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Este documento fornece instruções detalhadas sobre o cuidado de aves de postura, incluindo o período de postura, limpeza do galpão, uso de bebedouros e comedouros, e vacinação. Além disso, discute a importância da alimentação e os principais produtos usados na formulação de rações. O documento também inclui tabelas com informações sobre a quantidade de água necessária para a vacinação e as dieta sugerida para aves de postura.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
A avicultura caipira, no Nordeste brasileiro, via de regra, ainda é desenvolvida de forma bastante rudimentar: as aves vivem soltas, dormem em árvores ou em poleiros construídos pelo homem; a alimentação é pouca e de má qualidade e não há preocupação com a prevenção de doenças; os plantéis são constituídos de misturas de raças sem aptidão definida que nunca foram submetidas a nenhum processo de seleção pelo homem; nesse contexto, as produtividades alcançadas têm sido muito baixas. No Rio Grande do Norte, esse cenário tem sofrido sensíveis mudanças com a difusão de tecnologias apropriadas, como instrumento para incentivar uma avicultura caipira de alta produtividade. O emprego de raças melhoradas, com manejo e alimentação adequados, e prevenção das principais doenças, têm proporcionado um considerável aumento na produção e na produtividade, garantindo a segurança alimentar e melhorando a qualidade de vida das famílias de baixa renda.
Com a instituição do Pró-Ave Caipira, a partir de 1996, a EMPARN introduziu e avaliou várias linhagens. Algumas delas se destacaram pela alta rusticidade e boas produções de carne e de ovos. No QUADRO 1 pode-se observar o desempenho zootécnico e a aptidão econômica de 4 raças recomendadas pela EMPARN para exploração em sistema semi- intensivo.
QUADRO 1: Aptidão econômica e desempenho zootécnico de algumas raças de galinhas caipiras (FIGURAS 1, 2, 3 e 4)*
Aptidão Corte/postura Corte/postura Corte/postura Postura Peso vivo médio (kg) aos 120 dias Machos 2,40 2,30 2,50 2, Fêmeas 2,10 2,00 2,20 1, Peso vivo médio de poedeiras ao descartar
Produção de ovos Início da postura (dias) 147 147 157 157 Pico da postura (dias) 200 200 210 210 Período de postura (dias) Sistema puro 270 270 240 360 Sistema misto 180 180 150 Produção de Ovos Sistema puro 155 160 130 245 Sistema misto 100 100 80
Antes da implantação de um lote, o pinteiro deve ser bem limpo e desinfectado. Uma desinfecção criteriosa deve contemplar a realização das seguintes tarefas: a) lavar com água e sabão bebedouros, comedouros, piso e cortinas; b) borrifar o piso com água sanitária (duas colheres de sopa para 10 litros d’água); meia hora depois, enxaguar com água pura; c) despejar água de cal quente no piso e espalhar com um rodo de modo a cobrir toda a superfície do galpão; para prepará-la, dissolve-se 2kg de cal virgem, em pedra, para cada 10 litros de água; d) capinar e limpar uma faixa de 2,0m em volta do galpão; e) usar lança-chamas nas paredes internas e externas, no teto, nas telas (de arame) e em toda a faixa limpa em volta do galpão; f) distribuir cama nova e pulverizá-la com uma mistura de água de fumo. Para prepará-la, coloca-se 100g de “fumo de rolo” num litro de álcool a 92%. Doze horas após, côa-se a mistura e completa-se o volume para 10 l com água; aplicar em toda a superfície do aviário; em seguida, revolver com um ciscador e repetir a operação; g) deixar em repouso por 10 dias (vazio sanitário). Concluídos os trabalhos de lavagem e desinfecção, coloca-se o círculo de proteção com comedouros e bebedouros.
2.2. MANEJO DOS PINTINHOS
Nos dez primeiros dias de vida, os pintinhos não conseguem manter a temperatura corporal; por isso, devem ser aquecidos, à noite ou durante as 24 horas do dia, quando a temperatura for inferior a 28ºC. O equipamento usado para aquecê-los é o “círculo de proteção” que é constituído de um círculo e de uma campânula com uma fonte de calor no centro. A temperatura ideal no seu interior deve estar no intervalo de 28ºC a 32ºC. O comportamento dos pintinhos (FIGURAS 5, 6, 7 e 8) é que determina a necessidade de controlar temperatura.
FIGURA 5: Pintos concentrados embaixo da campânula demonstram que estão com frio; neste caso, temos duas alternativas: baixar a campânula ou aumentar a fonte de calor.
FIGURA 6: Pintos afastados da campânula demonstram que estão com calor; assim sendo deve-se levantar a campânula ou diminuir a fonte de calor.
FIGURA 7: Pintos agrupados num só lado do circulo de proteção, demonstram que estão tentando se proteger de correntes de ar frio; neste caso, deve-se manter as cortinas fechadas.
FIGURA 8: Pintos distribuídos em todos os espaços do circulo de proteção, demonstram que a temperatura está na faixa ideal, não havendo necessidade de ajuste.
Ao colocar os pintinhos no círculo de proteção é importante disponibilizar água contendo 50g de açúcar por litro. Devemos molhar o bico de alguns deles para que sirva de orientação da fonte de água para os demais. Uma hora após a chegada, disponibiliza-se a ração. Todos os equipamentos e materiais que irão compor o círculo de proteção devem ser desinfectados antes da sua montagem. A cama deve ser bem seca e de material macio e absorvente para proporcionar um ambiente confortável para os pintinhos. Quando houver derramamento de água, deve-se revolvê-la se a quantidade de água derramada for pequena e retirá-la, quando o volume de cama molhada for grande.
A transformação dos alimentos em carne é tanto mais eficiente quanto melhor for o manejo empregado; sendo assim, devemos nos preocupar em evitar, ou pelo menos diminuir, qualquer possível causa de desconforto, a fim de se obter os melhores resultados econômicos; as principais causas de desconforto são;
A temperatura ideal diminui com o aumento da idade, situando-se entre 20ºC e 25ºC, a partir de 28 dias de idade; quando as aves são submetidas a temperaturas elevadas (maiores que 28ºC) pode haver o comprometimento das funções metabólicas, deprimindo o crescimento ou até causando a morte; algumas medidas podem ser tomadas para reduzir os efeitos das altas temperaturas no desempenho zootécnico das aves; uma delas consiste no fornecimento da ração nas primeiras horas da manhã, três a quatro horas antes do estresse calórico. Durante todo o período da criação, devem-se fazer seleções procurando eliminar os indivíduos com desenvolvimento retardado. Caso não se tenha efetuado a debicagem poderá ocorrer “canibalismo”, situação em que as aves bicam outras até causar um sangramento; daí em diante, bicam mais e mais formando um orifício; se nenhuma providência for tomada, a avie bicada pode morrer; as principais causas do canibalismo são;
Ao subirem nos comedouros, os pintinhos defecam na ração, tornando-se necessário peneirá-la uma vez ao dia; para evitar que os pintos durmam neles contaminando a ração, orienta-se retirá-los, à noite, e devolvê-los ao amanhecer do dia seguinte. A regulagem da altura deve ser feita, semanalmente, para acompanhar o crescimento das aves; Aconselha-se que a borda superior da calha coincida com a altura do dorso da ave; em lotes mistos, deve-se considerar a altura das fêmeas de maior porte.
Os lotes destinados à produção de ovos devem ser selecionados com o objetivo de eliminar as que apresentam desenvolvimento retardado e as improdutivas. Deve-se aguardar até o 7º mês a fim de que possam demonstrar sua habilidade para produzir ovos. As improdutivas são facilmente identificadas através das características externas a seguir: a) Forma da cloaca – é alargada, oval, sem pigmentação e úmida nas aves produtivas e estreita, arredondada, amarela e seca nas improdutivas. b) Distância entre os ossos pélvicos – esses ossos podem ser sentidos quando se toca a parte traseira de uma galinha com os dedos em posição vertical. Quando entre eles cabem dois ou mais dedos juntos, a galinha está em franca produção; quando cabe apenas um, a ave está fora de produção. c) Crista e barbelas – a crista e as barbelas são grandes, elásticas e bem vermelhas nas aves produtivas e pequenas, secas, duras e pálidas nas aves improdutivas. d) Gordura abdominal – as aves produtivas apresentam pouca gordura abdominal e a pele do abdômen é elástica e mole; as improdutivas, tem muita gordura abdominal e a pele do abdômen é dura. e) Pigmentação do bico – as produtivas apresentam bico despigmentado a partir dos 40 dias a contar do início da postura; as improdutivas têm o bico bem amarelo nessa fase. Eliminando-se as improdutivas, os gastos com ração são diminuídos; consequentemente, o lucro da atividade aumenta.
4.2. MANEJO DOS NINHOS
Para o sistema semi-intensivo de criação são recomendados os ninhos acoplados, com 7 bocas, confeccionados em madeirite com 30cm de altura, 36cm de profundidade e 36cm de largura. Na parte superior deve ter uma prancha inclinada para evitar que as galinhas subam neles contaminando-os com fezes (FIGURA 10).
Eis algumas recomendações para que os ovos cheguem ao consumidor final com boas qualidades e livre de contaminações:
Machos e fêmeas, em quantidades iguais, são alojadas numa densidade de 6,0 aves para cada m² de piso, aí permanecendo até os 120 dias quando devem ser descartadas pois, cada dia de permanência, a partir desta idade, significa diminuição no lucro da atividade. Nesse sistema, o número de lotes produzidos, em 12 meses de atividade, pode chegar a 12, a partir da estabilização ao 120 dias; para isso, necessita-se de um aviário com 3 divisórias e dois pinteiros, e fazer a reposição dos lotes a cada 30 dias. Alimentação é constituída de ração concentrada e de volumoso verde, conforme o QUADRO 4.
6.2. SISTEMA DE PRODUÇÃO MISTO (CORTE E POSTURA)
Macho e fêmeas dos lotes de frangos de corte, na razão de 1/50, são mantidas para a produção de ovos; dos 121 aos 147 dias de idade, as aves consomem ração de frango, sob restrição alimentar severa; a partir dos 148 dias, coloca-se ração de postura. A produção de ovos deve ser mantida, enquanto a atividade for lucrativa; dependendo da raça escolhida e do manejo utilizado, a produção pode ser lucrativa durante 6 – 7 meses. A reposição dos lotes deve ocorrer um mês antes do final do período previsto para postura ( QUADRO 1 ).
6.3. SISTEMA DE PRODUÇÃO DE AVES DE POSTURA
Macho e fêmeas de raça especifica para postura, na razão de 1/50, são alojados no próprio galpão, onde deverão permanecer até o final do período de exploração, numa densidade de 5 aves por m² de piso, são alimentadas com formulações especificas para aves de postura ( QUADRO 4 ). Dependendo da raça e do manejo utilizado, a produção de ovos pode ser lucrativa durante 12 – 13 meses; a reposição dos lotes deve ocorrer 5 meses antes do final do período previsto para postura ( QUADRO 4 ).
Cada compartimento do aviário deve ter uma área livre, anexa, para pastejo e recreação com uma disponibilidade de 1 a 2m² para cada ave; pode ser construída de arame ou de PVC, de varas ou de qualquer outro material; o importante é manter as aves separadas por idade, e protegidas de predadores; deve ser bem sombreada com árvores frutíferas ou outras espécies, ou até mesmo com latadas improvisadas para que as aves possam ficar ao abrigo do sol (FIGURAS 13 e 14).
As raças melhoradas possuem alto potencial para a produção de carne e de ovos; mas, para que este potencial apareça, é necessário oferecer uma alimentação compatível com as suas necessidades. Do ponto de vista econômico, a alimentação é um fator de grande importância, não somente porque dela depende um bom desempenho produtivo das aves, mas sobretudo, porque representa a maior parte dos custos da atividade. Aspectos importantes como a qualidade da ração, bem como as quantidades fornecidas devem ser observados , uma vez que deles depende a eficiência da alimentação. Os principais produtos usados na formulação de rações para aves são o milho moído, o farelo de soja e o farelo de trigo (somente para poedeiras). Vários produtos alternativos podem substituir, parcialmente, os ingredientes tradicionais com vantagens econômicas, como o sorgo, o milheto, o farelo de mandioca, o farelo de batata doce, etc. O importante é que a substituição não altere, significativamente, os níveis energético e protéico das rações para que não haja diminuição significativa na produção, nem afete a qualidade dos produtos. A alimentação das aves deve ser complementada com ração verde moída ou com ramas em quantidades máximas correspondentes a 1,30 do peso da ração fornecida, considerando-se a matéria verde. Também podem ser fornecidas farinha de leucena ou da parte aérea da mandioca considerando o limite máximo de 20% do peso da ração. Nas lojas de produtos agropecuários podem ser encontradas rações prontas para serem consumidas. Todavia são caras e nem sempre contêm os nutrientes necessários para as aves produzirem bem; também são encontrados concentrados protéicos que misturados ao milho ou a outros ingredientes, formam as rações concentradas; a preparação da ração, pelo produtor, proporciona uma economia de 40% ou mais no custo da ração; para tanto, basta misturar bem os ingredientes nas proporções recomendadas pelo fabricante ou de acordo com o QUADRO 3.