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Um estudo realizado em uma escola brasileira sobre os desafios da inclusão de alunos com síndrome de down no ensino regular. O documento aborda questões como o processo de aprendizagem desses alunos, as dificuldades dos professores com a inclusão de crianças com necessidades especiais, as características da síndrome de down e as políticas legais da educação inclusiva. O autor enfatiza a importância de um cuidadoso acompanhamento por parte dos educadores e dos pais, além da necessidade de adaptações e recursos especiais para ajudar no desenvolvimento da criança.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de estudo
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Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Itaituba para obtenção do título de Licenciatura Plena em Pedagogia. Orientadora: Antônia Vanda dos Santos Leite
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Itaituba para obtenção do titulo de Licenciatura Plena em Pedagogia. Orientadora: Antônia Vanda dos Santos Leite
Presidente: ___________________________________________Nota:________
Prof. Mestre Marcio Silva da Conceição
Orientadora:___________________________________________Nota:________
Prof ª Esp. Antônia Vanda dos Santos Leite
Avaliadora:_____________________________________________Nota:_______
Prof. Esp. Margareth Ferreira de Aguiar
Resultado:_____________________________________________Média:______
Itaituba, 27 de julho de 2018
À minha mãe e ao meu pai na qual amo muito, e me ensinaram o caminho certo de lutar pelos meus objetivos, aos meus queridos filhos Marckson, Keyla e Lúcia que sempre foram fonte de inspiração para sempre continuar lutando, IN MEMORIAN, a minha amiga Edilaine Scheibel que hoje não está mais presente fisicamente, porém permanecerá eternamente em meu coração, você que foi minha companheira de longas e difíceis caminhadas, dedico essa conquista como gratidão.
“A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria. ”
(Paulo Freire)
Este estudo tem por finalidade analisar um estudo de caso de uma aluna com Síndrome de Down, levantando a análise na Escola César Almeida, no Distrito de Moraes Almeida/Itaituba-PA. Verificou-se os desafios enfrentados pelos professores em sala de aula, condições e situações vivenciadas pelo aluno Down, como contribuição para a sua aprendizagem, contextualizando a sua convivência social, ressaltando as suas habilidades e competências, buscando desmitificar os problemas para a inclusão escolar e para a sociedade, enfatizando as diferenças como característica nata dos seres humanos. A escola César Almeida tem vivenciado os desafios enfrentados no trabalho dos professores principalmente como contribuir para o ensino aprendizagem deste aluno. No ambiente escolar os desafios são grandes e amplos para ajudar no ensino aprendizagem do aluno Down, justificando-se questionamentos de estudos a este ensino sobre como realizar a aprendizagem do aluno no ensino regular, a pesquisa realizada na escola César Almeida contou com a visão dos professores, mãe da aluna com Síndrome de Down e gestora da referida escola. A Metodologia utilizada neste estudo foi à pesquisa qualitativa com método descritivo, o qual foi através de questionários que coletou-se os dados. Percebe-se que os desafios são grandes quanto ao ensino aprendizagem daqueles que possuem necessidades especiais, muitas das vezes, os profissionais não sabem como lidar com esta situação e acabam pedindo ajuda para aqueles mais preparados a enfrentar este problema, ou seja, profissional este que trabalha na sala de recurso multifuncional, pois é ele o grande suporte do professor do ensino comum, pois, além de se preocupar com a formação do aluno para a sociedade, seu trabalho tem que ser coletivamente com outros profissionais dentro da comunidade escolar.
Palavras-chave: Síndrome de Down. Aprendizagem. Professor.
3- SÍNDROME DE DOWN: estudo de caso de uma aluna do ensino
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O presente estudo monográfico tem como objetivo analisar o estudo de caso de uma aluna com Síndrome de Down, bem como a sua aprendizagem no Ensino Fundamental de 9 anos, levantando a análise na Escola César Almeida, no Distrito de Moraes Almeida/Itaituba-PA. A escolha do tema partiu no intuito de buscar respostas, pautando-se nos seguintes questionamentos: Como se dá o processo de aprendizagem do aluno com Síndrome de Down e como ocorre o processo de inclusão de uma criança com Síndrome de Down na escola de ensino regular? Quais os desafios dos professores com relação à inclusão de crianças com necessidades especiais? Levantou-se alguns questionamentos sobre o tema, tomando por base a presença de três professoras, sendo duas do ensino comum, uma da sala de recurso multifuncional, a mãe de uma aluna com SD e a gestora da referida escola analisada. Nesse sentido,a síndrome de Down ou trissomia 21 segundo Mustacchi (1990) é uma doença genética causada por uma mutação no cromossomo 21 que faz com que o portador não tenha um par, mas um trio de cromossomos, e por isso no total não possui 46 cromossomos, mas 47. Essa alteração do cromossomo 21 faz com que a criança nasça com características específicas, como implantação mais baixa das orelhas, olhos puxadinhos para cima e língua grande, por exemplo. Como a síndrome de Down é o resultado de uma mutação genética, ela não tem cura, não existindo nenhum tratamento específico para ela. Porém, alguns tratamentos como a Fisioterapia, a estimulação psicomotora e a Fonoaudiologia são importantes para estimular e auxiliar no desenvolvimento da criança que possui atrissomia 21. A síndrome de Down ocorre devido a uma mutação genética que faz com que aconteça uma cópia extra de uma parte do cromossoma 21. Esta mutação não é hereditária, ou seja, não passa de pai para filho e o seu surgimento pode estar associado à idade dos pais, mas principalmente da mãe, existindo um maior risco em mulheres que engravidaram com mais de 35 anos de idade. Segundo Mantoan (1992) a inclusão aparece para mostrar que todas as pessoas são diferentes, algo que a escola não quer conceber. “O senso comum nos faz pensar muito mais na identidade do que na diferença, porque é muito mais fácil. Mas a diferença se apresenta, e você tem que lidar. ” Segundo ela, o mais importante para uma criança com deficiência não é aprender o mesmo conteúdo que as outras, mas ter a possibilidade de aprender a colaborar, ter
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A Síndrome quer dizer: conjunto de sinais e de sintomas que caracterizam um determinado quadro clínico. No caso da Síndrome de Down, um dos sintomas é a deficiência mental. A Síndrome de Down (SD) é caracterizada como uma condição genética, que leva a pessoa a apresentar uma série de características físicas e mentais específicas. Esta síndrome é considerada uma das mais frequentes anomalias dos cromossomos autossômicos e representa a mais antiga causa de retardo mental (GONÇALVES, 2003: 01). De acordo com Bottino (1991: 01) a denominação SD foi adotada pela primeira vez por John Langdon Down, em 1866. A desordem clínica foi reconhecida pela primeira vez por John Langdon Down, em 1866. Caracterizada por erro na distribuição dos cromossomos das células, a SD na maioria dos casos apresenta um cromossomo extra no par 21, provocando um desequilíbrio da função reguladora que os genes exercem sobre a síntese de proteína, bem como perda de harmonia no desenvolvimento e nas funções das células. Para Mustacchi (1990: 03) “tal excesso de carga genética está presente desde o desenvolvimento intrauterino e caracterizará o indivíduo ao longo de sua vida, evidentemente divergindo de pessoa para pessoa”. Nesse sentido, apesar de todas as limitações fisiológicas as crianças com SD se encontram potencialmente aptas a aprender, estando suas dificuldades centradas no desenvolvimento de estratégias espontâneas e isto deve ser considerado em seu processo de aprendizagem. É nos pais que os filhos depositam toda a sua confiança e procura apoio, sustentação, afeto, aprendem os valores necessários para uma boa formação como ser humano, se desenvolve e aprende a se relacionar com o mundo que o cerca. Sabe-se que as dificuldades existem para todos, só que a criança com SD não consegue desenvolver estratégias espontâneas e este um fato que deve ser considerado em seu processo de aquisição de aprendizagem. Segundo Werneck (1995:58), a história oficial da Síndrome de Down no mundo começa no século XIX. Até então, os deficientes mentais eram vistos como um único grupo homogêneo. Assim, eram tratados e medicados identicamente, sem levar em consideração as causas da deficiência, que são inúmeras e podem ocorrer
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durante a gestação, durante o parto e depois do nascimento. A medicina da época, entretanto, não tinha conhecimento de que uma redução de inteligência poderia apresentar um sinal comum entre dezenas de situações bastante variadas, decorrentes de uma série muito grande de alterações no sistema nervoso, particularmente no cérebro. Mustacchi (1990:99), assim foi até 1866, quando o cientista inglês John Langdon Down fez uma observação interessante, contrariando as crenças da época. Ele questionou por que algumas crianças, mesmo filhas de pais europeus, eram tão parecidas entre si e tinham traços que lembravam a população da raça mongólica, principalmente pela inclinação das pálpebras, similares, à dos asiáticos. Ele foi o primeiro a reconhecer e registrar o fato de que estava diante de um grupo distinto de pessoas. Além disso, do que erroneamente considerava uma doença, fez uma descrição física e clínica tão completa que é valida até hoje. A descrição precisa que o pesquisador britânico fez, na época, sobre a população estudada, foi esta:
O cabelo não é preto, como acontece com o povo mongol, mas sim de uma cor amarronzada, além de serem ralos e lisos. A face é achatada e larga. Os olhos são oblíquos e o nariz é pequeno. Estas crianças tem uma considerável capacidade de imitar. (IBIDEM, 1995:62).
Contudo, é importante salientar que John foi o primeiro a reconhecer e a registrar o fato de que estava diante de um grupo distinto de pessoas. Além disso, do que erroneamente considerava uma doença, fez uma descrição física e clínica tão completa que é válida até hoje. O autor ressalta que mesmo assim, nos demais países da Europa, a descoberta de Langdon Down demorou ser reconhecida. No final do século XIX médicos de outros países europeus diagnosticaram a situação descrita por Dow em alguns de seus pacientes, acrescentando novas informações, como a grande incidência de problemas cardíacos, além da ligeira curvatura do dedo mínimo. De acordo com Amaral (1995:70) levando em conta a aparência oriental dessas crianças e sua deficiência mental, o mesmo deduziu que as pessoas estudadas por ele estavam de alguma forma, regredindo a um tipo racial mais primitivo, o que caracterizaria um retrocesso no caminho normal de evolução dos seres vivos. Deu-lhes, então, o nome de mongolianidiots (tinham mongolianidiocy).
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Segundo Cintra (2002: 28) alguns relatos vão além, embora sem respaldo científico, crianças e adultos com traços faciais típicos dessa anomalia já teriam sido retratados, há cerca de três mil anos, em desenhos e esculturas da civilização olmeca, que antecedeu os astecas no México. No entanto podemos encontrar outras alterações genéticas, que causam a Síndrome de Down. Ainda de acordo com a autora, a maioria dos indivíduos com SD possuem deficiência mental de leve (QI 50-70) e moderado (QI 35-50). Ressalta-se que o QI significa o grau de comprometimento mental de uma pessoa. A deficiência mental não é uma doença e sim um sintoma, no caso, da Síndrome de Down, o funcionamento do cérebro é afetado pela presença de material genético extra. Dessa forma, de modo geral, os cuidados com a criança com Síndrome de Down são basicamente o mesmo oferecido as demais crianças, contudo é necessária uma atenção especial em algumas situações, como: Avaliação periódica da audição, visão e do coração, cuidado com alimentação, pois na infância têm dificuldade em ganhar peso e na adolescência facilidade em ganhar (causando muitas vezes a obesidade), controles hormonais e questões ortopédicas.
As crianças com SD apresentam características físicas semelhantes (fenótipo), que podem ser notadas em sua aparência desde o nascimento, porém o mesmo não ocorre em relação ao seu comportamento e ao seu padrão de desenvolvimento. Segundo Schwarttzman (1999:56), não há um padrão estereotipado e previsível em todas as crianças que possuem a Síndrome de Down, uma vez que tanto o comportamento quanto ao desenvolvimento da inteligência não depende exclusivamente da alteração cromossômica, mas, também, do restante do potencial genético bem como das influências do meio em que a criança vive. Têm se atribuído estereotipadamente ao portador da SD características tais como: docilidade, amistosidade, afetividade, teimosia, entre outras. Porém, estudos sobre as características das crianças com SD (WISHART & JHONSTON, 1990) não confirmam que essas crianças tenham características comuns de comportamento e personalidade, o que não permite tracar um perfil identificador do portador da Síndrome de Down. Schwarttzman (1999) adverte:
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Não devemos esquecer, em nenhum momento, das grandes diferenças existentes entre vários indivíduos com SD no que se refere ao próprio potencial genético, características raciais, familiares e culturais, para citar apenas alguns e que serão poderosos modificadores e determinantes do comportamento a ser definido como características daquele indivíduo (SCHWARTZMAN, 1999:58). Nesse sentido, as crianças que nascem com Síndrome de Down ou Trissomia 21 não devem ser rotuladas como incapazes. Antes, devem ser compreendidas pelas suas potencialidades e sensibilidade. Acredita-se que as mesmas são capazes de fazer ir além dos seus limes, o certo é não fechar as portas a nenhuma criança com deficiência, olhar mais além do que a visão alcança, e dar a ela uma oportunidade de igualdade, aceitando-as, com a normalidade, naturalidade, solidariedade e respeito que merecem. O desenvolvimento motor da criança com SD mostra um atraso significativo, sendo que todos os marcos do desenvolvimento motor (sentar, ficar em pé, andar) ocorrerão mais tarde, se comparado com a criança normal. O autor Schwartzman (1999:60) destaca ainda que a presença de hipotonia muscular contribui para esse atraso motor. É evidente que o atraso no desenvolvimento motor da criança vai interferir no desenvolvimento de outros aspectos, pois é através da exploração do ambiente que a criança constrói seu conhecimento do mundo. Nas crianças com Síndrome de Down foram observadas diferenças nesse comportamento exploratório: usam comportamento repetitivos e estereotipados, mantendo-os mesmo que se mostrem inúteis, seu comportamento exploratório é impulsivo e desorganizado, dificultando um conhecimento consistente do ambiente, sendo que a exploração dura menos tempo. No que se refere ao aspecto cognitivo, a deficiência mental (DM) tem sido considerada uma das características mais constantes da SD, com um atraso em todas áreas do desenvolvimento. Mustacchi (2000: 51) enfatiza que o comprometimento intelectual é a consequência mais deletéria da SD. A Deficiência Mental é definida pela Associação Americana de Desenvolvimento Mental como: condição na qual o cérebro está impedido de atingir seu pleno desenvolvimento, prejudicando a aprendizagem e a integração social do indivíduo. Acredita-se que o Desenvolvimento Mental da criança Down está relacionado a anormalidades cerebrais, normalmente o cérebro dessas crianças são é menor,
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vocacional apropriados, além de um excelente cuidado médico. Por tudo isso elas geralmente têm um desenvolvimento intelectual melhor do que as nascidas há décadas. O contato de olho também começa mais tarde, segundo Berger (1995: 13). O maior contato é observado entre quatro e cinco meses, sendo um dos recursos mais importantes que a criança com SD utiliza para conhecer o ambiente. A pessoa com SD continua usando o contato do olhar por mais tempo, numa idade em que as crianças sem a síndrome interagem com o ambiente. A linguagem, segundo Schwarttzman (1999: 45),é a área na qual a criança com SD demonstra, em geral, os maiores atrasos. Ela começa a emitir as primeiras palavras por volta dos dezoito meses e, geralmente, pode compreender bem mais do que emitir.Berger (1995: 15) observou que as crianças percebem as características da vocalização das mães desde os primeiros meses de vida e adaptam-se a ela. Acredita-se que para a criança Down, a linguagem passa por conflitos cognitivos semelhantes, ou seja, os mesmos seguem um processo evolutivo das crianças “normais”, o raciocínio dele é móvel e em via de progressão, pois o ser humano é mais que a sua própria carga biológica, é através de interação com o meio e da qualidade dessas interações que cada indivíduo se constrói ao longo da vida, eles apresentam características determinadas pela alteração genética, o seu desenvolvimento, o seu comportamento e a sua personalidade são resultados da interação de sua carga genética, com as importantes influências do meio.
Devido à pouca verbalização da criança, as mães mostram-se mais diretivas em sua comunicação com ela, fazem menos perguntas, talvez não esperando respostas, mantendo o mesmo padrão de comunicação em diferentes idades (DEL BARRIO, 1991: 38).
Contudo, pode-se afirmar que a maioria dos pais quando seus filhos são ainda crianças, todos procuram agradá-los e protegê-los, algumas vezes, até superprotegê-los. É preciso estabelecer a diferença entre amá-los e protege-los. Crianças, jovens e adultos com SD têm sentimentos e necessidade, e são capazes de realizar determinadas coisas sozinhas. Portanto, se alguém quiser oferecer-lhes uma oportunidade, esta deve ser compatível com a idade, com o meio sociocultural e com as diferenças de cada uma.
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Segundo Werneck (1995:23) para diagnosticar a Síndrome de Down atualmente são utilizados três tipos de exames: amniocentese, amostra vilocorial e a triagem de alfa-fetoproteína. Amniocentese é o exame onde se colhe o líquido amniótico e este passa pelo processo de centrifugação e as células do feto se reproduzirão numa cultura, podendo ser utilizadas posteriormente para análise cromossômica. Esta técnica passou a ser utilizada em larga escala nos anos de 1970, e é realizada geralmente a partir da décima quarta semana de gravidez, porém antes da realização deste exame faz-se a ultrassonografia, pois esta auxilia na identificação da localização da placenta e da cavidade amniótica. Frequentemente aplica-se anestesia local antes de inserir a agulha através da parede abdominal até o útero, sugando assim amostras do líquido amniótico. Ainda segundo a autora, a amostra de vilocorial tornou-se disponível somente a partir do ano de 1980, nos Estados Unidos, para a realização do mesmo, é retirada uma parte do tecido placentário que é obtido por via vaginal ou mesmo através do abdome, isso ocorre entre a oitava e a décima primeira semana de gravidez. Alguns estudos realizados revelam que este procedimento não é tão seguro quanto o da amniocentese, porém o outro pode ser realizado mais precocemente e os estudos dos cromossomos podem ser realizados imediatamente após a coleta e os resultados podem ser obtidos mais rapidamente.
O diagnóstico da Síndrome de Down pode ser feito ao nascimento do bebê quando o médico observa as características da mesma. O bebê com síndrome de Down apresenta as seguintes características: implantação das orelhas mais baixas que o normal, língua grande, retardo mental, olhos oblíquos, puxadinhos para cima, uma prega a mais na pálpebra do olho, atraso no desenvolvimento motor, hipotonia, fraqueza dos músculos, presença de somente uma linha na palma da mão e desenvolvimento da linguagem mais tarde que o normal. Para confirmar o diagnóstico após o nascimento o médico poderá pedir que fossem feitos exames de sangue no bebê (WERNECK, 1995: 27).
Diante disso, quanto mais características o bebê apresentar maiores são as chances de ter a Síndrome de Down. A criança Down também apresenta atraso no desenvolvimento psicomotor e começa a sentar, engatinhar e andar, mais tarde que o esperado. Além disso, geralmente tem um atraso mental que pode variar desde leve à muito grave, o que pode ser verificado através do seu desenvolvimento.