Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

A Importância da História da Matemática na Educação Moderna, Notas de estudo de Metodologia

Este documento discute a importância da história da matemática na educação moderna, enfatizando a necessidade de contextualização dos conteúdos para melhor motivar os alunos. O texto também aborda a importância do professor na formação de alunos, a necessidade de atualização profissional e a importância da pesquisa na educação. Além disso, o documento discute a necessidade de uma nova postura educacional para substituir o ensino-aprendizagem baseado em uma relação absoluta de causa-efeito.

Tipologia: Notas de estudo

2024

Compartilhado em 16/03/2024

cintia-carreira-1
cintia-carreira-1 🇧🇷

3 documentos

1 / 57

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Ubiratan D’Ambrosio
Ubiratan D’Ambrosio
EDUCAÇÃO
MATEMÁTICA
TEORIA À PRÁTICA
(Síntese)
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
pf22
pf23
pf24
pf25
pf26
pf27
pf28
pf29
pf2a
pf2b
pf2c
pf2d
pf2e
pf2f
pf30
pf31
pf32
pf33
pf34
pf35
pf36
pf37
pf38
pf39

Pré-visualização parcial do texto

Baixe A Importância da História da Matemática na Educação Moderna e outras Notas de estudo em PDF para Metodologia, somente na Docsity!

Ubiratan D’AmbrosioUbiratan D’Ambrosio

EDUCAÇÃO

MATEMÁTICA

TEORIA À PRÁTICA

(Síntese)

INTRODUÇÃO

  • Este livro aborda estudos do autor na disciplina “ Tendências em Educação Matemática” - curso de mestrado em Educação Matemática- UNESP, em Rio Claro e outras instituições.
  • Matemática e educação são estratégias contextualizadas e interdependentes.
  • Matemática como estratégia desenvolvida pelo homem ao longo de sua história para explicar, entender, manejar e conviver com a realidade e com o seu imaginário.
  • Educação como estratégia de estímulo ao desenvolvimento individual e coletivo gerada por vários grupos culturais com a finalidade de se manterem como tal e de avançarem na satisfação de necessidades de sobrevivência e de transcendência.

CAPÍTULO I

O CONHECIMENTO: SUA GERAÇ O CONHECIMENTO: SUA GERAÇÃO, SUA ORGANIZAÃO, SUA ORGANIZAÇÇÃOÃO

INTELECTUAL E SOCIAL E SUA DIFUSÃOINTELECTUAL E SOCIAL E SUA DIFUSÃO

  • É um capítulo de fundamentação , de discussões gerais sobre conhecimento. Sabemos muito pouco sobre como pensamos

ORIGEM E AQUISIÇ ORIGEM E AQUISIÇÃO DE CONHECIMENTOÃO DE CONHECIMENTO

  • Todo conhecimento é resultado de um longo processo cumulativo de geração, de organização intelectual e social,e de difusão. Suas reflexões levaram-no a ver a aquisição e elaboração do conhecimento acontecem no presente como resultado de todo um passado, individual e cultural, com vistas às estratégias de ação no presente projetando-se desde o futuro imediato até o de mais longo prazo,

assim modificando a realidade e incorporando a ela novos fatos, isto é, “artefatos e mentefatos”. Na verdade conhecimento é o substrato do comportamento , que é a essência do estar vivo: ciclo vital:

... REALIDADE informa INDIVÍDUO que processa e executa uma AÇÃO que modifica a REALIDADE que informa INDIVÍDUO ...

REALIDADE E AÇ REALIDADE E AÇÃOÃO

  • A ação gera conhecimento, a capacidade de explicar, de lidar, de manejar, de entender a realidade, gera o matema. As estratégias de ação são motivadas pela projeção do indivíduo no futuro (suas vontades, ambições, motivações e tantos outros fatores), tanto no futuro imediato quanto no futuro longínquo, até o que poderia ser um momento final. Esse é o sentido da transcendência.

GERAÇÃO, ORGANIZAÇÃO E DIFUSÃO DOGERAÇÃO, ORGANIZAÇÃO E DIFUSÃO DO

CONHECIMENTOCONHECIMENTO

  • Metodologicamente, o homem, bem como as demais espécies que o precederam, reconhece seu comportamento alimentado pela aquisição de conhecimento, de fazer (es) e de saber (es) que lhe permitem sobreviver e transcender por meio de maneiras, de modos, de técnicas ou mesmo de artes (techné ou tica) de explicar, de conhecer, de entender, de lidar com, de conviver (matema) com a realidade natural e sócio-cultural (etno) na qual ele, homem, está inserido; gerando a conceituação de etnomatemática.

GERAÇGERAÇÃO, ORGANIZAÃO, ORGANIZAÇÇÃO E DIFUSÃO DO CONHECIMENTOÃO E DIFUSÃO DO CONHECIMENTO

  • Metodologicamente, o homem, bem como as demais espécies que o precederam, reconhece seu comportamento alimentado pela aquisição de conhecimento, de fazer (es) e de saber (es) que lhe permite sobreviver e transcender por meio de maneiras, de modos, de técnicas ou mesmo de artes ( techné ou tica ) de explicar, de conhecer, de entender, de lidar com, de conviver ( matema ) com a realidade natural e sócio-cultural ( etno ) na qual ele, homem, está inserido; gerando a conceituação de etnomatemática.

RELARELAÇÇÕES INTRA E INTERCULTURAIS EÕES INTRA E INTERCULTURAIS E MULTICULTURALISMOMULTICULTURALISMO Dominadas pelas tensões emocionais, as relações entre indivíduos de uma mesma cultura ( intraculturais ) e, as relações entre indivíduos de culturas distintas ( interculturais ) representam o potencial criativo da humanidade.

  • Graças aos novos meios de comunicação e transporte, agora serão notadas com maior evidência, maneiras diferentes de explicações, de entendimentos, de lidar e conviver com a realidade, criando necessidade de um comportamento que transcenda mesmo as novas formas culturais. Um modelo adequado para se facilitar esse novo estágio na evolução da espécie humana é chamado educação multicultural , que vem se impondo nos sistemas educacionais de todo o mundo.

RELAÇÕES INTRA E INTER CULTURAIS E MULTIRELAÇÕES INTRA E INTER CULTURAIS E MULTI

CULTURALISMOCULTURALISMO

  • Dominadas pelas tensões emocionais, as relações entre indivíduos de uma mesma cultura (intraculturais) e, as relações entre indivíduos de culturas distintas (interculturais) representam o potencial criativo da humanidade.

POR QUE A HISTÓPOR QUE A HISTÓRIA DA MATEMRIA DA MATEMÁÁTICA NO ENSINO?TICA NO ENSINO?

  • A história da matemática é um elemento fundamental para se perceber como teorias e práticas matemáticas foram criadas, desenvolvidas e utilizadas num contexto específico de sua época. Conhecer, historicamente, pontos altos da matemática de ontem poderá orientar no aprendizado e no desenvolvimento da matemática de hoje. “Necessitamos da matemática de hoje .” Mas o conhecer teorias e práticas que ontem foram criadas e que serviram para resolver os problemas de ontem pouco ajuda nos problemas de hoje. Por que ensiná-las?

SOBRE A NATUREZA DA MATEMSOBRE A NATUREZA DA MATEMÁÁTICA E SEU ENSINOTICA E SEU ENSINO

  • A matemática que se ensina hoje nas escolas é morta, que poderia ser tratada como um fato histórico , pois foi criada e desenvolvida em outros tempos. Propõe o autor um enfoque ligado a situações mais imediatas , referindo-se ao utilitário e ao desafio intelectual para o intelecto de hoje.

O grande desafio é desenvolver um programa dinâmico , apresentando a ciência de hoje relacionadas a problemas de hoje e ao interesse dos alunos. Mas como levar isso à prática? Que tipo de professor será capaz de conduzir um currículo dinâmico?

  • Em 1928 Teodoro Ramos transfere-se para a escola politécnica de São Paulo e inicia-se a fase paulista no desenvolvimento de Matemática. Em 1933 foi criada a faculdade de Filosofia Ciências e Letras na Universidade de São Paulo e logo em seguida a Universidade do Distrito Federal , transformada em Universidade do Brasil em 1937. Nessas instituições inicia-se a formação dos primeiros pesquisadores modernos de matemática no Brasil. Desde então a pesquisa de matemática no Brasil vem crescendo consideravelmente e hoje tem destaque internacional.
  • Com a criação das Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras criam-se os primeiros cursos de licenciatura. Havia traduções de algumas produções didáticas brasileiras, entre elas destaca-se a coleção de Júlio César de Melo e Souza , que passou a escrever na década de 1940, importante literatura de inspiração árabe, com pseudônimo de Malba Tahan.

Na sua vasta obra se destaca “ O homem que calculava” e escritos sobre didática da matemática.

  • Nessa época o licenciado era professor de ginásio (hoje 5ª a 8ª série do ensino fundamental) e colegial (hoje ensino médio). As quatro primeiras séries curso primário (hoje 1ª a 4ª série do ensino fundamental) eram responsabilidades de professores normalistas. O curso normal era de formação pedagógica geral. O modelo adotado para licenciatura foi 3 + 1 , três anos só matemática, dando título de Bacharel e mais um ano de matérias pedagógicas. Esse modelo ainda predomina, embora haja licenciaturas modernas. Os programas do ginásio dos colégios eram essencialmente iguais aos de hoje , também com mais profundidade.
  • Na década de 1960, são criados em São Paulo, Porto Alegre e no Rio de Janeiro Grupos de Estudos de Educação Matemática.
  • Algumas especialidades de matemática aplicada representa a matemática do futuro , os problemas tratados são mais interessantes, a visualização é no estilo moderno, parecido com o que se vê em TV e nos computadores. Os curso de licenciatura precisam organizar um currículo baseado em coisas modernas. O rendimento está cada vez mais baixo em todos os níveis.
  • Em educação matemática , na década de 1970, destaca-se um outro modo de conduzir as aulas , com muita participação do aluno .Ocorreu a grande revolução no ensino de matemática com o preço acessível das calculadoras.
  • O autor faz ligação do aparecimento da calculadora com a numeração indo-arábica na Europa , que levou cerca de 200 anos. Não é de se estranhar que hoje algumas pessoas declaram contra o uso de calculadoras.
  • A marca do mundo hoje é a teleinformática (combinação de rádio, telefone, televisão, computadores). Na educação, ou os educadores adotam a teleinformática com absoluta normalidade, ou serão atropelados no processo e inúteis na sua profissão. É uma ilusão investir em cursos de capacitação , basta aprender qual é o botão “on”, eventualmente criando necessidades específicas que serão satisfeitas com uma capacitação.
  • Mas não somos nós, educadores, responsáveis pela preparação para o futuro?

O PROBLEMA COM MODELOS CLASSIFICATÓO PROBLEMA COM MODELOS CLASSIFICATÓRIOS ERIOS E

AVALIAÇAVALIAÇÃO EM GERALÃO EM GERAL

  • É importante que se evitem modelos classificatórios de avaliação que podem abrir espaço para corrupção. Pois o que está envolvido em um bom resultado é um credenciamento que muitas vezes se transforma em bens materiais. E no sentido mais amplo e ainda mais grave é que levam os avaliados a se adaptarem ao que é desejado pelos avaliadores.
  • Avaliação utilizando exames e testes têm aberto espaço para deformações às vezes irrecuperáveis, tanto em nível de alunos e professores, quanto de escolas e do próprio sistema.
  • A situação, se medida por resultados de exames, revela um crescente índice de reprovação, de repetência e de evasão.
  • No Brasil é particularmente grave, muito sistema adotaram o modelo de aprovação por ciclos, embora haja indicadores do corretismo desse modelo, a incompreensão de professores, pais e mesmo de alunos está gerando um movimento para o retorno aos exemplos tradicionais e se fala mesmo em exames nacionais.
  • Testes nacionais, bem como um currículo obrigatório para todo o país acarretará grandes prejuízos.
  • Currículo mais moderno em educação trata o currículo com base na classe, isto é combinado entre alunos, professores e a comunidade.
  • Testes padronizados muitas vezes têm um efeito negativo no aprendizado.Muitos jovens não passarão no teste nacional.