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Plano de ação para melhorar adesão ao tratamento da hipertensão em idosos, Notas de aula de Enfermagem

Um plano de ação para sensibilizar pacientes idosos hipertensos a aderirem ao tratamento proposto para a has, envolvendo mudanças no estilo de vida e controle dos fatores de risco. A falta de adesão ao tratamento pode resultar em complicações, comorbidades e hospitalizações recorrentes. O plano de ação é baseado em fatores demográficos, sociais, relacionados à doença e à terapêutica, além de aspectos culturais e crenças equivocadas adquiridas.

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
SÍLVIA HELENA DOS SANTOS GOMES
ADESÃO DO IDOSO AO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL
SISTÊMICA
FLORIANÓPOLIS (SC)
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

SÍLVIA HELENA DOS SANTOS GOMES

ADESÃO DO IDOSO AO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL

SISTÊMICA

FLORIANÓPOLIS (SC)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

SÍLVIA HELENA DOS SANTOS GOMES

ADESÃO DO IDOSO AO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL

SISTÊMICA

FLORIANÓPOLIS (SC)

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem – Doenças Crônicas Não Transmissíveis do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista. Profa. Orientadora: Simone Mara de Araújo Ferreira

DEDICATÓRIA

Primeiramente a Deus, que me permitiu saúde e condições para o termino desse trabalho. Ao meu filho, Victor, que me dá impulso para novas conquistas e a minha família por existir e proporcionar amor incondicional.

AGRADECIMENTOS

Senhor, obrigada porque sei que sempre está presente em minha vida. Agradeço-te por ter me dado a vida e por guiar os meus passos, tanto nos momentos mais difíceis, como nas alegrias e conquistas.

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LISTA DE ABREVIATURAS

AVC – Acidente Vascular Cerebral BVS – Biblioteca Virtual em Saúde DAC – Doença Arterial Crônica DCNT – Doenças Crônicas Não Transmissíveis DCV – Doença Cerebrovascular DeCS - Descritores em Ciências da Saúde DM – Diabetes Mellitus ESF- Estratégia Saúde da Família HAS – Hipertensão Arterial Sistêmica HOSPEC - Hospital Municipal dos Pescadores IC – Insuficiência Cardíaca IRC – Insuficiência Renal Crônica MAPA - Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial MEV – Modificações do Estilo de Vida OMS – Organização Mundial de Saúde PA – Pressão Arterial RN – Rio Grande do Norte SBH – Sociedade Brasileira de Hipertensão

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RESUMO

A maioria dos pacientes idosos, portadores de hipertensão arterial sistêmica, apresentam complicações decorrentes do tratamento inadequado, tornando-se susceptíveis a outras comorbidades, com histórico de internação hospitalar recorrente para controle do quadro. Dessa forma, o objetivo geral do presente estudo é elaborar um plano de ação, por meio de palestras, a fim de sensibilizar os pacientes hipertensos idosos a aderirem ao tratamento proposto para a hipertensão arterial sistêmica. As palestras serão oferecidas aos pacientes idosos hipertensos que são assistidos no Hospital Municipal dos Pescadores na cidade de Natal/RN, no intuito de melhorar a adesão ao tratamento. Inicialmente foi realizado um levantamento bibliográfico sobre o tema. Após este processo realizou-se uma análise descritiva dos mesmos e as informações pertinentes subsidiaram a elaboração do plano de ação. Os temas que serão abordados nestas palestras serão os seguintes: Compreendendo a doença; Como controlar os fatores de risco para a HAS; Importância da adesão ao tratamento: necessidade de mudar hábitos de vida e de usar de maneira correto a medicação prescrita e Outras questões relacionadas à doença. Embora não se tenha a pretensão de propor soluções definitivas para o problema em questão, pode-se entender que a oferta de orientações por meio de palestras no ambiente hospitalar permite minimizar as consequências advindas da falta de adesão ao tratamento proposto.

Palavras Chave : Hipertensão; Idoso; Adesão à medicação; Atenção primária a saúde.

vasos sanguíneos, acarretando um aumento da pressão sistólica, o que leva ao tipo de hipertensão mais comum no idoso, a hipertensão sistólica isolada. Trata-se de uma doença que se manifesta de forma silenciosa e os portadores, na maioria das vezes, não apresentam nenhuma sintomatologia associada. Esta característica da doença dificulta, em parte, a procura por atendimento e, por conseguinte atrasa a instituição de tratamento adequado. Outro fato preocupante é que muitos indivíduos só descobrem que são portadores da doença em estágios mais avançados, quando já apresentam graves complicações (ARAÚJO; GUIMARÃES, 2006). Dessa forma, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado e contínuo são fundamentais para o controle da PA e a redução de complicações decorrentes da doença. A decisão terapêutica baseia-se nas informações sobre a classificação dos níveis de PA e na estratificação do risco individual, obtidos durante a avaliação clínica que engloba modificações no estilo de vida (MEV), recomendações dietéticas e o tratamento medicamentoso (ARAÚJO; GUIMARÃES, 2006). Além disso, é necessário identificar e delimitar os fatores de risco para HAS como: hereditariedade, idade, sedentarismo, obesidade, alcoolismo e tabagismo dentre outros, com a finalidade de garantir estratégias para uma adesão de qualidade ao tratamento (GUSMÃO et al, 2009). Entretanto, o início da terapia medicamentosa geralmente configura-se como uma fase conflituosa na qual o paciente se vê diante de inúmeras prescrições, com vários medicamentos e horários, o que pode acarretar no uso incorreto da medicação ou mesmo abandono da terapia. No Brasil existe um número razoável de hipertensos que abandonam o tratamento ou não fazem o controle adequado por falta de condições financeiras, desinformação e dificuldades assistenciais (LEITE; VASCONCELOS, 2003). Por outro lado, pela sua cronicidade, a HAS exige um acompanhamento e controle rigoroso ao longo da vida de seu portador e a falta de seguimento da doença pode acarretar graves consequências, inclusive a morte. A doença cerebrovascular (DCV), doença arterial coronariana (DAC), insuficiência cardíaca (IC), insuficiência renal crônica (IRC), retinopatia e insuficiência vascular periférica são algumas das principais complicações que pode acometer o indivíduo hipertenso (ABRIC, 1998; ARAÚJO; GUIMARÃES, 2006). A HAS é responsável por pelo menos 40% das mortes por acidente vascular cerebral (AVC), por 25% das mortes por DAC e, em

combinação com o diabetes, por 50% dos casos de insuficiência renal terminal em nosso país (BRASIL, 2002). Instituir e manter o tratamento constituem desafios árduos para os profissionais de saúde que assistem o paciente hipertenso de um modo geral. Certamente existe um grande número de hipertensos que apresentam outras comorbidades como diabetes, dislipidemias e obesidade, trazendo implicações importantes em termos de gerenciamento das ações terapêuticas necessárias para o controle das condições crônicas, cujo tratamento exige perseverança, motivação e educação continuada (MACHADO, 2008). Neste contexto, pacientes idosos portadores de HAS requerem maiores cuidados e vigilância em saúde. Ao considerar os pacientes idosos hipertensos que adentram o Hospital Municipal dos Pescadores (HOSPEC) na cidade de Natal/RN, percebemos que muitas vezes eles desconhecem e/ou subestimam a doença e seus efeitos. A grande maioria não segue o tratamento que foi indicado pelo médico por falta de conhecimento, orientações e ausência do cuidado/atenção familiar. Outros fatores também são evidenciados, tais como estilo de vida desregrado, uso abusivo do álcool e cigarro, hábitos alimentares não saudáveis, além das condições socioeconômicas precárias. Diante desse contexto, a maioria dos pacientes idosos apresentam complicações decorrentes do tratamento inadequado da HAS, tornando-se susceptíveis ao aparecimento de outras comorbidades, bem como necessitando de repetidas hospitalizações. Diante dessa realidade, o objetivo do presente estudo é elaborar um plano de ação, por meio de palestras, a fim de sensibilizar os pacientes hipertensos idosos a aderirem ao tratamento proposto para a HAS. Nosso objetivo vai além da adesão ao tratamento medicamentoso em si, envolvendo também as mudanças no estilo de vida, como diminuição do consumo do sal, do álcool e do cigarro e a adoção da prática do exercício físico supervisionado.

2.2 Hipertensão arterial sistêmica e idoso

Dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) revelam que a doença atinge 30% da população brasileira e ultrapassa o índice de 50% entre os idosos. No dia vinte de seis de abril de 2010, dia nacional de combate à hipertensão, o órgão alertou ainda que 5% das crianças e dos adolescentes no país são hipertensos. A doença é responsável por 40% dos infartos, 80% dos acidentes vasculares cerebrais e 25% dos casos de insuficiência renal terminal (VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO, 2010). Mas as consequências da hipertensão, de acordo com a SBH, podem ser evitadas se os pacientes reconhecerem sua condição e seguirem o tratamento, que envolve o uso permanente de remédios e mudanças de comportamento. Segundo a SBH, os cuidados contra a HAS incluem medir a PA pelo menos uma vez ao ano, praticar atividades físicas todos os dias, manter o peso ideal, adotar hábitos alimentares saudáveis, reduzir o consumo de álcool, abandonar o cigarro e evitar o estresse (VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO, 2010). Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que as DCNT, no caso a HAS, são responsáveis por 59% das mortes em todo o mundo, chegando a 75% dos óbitos no Continente Americano (VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO, 2010). Em seguimento a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão (2010):

1. Com relação ao tratamento anti-hipertensivo deve-se também considerar:

  • O esquema anti-hipertensivo deve manter a qualidade de vida do paciente, de modo a estimular a adesão às recomendações prescritas;
  • Existem evidências de que para hipertensos com a pressão arterial controlada a prescrição de ácido acetilsalicílico em baixas doses (75 mg) diminui a ocorrência de complicações cardiovasculares, desde que não haja contraindicação para o seu uso e que os benefícios superem os eventuais riscos da sua administração79,89;
  • Dada a necessidade de tratamento crônico da hipertensão arterial, o Sistema Único de Saúde deve garantir o fornecimento contínuo de, pelo menos, um representante de cada uma das cinco principais classes de anti-hipertensivos comumente usados.
  1. Principais determinantes da não adesão ao tratamento anti-hipertensivo:
  • Falta de conhecimento por parte do paciente sobre a doença ou de motivação para tratar uma doença assintomática e crônica;
  • Baixo nível socioeconômico, aspectos culturais e crenças erradas adquiridas em experiências com a doença no contexto familiar, e baixa autoestima;
  • Relacionamento inadequado com a equipe de saúde;
  • Tempo de atendimento prolongado, dificuldade na marcação de consultas, falta de contato com os faltosos e com aqueles que deixam o serviço;
  • Custo elevado dos medicamentos e ocorrência de efeitos indesejáveis;
  • Interferência na qualidade de vida após início do tratamento
  1. Principais sugestões para a melhor adesão ao tratamento anti-hipertensivo:
  • Educação em saúde com especial enfoque sobre conceitos de hipertensão e suas características; . • Orientações sobre os benefícios dos tratamentos, incluindo mudanças de estilo de vida;
  • Informações detalhadas e compreensíveis aos pacientes sobre os eventuais efeitos adversos dos medicamentos prescritos e necessidades de ajustes posológicos com o passar do tempo;
  • Cuidados e atenções particularizadas em conformidade com as necessidades;
  • Atendimento médico facilitado, sobretudo no que se refere ao agendamento de Consultas. A HAS relaciona-se de forma direta ou indireta com as doenças do aparelho circulatório. O seu controle depende de medidas dietéticas e de estilo de vida saudável e, quando necessário, do uso regular de medicamentos. No entanto, tal controle pode estar sendo negligenciado. A insuficiente adesão ao tratamento medicamentoso tem sido apontada como um dos importantes determinantes desse problema (STRELEC et al, 2003). Há vários fatores que interferem na adesão ao tratamento como o gênero, a idade avançada, o acolhimento na consulta, dentre outros, embora se deva destacar a importância do comportamento do paciente frente ao uso da medicação (MORISKY, 1986).

Sendo assim, os pacientes após episódios de cefaleia teriam um comportamento de precaução e cuidado tomando as medidas adequadas em relação à medicação, alimentação, ou prática de exercícios físicos, por acreditarem que desta forma controlariam a pressão (SANTOS et al, 2005).

3 MÉTODO

Trata-se da elaboração de um plano de ação junto aos pacientes idosos hipertensos que são assistidos no Hospital Municipal dos Pescadores (HOSPEC) na cidade de Natal/RN, no intuito de melhorar a adesão ao tratamento, ou seja, consiste numa Tecnologia de Cuidado. Optou-se por realizar uma revisão de literatura tipo narrativo descritivo a fim de encontrar referenciais teóricos específicos para subsidiar a elaboração do plano de ação. A pesquisa bibliográfica consiste em procurar nos livros e documentos as informações necessárias para dar seguimento à investigação de um tema de interesse do pesquisador (LIMA, 2004). Inicialmente foi realizado um levantamento bibliográfico sobre o tema junto às bases de dados informatizadas da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS): MEDLINE, SciELO e LILACS. Após uma consulta aos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), definiu-se o uso dos seguintes descritores: hipertensão, idoso, adesão à medicação e atenção primária a saúde. Para a seleção das publicações alguns critérios de inclusão foram adotados, tais como: o período de publicação de 1990 a 2010; idioma português e artigos disponíveis na íntegra. Após uma leitura dos resumos levantados nas bases de dados foram selecionadas as publicações que correspondiam ao tema em estudo, num total de 16 artigos. Os artigos selecionados foram lidos e fichados. Após este processo realizou-se uma análise descritiva dos mesmos e as informações pertinentes subsidiaram a elaboração do plano de ação a ser utilizado pelos profissionais de saúde, em especial a equipe de enfermagem, do HOSPEC. Optou-se pela realização de palestras educativas, que serão realizadas na sala de espera do HOSPEC. Os temas que serão abordados nestas palestras serão especificados nos resultados.

longo da vida. Um fato preocupante é que muitos indivíduos só descobrem que são portadores da doença quando apresentam complicações graves (ARAÚJO; GUIMARÃES, 2007). No Brasil, de acordo com Machado (2008), aproximadamente 65% dos idosos são portadores da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), sendo que, entre as mulheres com mais de 65 anos a prevalência pode chegar a 80%. Assim, a atuação dos profissionais da saúde, é de fundamental importância no tratamento da hipertensão arterial da pessoa idosa, a fim de orientar, assistir, diagnosticar e tratar assegurando-lhe controle adequado da PA. É, portanto um desafio para os profissionais da saúde cuidar destes acometidos, assegurando e proporcionando uma qualidade de vida adequada.

4.2 Tratamento anti-hipertensivo A HAS é uma doença de caráter crônico que necessita de tratamento por toda vida. O objetivo do tratamento da HAS é a redução da morbidade e da mortalidade cardiovascular do paciente hipertenso, provocadas em decorrência dos altos níveis tensionais e de outros fatores agravantes. São utilizadas tanto medidas não farmacológicas isoladas como associadas a fármacos anti-hipertensivos (ARAÚJO; GUIMARÃES, 2007). Existem duas abordagens terapêuticas para o tratamento da hipertensão arterial, o não farmacológico que consiste em modificações do estilo de vida (MEV) e o farmacológico no qual é feito o uso da terapia medicamentosa (SALES; TAMAKI, 2007). As MEV são de fundamental importância no processo terapêutico e na prevenção da hipertensão. Alimentação adequada, sobretudo quanto ao consumo de sal, controle do peso e prática de atividade física que compreendem atitudes relacionadas a hábitos de vida saudáveis. O tabagismo e o uso excessivo de álcool são fatores de risco que devem ser adequadamente abordados e controlados quando se objetiva alcançar os níveis recomendados de pressão arterial (SALES; TAMAKI, 2007). Machado, (2008), afirmam que as condutas higienodietéticas constituem um grande desafio tanto para a clientela, quanto para os profissionais de saúde. Essas condutas implicam mudanças de hábitos ou no estilo de vida, e isso pode significar perda de prazer em um contexto de vida, no qual as oportunidades de satisfação pessoal são mínimas. Quando se fala do tratamento farmacológico para o idoso os objetivos principais são melhorar a qualidade de vida, prevenir doenças e complicações agudas e reduzir a

morbimortalidade. Os medicamentos anti-hipertensivos a serem utilizados devem promover a redução não só dos níveis tensionais como também a redução de eventos cardiovasculares fatais e não fatais. Os mesmos exercem sua ação terapêutica através de distintos mecanismos que interferem na fisiopatologia da doença. São conhecidas as seguintes classes de anti-hipertensivos: os Diuréticos, Inibidores adrenérgicos, Vasodilatadores diretos, Antagonistas do sistema renina- angiotensina e os Bloqueadores dos canais de cálcio (SÁ, 1996). Arruda (2002), afirma que o tratamento medicamentoso deve ser associado à mudança de hábito de vida incluindo dieta balanceada, prática regular de atividades físicas, abolição do tabagismo e do álcool. De acordo com o Caderno de Atenção a Saúde do Adulto: Hipertensão e Diabetes, os princípios gerais do tratamento medicamentoso são: ser eficaz por via oral e ser bem tolerado; permitir a administração em menor número possível de tomadas diárias, com preferência para aqueles com posologia de dose única; iniciar-se com as menores doses efetivas, respeitar o período mínimo de quatro semanas para aumento da dose ou substituição da monoterapia, instruir para o tratamento ser continuado e considerar as condições socioeconômicas para aquisição da droga. Abric (1998), afirma que a adesão ao tratamento anti-hipertensivo tem como objetivo a redução na incidência de complicações e melhoria na qualidade de vida. O tratamento adequado com o controle dos níveis tensionais reduz tanto a mortalidade, quanto a morbidade associadas à doença. A descontinuidade do tratamento é um problema observado na maioria das doenças crônicas que requerem tratamento em longo prazo. Vários determinantes, isoladamente ou associados, atuam na problemática da adesão. Considerando as dificuldades relacionadas à adesão, destacamos a importância da equipe de saúde. Ela tem importância fundamental no controle da HAS na comunidade, uma vez que sensibiliza o paciente no diagnóstico clínico, na conduta terapêutica, informando e educando para que o mesmo possa seguir e aderir corretamente o tratamento (ABRIC, 1998).