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Sinais Radiológicos em Imagem de Tórax: Descrição e Ilustrações, Notas de aula de Radiologia

Sinais radiológicos clássicos em imagens de tórax, com descrições detalhadas e ilustrações. Os autores discutem as principais anormalidades observadas em radiografia e tomografia computadorizada, enfatizando a importância de seu reconhecimento para auxiliar no diagnóstico diferencial. Os sinais apresentados incluem sinal da silhueta, sinal do broncograma aéreo, sinal da asa de morcego, sinal da sobreposição hiliar, sinal do diafragma contínuo, sinal v de naclerio, sinal da artéria tubular, sinal do sulco profundo, sinal da folha de ginkgo, sinal do pico justa-frénico, sinal de luftsichel, sinal de flat waist, sinal de cauda de cometa, sinal de hampton hump, sinal de westermark, sinal de fleischner, sinal 1-2-3, sinal de chilaiditi, sinal de anel de sinete, sinal do crescente aéreo e sinal do atol ou halo invertido.

O que você vai aprender

  • Quais sinais radiológicos são descritos no documento?
  • Quais são as principais anormalidades observadas em radiografia e tomografia computadorizada?
  • Quais patologias pulmonares podem ser indicadas pelos sinais radiológicos descritos?
  • Como os sinais radiológicos ajudam no diagnóstico diferencial?
  • Qual é a importância de reconhecer sinais radiológicos clássicos em imagens de tórax?

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

usuário desconhecido
usuário desconhecido 🇧🇷

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SINAIS CLÁSSICOS EM
RADIOLOGIA DO RAX
Serviço de Imagem Médica
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Coimbra
A. Aguiar Ferreira, C. Terra, N. Campos, P. Gomes, Filipe Caseiro Alves
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Baixe Sinais Radiológicos em Imagem de Tórax: Descrição e Ilustrações e outras Notas de aula em PDF para Radiologia, somente na Docsity!

SINAIS CLÁSSICOS EM

RADIOLOGIA DO TÓRAX

Serviço de Imagem Médica Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Coimbra A. Aguiar Ferreira, C. Terra, N. Campos, P. Gomes, Filipe Caseiro Alves

OBJETIVO

 Descrever sinais radiológicos clássicos em imagem de tórax,

com ilustrações dos mesmos.

 Discutir os achados pertinentes de cada sinal, enfatizar a causa

da sua aparência e a importância do seu reconhecimento como

auxílio no diagnóstico diferencial.

SINAL DA SILHUETA

 Corresponde à perda dos bordos normais (silhueta) entre as estruturas torácicas.  Ocorre quando uma opacidade intra-torácica está em contacto anatómico com uma estrutura torácica de densidade radiológica semelhante, obscurecendo o seu bordo.  A localização desta anormalidade pode ajudar a determinar a localização anatómica da lesão. Fig. 1 : Imagem de radiografia simples do tórax PA, onde é visível opacidade em toalha de todo o campo pulmonar esquerdo que condiciona sinal de silhueta com o contorno esquerdo do mediastino e da hemicúpula diafragmática homolateral, em doente com pneumonia do pulmão esquerdo.

SINAL DO BRONCOGRAMA AÉREO

 Refere-se ao fenómeno dos brônquios cheios de ar tornarem-se visíveis pela opacificação (por exemplo por preenchimento com fluido) dos alvéolos circundantes.  Este sinal é característico das consolidações, podendo também estar presente no edema pulmonar, neoplasias, hemorragia pulmonar, etc.  A sua presença ajuda a excluir lesão obstrutiva nas vias áreas centrais. Fig. 2 : Imagem de radiografia simples do tórax PA, onde é visível opacidade em toalha no campo pulmonar esquerdo, no seio da qual se podem distinguir colunas de ar (imagens lineares radiotransparentes), constituindo o sinal do broncograma aéreo, em doente com pneumonia lobar esquerda.

SINAL DA SOBREPOSIÇÃO HILAR

 Refere-se à presença de uma densidade anormal no hilo pulmonar, sem obliteração do normal contorno do mediastino.  Resulta de uma massa que não está em contato com o hilo e é, portanto, anterior ou posterior a este. Fig. 4 : Imagem de radiografia simples do tórax PA, onde é visível opacidade projetada na região hilar esquerda (seta), com manutenção da visualização das estruturas vasculares do hilo – sinal de sobreposição hilar, em contexto de massa mediastínica anterior.

SINAL DO DIAFRAGMA CONTÍNUO

Fig.5: Radiografia simples do tórax PA – visível o sinal do diafragma contínuo (setas pretas) em contexto de pneumomediastino.  Representa uma linha radiotransparente que evidencia a porção central do diafragma (infra- cardíaco) em continuidade com as porções laterais.  Ocorre pela interposição de ar entre o coração e o diafragma, evitando que a porção central do diafragma fique obscurecida pelo coração.  Altamente sugestivo de ar livre no mediastino (pneumomediastino), pericárdio (pneumopericárdio) ou na cavidade peritoneal (pneumoperitoneu).

SINAL DA ARTÉRIA TUBULAR

Fig. 7 : Radiografia simples do tórax PA – visível alguns sinais de pneumomediastino, nomeadamente o sinal da artéria tubular (setas brancas).  Surge quando há ar adjacente aos principais ramos da aorta, tornando evidente ambos os lados do vaso pelo contorno radiotransparente do ar.  O ar do mediastino delineia o lado medial e o pulmão arejado margina o lado lateral.  Característico de pneumomediastino.

SINAL DO SULCO PROFUNDO

 Refere-se à radiotrasparência aprofundada que se extende do ângulo costofrénico ao hipocôndrio.  Surge pela presença de ar na cavidade pleural (pneumotórax), que na posição de decúbito acumular-se-á anteriormente e basalmente, no interior das porções não dependentes.  Poderá ser evidente em radiografia simples do tórax em decúbito, comum nas unidades de cuidados intensivos ou como parte de exame imagiológico de rastreio após trauma.  Característico do pneumotórax. Fig. 8 : Radiografia simples do tórax em decúbito – visível o sinal do sulco profundo (seta) em doente com pneumotórax traumático.

SINAL DO CAPACETE APICAL

  • Refere-se a uma densidade curva unilateral ou bilateral, envolvendo o(s) ápice(s) pulmonar(es).
  • Traduz espessamento da pleura apical de natureza cicatricial.
  • Os tumores de Pancoast (sulco superior) são uma causa bem reconhecida de densidade apical assimétrica unilateral.
  • Muitas outras causas podem estar na origem deste sinal. Fig. 10 : Radiografia simples do tórax PA, onde é visível o sinal do capacete apical (seta) em doente com neoplasia do pulmão no ápice esquerdo.

SINAL “S” DE GOLDEN

  • Traduz uma opacificação do lobo superior direito com deformação da pequena cisura, cuja porção lateral é côncava inferiormente (pelo colapso pulmonar que repuxa a cisura superiormente e medialmente) e a porção medial é convexa inferiormente (massa hilar), semelhante à forma de um S invertido.
  • Tipicamente associado a massa hilar direita que condiciona obstrução do brônquio lobar superior direito e subsequente colapso do respetivo lobo. Fig. 11 : Radiografia simples do tórax PA, onde é visível atelectasia do lobo superior direito com repuxamento da pequena cisura, evidenciando o sinal “S” de Golden em contexto de massa neoplásica localizada no hilo direito.

SINAL DE LUFTSICHEL

  • Pode ser visto em contexto de colapso do lobo superior esquerdo.
  • Resulta da hiperinsuflação do segmento superior do lobo inferior esquerdo, que se desloca anteriormente e superiormente interpondo-se entre o mediastino (arco aórtico) e o lobo superior colapsado, dando origem a uma imagem radiotransparente em redor do arco aórtico. Fig. 13 : Radiografia simples do tórax PA, onde é visível o sinal de Luftsichel (setas) em contexto de colapso do lobo superior esquerdo.

SINAL DE FLAT WAIST

  • Pode ocorrer no colapso grave do lobo inferior esquerdo.
  • Refere-se ao achatamento (perda da concavidade normal) dos contornos do arco aórtico e do tronco pulmonar adjacente, causado pelo deslocamento para a esquerda e rotação anterior do coração. Fig. 14 : Radiografia simples do tórax PA, onde é visível o sinal de Flat Waist (setas) por colapso grave do lobo inferior esquerdo.

SINAL DE HAMPTON HUMP

  • Refere-se a opacidade periférica em forma de cone truncado com base pleural e superfície interna convexa, geralmente voltada para o hilo pulmonar.
  • Frequente associado a embolia pulmonar com enfarte pulmonar. Fig. 16 : Radiografia simples do tórax PA, onde é visível no andar médio do pulmão direito opacidade em forma de cunha (setas) com base pleural e ápice voltado para o hilo direito – sinal de Hampton hump, em doente com embolia pulmonar.

SINAL DE WESTERMARK

  • Corresponde a hipertransparência focal periférica secundária a oligoemia do pulmão a jusante do vaso ocluído.
  • Raramente presente. Classicamente associado a embolia pulmonar sem enfarte. Fig. 17 : Radiografia simples do tórax PA, onde é visível no lobo superior esquerdo área focal radiotransparente – sinal de Westermark, em doente com embolia pulmonar.