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Um estudo de caso clínico sobre uma complicação ocorrida durante um tratamento endodôntico, focando no extravasamento de hipoclorito de sódio. O caso descreve os sintomas, a possível causa da complicação e as medidas tomadas para controlar a situação. O documento também discute a importância da técnica correta de irrigação e instrumentação para evitar complicações em endodontia.
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
Elis Guimarães Pestana^2 Érica Valois e Karinne Travassos^3
1. DESCRIÇÃO DO CASO O paciente J.M.S., um homem de 45 anos, procurou atendimento odontológico com quadro de dor intensa no dente 23, que aumentava sempre que ingeria gelados e quentes. Durante a consulta, o paciente relatou episódios de dor contínua, principalmente em contato com estímulos térmicos, o que indicou um quadro de pulpite irreversível sintomática. Após a avaliação clínica e radiográfica, foi diagnosticada a necessidade de tratamento endodôntico, especificamente uma biopulpectomia. O procedimento começou com anestesia local e isolamento absoluto do dente afetado. Um acesso endodôntico foi realizado e o canal foi irrigado com hipoclorito de sódio. A odontometria foi realizada utilizando um localizador eletrônico apical e radiografia, com a obtenção do comprimento real de trabalho (CRT) de 18mm. A instrumentação do canal foi realizada com limas de 20, 25, 30 e 35, entre elas era feita irrigação e aspiração. Durante a irrigação final, o paciente queixou-se de dor intensa, sensação de queimação e sangramento significativo, o que levou à paralização do procedimento. A situação foi imediatamente controlada com medicação intracanal (Otosporin) e restauração provisória, enquanto o quadro do paciente foi monitorado. Após o fechamento temporário do dente e remoção do isolamento absoluto, foi observado edema progressivo e alteração na coloração da pele da região, sugerindo uma complicação durante o tratamento. O professor foi chamado, e considerou a hipótese de um acidente relacionado ao procedimento realizado. (^1) Sinopse do Case apresentado à disciplina de Endodontia da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco – UNDB (^2) Aluna do 4 ° período do curso de Odontologia, da UNDB (^3) Professoras Especialistas, Doutor(a)s e Orientador(a)s.
2.1. Descrição das decisões possíveis O caso do paciente J.M.S., que se queixou de dor forte e edema após o início do tratamento endodôntico, mostra que a complicação provavelmente foi causada pelo extravasamento do hipoclorito de sódio para os tecidos periapicais. Esse acidente pode ter acontecido por causa de uma irrigação excessiva ou inadequada, o que, consequentemente, levou a uma reação inflamatória intensa e desconforto imediato para o paciente. Embora o hipoclorito seja essencial na desinfecção do canal, o seu contato com tecidos moles pode causar necrose, dor intensa e edema significativo. Por isso, controlar imediatamente a situação, é fundamental. Assim que os primeiros sinais aparecem, o ideal é interromper o uso da solução, administrar medicação para aliviar os sintomas e monitorar a evolução do quadro para evitar que o paciente tenha complicações maiores. Além da própria solução irrigadora, outros fatores técnicos também podem ter contribuído para esse acidente. O excesso de pressão na irrigação, por exemplo, o uso de uma agulha inserida mais profundamente ou até mesmo a anatomia do canal podem ter facilitado a saída do irrigante para além do ápice. A instrumentação também é um fatos que deve ser levado em conta, já que um preparo inadequado pode causar maior pressão dentro do canal, favorecendo a extrusão. Técnicas mais seguras, como irrigação pulsátil e controle rigoroso da profundidade de trabalho, são essenciais para minimizar esse tipo de problema. Quando uma complicação como essa acomtece, a conduta do profissional precisa ser rápida e eficaz. A primeira medida é interremper imediatamente o procedimento e começar o controle da inflamação. O uso de anti-inflamatórios e analgésicos ajuda a dimunuir os sintomas, e, em alguns casos, o antibiótico pode ser indicado para previnir infecções secundárias. A medicação intracanal, como Otosporin, pode ajudar no alívio da inflamação local. Além disso, a restauração provisória protege o dente enquanto o paciente se recupera. Depois de controlado o quadro inicial, um novo exame radiográfico é essencial para garantir que não houve danos permanentes aos tecidos periapicais.
de movimentos excessivamente agressivos pode aumentar a pressão interna do canal, favorecendo o extravasamento do irrigante. O controle exato do comprimento de trabalho, alinhado à seleção rigorosa das limas endodônticas, é primordial para evitar a criação de trajetos que facilitam a passagem inadvertida da solução irrigadora para os tecidos periapicais (SANTOS et al., 2018). Assim, a escolha de uma abordagem técnica refinada contribui para a segurança e eficácia do procedimento e diminui a incidência de eventos adversos. Diante de um acidente como esse, a conduta profissional deve ser imediata e eficaz para reduzir os danos ao paciente. A primeira medida a ser adotada é a interrupção do procedimento e a aplicação de terapia medicamentosa apropriada. O uso de medicamento intracanal, como Otosporin, pode ajudar na redução da resposta inflamatória e na recuperação dos tecidos lesionados (SOARES; GOLDBERG, 2011). Além disso, a administração de anti-inflamatórios e antibióticos tem o objetivo de controlar o processo inflamatório e prevenir infecções secundárias, que poderiam agravar o quadro clínico do paciente (FREITAS et al., 2020). A restauração provisória do dente afetado também é um passo fundamental para evitar a contaminação do canal e garantir um ambiente favorável à cicatrização. A barreira que a restauração temporária proporciona, impede que agentes externos, que poderiam comprometer o sucesso do tratamento endodôntico, entrem no canal radicular. O monitoramento clínico e radiográfico constante é indispensável para analisar a evolução da resposta inflamatória e observar possíveis complicações tardias. Caso a inflamação ou desenvolvimento de lesões periapicais extensas persistam, outras intervenções podem ser necessárias. Procedimentos cirúrgicos podem ser indicados para retirar tecidos necrosados e restaurar a integridade da região afetada (FARIA et al., 2023). Com isso, a condução correta para o tratamento endodôntico necessita de atenção minuciosa principalmente aos detalhes técnicos, além de uma abordagem clínica bem fundamentada no controle de danos e na recuperação dos tecidos comprometidos. Seguir os protocolos rigorosos de irrigação, instrumentação e monitoramento pós-operatório é necessário para evitar complicações e garantir um prognóstico favorável ao paciente.
2.3. Descrição dos critérios e valores A metodologia adotada para este trabalho envolveu a pesquisa em bases de dados científicas, como Livros, Scielo , PubMed e Jornais Científicos, com o objetivo de identificar referências relevantes sobre complicações em tratamentos endodônticos, especificamente relacionadas ao uso de soluções irrigadoras, como o hipoclorito de sódio, e técnicas de irrigação. Foram utilizadas palavras-chave como "hipoclorito de sódio" , "extravasamento de irrigante" , "complicações endodônticas" e "controle de complicações em endodontia" , abrangendo publicações em português e inglês, para garantir uma análise ampla e comparativa. Os critérios para a seleção dos artigos incluíram a relevância científica, a atualidade das publicações (priorizando artigos dos últimos dez anos, com exceção dos livros) e a qualidade metodológica dos estudos. A partir dessa pesquisa, foram coletados dados essenciais para embasar as decisões clínicas e teorias discutidas no trabalho, com foco na prevenção e manejo de complicações em tratamentos endodônticos.