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INTRODUÇÃO
A Ordem Diptera compreende grande variedade de insetos de tamanho pequeno ou grande com cabeça, tórax e abdome bem diferenciados, providos de aparelho bucal sugador e de um único par de asas.
As peças bucais podem ser de tipo sugador ou não. No primeiro caso, estão adaptados a perfurar a pele para sugar sangue: dípteros hematófagos ou o tegumento de outros insetos cuja hemolinfa chupam: dípteros predadores ou entamófagos.
Do tipo não- pungitivo, o aparelho bucal destina-se apenas a sugar, vivendo de insetos do néctar das flores, de líquidos vegetais extravasados de produtos de fermentação exsudatos e matéria orgânica em decomposição.
Nesta ordem, o mesotórax é o único segmento torácico bem desenvolvido, e aí tem sua implantação o par de asas
A maior importância médica deste grupo de artrópodes é maior que a de qualquer outro, pois ente os dípteros encontram-se os hospedeiros intermediários e transmissores de muitas doenças causadas por:
a) Vírus
b) Protozoários
c) Helmintos
CLASSIFICAÇÃO DOS DÍPTEROS
A ordem Diptera compreende quase cem famílias e cerca de 75.000 espécies descritas, podendo se dividir em três: A ordem DIPTERA é formada por 3 seções:
NEMATOCERA - Insetos que possuem antenas longas (15 ou 16 artículos), larvas com cabeça bem desenvolvida e pupa nua, que dá nascimento aos adultos através de fenda dorsal em forma de T.
Compreende as famílias:
- Psychodidae,
- Simuliidae,
- Ceratopogonidae
- Culicidae.
CYCLORRAPHA - Moscas que trazem na região frontal da cabeça uma sutura curva (sutura pitilineal) e uma cicatriz, a lúnula voltada para baixo e larvas acéfalas.
BRACHYCERA - Parecem moscas grandes, mas sem lúnula e com 3- segmentos antenas e larvas acéfalas.
MORFOLOGIA E SISTEMÁTICA DOS DÍPTEROS
INSETOS ADULTOS
Antenas : Nos mais primitivos (nematóceros) cada antena é formada por grande números de segmentos, de aspecto semelhante, com exceção do primeiro(escapo) e do segundo (pedicelo).O conjunto dos demais constitui o flagelo.Em grupos mais evoluídos (braquíteros e ciclorrafos), o número de segmentos diminui, ficando reduzido a três.
Peças Bucais : Quando estão em sua totalidade compreendem:
-um labro
-um par de mandíbulas
-um par de maxilas, com dois palpos maxilares
-a hipofaringe
-o lábio
Este último funciona como um estojo para alojar a demais peças, quando não estão em uso para alimentação do inseto.
Asas : São sempre membranosas e podem estar revestidas de pêlos, como nos flebotomíneos, ou de escamas, como nos mosquitos.Há espécies destituídas de asas.Estruturalmente são expansões dupla do tegumento tergal, sua forma e consistência são asseguradas pelas veias ou nervuras, por vezes as asas apresenta junto à sua base, na margem posterior um lobo acessório e dobrado sobre si mesmo- é a calíptera.
As fases Larvárias
Os dípteros são insetos de metamorfose completa (holometábolos) desenvolvendo-se através de ovos, larvas, pupas e adultos alados (ou imagos).Os ovos, postos isoladamente ou aglutinados, apresentam detalhes estruturais que permitem identificar certas espécies.
As larvas podem ser aquáticas ou terrestres. Nas espécies primitivas a cabeça da larva é grande (eucéfalas), e diferenciada com aparelho bucal de tipo mastigador,mas nas mais evoluídas é atrófica (acéfalas), os órgãos bucais estão reduzidos em geral a ganchos.
O inseto adulto nasce da pupa através de uma fenda dorsal em T. Essas características são encontradas nos dípteros ortorrafos.
FAMÍLIA PSYCHODIDAE: OS FLEBOTOMÍNEOS
Taxonomia e Identificação São dípteros ortorrafos da secção Nematocera, por suas antenas longas e
com muitos segmentos, pertencem á família Psychodidae. Os insetos transmissores
das leishmanioses pertencem à subfamília Phlebotominae.
A classificação dos Phlebotominae ainda é provisória, pois com a progressão
membranosas, com nervuras anteriores fortes. Os simulídeos ocorrem normalmente perto de rios com águas correntes e encachoeirados, pois é neste tipo de ambiente aquático que suas larvas se desenvolvem.
Na maioria das especies de simulídeos as fêmeas tem hábito hematófago,
necessitando se alimentar de sangue para a maturação dos ovos. Sugando o
sangue principalmente na região dos tornozelos nas pessoas, e durante a pastagem
sanguínea criam feridas relativamente grandes, tornando fácil a infecção da região.
No gênero Simulium estão os vetores das filárias: Onchocerca volvulus e Mansonella
ozzardi , agentes da oncocercose e da mansonelose.
Apesar da importância médica de algumas espécies, simulídeos são
também espécies chaves na ecologia de ambientes lóticos devido a sua habilidade
de filtrar matéria orgânica dissolvida e a tornar disponível na cadeia trófica.
Simulídeos são também importantes ferramentas para o biomonitoramento da
contaminação em ambientes de água doce, em virtude dos estágios imaturos (larva
e pupa) serem sensíveis a poluentes orgânicos e inorgânicos. A família Simuliidae
tem particular interesse evolutivo devido a sua morfologia conservativa com
extensiva especialização críptica e sua evolução rediculada.
FAMÍLIA CERATOPOGONIDAE: CULICÓIDES
Insetos muito pequenos, pois raramente medem mais de um a dois milímetros de comprimento, conhecidos vulgarmente pelos nomes de “maruim” e “mosquito pólvora”. Existem mais de 50 gêneros e, no gênero Culicóides, mais de 800 espécies. Algumas destas espécies podem causar sérios problemas ao homem e seus animais domésticos, devido à voracidade de suas picadas em busca de repasto sanguíneo, podendo causar grande irritação e problemas cutâneos, principalmente nos indivíduos mais sensíveis, além de serem também vetores potenciais de agentes infecciosos. O mosquito-pólvora é encontrado no interior, em matas úmidas e brejos. Possui este nome devido ao tamanho pequeno e cor que lembra um grão de pólvora. As espécies do litoral são conhecidas por maruim ou mosquitinhos do mangue.
Pode ser encontrado desde o sul dos Estados Unidos até a Argentina. No Brasil encontra-se comumente o Culicoides paraensis. Do mesmo gênero ocorrem também: C. imicola (África), C. fulvus e C. actoni (Austrália) e C. varripennis (América do Norte). Algumas espécies de Culicoides são vetores de protozoários e vermes filarídios, infectando aves, humanos e outros animais, mas é como vetores de viroses humanas e de animais que os Culicoides têm sua principal importância.
Somente as fêmeas dos Culicóides são hematófagas e podem transmitir filárias do gênero Mansonella, nas Américas, ou Dipetlonema, na África. Culicoides furens, transmissor de Mansonella ozzardi , na Amazônia e em São Vicente (Antilhas). Na África, C. austeni e C. grahami transmitem Dipetalonema perstans , enquanto C. grahami e C. inornatipennis são os hospedeiros intermédiários de Diptalonema streptocerea.
Morfologia e Biologia
Como os demais dípteros nematóceros, têm a cabeça provida de antenas longas, com 13 a 14 segmentos. Os machos distinguem-se das fêmeas por terem as antenas plumosas. Os palpos possuem cinco artículos, sendo o terceiro mais dilatado que os os outros. A prosbóscida é curta e as peças bucais de tipo picador- sugador.
O tórax apresenta dorsalmente desenhos característicos, mas não é revestido de pêlos ou escamas. As asas, também sem escamas, mas apresentam microtríquias e pêlos, ficam superpostas, quando em repouso. Elas têm as primeiras nervuras muito robustas, constratando com as demais, bastante delgadas ou indistintas. A nervura mediana é bifurcada. Manchas claras e escuras dão às asas um aspecto bastante característico.
Em geral, as fêmeas preferem alimentar-se sobre o gado e outros animais. Costumam picar em horas crepusculares, mas em lugares sombreados o fazem a qualquer hora do dia, constituindo pragas muito molestas para as pessoas que frequentam os bosques e os lugares pantanosos, pois a picada é dolorosa e prolongada. As lesões cutâneas resultantes podem ser de natureza urticariana, eczematosa ou tuberculóide.
CICLO DE VIDA
Os ovos são alongados e encurvados como bananas, são postos em grande número (centenas). O período de incubação ocorre entre dois ou sete dias dependendo das condições da temperatura ambiente. As larvas podem se desenvolverem em ambientes aquáticos ou semi-aquáticos sendo apnêusticas. As larvas aquática habitam ambientes lênticos, água doce ou salgada e as larvas semi aquáticas habitam dendritos vegetais bastante umedecidos, como buracos de caranguejos. As pupas lembram a dos mosquitos, sem ter o abdome encurvado sob o tórax, e mantêm-se em contato com a superfície para respirar através de um par de tubos com abertura dilatada.
O ciclo completo parece estender-se por duas semanas ou mais, em função da temperatura.
FAMILIA CULLICIDAE
Morfologia Externa
São dípteros pequenos que medem em geral 1cm de comprimento com corpo delgado e seis pernas longas e finas o que lhe rendeu o nome de “pernilongo”.Apresenta cabeça globosa, par de olhos compostos, duas antenas longas e formada por 15 segmentos.
O tórax , inserem as asas e as pernas é ligeiramente achatado no sentido lateral e mostra na face dorsal convexa duas placas quitinizadas a maior chamada de escudo e a menor de escuteio. As asas são longas e estreitas e transparentes.
O abdômen é aproximadamente cilíndrico, mostrando claramente oito segmentos com seus escleritos dorsais e ventrais unidos por uma porção membranosa. O 9º e 10º encontra-se modificados para formar as estruturas genitais dos machos. A terminália do macho é rica em detalhes estruturais que permitem a identificação das espécies.
APARELHO DIGESTIVO E NUTRIÇÃO
Somente as fêmeas são hematófagas, o aparelho dos machos é incompleto ou atrofiado. A esôfago possui vários divertículos fazendo com que a capacidade do estômago, permita ao inseto ingerir de 2 a 3 mm³ de sangue em cada refeição.A digestão varia entre dois ou três dias.
O meio circulante interno é a hemolinfa que irriga todos os órgãos e tecidos, sendo movimentada por um tubo cardíaco dorsal. A respiração é traqueal.
APARELHO GENITAL E REPRODUÇÃO
Nas fêmeas encontra-se um par de ovários situados dorsalmente ao estômago.A maturação dos folículos ovarianos depende da ingestão de sangue. A fêmea recém- nascida e fecundada só faz a primeira postura após uma refeição sanguínea e terá de alimentar-se outra vez para a segunda ovoposição.
Podemos distinguir as fêmeas em nulípar, paridas e multíparas
Nulíparas:Indica procriação intensa
Multíparas:Sugere que já não apareceram novas gerações de mosquitos e que a população tenderá a cair.
Larvas: As larvas dos anofelinos são apódas e vermiformes, com a cabeça globosa e o tórax volumoso.
Pupas: Fase evolutiva que resulta da quarta ecolise da larva.Forma geraldas pupas lembra um ponto de interrogação ou de uma vírgula.A pupa,apesar de muito móvel e muito ativa em seu meio, não se alimenta.
OS MOSQUITOS CULICÍNEOS
Constituem a maior sub-família de mosquitos com 27 gêneros. Estes mosquitos estão envolvidos na transmissão da filariose linfática( Culex quinquefasciatus ), da febre amarela urbana( Aedes aegypti) e silvestre( Haema goggus spegazzinii ).São conhecidos como muriçocas.
O Gênero Culex inclui cerca de 300 espécies, a maioria da quais habita as regiões tropicais e subtropicais do mundo.
Culex quinquefasciatus
É pequeno, cor de palha, com o tórax pardo- escuro e escamas amarelas, estreitas e curvas e com duas linhas escuras, longas, dispostas longitudinalmente na região mediana.Sua distribuição abrange as regiões tropicais e subtropicais, é uma espécie altamente doméstica e picam de preferência o homem. No Brasil são conhecidos como pernilongos
Tem uma grande capacidade de vôo podendo cobrir vários quilômetros de distância, e são muito ecléticos podendo desovar tanto na água da chuva acumulada, como em reservatórios e canais ou fossas e esgotos a céu aberto com muita matéria orgânica.
Os ovos são depositados sobre a água aglutinados lado a lado verticalmente ,formando minúsculas jangadas com 200 ovos ou mais.As larvas completam seu desenvolvimento em 4 ou 5 dias e as pupas em mais dois.O ciclo completo requer 10 ou 11 dias.
As fêmeas repousam durante horas do dia, e começam sua atividade ao crepúsculo, picando todas as horas da noite.Densidade de mosquitos nas casas, em regiões endêmicas chega a ser muito alta, podendo se encontrar de 300 a 500 exemplares de Culex por habitação.
A edes Aegypti
Aedes aegypti é um culicídeo de origem africano levado para as Américas depois do descobrimento. Aqui é um mosquito urbano e doméstico estreitamento associado ao habitat humano e acompanhando o homem em seus deslocamento. Por isso tem sido reintroduzido em área onde havia sido erradicado
Apresenta-se como um mosquito rajado, de colorido geral escuro, com manchas brancas pelo corpo.Sua identificação é facilitada pela presença no dorso (mesonoto) de um desenho em forma de lira que pode ser distinguindo mesmo a olho nu.
Dentro de três dias de nascido, os adultos copulam e as fêmeas buscam suas primeiras refeições sangüíneas para poder ovipôr alguns dias depois.Uma única fecundação assegura a fecundidade para toda a vida do inseto.
COORDENAÇÃO DE ENFERMAGEM
DISCIPLINA: PARASITOLOGIA
PROFESSOR:AUGUSTO CÉSAR
RESUMO
ORDEM:DIPTERA
SUBORDEM:NEMATOCERA
ANTÔNIA CÉLIA
CARLENE HOLANDA
CONCEIÇÃO NUNES
DANIELLE VIRGINIA
FRANCISCA VANDA
GEANNY ARAÚJO
SHEYSA ALMEIDA
VANESSA MELO
TERESINA-PI
NOVEMBRO/
