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As síndromes clínicas associadas a neoplasias do intestino grosso, descrevendo as manifestações em diferentes regiões do cólon. Apresenta uma análise detalhada da abordagem diagnóstica, incluindo anamnese, exame físico, exames complementares e a importância da multidisciplinaridade no tratamento. O documento destaca a relevância do diagnóstico precoce para um prognóstico favorável.
Tipologia: Exercícios
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DISCENTE: Ray Victor Dias Paes Landim CURSO: MEDICINA PERÍODO: 4º
TERESINA, 24 de MARÇO de 2025
As neoplasias do intestino grosso representam um desafio significativo na prática médica, manifestando-se através de síndromes clínicas distintas que variam conforme a localização anatômica do tumor. No cólon ascendente, por exemplo, é comum observarmos anemia ferropriva crônica, muitas vezes acompanhada de fraqueza e fadiga, decorrente de sangramentos ocultos e prolongados. A dor abdominal, quando presente, costuma ser vaga e de difícil localização (Kumar, 2023).
Já no cólon transverso, as manifestações clínicas podem incluir alterações no hábito intestinal, como constipação ou diarreia, e dor abdominal mais perceptível, por vezes associada à sensação de massa palpável. Tumores nessa região podem levar a quadros de obstrução intestinal parcial ou completa, exigindo intervenção médica imediata. A detecção precoce, nesses casos, é crucial para um prognóstico favorável (Silva, 2025).
No cólon descendente e sigmoide, as neoplasias frequentemente se apresentam com hematoquezia, ou seja, sangramento vivo nas fezes, e alterações no formato das fezes, que se tornam mais finas ou afiladas. A dor abdominal pode ser do tipo cólica, e a sensação de evacuação incompleta (tenesmo) é um sintoma relatado por muitos pacientes. A identificação desses sinais é essencial para o encaminhamento adequado e início do tratamento ( Dubois, 2024).
A complexidade das apresentações clínicas das neoplasias do intestino grosso demanda que o médico esteja atento não só à sintomatologia clássica, mas também a manifestações menos usuais e a fatores de risco individuais. O conhecimento dessas variações sindrômicas é fundamental para o diagnóstico precoce e a definição da estratégia terapêutica mais adequada.
A abordagem clínica para o diagnóstico de síndromes relacionadas a neoplasias do intestino grosso inicia-se com uma anamnese detalhada, que deve incluir perguntas sobre sintomas gastrointestinais persistentes, como mudança nos hábitos intestinais, dor abdominal, perda de peso não intencionada, sangramento retal e histórico familiar de câncer. É crucial também investigar a presença de fatores de risco, como polipose adenomatosa familiar ou síndromes hereditárias, como Lynch ou polipose familiar. O exame físico deve ser metódico, incluindo a inspeção da região abdominal para identificar distensão ou massas palpáveis, a ausculta para alterações na motilidade intestinal e a palpação para detectar dor ou sinais de ressurgimento de massa. A avaliação do reto por meio do toque retal é essencial para investigar a presença de lesões ou sangramentos, e uma análise da pele deve ser realizada para buscar sinais de síndromes paraneoplásicas. Os exames complementares são fundamentais para o diagnóstico, iniciando-se com a solicitação de exames laboratoriais, como hemograma completo e dosagem de marcadores tumorais, como o antígeno carcinoembrionário (CEA). A endoscopia, seja a colonoscopia ou o exame de biópsia, desempenha um papel central na confirmação da neoplasia, permitindo a visualização direta do intestino e a coleta de amostras para análise histopatológica. Além disso, exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), são essenciais para estadiar a doença e avaliar a extensão da neoplasia, assim como seu acometimento a linfonodos regionais e órgãos adjacentes. O diagnóstico definitivo das síndromes clínicas associadas às neoplasias do intestino grosso, como o câncer colorretal, pode então ser estabelecido a partir das informações anamnese, achados do exame físico e resultados dos exames complementares, permitindo a elucidação da patologia específica e a adoção de intervenções adequadas, que se estenderão ao planejamento da terapêutica, seja cirúrgica, adjuvante ou paliativa, conforme a gravidade e o estágio da doença.
Referências Bibliográficas
KUMAR, Vinay. Patologia básica : mecanismos de doenças. 11. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2023.
SILVA, João. Alterações no hábito intestinal causadas por neoplasias do cólon transverso: uma abordagem clínica. 2025. 180 f. (Dissertação de Mestrado em Gastroenterologia) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2025.
DUBOIS, Marie. Manifestações clínicas de neoplasias no cólon descendente e sigmoide: sangramentos e alterações fecais. 2024. 200 f. (Tese de Doutorado em Ciências Médicas) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2024.
TANAKA, Hiroshi. A abordagem multidisciplinar no tratamento de neoplasias do intestino grosso: avanços e desafios éticos. 2022. 150 f. (Dissertação de Mestrado em Oncologia) – Universidade de Tóquio, Tóquio, 2022.