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Transtornos Mentais, Relacionamento – quem tem transtorno de personalidade é, geralmente, incapaz de estabelecer relacionamentos íntimos e estáveis com outras pessoas. A pessoa pode ser insensível, se isolar ou não ter empatia e também pode ter medo de abandono e necessidade de atenção.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Aluno: Maxwell Rodrigues de Queiroz .’. TEMA: Resumo: PSICOPATOLOGIA E SEMIOLOGIA DOS TRANSTORNOS MENTAIS – Paulo Dalgalarrondo. Trabalho para a disciplina de Psicologia no Direito da FACITE, da turma de Direito, primeiro período, ministrado pela Professora Allana Mesquita. Resumo: PSICOPATOLOGIA E SEMIOLOGIA DOS TRANSTORNOS MENTAIS – Paulo Dalgalarrondo INTRODUÇÃO À SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA: Semiologia: ciência dos signos que estuda a linguagem, música, artes em geral e todos os campos de conhecimento e atividades humanas que incluem a interação e comunicação entre 2 interlocutores por meio de um sistema de signos. Semiologia Médica: estudo dos sintomas e sinais das doenças. Semiologia Psicopatológica: estudo dos sinais e sintomas dos transtornos mentais. Signos (tipo de sinal, provido de significação) da psicopatologia: sinais comportamentais, objetivos, verificáveis pela observação direta do paciente e sintomas. O sintoma psicopatológico pode ser objetivo (observado pelo observador) e subjetivo (descrito pelo paciente). A semiologia técnica e psicopatológica se divide em:
encontram na tradição médica e humanística que viu na alienação mental ou sofrimento uma via rica de reconhecimento das dimensões humanas. Aspectos básicos dos sintomas psicopatológicos:
Não existem funções psíquicas isoladas. É sempre a pessoa na sua totalidade que adoece. As funções psíquicas mais afetadas são: Nos transtornos psico-orgânicos: atenção, orientação, memória, inteligência, linguagem. / Nos transtornos afetivos, neuróticos de personalidade: afetividade, vontade, psicomotricidade, vontade. Nos transtornos psicóticos: sensopercepção, pensamento, juízo de realidade, vivência do eu. A CONSCIÊNCIA E SUAS ALTERAÇÕES: Definições: Neuropsicológica: estado vígil, vigilância. Grau de clareza do sensório. Psicológica: campo da consciência. Dimensão subjetiva da atividade psíquica do sujeito que se volta para a realidade. Ético-filosófica: capacidade de tomar ciência dos deveres éticos e assumir responsabilidades. Alterações normais da consciência:
Percepção: tomada de consciência pelo indivíduo, do estímulo sensorial.
Alucinação autoscópica: alucinação visual no qual o indivíduo enxerga a si mesmo, vê o seu corpo, como se estivesse fora dele contemplando-o. Alucinações hipnagógicas (alucinações auditivas visuais ou táteis, relacionadas a transição sono-vigília, quando a pessoa está adormecendo) e hipnopômpicas (ocorrem na fase que o indivíduo está despertando) – não são sempre fenômenos patológicos, podendo ser verificadas em pessoas sem transtornos mentais. Estranheza do mundo percebido: o mundo como um todo é percebido alterado, bizarro, difícil de definir. Alucinose: o paciente percebe tal alucinação como estranha à sua pessoa. Na alucinose, embora o doente veja a imagem ou ouça a voz ou ruído, falta a crença que o alucinado tem em sua alucinação. Ele permanece consciente de que aquilo é um fenômeno estranho, patológico, não tem nada a ver com sua pessoa, estabelecendo distanciamento entre si e o sintoma. É periférico ao eu, enquanto a alucinação é central ao eu. Pode ser: peduncular – devido a tumores do pendúlo cerebral. Auditiva – denominada alcoólica. A MEMÓRIA E SUAS ALTERAÇÕES A memória é a capacidade de registrar, manter e evocar as experiências e os fatos já ocorridos. Essa capacidade relaciona-se com o nível de consciência, atenção e interesse afetivo. Tipos: Memória cognitiva – permite o indivíduo registrar, conservar e evocar a qualquer momento os dados aprendidos da experiência. Memória genética - conteúdos biológicos adquiridos ao longo da história filogenética da espécie contidas no DNA. Memória imunológica – registradas e recuperáveis pelo sistema imunológico. Memória coletiva ou cultural – conhecimentos e práticas culturais produzidos, acumulados e mantidos por um grupo social minimamente estável. *A evocação é a capacidade de recuperar e atualizar os dados fixados. Esquecimento é a impossibilidade de evocar e recordar.
Falso reconhecimento ou síndrome de Frégoli: identificação falsa e delirante de uma pessoa estranha como se fosse alguém do círculo pessoal do paciente. Síndrome de Frégoli inversa: o próprio Eu físico do paciente é percebido como se transformado radicalmente; sua aparência não é mais a mesma, apenas sua identidade psicológica permanece igual. Síndrome de intermetamorfose: pessoa do círculo do paciente, tida como perseguidor, e um estranho também perseguidor são percebidos como tendo características físicas e psicológicas em comum.
Disforia: distimia acompanhada de uma tonalidade afetiva desagradável, mal- humorada. Quando se fala em depressão disfórica ou mania disfórica, está sendo designado um quadro de depressão ou mania acompanhado de forte componente de irritação, amargura, desgosto ou agressividade. Hipotimia: depressão. Hipertimia: exaltação. Euforia: humor morbidamente exagerado. Elação: expansão do Eu, sensação subjetiva de grandeza e poder. Puerilidade: alteração de humor que se caracteriza pelo aspecto infantil, simplório, regredido. Moria: forma de alegria pueril, ingênua, boba. Êxtase: experiência de beatitude, sensação de dissolução do Eu no Todo. Irritabilidade patológica: hiper irritabilidade desagradável, hostil e eventualmente agressiva. Alterações das emoções e sentimentos: Apatia: diminuição da excitabilidade emotiva e afetiva. Hipomodulação do afeto: incapacidade do paciente de modular a resposta afetiva de acordo com a situação existencial, indicando rigidez na sua relação com o mundo. Inadequação do afeto ou Paratimia: reação completamente incongruente a situações existenciais ou a determinados conteúdos ideativos, revelando a desarmonia profunda da vida psíquica (ataxia psíquica), contradição profunda entre a esfera ideativa e afetiva. Pobreza de sentimentos e distanciamento afetivos: perda progressiva e atológica das vivências afetivas. Embotamento afetivo e devastação afetiva: perda profunda de todo tipo de vivência afetiva. Sentimento de falta de sentimento: incapacidade de sentir emoções, vivida de forma muito penosa para o paciente. Anedonia: incapacidade total ou parcial de sentir prazer com determinadas atividades e experiências de vida. Indiferença afetiva: frieza afetiva incompreensível diante dos sintomas que o paciente apresenta. Labilidade afetiva e incontinência afetiva: estados que
Tipos de impulsos e compulsões patológicas: *automutilação (autolesão voluntária) *Fragofilia (impulso patológico de destruir objetos que circundam o indivíduo) * Piromania (impulso de atear fogo a objetos lugares, etc). *impulso e ato suicida. Relacionados à ingestão de substâncias e alimentos: Dipssomania: impulso ou compulsão periódica para ingestão de grandes quantidades de álcool. Anorexia. *Bulimia: impulso irresistível de ingerir grande quantidade de alimentos e após sentir-se culpado induzindo vômitos e/ou tomando laxantes. Potomania: compulsão de beber água ou outros líquidos sem que haja sede exagerada. Polidipsia: o indivíduo sente sede exagerada, geralmente por alterações no seu organismo. Relacionados ao desejo e comportamento sexual: fetichismo, exibicionismo, voyerismo, pedofilia, pederastia, gerontofilia, zoofilia, necrofilia, coprofilia, ninfomania (desejo sexual muito aumentado da mulher), satiríase (desejo sexual muito aumentado do homem), compulsão à masturbação, compulsão a utilizar roupas íntimas do sexo oposto, compulsão a usar distéres (enfiar objetos no ânus ou vagina). Outros impulsos e compulsões: Poriomania: viajar a esmo ‘desaparecer de casa’, ‘ganhar o mundo’. Cleptomania: ato impulsivo ou compulsivo de roubar. Jogo patológico: compulsões a jogos de azar. Compulsão por comprar por internet e jogos eletrônicos. * Negativismo: oposição do indivíduo às solicitações do meio ambiente. Mutismo: forma de negativismo verbal. Sitiofobia: recusa de alimentos. Obediência automática: quadro oposto ao negativismo. Fenômenos em eco: o indivíduo repete de forma automática palavras, sílabas, reações mímicas ou escrita. Automatismo. Alterações da psicomotricidade: *agitação psicomotora (aceleração/exaltação de toda atividade motora do indivíduo) * lentificação psicomotora (bradpsiquismo) * estupor: perda de toda atividade espontânea. *catalepsia: acentuado exagero do tônus postural. *flexibilidade cerácea: o indivíduo é colocado em determinada posição e assim permanece. * cataplexia – perda abrupta do tônus muscular * estereotipias motoras: repetições motoras automáticas. *maneirismo: esteriotipia caracterizada por movimentos bizarros
*Tiques: atos coordenados, repetitivos resultantes de contrações musculares súbitas, breves e intermitentes. *conversão: surgimento abrupto de sintomas físicos (paralisisas, anestesias, cegueiras). Outras alterações da psicomotricidade e apraxias: *hiperventilação psicogênica: aceleração da respiração * apragmatismo (ou hipopragmatismo): dificuldade ou incapacidade de realizar condutas motoras volitivas minimamente complexas (ex: cuidar da higiene pessoal, limpar o quarto etc) *Apaxia: impossibilidade ou dificuldade de realizar atos intencionais, gestos complexos voluntários conscientes, sem que haja paralisias, paresias ou alaxias. O PENSAMENTO E SUAS ALTERAÇÕES Elementos constitutivos do pensamento: conceito, juízo e raciocínio. Dimensões do processo de pensar: curso (modo como o pensamento flui, velocidade e seu ritmo), forma (estrutura básica preenchida pelos mais diversos conteúdos) e conteúdo (substância) do pensamento. Alterações dos elementos constitutivos do pensamento: Dos conceitos: desintegração dos conceitos e condensação dos conceitos.Dos juízos: juízo deficiente ou prejudicado e juízo de realidade ou delírio. *Do raciocínio e do estilo de pensar: o que caracteriza o pensamento normal é ser regido pela lógica formal e orientar-se segundo a realidade e os princípios de racionalidade da cultura no qual indivíduo se inscreve. Tipos alterados de pensamentos: *Pensamento mágico: é o tipo de pensamento que fere frontalmente os princípios da lógica formal, bem como os indicativos e imperativos da realidade. * Pensamento concreto ou concretismo: não ocorre a distinção entre dimensão abstrata e simbólica e dimensão concreta e imediata dos fatos. *Pensamento dereístico: o pensamento só obedece a lógica e a realidade naquilo que interessa ao desejo do indivíduo, distorcendo a realidade para que esta se adapte aos seus anseios. * Pensamento inibido: inibição do raciocínio, com diminuição da velocidade e do número de conceitos juízos e representações utilizados no processo de pensar, tornando o pensamento lento, rarefeito pouco produtivo. * Pensamento vago: relações conceituais formação dos juízos são caracterizados pela imprecisão. * Pensamento prolixo: o paciente não consegue chegar a qualquer conclusão sobre o tema de que está tratando senão após muito tempo de esforço. *
catatimia (influência dos afetos sobre as demais funções psíquicas) manifesta- se de modo evidente. Delírio: as idéias delirantes ou delírio são juízos patologicamente falsos. Dessa forma o delírio é um erro de ajuizar que tem origem na doença mental. Jaspers (1977) descreveu 3 indícios externos do delírio: convicção extraordinária (certeza subjetiva), ser impossível sua modificação pela experiência (irremovível) e ser seu conteúdo impossível, falso. * Ao delirar, o indivíduo se desgarra de sua trama social, do universo cultural no qual se formou e passa, mesmo contra esse grupo cultural, a produzir seus símbolos e suas crenças individuais. Dimensões do delírio: (que servem como indicativos da gravidade do delírio): grau de convicção, extensão, bizarrice ou implausibilidade, desorganização, pressão ou preocupação, resposta afetiva ou afeto negado, comportamento desviante. Delírio primário ou idéias delirantes verdadeiras: segundo Jaspers, o verdadeiro delírio é um fenômeno primário, psicologicamente incompreensível, algo inteiramente novo, que se insere em determinado instante, na curva vital do indivíduo. Delírio secundário ou idéias deliróides e os delírios compartilhados: é originado de alterações profundas e outras áreas da atividade mental (afetividade, consciência, etc) que indiretamente fazem com que se produzam juízos falsos. Os delírios podem ocorrer eventualmente em mais de uma pessoa (delírios compartilhados de loucura a dois), quando um sujeito doente passa a interagir com outra pessoa influenciável e acaba por gerar o delírio em tal pessoa. Estrutura dos delírios: *simples (monotemáticos): idéias que se desenvolvem e torno de 1 só conteúdo. *complexos (pluritemáticos): englobam vários temas ao mesmo temo. *Não-sistematizados: sem concatenação consistente. * Sistematizados: delírios bem-organizados, com histórias ricas, consistentes e bem concatenadas. Relação entre alteração do humor e temática delirante: os delírios podem ser classificados como congruentes ou incongruentes com o humor. Surgimento e evolução dos delírios (Estados pré-delirantes): os delírios surgem após período pré-delirante denominado humor delirante. Nesse período o paciente experimenta aflição e ansiedade intensas, sente como se algo terrível fosse acontecer mas não sabe exatamente o que. Esse estado pode durar horas ou dias. O humor delirante cessa quando o paciente configura o delírio e então se acalma como se estivesse encontrado explicação plausível para a perplexidade anteriormente inexplicável. Os momentos são: trema (humor delirante, segundo Jaspers), apofania (tensão acumulada durante o trema se desdobra e delírio), fase apocalíptica (desorganização do sujeito após a 1ª revelação do delírio inicial), consolidação (estabilização e cristalização do
delírio), fase do resíduo (fase final do processo psicótico delirante, há perda do impulso e da afetividade manifesta). *Os delírios podem ser: agudos (surgem de forma rápida e podem desaparecer me pouco tempo) e crônicos (persistentes, contínuos, de longa duração pouco modificáveis ao longo do tempo) Os mecanismos constitutivos do delírio: deve-se pensar o delírio como uma construção que está inserida em um processo de tentativa de reorganização do funcionamento mental. O esforço que o aparelho psíquico do paciente empreende no sentido de lidar com a desorganização que a doença de fundo produz. Mecanismos formadores de delírio: *interpretação: delírio interpretativo (ou interpretação delirante), imaginação: delírio imaginativo, afetividade: delírio catatímico, memória: delírio mnêmico (recordação delirante), alteração da consciência: delírio onírico, alteração da sensopercepção: delírio alucinatório.