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Síndrome Aórtica Aguda: Definição, Classificação e Tratamento, Notas de estudo de Medicina

Uma definição, classificação e tratamento da síndrome aórtica aguda, uma variedade de doenças agudas da aorta com características clínicas e morfológicas semelhantes. São apresentados os tipos de dissecção de aorta, classificação de Stanford, diagnóstico, tratamento cirúrgico e clínico, úlcera penetrante de aorta e hematoma intramural. útil para estudantes de medicina e profissionais da área de angiologia.

Tipologia: Notas de estudo

2022

À venda por 08/11/2022

Stellamazioli
Stellamazioli 🇧🇷

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bg1
Angiologia
Síndrome aórtica aguda
Stella C. Mazioli
Anatomia
Istimo aórtico: ponto fixo na aorta
descendente que tem maior probabilidade de
rompimento em caso de lesões e é a região
que mais ocorre dissecção
Definição
Síndrome aórtica aguda são uma variedade
de doenças agudas da aorta com
características clínicas e morfológicas
semelhantes
Ruptura da camada média da aorta com
extravasamento de sangue entre suas
camadas (geralmente entre a média e a
adventícia)
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1) Delaminação das camadas da parede da
aorta
2) Extravasamento de sangue da parede
da aorta
3) Lesão aterosclerótica da camada íntima
da aorta. Ela pode ulcerar e penetrar na
camada elástica
Dissecção de aorta
Separação médio intimal ocorre
perpendicularmente ao longo da aorta, por
uma distância variada, ocupando parte ou
toda circunferência
Na ascendente: Para direita e posterior
Arco Aórtico: Posterior e superior
Descendente: posterior e a esquerda
acometimento a. renais e iliofemorais
esquerda
A parede posterior é a que disseca com
mais frequência
A reentrada dessa dissecção é de bom
prognóstico, comparado a ela se ascender
Istimo
aórtico
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Baixe Síndrome Aórtica Aguda: Definição, Classificação e Tratamento e outras Notas de estudo em PDF para Medicina, somente na Docsity!

Síndrome aórtica aguda

Anatomia

➡ Istimo aórtico: ponto fixo na aorta descendente que tem maior probabilidade de rompimento em caso de lesões e é a região que mais ocorre dissecção

Definição

➡ Síndrome aórtica aguda são uma variedade de doenças agudas da aorta com características clínicas e morfológicas semelhantes

➡ Ruptura da camada média da aorta com extravasamento de sangue entre suas camadas (geralmente entre a média e a adventícia)

➡ 1) Delaminação das camadas da parede da aorta ➡ 2) Extravasamento de sangue da parede da aorta

➡ 3) Lesão aterosclerótica da camada íntima da aorta. Ela pode ulcerar e penetrar na camada elástica

Dissecção de aorta

➡ Separação médio intimal ocorre perpendicularmente ao longo da aorta, por uma distância variada, ocupando parte ou toda circunferência

➡ Na ascendente: Para direita e posterior

➡ Arco Aórtico: Posterior e superior

➡ Descendente: posterior e a esquerda – acometimento a. renais e iliofemorais esquerda

➡ A parede posterior é a que disseca com mais frequência ➡ A reentrada dessa dissecção é de bom prognóstico, comparado a ela se ascender

aórtico^ Istimo

Síndrome aórtica aguda

Classificação de Stanford

De acordo com orifício de entrada

➡ A - Aorta ascendente até os troncos supraorticos (mais grave)

➡ B – Subclávia esquerda até qualquer distância da aorta torácica e abdominal

  • Usualmente a Luz Falsa progride na parte póstero-lateral esquerda da aorta (80%)**

➡ Dissecção de aorta é a entidade aguda catastrófica mais comum na aorta

➡ Classificação:

  • Temporal
  • Anatômica
  • Presença de complicações

Temporal

➡ Hiperaguda ↪ Até 24h ↪ Fase de maior mortalidade

➡ Aguda ↪ 2-7 dias ↪ Maior fragilidade da parede aórtica

➡ Subaguda ↪ Entre 8-3 dias ↪ Risco de morte diminui, mas o flap de dissecção permanece flexível

➡ Crônica ↪ > 30 dias ↪ O flap se torna rígido e fibrótico ↪ A aorta começa a se remodelar positivamente ou negativamente

Anatômica

➡ Classificação com base na localização da ruptura da íntima e na extensão da aorta envolvida na dissecção ↪ Tipo A (mais grave) ↪ Tipo B

Síndrome aórtica aguda

Fatores de risco

➡ HAS – principal (70% dos pacientes)

➡ Aterosclerose: não aumenta índice de dissecção mas favorece hematoma intramural e úlcera penetrante

➡ Dilatação aneurismática

➡ Síndromes genéticas relacionadas ao metabolismo do colágeno (S. Marfan e Ehlers Danlos tipo IV)

➡ Gravidez

➡ Abuso de cocaína e anfetamina

➡ Dissecção traumática

➡ Iatrogênica

Epidemiologia

➡ Maioria em homens

➡ 50-60 anos – tipo A

➡ 60-70 anos – tipo B

➡ Etnia: Maior incidência em negros, por provável associação com HAS (prevalência e gravidade)

➡ Principais causas de mortalidade na fase aguda se dão pelas complicações do tipo A

Quadro clínico

➡ Dor de início abrupto muito intensa (tipo “dilacerando”) com redução progressiva (90%), eventualmente migratória, acompanhando a dissecção (dor acompanha a dissecção)

➡ Tipo A ↪ Dor no pescoço ou mandíbula, comumente acomete o Arco. ↪ Dor torácica é relacionada ao tipo A ↪ Pode haver hipotensão ➡ Tipo B ↪ Dor típica interescapular é patognomônico do Tipo B ↪ Pico Hipertensivo (70%) com HAS de difícil controle

Síndrome aórtica aguda

➡ Neurológica: Perfusão cerebral diminuída, raramente neuropatia periférica

➡ IAM: Dissecção do óstio das coronárias

➡ Isquemia renal: Comprometimento da a. renal em 5% a 8% dos casos

➡ Isquemia Mesentérica: Comprometimento em 3% a 5% dos casos

➡ Isquemia de Membros: Oclusão das ilíacas ou femorais

Diagnóstico

➡ Laboratorial

  • Pode haver hemólise (aumento de bilirrubina, LDH e reticulócitos)
  • Quando há lesão de órgãos alvo encontra-se alterações específicas.
➡ ECG
  • Descartar diagnósticos diferenciais

➡ Radiografia simples de tórax:

  • Utilizada principalmente no diagnóstico diferencia
  • Em 50% a 90% dos casos podem ser encontradas algumas alterações como:
  • Alargamento do mediastino (Mais comum)

➡ AngioTC (PADRÃO OURO)

  • Identificação do flap médio intimal
  • Diferença de densidade entre luz verdadeira e luz falsa
  • Aumento do calibre da aorta
  • Deslocamento da calcificação da túnica para íntima OBS: o flap da dissecção pode estar mais retilíneo e espessado na fase crônica Obs: na imagem tem forma de crescente, já no aneurisma mantém uma luz circular

Tratamento

➡ Estável tipo A = ECO + AngioTC ▶ cirurgia

➡ Instável tipo A = ECO ▶ cirurgia

Tratamento clínico

➡ Reservado para a maioria dos casos Tipo B, não complicados

Síndrome aórtica aguda

Hematoma intramural

➡ Precursor da dissecção

➡ Ruptura do vasavasorum na camada média, sem rompimento da íntima.

➡ Se diferencia da dissecção pela ausência de ruptura da íntima (entrada e reentrada)

➡ Fator de risco: HAS, DPOC, cardiopatia

➡ Também pode ser consequencia do trauma aórtico

➡ 60% é do tipo B

➡ Fatores de pior prognóstico: > 65 anos, dore recorrente/persistente/ associação com úlcera penetrante, envolvimento da aorta ascendente e aorta > 5cm

➡ Podem evoluir para pseudo-aneurisma, ruptura ou até mesmo para degeneração aneurismática

➡ Tratamento:

  • Clínico: Beta-bloqueador
  • Cirúrgico: endoprótese

Trauma de aorta

➡ Os traumas aórticos contusos possuem classificação de acordo com a extensão do dano:

  • Grau 1 (laceração intimal);
    • Grau 2 (Hematoma intramural);
    • Grau 3 (pseudoaneurisma)
    • Grau 4 (Ruptura). (Não vai cobrar classificação) ➡ Geralmente ocorre no istmo