositivo que recebe o sinal, em linha reta, não podendo haver desalinhamento e nem obstáculos. (Grünewald, 2005)

2.2 COMUNICAÇÃO BLUETOOTH

Bluetooth é o nome dado à tecnologia que utiliza comunicação de rádio de curto alcance, sendo também uma tecnologia destinada a substituir o cabo á dispositivo portátil ou dispositivo eletrônicos fixa como mostra a figura, essa tecnologia define uma estrutura uniforme para dispositivos poderem se comunicar uns com os outros, com praticamente nenhum esforço do usuário. (Tutorial BLUETOOTH, 2007).

Figura 5: Aparelhos que utilizam à tecnologia bluetooth

As principais características desta tecnologia são a baixas complexidades de uso, baixo custo de dispositivos, ou seja, essa tecnologia oferece acesso a rede LAN sem fio, a rede móvel da internet para dispositivos portáteis, eletrodomésticos e interface handheld, que começou a ser desenvolvida em 1994, pela empresa Ericsson, já o bluetooth surgiu a partir de 1998 pelo SIG ( Special Interest Group ) que foi promovido por um consórcio inicial estabelecido pelas empresas Sony, Ericsson, IBM, Intel, Toshiba e Nokia. O bluetooth é principalmente utilizado para a comunicação de pequenos dispositivos, mais de uso pessoal como PDAs, telefones celulares, computadores portáteis e também para periféricos como scanner, impressoras e qualquer equipamento que esteja utilizando um chip bluetooth. (Tutorial BLUETOOTH, 2007).

Os dispositivos bluetooth operam na faixa de frequência ISM ( Industrial, Scientific, Medical ) centrada em 2,45 GHz em sua camada física de rádio (RF), que era reservada para alguns grupos de usuários profissionais. Nos Estados Unidos a faixa ISM varia de 2400 a 2483, MHz na maioria da Europa a mesma faixa de frequência também é utilizada, já no Japão a faixa varia de 2400 a 2500 MHz.

Os dispositivos são classificados de acordo com a potência e alcance, são classificados em três níveis: a classe 1 (com a potência de 100mW e com alcance até 100m) a classe 2 (com potência de 2,5 mW e alcance até 10 m) e classe 3 (com potência de 1mW e alcance de 1m, uma variante muito rara). Cada dispositivo é dotado em um número único de 48 bits que serve de identificação do mesmo. (Bonatto, 2008)

Segundo Bonatto (2008) há várias versões apresentadas dos modelos bluetooth a primeira versão tinha velocidade baixa e pouca segurança, na versão 1.1, o modelo suportava canais não encriptados e houve nessa versão a inclusão de RSS( Really Simple Syndication ), na versão 1.2 acrescentou uma melhoria na resistência da frequência de rádio e a velocidade de transmissão de até 1Mbps e teve melhor qualidade sonora das ligações de áudio na versão 2.0 que obteve a velocidade de até 3 Mbps, menos consumo de bateria e melhoria na performance BER ( bit error rate ).

Com o bluetooth, o sinal se propaga onidirecionalmente, não necessitando alinhamento para a comunicação, facilitando a locomoção. Segundo Miller (2001), o bluetooth suporta tanto serviço síncrono para o tráfego de voz como assíncrono para transmissão de dados. Em um enlace assíncrono, o usuário consegue uma taxa máxima de 723.2 Kbps onidirecionalmente, já no sentido contrário a taxa máxima é de 57.6Kbps. No bluetooth os serviços síncronos são proprietários, para esse tipo de serviço, o enlace é full-duplex ou bidirecional, com uma taxa máxima de 64Kbps em ambas as direções. A rede em que o bluetooth aplica a WPANs, realizando assim a interoperabilidade entre dispositivos próximos.

Figura 6: Tecnologia bluetooth sendo utilizadas em equipamentos divergentes

Essa interoperabilidade de comunicação entre dispositivos forma uma rede de transmissão que são chamados de piconet. Podendo existir até oito dispositivos conectados entre si sendo que um deles é considerado o principal como se fosse o mestre, considerando assim os demais como secundários ou escravos. Apesar da limitação, o ponto de comunicação pode expandir sobrepondo vários piconets , resultando em um método chamado scatternet como mostram na figura 7, ao estabelecer a rede, esses dispositivos determinam um padrão possível de transmissão usando canais para efetuar a transmissão de pacotes de dados como na internet. Cada pacote de dados será transmitido um em cada canal diferente em uma ordem que apenas os dispositivos de rede reconhecem, permitindo que não haja interferência com os outros dispositivos próximos. (MILLER, 2001)

multiponto e a arquitetura mesh , também é possível utilizar arquiteturas híbridas que consistem em utilizar duas ou mais topologias. Assim, definir a arquitetura a ser utilizada em um projeto é extremamente importante na hora da implantação de uma rede sem fio, pois se torna importante saber as características de cada arquitetura a fim de avaliar qual será a melhor escolha para o projeto. Abaixo as características de algumas arquiteturas de redes que podem ser utilizadas na rede sem fio.

3.1 ARQUITETURA PONTO- A-PONTO

Na arquitetura ponto-a-ponto são utilizadas duas antenas de rádio onde estarão interligando dois pontos. Na arquitetura ponto a ponto ela atende isoladamente a um único usuário interligado, por exemplo, a matriz e a filial de uma empresa, como também para servir uma solução de última milha para atender um usuário a partir de um Ponto de Presença de uma rede multisserviços (OLIVEIRA, 2005). Esta arquitetura é menos escalável, visto que, há pouca facilidade de adição de novos nós na rede, mas existe uma maior banda passante nesta solução. Assim as antenas se comunicam entre si via comunicação sem fio, assim que recebe sinal para passar uma rede com fio até o computador do usuário. A figura 8 apresenta o funcionamento da arquitetura ponto a ponto.

Figura 8: Arquitetura ponto a ponto. Fonte: OLIVEIRA (2005)

3.2 ARQUITETURA PONTO-MULTIPONTO

Na arquitetura ponto-multiponto, a rede implantada permitirá que a rede alcance vários assinantes, limitando o número de roteadores, switches e outros equipamentos que são necessários para o funcionamento de uma rede cabeada. Na arquitetura ponto-multiponto, vários usuários são atendidos simultaneamente a partir de um ponto base que é posicionado estrategicamente (OLIVEIRA, 2005). Este ponto base cobre uma área aonde será oferecido o serviço aos assinantes, reduzindo custos e oferecendo uma maior facilidade no caso de

adição de nós em clientes, mas com menor banda passante. A figura 9 apresenta o funcionamento da arquitetura ponto-multiponto, nesta arquitetura como mostra a imagem usa-se uma base com as antenas da base em várias posições para emitir o sinal as antenas receptoras que estão nas casas do cliente.

Figura 9: Arquitetura ponto-multiponto. Fonte: OLIVEIRA (2005)

Na arquitetura Ponto-multiponto, são formadas células que podem utilizar antenas do tipo onidirecional (360º) ou setorial. O ângulo de abrangência da antena setorial pode ser de 30º, 60º, 90º ou 120º dependendo da área de cobertura. Estas células podem ser configuradas para trabalhar com várias antenas posicionadas sequencialmente formando-se setores consecutivos proporcionando uma grande à de cobertura do sinal (OLIVEIRA, 2005).

As antenas onidirecionais apresentam uma maior facilidade uso, isso porque elas não precisam ser direcionadas com as outras, o que ocorre com as antenas setoriais. Estas antenas são utilizadas tanto nas estações bases emissoras como nas receptoras. O seu funcionamento não permite enlace muito longo.

3.3 ARQUITETURAS MESH

A arquitetura mesh é bem parecida com a arquitetura ponto multiponto, mas existe uma diferença entre as duas. A diferença está no modo de operação entre as duas arquiteturas. Enquanto que na tecnologia ponto multiponto o tráfego ocorre entre a estação base e os assinantes e vice-versa, na arquitetura mesh o tráfego pode ser roteado através de outros assinantes como também pode ocorrer diretamente entre os assinantes, aonde cada assinante funciona como uma estação ou um “ ” repetidor.

Com esta capacidade de comunicação por " nós ", se cria uma rede com várias rotas alternativas, evitando assim os pontos de congestionamento, aprimorando ainda mais o desempenho da rede com a adição de novos clientes. A figura 10 apresenta o funcionamento

4.1 TECNICAS DE MODULAÇÃO

Serão apresentadas neste capitulo, algumas técnicas de modulação bem com as vantagens e desvantagens que as mesmas podem proporcionar.

FKS ( Frequency Shift Keying ) - A modulação FKS que significa Modulação por Desvio de Frequência é uma técnica de modulação na qual o sinal digital modulante varia a frequência de uma onda portadora analógica de acordo com valores pré- determinados. Inicialmente eram utilizados apenas dois valores de frequência, cada um representando um nível binário “1” ou “0”. Este método passou a ser chamado de FSK ( Binary Frequency-shift keying ). Foram então introduzidos mais valores de frequência, o que permitiu a codificação de dois ou mais bits por valor. Por exemplo: utilizando 4 valores diferentes de frequência, pode-se atribuir 2 bits para cada valor, de acordo com a tabela abaixo: Tabela 1: Exemplo de Frequência FKS.

Como em todos os métodos de modulação digital, é utilizada uma sequência de bits igualmente espaçados que modulam a portadora. O período de cada pulso da sequência é dado por Td. Desta forma, a menor largura de banda necessária para transmitir esse pulso, f, é: f = 1 / (2 * Td).

Figura 11: Exemplo de bit a bit na modulação. (GTA, 2004)

Essa modulação é bastante utilizada no telefone fixo que temos em casa, mas é sem fio. Alternativamente, podem-se, por exemplo, utilizar quatro frequências de

transmissão diferentes, cada uma delas correspondendo a 2 bits. Este modo é chamado de 4FSK. Isto aumentaria a taxa de bits transmitidos, mas em contrapartida aumenta também a banda de frequência de transmissão utilizada. A modulação FSK apresenta o inconveniente de ocupar uma banda de frequência bastante alta, devido a estas variações bruscas de frequência em função da transição de bits, além possibilitar taxas de transmissão relativamente baixas.

GFSK ( Gaussian Frequency Shift Keying ) - No GFKS os dados são codificados na forma de variações de frequência em uma portadora de maneira similar à modulação FSK, portanto, o modulador utilizado pode ser o mesmo para a modulação FKS. Antes dos pulsos entrarem no modulador eles passam por um filtro gaussiano, que é uma espécie de formatador de pulso que serve para suavizar a transição entre os valores dos pulsos de modo a reduzir a largura espectral dos mesmos. A figura 12 ilustra a transformação dos pulsos após assarem pelo filtro gaussiano.

Figura 12: Os pulsos após passarem pelo filtro Gaussiano (GTA, 2004)

Um dos sistemas que utiliza essa modulação é o sistema bluetooth , que demonstra uma melhor eficiência espectral em relação á modulação FSK.

ESPALHAMENTO ESPECTRAL - O princípio das técnicas de modulação usando espalhamento espectral é aumentar a quantidade de bits utilizados para transmitir uma mesma informação, de modo espalhar o espectro de frequência de sinal, desta forma aumenta-se a banda de frequência no qual o sinal é transmitido. Normalmente utiliza-se um código de espalhamento que é multiplicado pelos bits de informação. Os códigos de espalhamento são muitos usados em transmissões digitais, principalmente em WLANs, uma vez que, transmite o sinal na frequência, proporcionam uma série de vantagens que melhoram consideravelmente a performance de transmissão sendo a imunidade com relação a ruídos e interferência, a imunidade a distorções de multi percursos, imunidade a interferências e de desvanecimentos de banda estreitas diversos usuários podem compartilhar a mesma banda de frequência, com baixa interferência, com baixa interferência e podem ser usados para a criptografia dos sinais, tem as técnicas de espalhamento espectral como a DSSS (Direct Sequency Spread Spectrum) que nesta técnica os bits de informação são multiplicados por uma sequência de espalhamento chamada de sequência de Barker de 11 chips que é dada por (10110111000).

Desta forma, por exemplo o modo de DSSS utilizados tem-se que cada bit do sinal original passa a ser representado no sinal a ser transmitido por 11 chips, essa modulação aumenta a banda de frequência ocupada pelo sinal, o que significa o

 Transmissão FDM e OFDM - A modulação OFDM ( Orthogonal Frequency Division Multiplex ) surgiu através da técnica convencional, já utilizada em outras tecnologias que é conhecida como FDM ( Frequency Division Multiple ). A tecnologia FDM utiliza bandas de guarda, que seria uma faixa de frequência sem uso entre dois canais de forma a evitar interferência, para a separação das subportadoras que são sinais analógicos em forma de ondas que será modulado ou transformado para representar a informação e assim ser transmitida, na recepção do sinal, enquanto, a tecnologia OFDM trabalha com partículas de sobreposição espectral de subportadoras.

Esta técnica de transmissão OFDM vem sendo particularmente considerada para ser utilizada em radiodifusão, em transmissões digitais em linhas de telefones e em redes sem fio.

A técnica OFDM traz como vantagem de transmissão como uma segunda dimensão, o domínio da frequência, o qual permite obter ganhos adicionais na utilização de técnicas de melhoria do sinal. Num sistema convencional de transmissão, os símbolos são enviados em sequência através de uma única portadora, cujo espectro ocupa toda a faixa de frequência disponível. A técnica OFDM consiste na transmissão paralela de dados em diversas subportadoras com modulação.

Num sistema OFDM o espaçamento entre subportadoras é cuidadosamente selecionado de forma que cada subportadora seja locada em pontos de cruzamentos de zero do espectro das demais, conforme é ilustrado na figura 15 (PINTO, 2005).

Figura 15: Subportadoras de um sinal OFDM. (PINTO, 2005)

Embora exista sobreposição espectral de subportadoras moduladas, a informação conduzida por cada uma delas poderá ser isolada das demais através de um correlator ou filtro casado adequado.

Admitindo sincronização de relógio, a saída deste correlator corresponderá à projeção do sinal OFDM recebido sobre as subportadoras a ele associada. É possível mostrar que tal projeção depende apenas da informação conduzida por esta subportadora. Assim existe ortogonalidade entre as subportadoras, a qual se deve ao espaçamento

de frequência empregado. Então para que se tenha ortogonalidade entre os subcanais na recepção, é necessário que as subportadoras estejam centradas nas respectivas frequências dos subcanais OFDM, além de se ter à devida sincronização de relógio. Cabe notar que esta sobreposição espectral particular produz uma economia significativa de banda relativamente quando se compara à técnica FDM tradicional, que é mostrada na figura 16 (PINTO, 2005).

Figura 16: Espectros FDM e OFDM. Fonte: PINTO (2005)

Em princípio a geração direta e a dê modulação do sinal OFDM requerem conjuntos de osciladores coerentes para que ocorra o processo embora a técnica OFDM seja conhecida pelo termo de multiplexação, deve-se ter em mente que não ocorre multiplexação, mas sim a transmissão paralela de uma sequência de bits originalmente única (PINTO, 2005).

A modulação OFDM utiliza diversas portadoras ortogonais para transmitir um sinal. Mas antes de ser modulado na portadora, este sinal passa por diversas etapas de processamento que melhoram ainda mais o desempenho alcançado pelo OFDM. Primeiro, os dados são submetidos a sistemas de proteção de erro que são a inserção de um código corretor de erros como, por exemplo, o Reed - Solomon e embaralhamento ( scrambling ), em que os bits de um mesmo byte são todos misturados.

Em seguida, os bits passam por um processo de entrelaçamento ou interleaving, no qual eles são reorganizados de modo que bits subsequentes passam a ser separados no tempo. Desta forma, a informação torna-se mais imune a erros do tipo rajada ( erros de burst ), que atingem bits subsequentes, pois após este processamento, estes erros passam a atingir bits pertencentes a diversos bytes diferentes, que estão muito distantes na informação original. Isto torna mais fácil a recuperação do sinal original no receptor.

No processo de modulação OFDM, diversas portadoras em frequências diferentes são utilizadas para modular o sinal digital, sendo que cada portadora transporta apenas alguns bits do sinal original após passar pelos processos de interleaving, embaralhamento e incluir códigos de correção de erro. Estas portadoras são ortogonais entre si, para evitar que haja interferência entre elas. Isso significa que o espaçamento entre as portadoras é igual ao inverso da duração de um símbolo. A figura 17 mostra como as portadoras são separadas no tempo e na frequência. As portadoras são ilustradas com cores diferentes mostrando que pedaços de um

Figura 19: Portadora com a inserção do intervalo de guarda e de símbolo duração.

Este processo reduz a taxa de bits de cada portadora, mas por outro lado proporciona uma maior robustez ao sinal com relação a ecos e multi percursos. Por exemplo, em ambientes bastante montanhosos ou com muitas edificações, é comum que o receptor receba reflexões do sinal com certo atraso. O intervalo de guarda evita a interferência entre símbolos.

Como pode ser observada, a modulação OFDM exige uma quantidade considerável de processamento de sinais. No entanto, ela mostra-se bastante eficiente e robusta em diversos parâmetros de transmissão e, por conta disso, ela é muito usada em diversos sistemas de transmissão aérea, apesar de ocupar uma banda de frequência bastante larga.

5.WI-FI

5.1 INTRODUÇÕES AO WIRELESS FIDELITY

Wi-Fi é licenciada originalmente pela Wi-Fi Alliance que é uma marca registrada que pertencente à WECA ( Wireless Ethernet Compatibility Alliance ), o termo Wi-Fi foi escolhido como uma brincadeira com o termo “Hi-Fi” (o pq da brincadeira) que muitos estudiosos desta tecnologia pensam que é uma abreviatura para ‘wireless fidelity’ que significa fidelidade sem Fio, mas a Wi-Fi Alliance não reconhece este trocadilho. A WECA é uma organização sem fins lucrativos formada em 1999. Ela tem como missão certificar a interoperabilidade entre produtos que utilizam o padrão Wi-Fi. Isto é feito através de diversos testes e os produtos que atendem ao padrão de interoperabilidade recebem o logotipo Wi-Fi. (Wi-Fi Alliance, 2007).

Figura 20: Logotipo Wi-Fi.

Os produtos com estes selos normalmente, utilizam os padrões Wi-Fi. Os produtos que utilizam este selo pertencem a subdivisões do padrão Wi-Fi, o mesmo utiliza a WLAN para descrever a rede esta tecnologia que são embarcadas baseadas no padrão IEEE 802.11. O padrão Wi-Fi opera em faixas de frequências que não necessitam de licença para instalação e operação desta frequência. Este fato as torna a utilização destas frequências atrativas. No entanto, para uso comercial desta tecnologia no Brasil é necessária licença da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL).

Para se ter acesso à internet através de rede Wi-Fi deve-se estar no raio de ação ou área de abrangência de um ponto de acesso (normalmente conhecido por hotspot ) ou local público onde opere rede sem fios e usar dispositivo móvel, como computador portátil, Tablet PC ou Assistente Pessoal Digital com capacidade de comunicação sem fio, deixando o usuário do Wi-Fi bem à vontade em usá-lo, nos tempos atuais, muitas operadoras de telefonia investem pesado no Wi-Fi, para ganhos empresariais.

Os Hotspot Wi-Fi existem para estabelecer ponto de acesso para conexão à internet. O ponto de acesso transmite o sinal sem fios numa pequena distância – cerca de 100 metros. Quando um periférico que permite “Wi-Fi”, como um Pocket PC, encontra um hotspot, o periférico pode na mesma hora conectar-se à rede sem fio. Muitos hotspots estão localizados em lugares que são acessíveis ao público, como aeroportos, cafés, hotéis e livrarias. Muitas casas e escritórios também têm redes “Wi-Fi”. Enquanto alguns hotspots são gratuitos, a maioria das redes públicas são suportadas por Provedores de Serviços de Internet ( Internet Service Provider - ISPs ) que cobram uma taxa dos usuários para se conectarem.

Antes do padrão 802.11 ser criado, as redes sem fio eram baseadas em tecnologia proprietária. Por isso, além da incompatibilidade entre os equipamentos, havia um alto custo para a implantação dessas redes. Elas estavam ao alcance apenas de grandes empresas ou instituições. Com este cenário de crescente desordem, sentiu-se a necessidade de criar um padrão.