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SÍNTESE
PERSPECTIVA 5: EVOLUCIONISTA/SOCIOBIOLÓGICA
Elaborado por: Ana Luíza A. Brasil; Ana Paula G. R. Costa; Bruna Martins Gonçalves; Diego de Moura Cruz; Jussara Emanuely Alves; Luisa Corrêa Santos e Taynara Costa Lima
INTRODUÇÃO
O principal propósito deste estudo foi introduzir e discutir a teoria evolucionista e suas implicações. Os psicólogos evolucionistas partem do princípio de que o ser humano nada mais é do que uma espécie animal, cujo nível de sofisticação comportamental mostra-se igualmente vinculado a um processo evolutivo e, sendo assim, sujeito às leis naturais, tal como ocorre nas demais espécies. A perspectiva evolucionista/sociobiológica, representada por E. O. Wilson e influenciada pela teoria da evolução de Darwin, concentra-se na adaptatividade ou no valor de sobrevivência.
CHARLES ROBERT DARWIN E A TEORIA DA EVOLUÇÃO
Charles Robert Darwin foi um importante naturalista, nascido no dia 12 de fevereiro de 1809, numa família abastada, tradicional e religiosa, na Inglaterra, mais precisamente na cidade de Shrewsbury. Por ser casado com sua prima, Darwin tinha uma preocupação recorrente com a saúde de seus filhos. Alguns estudos mostram, inclusive, que a morte de alguns dos filhos de Darwin antes dos dez anos de idade e a infertilidade de outros possam estar relacionadas à endogamia. Aos 16 anos, Darwin iniciou o curso de Medicina, seguindo uma tradição de família. Porém, abandou o curso após uma aula de cirurgia que não haveria uso de anestesia. Apesar disso, nessa época, ele pôde conhecer algumas pessoas importantes para o seu crescimento profissional, como John Stevens Henslow, um naturalista dedicado à botânica, que o indicou para participar da tripulação do HMS (Her Majesty Ship) Beagle, assim, teve a oportunidade de passar pela Ilha de Galápagos, onde percebeu um grupo de animais endêmico. Tal percepção foi importante para entender o processo de seleção natural por ele proposto posteriormente. Em sua principal obra, A Origem Das Espécies Por Meio Da Seleção Natural, Darwin propôs que a evolução ocorreria graças ao mecanismo conhecido como seleção natural. De acordo com essa teoria, os seres vivos, a todo tempo, estariam lutando para sobreviver no meio ambiente, e o meio seria responsável por selecionar aquele mais apto a sobreviver nele. De acordo com Darwin, existiam girafas de pescoço longo e de pescoço curto, sendo as de pescoço longo mais aptas a viverem no ambiente. Ele considerou a seleção natural como o principal mecanismo que leva à modificação das espécies ao logo do tempo. Porém, a seleção natural não diz que o mais forte sobrevive, uma vez que nem sempre o mais forte é o mais apto. Podemos dizer que a seleção natural atua de três formas diferentes: seleção direcional, estabilizadora e disruptiva. Seleção direcional: é aquela que seleciona indivíduos de um determinado fenótipo extremo; Seleção estabilizadora: os indivíduos de fenótipos intermediários são selecionados;
Seleção disruptiva: os indivíduos com fenótipos extremos são selecionados, e os intermediários são eliminados. Entretanto, Darwin não foi capaz de explicar como os caracteres eram herdados, algo explicado pela genética, que estuda os genes. Além da sua principal obra, A Origem Das Espécies Por Meio Da Seleção Natural, Darwin elaborou mais de 25 obras, entre livros, monografias e cartas e foi benemérito de 5 prêmios. Faleceu em 19 abril de 1882, provavelmente em decorrência de um ataque cardíaco.
EDWARD OSBORNE WILSON E A SOCIOBIOLOGIA
Quase 50 anos depois da morte de Darwin nascia em Birmingham, no Alabama, em 1929 Edward O. Wilson, um dos mais proeminentes biólogos do mundo, que desde cedo se sentiu atraído pelo ambiente natural. Reside em Massachusetts, é casado com Irene Wilson (desde 1955), com que teve uma filha. Doutor em Biologia, Edward O. Wilson, influenciado por Darwin, teve grande destaque ao divulgar o termo «Sociobiology». Wilson definia assim a disciplina: “Sociobiologia, [é] definida como estudo sistemático das bases biológicas de todas as formas de comportamento social, em todos os tipos de organismos, inclusive o homem” (WILSON, 1981, p. 16), e destacava assim o diferencial da Sociobiologia: “... todas as emoções - ódio, amor, culpa, medo e outras - que são consultadas pela ética filósofos que desejam intuir os padrões do bem e do mal ... Eles evoluíram pela seleção natural. Essa declaração biológica simples deve ser seguida para explicar a ética e filósofos éticos, se não epistemologia e epistemólogos, em todas as profundidades.” (WILSON, 1975, p. 3). Para Wilson, o problema do altruísmo era a «central question» da sociobiologia e o princípio da aptidão inclusiva tornou-se a principal teoria que embasa a sociobiologia. Essa disciplina científica propõe que comportamentos e sentimentos animais, também são existentes nos seres humanos, como o altruísmo e a agressividade, são em parte derivados da genética, e não apenas adquiridos, cultural ou socialmente. Entretanto, boa parte das críticas consiste em interpretações errôneas da teoria. Como são animais sociais, ou seja, apresentam vida organizada em sociedades, os seres humanos são objeto da Sociobiologia. Entretanto os seres humanos apresentam um fator que os torna diferentes da maioria dos animais sociais: a cultura. Essa, por sua vez, é capaz de promover transformações na forma como os humanos interagem com seu ambiente abiótico e biótico, independentemente de sua herança genética. Assim, é importante lembrar que para os sociobiólogos, o comportamento é fenótipo, isto é, é um produto dos genes com o ambiente. Em 1995, foi considerado pela revista Time como uma das 25 pessoas mais influentes da América.
EDWARD JOHN MOSTYN BOWLBY E A TEORIA DO APEGO
Apego Seguro: pessoas que possuem opiniões positivas sobre si mesmas e o parceiro. Esta dinâmica resulta em um relacionamento harmonioso, pois a pessoa sente-se confortável com a intimidade e com a independência. A separação não é encarada como negativa, mas como natural. Apego Evitante: pessoas com este estilo de apego sentem que não necessitam de relações sociais mais íntimas. Elas se veem como altamente independentes e recusam qualquer indício de aprofundamento de vínculos. Apego Ambivalente: esse padrão corresponde ao desejo de altos níveis de intimidade, o que resulta na dependência extrema do parceiro. São pessoas inseguras que questionam o seu próprio valor. Apego Desorganizado: dificuldade de estabelecer laços profundos, embora exista o desejo de fazê-lo. A intimidade emocional é simultaneamente intimidadora e almejada. Pessoas deste padrão não acreditam nas intenções do parceiro, mesmo quando são boas. A Teoria do Apego enfatiza a necessidade de um figura de apego principal, podendo ser o pai, pais adotivos, familiares ou qualquer pessoa dedicada a cuidar da criança. Pois a constituição de uma base segura nos primeiros anos de vida, formada por confiança e proximidade são fatores que tendem a contribuir diante das situações difíceis pelas quais as pessoas passam ao longo da vida, principalmente aquelas situações que envolvem separações não esperadas. A única obra de Bowlby, publicada postumamente, é a biografia de Charles Darwin, Em que discute a "misteriosa doença" de Darwin e se ela era psicossomática, porém foi condecorado com o prêmio William James, Comandante da Ordem do Império Britânico.
Etologia
Como visto até aqui, Psicologia Evolucionista é uma abordagem da psicologia em que se aplicam os princípios da biologia evolucionista para investigar a estrutura da mente humana. Sob essa perspectiva, a mente é um conjunto de mecanismos para processamento de informação que foram moldados pela seleção natural. Desta forma, temos a etologia que surgiu com o objetivo de estudar os comportamentos inatos nas diversas espécies em ambiente natural. Atualmente pode-se falar em duas tendências: a etologia tradicional e a ecologia comportamental, preocupadas, respectivamente, com as causas imediatas e evolutivas do comportamento. Superando concepções dualistas como inato–aprendido e natureza–cultura, a etologia tem contribuído para a compreensão do comportamento humano evolucionista/sociobiológica, que considera as bases evolucionistas e biológicas do comportamento humano.
Método de pesquisa
Tendo em vista a conexão essencial entre teoria e pesquisa, temos os métodos utilizados pelos pesquisadores do desenvolvimento humano que trabalham de acordo com duas tradições metodológicas: quantitativa que trata de dados objetivamente medidos, geralmente responde as perguntas “quanto?” ou “quantos?” e inclui análises estatísticas.
Os pesquisadores quantitativos podem estudar, por exemplo, o quanto de medo ou ansiedade as crianças sentem antes de uma cirurgia medidos por testes padronizados ou alterações fisiológicas, ou qual a proporção de crianças submetidas a cirurgia que demonstram forte medo ou ansiedade, e qualitativa que se concentra em dados não numéricos, como experiências, sentimentos ou crenças subjetivas. Concentra-se no como e no porquê do comportamento; envolve descrições não numéricas (verbais ou pictóricas) sobre a compreensão, sentimentos ou crenças subjetivas sobre as experiências. Pesquisadores qualitativos poderiam estudar, por exemplo, como as crianças descrevem suas emoções antes da cirurgia (Morse e Field, 1995). A pesquisa qualitativa também pode revelar como a experiência subjetiva influencia o comportamento. Cada uma dessas tradições possui diferentes metas e maneiras de ver e interpretar a realidade, enfatizando diferentes meios de coletar e analisar dados.
Conclusão
Por fim, nenhuma teoria do desenvolvimento humano é universalmente aceita, e nenhuma perspectiva teórica explica todas as facetas do desenvolvimento. Teorias sobre o desenvolvimento humano surgem a partir da pesquisa e são testadas por ela. Embora a maioria dos pesquisadores recorra a diversas perspectivas teóricas, indagações e métodos de pesquisa geralmente refletem a orientação teórica pessoal do pesquisador. Pois, ao longo do tempo, todos os seres vivos estão em uma constante evolução, em relação do meio ambiente que habita para que haja conservação das espécies. Vimos que é sempre necessário observarmos nosso meio para podermos evoluir mentalmente e fisicamente, de uma forma que haja sempre uma melhora no estilo de vida.
Referência
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SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "O que é seleção natural?"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-selecao-natural.htm. Acesso em 06 de maio de 2021. SOARES, Alisson Magalhães. Sociologia E Sociobiologia: Autonomia Vs. (Socio)Biologização Da Sociologia, 2009. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8YNMLF/1/disserta__o._alisson_soar es_2009._sociologia_e_sociobiologia.pdf. Acesso: 06 mai. 2021 SOCIOBIOLOGIA, In. Wikipedia, 2007. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/ Sociobiologia. Acesso: 06 mai. 2021 SALVO, Caroline Guisantes De. El at. - Artigo: Etologia humana: o exemplo do apego. Psico-USF, v. 9, n. 1, p. 99-104, Jan./Jun. 2004. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/pusf/v9n1/v9n1a12.pdf. Acesso: 06 mai. 2021
