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Sistemas de Equações Lineares: Introdução à Álgebra Linear, Exercícios de Métodos Numéricos em Engenharia

Exercícios sobre sistemas de equações lineares

Tipologia: Exercícios

2021

Compartilhado em 31/05/2021

luiz-henrique-6vd-1
luiz-henrique-6vd-1 🇧🇷

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bg1
1.2 Sistemas de Equac¸ ˜
oes Lineares 35
1.2 Sistemas de Equac¸ ˜
oes Lineares
Muitos problemas em v ´
arias ´
areas da Ci ˆ
encia recaem na soluc¸ ˜
ao de sistemas lineares. Vamos
ver como a ´
algebra matricial pode simplificar o estudo dos sistemas lineares.
Uma equac¸ ˜
ao linear em nvari´
aveis x1, x2,...,xn´
e uma equac¸ ˜
ao da forma
a1x1+a2x2+. . . +anxn=b ,
em que a1, a2,...,anebs˜
ao constantes reais;
Um sistema de equac¸ ˜
oes lineares ou simplesmente sistema linear ´
e um conjunto de equac¸ ˜
oes
lineares, ou seja, ´
e um conjunto de equac¸ ˜
oes da forma
a11x1+a12x2+. . . +a1nxn=b1
a21x1+a22x2+... +a2nxn=b2
.
.
..
.
.=.
.
.
am1x1+am2x2+... +amnxn=bm
em que aij ebks˜
ao constantes reais, para i, k = 1, . . . , m ej= 1, . . . , n.
Usando o produto de matrizes que definimos na sec¸ ˜
ao anterior, o sistema linear acima pode ser
escrito como uma equac¸ ˜
ao matricial
A X =B,
Marc¸o 2008 Reginaldo J. Santos
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
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pf13
pf14
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pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
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pf23
pf24

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Baixe Sistemas de Equações Lineares: Introdução à Álgebra Linear e outras Exercícios em PDF para Métodos Numéricos em Engenharia, somente na Docsity!

Sistemas de Equac

oes Lineares

Sistemas de Equac

oes Lineares

Muitos problemas em v ´

arias ´

areas da Ci ˆ

encia recaem na soluc

ao de sistemas lineares. Vamos

ver como a ´

algebra matricial pode simplificar o estudo dos sistemas lineares.

Uma

equac

ao linear

em

n

vari ´

aveis

x

1

, x

2

,... , x

n

e uma equac

ao da forma

a

1

x

1

a

2

x

2

a

n

x

n

b ,

em que

a

1

, a

2

,... , a

n

e

b

s ˜

ao constantes reais;

Um

sistema de equac

oes lineares

ou simplesmente

sistema linear

e um conjunto de equac

oes

lineares, ou seja, ´

e um conjunto de equac

oes da forma

a

11

x

1

a

12

x

2

a

1

n

x

n

b

1

a

21

x

1

a

22

x

2

a

2

n

x

n

b

2

a

m

1

x

1

a

m

2

x

2

a

mn

x

n

b

m

em que

a

ij

e

b

k

s ˜

ao constantes reais, para

i, k

,... , m

e

j

,... , n

Usando o produto de matrizes que definimos na sec

ao anterior, o sistema linear acima pode ser

escrito como uma equac

ao matricial

A X

B

Marc

¸o 2008

Reginaldo J. Santos

Matrizes e Sistemas Lineares

em que

A

a

11

a

12

a

1

n

a

21

a

22

a

2

n

a

m

1

a

m

2

a

mn

X

x

1

x

2

...

x

n

e

B

b

1

b

2

...

b

m

Uma

soluc

ao

de um sistema linear ´

e uma matriz

S

s

1

s

2

...

s

n

tal que as equac

oes do sistema s ˜

ao

satisfeitas quando substitu´

ımos

x

1

s

1

, x

2

s

2

,... , x

n

s

n

. O conjunto de todas as soluc

oes do

sistema ´

e chamado

conjunto soluc

ao

ou

soluc

ao geral

do sistema. A matriz

A

e chamada

matriz

do sistema linear. Exemplo 1.10.

O sistema linear de duas equac

oes e duas inc ´

ognitas

x

y

x

y

pode ser escrito como

[

] [

x y

]

[

]

A soluc

ao (geral) do sistema acima ´

e

x

e

y

(verifique!) ou

X

[

1323

]

Introduc

ao `

a ´

Algebra Linear

Marc

¸o 2008

Matrizes e Sistemas Lineares

Definic

ao 1.5.

Uma

operac

ao elementar sobre as linhas

de uma matriz

e uma das seguintes

operac

oes:

(a)

Trocar a posic

ao de duas linhas da matriz;

(b)

Multiplicar uma linha da matriz por um escalar diferente de zero;

(c)

Somar a uma linha da matriz um m ´

ultiplo escalar de outra linha.

O pr ´

oximo teorema garante que ao aplicarmos operac

oes elementares `

as equac

oes de um sis-

tema o conjunto soluc

ao n ˜

ao ´

e alterado.

Teorema 1.2.

Se dois sistemas lineares

AX

B

e

CX

D

, s ˜

ao tais que a matriz aumentada

[

C

D

]

e obtida de

[

A

B

]

aplicando-se uma operac

ao elementar, ent ˜

ao os dois sistemas possuem

as mesmas soluc

oes.

Demonstrac

ao.

A demonstrac

ao deste teorema segue-se de duas observac

oes:

(a)

Se

X

e soluc

ao de um sistema, ent ˜

ao

X

tamb ´

em ´

e soluc

ao do sistema obtido aplicando-se

uma operac

ao elementar sobre suas equac

oes (verifique!).

Introduc

ao `

a ´

Algebra Linear

Marc

¸o 2008

Sistemas de Equac

oes Lineares

(b)

Se o sistema

CX

D

e obtido de

AX

B

aplicando-se uma operac

ao elementar `

as

suas equac

oes (ou equivalentemente `

as linhas da sua matriz aumentada), ent ˜

ao o sistema

AX

B

tamb ´

em pode ser obtido de

CX

D

aplicando-se uma operac

ao elementar `

as suas

equac

oes, pois cada operac

ao elementar possui uma operac

ao elementar inversa do mesmo

tipo, que desfaz o que a anterior fez (verifique!).

Pela observac

ao (b),

AX

B

e

CX

D

podem ser obtidos um do outro aplicando-se uma operac

ao

elementar sobre as suas equac

oes. E pela observac

ao (a), os dois possuem as mesmas soluc

oes.

Dois sistemas que possuem o mesmo conjunto soluc

ao s ˜

ao chamados

sistemas equivalentes

Portanto, segue-se do

Teorema

que aplicando-se operac

oes elementares `

as equac

oes de um

sistema linear obtemos sistemas equivalentes. 1.2.

M ´

etodo de Gauss-Jordan

O m ´

etodo que vamos usar para resolver sistemas lineares consiste na aplicac

ao de operac

oes

elementares `

as linhas da matriz aumentada do sistema at ´

e que obtenhamos uma matriz numa forma

em que o sistema associado a esta matriz seja de f ´

acil resoluc

ao.

Vamos procurar obter uma matriz numa forma em que todas as linhas n ˜

ao nulas possuam como

primeiro elemento n ˜

ao nulo (chamado

piv ˆ

o

) o n ´

umero

. Al ´

em disso, se uma coluna cont ´

em um piv ˆ

o,

ent ˜

ao todos os seus outros elementos ter ˜

ao que ser iguais a zero. Vamos ver no exemplo seguinte

como conseguimos isso.

Neste exemplo veremos como a partir do faturamento e do gasto com

insumos podemos determinar quanto foi produzido de cada produto manufaturado em uma ind ´

ustria.

Marc

¸o 2008

Reginaldo J. Santos

Sistemas de Equac

oes Lineares

a

.

eliminac

ao:

Vamos procurar para piv ˆ

o da 1

a

.

linha um elemento n ˜

ao nulo da primeira coluna n ˜

ao nula (se for o caso,

podemos usar a troca de linhas para “traz ˆ

e-lo” para a primeira linha). Como o primeiro elemento da

primeira coluna ´

e igual a

ele ser ´

a o primeiro piv ˆ

o. Agora, precisamos “zerar” os outros elementos da

a

.

coluna, que ´

e a coluna do piv ˆ

o, para isto, adicionamos `

a 2

a

.

linha,

vezes a 1

a

.

linha e adicionamos

`

a 3

a

.

linha, tamb ´

em,

vezes a 1

a

.

linha.

×

a

.

linha

a

.

linha

a

.

linha

×

a

.

linha

a

.

linha

a

.

linha

a

.

eliminac

ao:

Olhamos para a sub-matriz obtida eliminando-se a 1

a

.

linha.

Escolhemos para piv ˆ

o um elemento

diferente de zero na 1

a

.

coluna n ˜

ao nula desta sub-matriz. Vamos escolher o elemento de posic

ao 2,2.

Como temos que “fazer” o piv ˆ

o igual a um, vamos multiplicar a 2

a

.

linha por

×

a.

linha

a

.

linha

Agora, precisamos “zerar” os outros elementos da 2

a

.

coluna, que ´

e a coluna do piv ˆ

o, para isto, soma-

mos `

a 1

a

.

linha,

vezes a 2

a

.

e somamos `

a 3

a

.

linha, tamb ´

em,

vezes a 2

a

.

×

a

.

linha

a

.

linha

a

.

linha

×

a

.

linha

a

.

linha

a

.

linha

a

.

eliminac

ao:

Marc

¸o 2008

Reginaldo J. Santos

Matrizes e Sistemas Lineares

Olhamos para a sub-matriz obtida eliminando-se a 1

a

.

e a 2

a

.

linha. Escolhemos para piv ˆ

o um elemento

diferente de zero na 1

a

.

coluna n ˜

ao nula desta sub-matriz. Temos de escolher o elemento de posic

ao

3,3 e como temos de “fazer” o piv ˆ

o igual a

, vamos multiplicar a 3

a

.

linha por

15

×

a

.

linha

a

.

linha

Agora, precisamos “zerar” os outros elementos da 3

a

.

coluna, que ´

e a coluna do piv ˆ

o, para isto, soma-

mos `

a 1

a

.

linha,

vezes a 3

a

.

e somamos `

a 2

a

.

linha,

vezes a 2

a

.

×

a

.

linha

a

.

linha

a

.

linha

×

a

.

linha

a

.

linha

a

.

linha

Portanto o sistema dado ´

e equivalente ao sistema

x

y

z

que possui soluc

ao geral dada por

X

x

y z

Portanto, foram vendidos

kg do produto X,

kg do produto Y e

kg do produto Z.

Introduc

ao `

a ´

Algebra Linear

Marc

¸o 2008

Matrizes e Sistemas Lineares

s ˜

ao escalonadas reduzidas, enquanto

e

s ˜

ao escalonadas, mas

n ˜

ao

s ˜

ao escalonadas reduzidas.

Este m ´

etodo de resoluc

ao de sistemas, que consiste em aplicar operac

oes elementares `

as linhas

da matriz aumentada at ´

e que a matriz do sistema esteja na forma escalonada reduzida, ´

e conhecido

como

m ´

etodo de Gauss-Jordan

Exemplo 1.13.

Considere o seguinte sistema

x

y

z

y

z

y

z

A sua matriz aumentada ´

e

©

a

.

eliminac

ao:

Como o piv ˆ

o da 1

a

.

linha ´

e igual a

e os outros elementos da 1

a

.

coluna s ˜

ao iguais a zero, n ˜

ao h ´

a nada

o que fazer na 1

a

.

eliminac

ao.

©

Introduc

ao `

a ´

Algebra Linear

Marc

¸o 2008

Sistemas de Equac

oes Lineares

a

.

eliminac

ao:

Olhamos para submatriz obtida eliminando-se a 1

a

.

linha.

Escolhemos para piv ˆ

o um elemento n ˜

ao

nulo da 1

a

.

coluna n ˜

ao nula da submatriz. Escolhemos o elemento de posic

ao 2,2. Como ele ´

e igual a

, precisamos, agora, “zerar” os outros elementos da coluna do piv ˆ

o. Para isto somamos `

a 1

a

.

linha,

vezes a 2

a

.

e somamos `

a 3

a

.

linha,

vezes a 2

a

.

×

a

.

linha

a

.

linha

a

.

linha

×

a

.

linha

a

.

linha

a

.

linha

Portanto o sistema dado ´

e equivalente ao sistema

x

z

y

z

que

n ˜

ao

possui soluc

ao.

Em geral, um sistema linear n ˜

ao tem soluc

ao se, e somente se, a ´

ultima linha n ˜

ao nula da forma

escalonada reduzida da sua matriz aumentada for da forma

[ 0

b

′ m

]

, com

b

′ m

Exemplo 1.14.

Considere o seguinte sistema

z

w

x

y

z

w

x

y

z

w

Marc

¸o 2008

Reginaldo J. Santos

Sistemas de Equac

oes Lineares

×

a

.

linha

a

.

linha

©

Agora, precisamos “zerar” os outros elementos da 2

a

.

coluna, que ´

e a coluna do piv ˆ

o, para isto, adici-

onamos `

a 1

a

.

linha a 2

a

.

e `

a 4

a

.

linha,

vezes a 2

a.

a

.

linha

a

.

linha

a

.

linha

×

a

.

linha

a

.

linha

a

.

linha

Esta matriz ´

e escalonada reduzida. Portanto o sistema dado ´

e equivalente ao sistema seguinte

x

y

w

z

w

A matriz deste sistema possui duas colunas sem piv ˆ

os. As vari ´

aveis que n ˜

ao est ˜

ao associadas

a piv ˆ

os podem ser consideradas

vari ´

aveis livres

, isto ´

e, podem assumir valores arbitr ´

arios. Neste

exemplo as vari ´

aveis

y

e

w

n ˜

ao est ˜

ao associadas a piv ˆ

os e podem ser consideradas vari ´

aveis livres.

Sejam

w

e

y

. As vari ´

aveis associadas aos piv ˆ

os ter ˜

ao os seus valores dependentes das

vari ´

aveis livres,

z

x

. Assim, a soluc

ao geral do sistema ´

e

X

x y

z

w

para todos os valores de

e

reais.

Marc

¸o 2008

Reginaldo J. Santos

Matrizes e Sistemas Lineares

Em geral, se o sistema linear tiver soluc

ao e a forma escalonada reduzida da matriz aumentada

possuir colunas sem piv ˆ

os, as vari ´

aveis que

n ˜

ao

est ˜

ao associadas a piv ˆ

os podem ser consideradas

vari ´

aveis livres

, isto ´

e, podem assumir valores arbitr ´

arios. As vari ´

aveis associadas aos piv ˆ

os ter ˜

ao

os seus valores dependentes das vari ´

aveis livres.

Lembramos que o sistema linear n ˜

ao tem soluc

ao se a ´

ultima linha n ˜

ao nula da forma escalonada

reduzida da matriz aumentada do sistema for da forma

[ 0

b

′ m

]

, com

b

′ m

, como no

Exemplo

na p ´

agina

Observac

ao.

Para se encontrar a soluc

ao de um sistema linear n ˜

ao ´

e necess ´

ario transformar a

matriz aumentada do sistema na sua forma escalonada reduzida, mas se a matriz est ´

a nesta forma, o

sistema associado ´

e o mais simples poss´

ıvel. Um outro m ´

etodo de resolver sistemas lineares consiste

em, atrav ´

es da aplicac

ao de operac

oes elementares `

a matriz aumentada do sistema, se chegar a uma

matriz que ´

e somente

escalonada

(isto ´

e, uma matriz que satisfaz as condic

oes

(a)

e

(c)

, mas n ˜

ao

necessariamente

(b)

e

(d)

da

Definic

ao

). Este m ´

etodo ´

e conhecido como

m ´

etodo de Gauss

O pr ´

oximo resultado mostra que um sistema linear que tenha mais de uma soluc

ao n ˜

ao pode ter

um n ´

umero finito de soluc

oes.

Proposic

ao 1.3.

Sejam

A

uma matriz

m

×

n

e

B

uma matriz

m

×

. Se o sistema linear

A X

B

possui duas soluc

oes distintas

X

0

X

1

, ent ˜

ao ele tem infinitas soluc

oes.

Introduc

ao `

a ´

Algebra Linear

Marc

¸o 2008

Matrizes e Sistemas Lineares

1.2.

Matrizes Equivalentes por Linhas

Definic

ao 1.7.

Uma matriz

A

a

ij

m

×

n

e

equivalente por linhas

a uma matriz

B

b

ij

m

×

n

, se

B

pode ser obtida de

A

aplicando-se uma seq ¨

u ˆ

encia de operac

oes elementares sobre as suas linhas.

Exemplo 1.15.

Observando os

Exemplos

e

, vemos que as matrizes

s ˜

ao equivalentes por linhas `

as matrizes

respectivamente. Matrizes estas que s ˜

ao escalonadas reduzidas.

Cuidado:

elas s ˜

ao equivalentes por linhas,

n ˜

ao

s ˜

ao iguais!

A relac

ao “ser equivalente por linhas” satisfaz as seguintes propriedades, cuja verificac

ao deixa-

mos como exerc´

ıcio para o leitor:

Toda matriz ´

e equivalente por linhas a ela mesma (reflexividade);

Introduc

ao `

a ´

Algebra Linear

Marc

¸o 2008

Sistemas de Equac

oes Lineares

Se

A

e equivalente por linhas a

B

, ent ˜

ao

B

e equivalente por linhas a

A

(simetria);

Se

A

e equivalente por linhas a

B

e

B

e equivalente por linhas a

C

, ent ˜

ao

A

e equivalente por

linhas a

C

(transitividade).

Toda

matriz

e

equivalente

por

linhas

a

uma

matriz

na

forma

escalonada

reduzida

e

a

demonstrac

ao, que omitiremos, pode ser feita da mesma maneira que fizemos no caso particular

das matrizes aumentadas dos

Exemplos

e

. No

Teorema

na p ´

agina

mostra-

mos que essa matriz escalonada reduzida ´

e a ´

unica matriz na forma escalonada reduzida equivalente

a

A

Marc

¸o 2008

Reginaldo J. Santos

Sistemas de Equac

oes Lineares

e chamado

sistema homog ˆ

eneo

. O sistema (

) pode ser escrito como

A X

Todo sistema

homog ˆ

eneo admite pelo menos a soluc

ao

X

x

1

x

2

...

x

n

chamada de

soluc

ao trivial

Portanto, todo sistema homog ˆ

eneo tem soluc

ao. Al ´

em disso ou tem somente a soluc

ao trivial ou tem

infinitas soluc

oes

Observac

ao.

Para resolver um sistema linear homog ˆ

eneo

A X

, basta escalonarmos a matriz

A

do sistema, j ´

a que sob a ac

ao de uma operac

ao elementar a coluna de zeros n ˜

ao ´

e alterada. Mas, ´

e

preciso ficar atento quando se escreve o sistema linear associado `

a matriz resultante das operac

oes

elementares, para se levar em considerac

ao esta coluna de zeros que n ˜

ao vimos escrevendo.

Teorema 1.6.

Se

A

a

ij

m

×

n

e tal que

m < n

, ent ˜

ao o sistema homog ˆ

eneo

AX

tem soluc

ao

diferente da soluc

ao trivial, ou seja, todo sistema homog ˆ

eneo com menos equac

oes do que inc ´

ognitas

tem infinitas soluc

oes.

Marc

¸o 2008

Reginaldo J. Santos

Matrizes e Sistemas Lineares

Demonstrac

ao.

Como o sistema tem menos equac

oes do que inc ´

ognitas (

m < n

), o n ´

umero de

linhas n ˜

ao nulas

r

da forma escalonada reduzida da matriz aumentada do sistema tamb ´

em ´

e tal que

r < n

. Assim, temos

r

piv ˆ

os e

n

r

vari ´

aveis (inc ´

ognitas) livres, que podem assumir todos os valores

reais. Logo, o sistema admite soluc

ao n ˜

ao trivial e portanto infinitas soluc

oes.

O conjunto soluc

ao de um sistema linear homog ˆ

eneo satisfaz duas propriedades interessantes.

Estas propriedades ter ˜

ao um papel decisivo no estudo de subespac

¸os de

R

n

na

Sec

ao

na p ´

agina

Proposic

ao 1.7.

Seja

A

a

ij

m

×

n

(a)

Se

X

e

Y

s ˜

ao soluc

oes do sistema homog ˆ

eneo,

AX

, ent ˜

ao

X

Y

tamb ´

em o ´

e.

(b)

Se

X

e soluc

ao do sistema homog ˆ

eneo,

AX

, ent ˜

ao

αX

tamb ´

em o ´

e.

Demonstrac

ao.

(a)

Se

X

e

Y

s ˜

ao soluc

oes do sistema homog ˆ

eneo

AX

, ent ˜

ao

AX

e

AY

e portanto

X

Y

tamb ´

em ´

e soluc

ao pois,

A

X

Y

AX

AY

(b)

Se

X

e soluc

ao do sistema homog ˆ

eneo

AX

, ent ˜

ao

αX

tamb ´

em o ´

e, pois

A

αX

αAX

Introduc

ao `

a ´

Algebra Linear

Marc

¸o 2008