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Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Sequência de fenómenos que ocorrem no coração no decorrer do batimento cardíaco. Os fenómenos incluem uma contracção (sístole) e uma dilatação (diástole) das paredes do coração, associadas à abertura e fecho das válvulas cardíacas. Quando as cavidades cardíacas estão relaxadas, a pressão baixa e os músculos recebem na aurícula esquerda o sangue da veia pulmonar e a aurícula direita recebe o sangue das veias cavas, ao mesmo tempo que os ventrículos recebem sangue das aurículas. As válvulas semilunares que se encontram à saída dos ventrículos fecham de modo a impedir que o sangue passe para as artérias, pelo que a pressão nos ventrículos aumenta em consequência do volume de sangue que é proveniente das aurículas e que penetra nos ventrículos. Nesta altura, as aurículas contraem-se, o que provoca a saída de mais sangue para os ventrículos. A distensão das suas paredes provoca o fecho das válvulas bicúspide e tricúspide, que ligam as aurículas aos ventrículos. O sangue sai para as artérias aorta e pulmonar, fechando-se o ciclo cardíaco. Com o coração em repouso o ciclo cardíaco dura aproximadamente 0,85 segundos. CICLO CARDÍACO RAFAEL MACHADO MANTOVANI
"A função fundamental do coração é bombear sangue de modo que este circule em seqüência e volume adequados através dos vasos pulmonares e sistêmicos." Seu sistema elétrico coordena um série de eventos – sístole e diástole – essenciais para o seu correto funcionamento. O ciclo cardíaco é compreendido, portanto, pelo intervalo entre uma contração cardíaca e o término da próxima. Um ciclo normal é formado por uma série de eventos, relacionados entre si. Os eventos elétricos originam os mecânicos e estes, os hemodinâmicos. Há uma divisão do ciclo cardíaco: períodos de sístole e diástole ventricular, subdivididos em fases. A sístole atrial é o início de tudo.
O nó sinoatrial é o local onde habitualmente se origina o estímulo elétrico que inicia o ciclo cardíaco. Tal estímulo, cuja condução provoca a contração das células do miocárdio, propaga-se em 3 principais direções: átrio direito, átrio esquerdo e nó atrioventricular. No eletrocardiograma, a ativação do átrio origina a onda P, uma pequena deflexão.
A sístole atrial, que ocorre no final da diástole ventricular, eleva a pressão dos átrios e também a pressão diastólica final dos ventrículos, contribuindo para o enchimento ventricular. No exame clínico, apenas a sístole atrial direita pode ser identificada por observação do pulso venoso jugular (veia jugular interna direita). Haveria, então uma elevação no contorno do pulso venoso jugular (onda A), pelo incremento de pressão no átrio direito, transmitido às veias do pescoço. Quando a contração de um dos átrios está aumentada, pode se perceber pelo exame do precórdio
A chegada da onda elétrica ao nó atrioventricular precede o término da ativação atrial. Após essa chegada, o estímulo é lentamente conduzido ao feixe de His, fato que propicia tempo suficiente para que a contração do átrio se complete antes da sístole ventricular. O nó atrioventricular oferece uma importante contribuição ao enchimento do ventrículo, principalmente nos cardiopatas. Daí, o estímulo é rapidamente conduzido pelo feixe de His, fibras de Purkinje e ramos. Dessa forma o miocárdio ventricular é ativado – sístole ventricular. O registro desse fenômeno é mostrado no eletrocardiograma como o complexo QRS.
A sístole é o período em que o ventrículo se encontra em estado de contração. É dividida em fases, analisadas a seguir.
Essa fase começa com o fechamento das valvas atrioventriculares e termina com o início da ejeção ventricular. Ocorre a contração dos ventrículos sem que esses se esvaziem. Há o fechamento das válvulas atrioventriculares, com o aumento da pressão ventricular; entretanto, as valvas semilunares, aórtica e pulmonar ainda não se abriram. Na clínica, tal fase pode ser reconhecida pela ausculta cardíaca e pelas modificações que imprime no contorno do pulso jugular.
O fechamento das valvas atrioventriculares determina o início da fase de contração isovolumétrica. Pode-se auscultar vibrações bem evidentes nesse momento, constituindo a primeira bulha cardíaca – B 1. É o marco do princípio da sístole ventricular.
É possível distinguir B 1 em dois componentes, pois a sístole dos ventrículos direito e esquerdo não acontecem exatamente no mesmo tempo. O desdobramento de B 1 revela o momento do fechamento da valva mitral, inicialmente, e, a seguir, da valva tricúspide.
O exame clínico não consegue definir com exatidão o término da fase de contração ventricular isovolumétrica.
As valvas semilunares da aorta e da artéria pulmonar são abertas quando as pressões no interior dos ventrículos ultrapassam as pressões existentes dentro dos seus respectivos vasos de saída. Há, portanto, um rápido esvaziamento ventricular (cerca de 60% do sangue contido), que termina quando as pressões nos ventrículos e nas artérias que deles se originam alcançam os níveis mais elevados. A ejeção do ventrículo esquerdo é precedida pela do direito, pois neste haverá uma pressão bem inferior que a do esquerdo a ser vencida.
Um retardo em relação à ausculta da primeira bulha e a onda de pulso arterial é o sinal clínico do início da fase de ejeção ventricular rápida. Entretanto, seu final não é evidenciado pelo exame clínico, visto que as valvas semilunares não provocam nenhum som ao se abrirem, exceto em situações patológicas, como em condições de estenose das valvas semilunares aórtica ou pulmonar.
Os limites dessa fase não se encontram bem estabelecidos. Tanto seu início quanto seu término são imprecisos. Com finalidades práticas, diz-se que a ejeção e a sístole ventricular terminam com o fechamento das valvas semilunares.
Portanto, a sístole ventricular se processa durante a fase de ejeção rápida, a fase de ejeção lenta e a fase de protodiástole. Essa última acontece quando o ventrículo ainda se encontra em estado de contração e, além disso, ainda existe a saída de sangue do ventrículo esquerdo para a aorta. Assim, a protodiástole é incluída no período correspondente à sístole e à ejeção ventricular.
Na fase inicial da sístole ventricular, a pressão da aorta eleva-se rapidamente até um ponto máximo e, a seguir, com o escoamento de sangue para as artérias periféricas, vai decrescendo. Apesar da pressão dentro do ventrículo permanecer alta somente até o início da metade final da sístole, é suficiente para manter um pequeno fluxo de sangue do ventrículo esquerdo para a aorta até o fim da sístole. Isso é devido ao impulso criado pela massa de sangue ao ser ejetada do ventrículo. Com o fim da sístole, a pressão ventricular cai rapidamente (e alcança níveis inferiores aos da aorta) e, portanto, ocorre o fechamento da valva aórtica, pois o fluxo de sangue é invertido. A aorta consegue manter sua pressão elevada, mesmo sem a ejeção de sangue, devido à retração elástica de suas paredes.
No ventrículo direito, as pressões geradas são bem mais inferiores que no esquerdo. Além disso a duração a duração da ejeção é mais prolongada que no esquerdo. Sendo assim, o fechamento da valva aórtica antecede o da pulmonar.
Na clínica, o fechamento das valvas semilunares determinam o fim da sístole ventricular, representado pelos sons que constituem a segunda bulha – B 2. Essa ainda tem dois componentes: aórtico (A 2 ) e pulmonar (P 2 ).
Assim como no átrio esquerdo, mudanças de pressão no átrio direito são expressadas clinicamente como alterações no contorno do pulso venoso jugular.
Essas alterações no contorno do pulso venoso jugular são explicadas pelos eventos citados a seguir: há uma depressão inicial (colapso X) logo após a sístole atrial, pela redução da pressão dessa câmara devido ao relaxamento do seu miocárdio; há interrupções do colapso X por elevações (ondas C) que coincidem com o período de ejeção ventricular – pulso carotídeo; após o ápice da onda C, há uma nova depressão do contorno do pulso jugular (colapso X’), pela descida do átrio em direção ao ápice do ventrículo, no momento em que este se contrai; ainda