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Manutenção de Aterramentos - Prof. Carlos, Resumos de Eletrônica

Informações sobre a manutenção de aterramentos, incluindo a importância da manutenção, o comportamento do aterramento em condições permanentes e ocasionais, sugestões para a inspeção, conservação e renovação do aterramento, e a frequência da manutenção. O documento também discute os tipos de manutenção e a avaliação do sistema de aterramento.

Tipologia: Resumos

2014

Compartilhado em 23/04/2024

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Instalações Elétricas de Interiores
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UNIDADE V
“MANUTENÇÃO DE ATERRAMENTO”
1. INTRODUCÇÃO
O aterramento, uma vez instalado, apresenta duas etapas de funcionamento:
permanente e ocasional. É necessário inspecionar tudo isso quando se requer efetuar
conservações e/ou renovações no sistema de aterramento.
Se conseguirmos manter a resistência de aterramento em seu valor inicial, estamos
assegurando o bom comportamento do sistema de aterramento, para dar, com isso,
segurança às pessoas e equipamentos, que finalmente são os objetivos do
aterramento. Para consegui-lo, é necessário realizar um programa de manutenção, e,
se for o caso, deve-se desenvolver o tratamento do terreno, que uma boa
manutenção consistirá em conservar um contato perfeito entre eletrodo e terreno,
manter uma união perfeita nas conexões e manter a resistividade do terreno em seu
valor de desenho.
Um dos fatores mais difíceis de manter a resistividade dos terrenos é que este depende
das condições naturais do entorno; e haverá que levar em consideração esta situação
no momento do desenho de um sistema de aterramento.
2. EXECUÇÕES E CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS
A seguir detalha-se o comportamento do aterramento em condições permanentes e
ocasionais; e finalmente são feitas sugestões para a inspeção, conservação e
renovação do aterramento.
FUNCIONAMENTO DE UM ATERRAMENTO
Conduz permanentemente, e forma inofensiva, através da sua resistência de dispersão,
pequenas correntes originadas pela eletrificação involuntária de zonas isoladas, e
,ocasionalmente, correntes maiores, geralmente associadas a falhas de isolamento ou
descargas atmosféricas, durante muito curtos períodos prévios ao funcionamento da
proteção elétrica.
a) Funcionamento permanente
A dispersão de pequenas correntes durante o funcionamento de aparelhos
(Figura 5.1) produto de vazamentos por falha de isolamento, desbalanceamento
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UNIDADE V

“MANUTENÇÃO DE ATERRAMENTO”

1. INTRODUCÇÃO

O aterramento, uma vez instalado, apresenta duas etapas de funcionamento: permanente e ocasional. É necessário inspecionar tudo isso quando se requer efetuar conservações e/ou renovações no sistema de aterramento.

Se conseguirmos manter a resistência de aterramento em seu valor inicial, estamos assegurando o bom comportamento do sistema de aterramento, para dar, com isso, segurança às pessoas e equipamentos, que finalmente são os objetivos do aterramento. Para consegui-lo, é necessário realizar um programa de manutenção, e, se for o caso, deve-se desenvolver o tratamento do terreno, já que uma boa manutenção consistirá em conservar um contato perfeito entre eletrodo e terreno, manter uma união perfeita nas conexões e manter a resistividade do terreno em seu valor de desenho.

Um dos fatores mais difíceis de manter a resistividade dos terrenos é que este depende das condições naturais do entorno; e haverá que levar em consideração esta situação no momento do desenho de um sistema de aterramento.

2. EXECUÇÕES E CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS

A seguir detalha-se o comportamento do aterramento em condições permanentes e ocasionais; e finalmente são feitas sugestões para a inspeção, conservação e renovação do aterramento.

FUNCIONAMENTO DE UM ATERRAMENTO

Conduz permanentemente, e forma inofensiva, através da sua resistência de dispersão, pequenas correntes originadas pela eletrificação involuntária de zonas isoladas, e ,ocasionalmente, correntes maiores, geralmente associadas a falhas de isolamento ou descargas atmosféricas, durante muito curtos períodos prévios ao funcionamento da proteção elétrica.

a) Funcionamento permanente

A dispersão de pequenas correntes durante o funcionamento de aparelhos (Figura 5.1) produto de vazamentos por falha de isolamento, desbalanceamento

de cargas, percurso errático, indução, etc., evita toques elétricos instantâneos e inoportunos que indiretamente podem ocasionar acidentes às pessoas e incorreto funcionamento dos equipamentos eletrônicos.

Figura 5.1 Dispersão permanente de pequenas correntes.

b) Funcionamento ocasional

As grandes correntes à terra proveem das falhas do isolamento dos aparelhos e circuitos elétricos (“falhas francas” ou “falhas amortizadas”) e, ainda, dos impactos diretos ou indiretos das descargas atmosféricas (Figura 5.2). Em todos estes casos há perigo para as pessoas.

A conexão de todas as massas e estruturas metálicas ao aterramento proporciona segurança, considerando o correto funcionamento dos fusíveis ou interruptores, para evitar que queime a instalação elétrica.

Figura 5.2 Dispersão ocasional de grandes correntes.

Computador pessoal Chuveiro quente

Artefatos elétricos Eletrodomésticos

Para-raios Franklin

Figura 5.4 Medidas de inspeção anual.

3.2 CONSERVAÇÃO DOS ATERRAMENTOS

Dado que são instalações subterrâneas que se baseiam na condutividade do solo, recomenda-se inundar com cerca de 30 litros de água o interior da caixa de registro ou do orifício exterior (Figura 5.5), a cada quatro ou seis meses.

No caso de instalações antigas, onde a resistência de dispersão não estiver abaixo de 10 , se deverá de escarvar para ter certeza do estado dos condutores, com o fim de avaliar a renovação do aterramento, desta vez aplicando os componentes do método proposto. (Figura 5.6).

Figura 5.5 Conservação a cada 4 ou 6 meses.

Precisa renovação Limite

Tendência aterramento comum Somente conservação Tendência aterramento como método proposto

Meses

Solução 30 litros água

3.3 RENOVAÇÃO DOS ATERRAMENTOS

A utilização de computadores e equipamentos eletrônicos de alta fidelidade ou precisão requer de resistências de dispersão relativamente baixas.

Nestes casos, para renovar o aterramento utiliza-se a mesma terra do enchimento do poço (Fig. 5.6), lixando completamente os eletrodos e colocando novos acessórios, como o conector sob pressão. Também se deverá provar a continuidade do condutor de conexão até o quadro elétrico. É importante indicar que alguns países não consideram o sal, por ser corrosivo.

Figura 5.6 Renovação de um aterramento.

4. RECOMENDAÇÕES PARA A MANUTENÇÃO

A frequência da manutenção e a prática recomendada em qualquer instalação dependem do tipo e tamanho de instalação, sua função e seu nível de tensão.

4.1 TIPOS DE MANUTENÇÃO

Todas as instalações devem ser objeto de dois tipos de manutenção:

 Inspeção em intervalos frequentes daqueles componentes que são acessíveis ou que podem facilmente tornar-se acessíveis.

 Exame, incluindo uma inspeção rigorosa e possível comprovação.

INSPEÇÃO DO SISTEMA DE ATERRAMENTO

A inspeção do sistema de aterramento em uma instalação normalmente ocorre associada à visita para outro trabalho de manutenção. Consiste de uma inspeção visual somente daquelas partes do sistema que podem ser vistas

Sal comu m

Bentonita

Água

Terra do mesmo poço

Sal comu m (^) Bentonita

5. TRATAMENTO DO TERRENO

Em casos de seca, terrenos nus, terrenos ocos, movimento do terreno, etc. fazem com que a resistência de tomada à terra aumente, chegando a valores perigosos; neste caso é necessário realizar o tratamento do terreno.

O tratamento do terreno tiene por finalidade melhorar os aterramentos de uma instalação antiga. No caso de terrenos rochosos ou de alta resistividade deverá realizar- se ao redor dos eletrodos (picaretas ou malhas enterradas) um enchimento com terra de resistividade favorável para melhorar a qualidade de contato entre o eletrodo e a terra de enchimento.

A resistividade de um terreno depende de su conteúdo de eletrólitos, que, por sua vez, dependerá da sua naturaleza mineralógica e do conteúdo de umidade.

Quando o terreno é mau condutor, deve ser tratado alrededor dos eletrodos, para diminuir artificialmente a resistividade do mesmo. Isto pode ser obtido realizando um adubamento eletrolítico do terreno com os aditivos respectivos.

REFERÊNCIAS:

 PROCOBRE “Sistema de Conexión a Tierra. Ejecución de Puesta a Tierra para Instalaciones Eléctricas Interiores de Baja Tensión”. Manual para electricistas.

 Díaz, Pablo. “Soluciones prácticas para la puesta a tierra de sistemas eléctricos de distribución”. Ed. Mc Graw – Hill.

 Araya D., Jorge; Sandoval O., Francisco. “Sistemas de Puestas a Tierra”. PROCOBRE CHILE.

 Ré, Vittorio. “Puesta a tierra”. Ed. Marcombo.

 Yanque M., Justo. “Diseño y ejecución de puestas a tierra con el método ecológico simplificado”.