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Guias e Dicas
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Manejo de Pastagens e Suplementação em Bovinos: Maximizando a Produção, Trabalhos de Nutrição

Um guia prático sobre técnicas de semiconfinamento para bovinos, abordando desde a suplementação estratégica até o manejo eficiente de pastagens. descreve as diferentes fases da criação, os principais ingredientes dos suplementos, o cálculo do consumo diário e por ciclo, e o manejo adequado para garantir o bem-estar animal e a otimização da produção. são detalhados os aspectos nutricionais, os tipos de instalações e a importância do acompanhamento técnico para o sucesso do sistema de semiconfinamento.

Tipologia: Trabalhos

2023

À venda por 28/04/2025

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SEMI-CONFINAMENTO DE BOVINOS
DE CORTE
Elaboração
Felippe Augusto Reis
Giovanna Brandini Quessa
Helena Azevedo Perini
Marcela Altimari Filippin
Roberta Fornazari Marin
Orientação:
Prof. Carlos E. C. Belluzo
Araçatuba SP
2023
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SEMI-CONFINAMENTO DE BOVINOS

DE CORTE

Elaboração

Felippe Augusto Reis

Giovanna Brandini Quessa

Helena Azevedo Perini

Marcela Altimari Filippin

Roberta Fornazari Marin

Orientação:

Prof. Carlos E. C. Belluzo

Araçatuba – SP

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

Com o aumento da produção e intensificação da pecuária para atender as necessidades mundiais, os produtores necessitavam de novos meios de produção, com novas técnicas para intensificar a produção com técnicas rentáveis e acessíveis, portanto, as técnicas de suplementação foram introduzidas e associadas ao uso e intensificação das pastagens a fim de utilizar a principal vantagem fisiológica e anatômica, que os bovinos, por serem ruminantes detém. Portanto, o estudo sobre a implementação do semiconfinamento no cenário brasileiro é de suma importância, visando as necessidades e aproximando as condições em que as propriedades se encontram.

2. TIPO DE SUPLEMENTAÇÃO PARA OS BOVINOS EM

SEMICONFINAMENTO.

2.1 - Estratégia de suplementação O semiconfinamento ocorre no período da seca, em um período que abrange entre 75 e 90 dias, onde é fornecido suplemento de alto consumo para os animais. Além de suplementos, os animais ainda precisam de forragem, que é obtida através da alimentação a pasto. Ao analisar que 100 animais abatido com 24 meses recebendo uma alimentação proteica de 1% a 4% do peso vivo no primeiro período seco, percebe-se que os ganhos foram de 150 a 400 g/dia. Ao chegar no período das águas os ganhos foram de 500 g/dia e com isso a terminação ocorrerá no segundo período seco, em semiconfinamento com 1% do peso vivo de suplementação + pasto. Nesse método os animais entrarão no semiconfinamento com 400 kg e serão terminados com 500 kg, onde obtiveram um ganho médio de 1 kg ao dia. Bois em semiconfinamento – CRS/UFMG. 2.2 - Principais ingredientes dos suplementos.

  • Milho: alimento de alta concentração energética, que pode ser utilizado na forma de silagem de milho ou em forma de grãos (inteiro ou moído).
  • Soja: alimento de alta concentração proteica e energética, é utilizado na forma de farelo de soja, porém também pode ser fornecido em forma de silagem ou em grãos. •Sorgo: Semelhante ao milho, porém apresenta um pouco menos de energia e um pouco mais de proteína e deve ser fornecido triturado ou moído, devido a sua má digestibilidade.

Silagem de milho/ GestAgro. Farelo de milho/ MF Rural. Grão de sorgo/ BRSEEDS. 2.3 – Subprodutos para suplementação

  • Polpa Citríca: é segundo subproduto da indústria da laranja mais utilizado, é composta de cascas, sementes e bagaço. Apresenta alto teor de fibras, podendo atuar auxiliando na motilidade ruminal e estimulo a ruminação.
  • Casquinha de Soja : obtida após a extração do óleo da soja, sendo considerado um alimento intermediário entre volumoso e concentrado, permitindo a substituição do milho na dieta.
  • Caroço de Algodão : é um subproduto de industrias de tecido, sendo um alimento rico em fibras, energia e proteínas, podendo substituir alimentos volumosos.
  • Resíduo de Cervejaria : é um subproduto úmido ou seco, com alto teor de proteína bruta entre 25 a 28 % e pode substituir até 100% do milho sem causar prejuízo no ganho de peso dos animais.
  • Bagaço Hidrolisado de Cana-de-Açúcar: é um alimento de médio valor nutritivo que estimula a mastigação e o funcionamento ruminal embora apresente limitações na alimentação, onde foram desenvolvidos tratamentos que melhoram a qualidade e digestibilidade deste subproduto.

Cynodon/ Barenbrug 3.3 Cálculo de consumo diário e consumo por ciclo O consumo diário será calculado para 100 animais, com peso de entrada de 400 kg e de saída de 500 kg, bem como suplemento de alto consumo (1% do peso. Para isso precisamos entender o consumo do pasto: para um animal com cerca de 450 kg, o consumo é de, aproximadamente: CMS = Peso do animal x Porcentagem do peso vivo. Definir a área do pasto a ser diferida: considerando-se o semiconfinamento na época seca, o diferimento começa 90 dias antes do seu início. Nesse período, 1 ha de pasto produz cerca de 7.000 kg de massa de forragem, porém, tendo em vista uma perda de 50% devido à época da seca, a produção será de, aproximadamente, 3.500 kg de massa de forragem por hectare. Massa de forragem total = área de pastagem x massa de forragem por hectare. Entender também o consumo de suplemento: para saber quantas toneladas de suplemento serão necessárias para 100 animais, em período de terminação de 100 dias, faça o seguinte cálculo: TS = 100 animais x 100 dias x 5 kg de peso vivo – PV. Tabela 1 – Composição da dieta dos animais com forragem. SUPLEMENTAÇÃO CONSUMO FORRAGEM Nível ( % PV) Período seca Período das águas 0 1.7 4 2. 0.2 1.62 2.

4. ESTRUTURA DE COCHOS

Os cochos devem comportar, pelo menos, 40 cm de linha por animal, tendo acesso por todos os lados e 70 cm elevados do chão. 4.1 – Local dos cochos A localização deve ser primordial de fácil tanto para os responsáveis pelo manejo, quanto para os animais. Sendo o ideal na parte mais elevada do pasto, a fim de evitar lama, sendo indicado também um declive para o lado de fora do piquete de 0,3 a 3%, facilitando o escoamento de água vinda da chuva. Os comedouros devem sempre estar perto dos bebedouros e a parte de descanso, pois são locais de permanência e frequência dos animais. 4.2 – Tipos de cocho Podem ser feitos de madeira ou concentro, possuindo de 40 a 60 cm de diâmetro ou um tambor de 200 litros de plástico cortado da vertical. Não há necessidade que sejam cobertos, pois normalmente o semiconfinamento ocorre nas épocas de seca.

5.1 – Armazenamento dos suplementos O armazenamento correto dos suplementos é muito importante para garantir a qualidade e duração. Os ingredientes como o farelo de soja, milho e núcleo mineral devem ser armazenados no galpão da propriedade. O galpão deve ter a capacidade de armazenar todo o suplemento, caso isso não ocorra deve ser conversado com o fornecedor a possibilidade de dividir a entrega, evitando assim a perda desses suplementos. O preparo dos suplementos deve ser feito aos poucos, conforme a utilização (a cada 2 semanas ou 30 dias). Caso for fazer a cada 30 dias é necessário fazer na seguinte proporção: 9,8 t de milho moído, 420 kg de núcleo mineral e 5,04 t de farelo de soja, sempre seguindo a tabela 3. Para continuar o preparo, deve ser adicionado no misturador o farelo de soja, o milho moído, o núcleo mineral e a silagem do milho, sendo misturados por pelo menos 3 minutos e depois retirados e ensacados para o armazenamento. O armazenamento deve ser feito em sacos e mantidos em local fresco e ventilado, sem contato com a luz solar e colocados em cima de estrados longe da parede. Podem também ser armazenados próximos aos cochos, sobre os estrados e cobertos com lona para que os animais não tenham acesso, essa maneira é útil no dia – a - dia do semiconfinamento devido ao alto consumo.

6. MANEJAR OS ANIMAIS

O manejo no confinamento demanda uma abordagem tranquila e meticulosa, abrangendo atividades como vacinações, pesagens, embarque e desembarque, a fim de prevenir estresse e lesões nos animais, fatores que poderiam comprometer a qualidade da carne. 6.1 Recepção e destino dos animais Ao chegarem à propriedade, os animais são descarregados no curral de manejo e conduzidos ao curral de espera, onde geralmente pernoitam com acesso à água, visando um manejo eficiente no dia seguinte. 6.2 Identificação dos animais É crucial identificar os animais por meio de brincos ou marcação a ferro quente, atribuindo números correspondentes ao curral de destino.

Bovino identificado com botton/ DMS. 6.3 Pesagem dos animais Assim que chegam à propriedade, os animais devem ser pesados, e a distribuição em lotes ocorre com base no peso, segregando os mais leves dos mais pesados. É essencial realizar pesagens periódicas para avaliar o desempenho e ajustar o consumo de acordo com o peso corporal. 6.4 Vermifugação e vacinação Cada animal passa por vermifugação com antiparasitário interno e é vacinado contra três tipos de doenças, incluindo carbúnculo sintomático, gangrena gasosa, enterotoxemia, botulismo, diarreia viral bovina, rinotraqueíte infecciosa e parainfluenza bovina. Bovino sendo vacinado/ Canal Rural. 6.5 Fornecimento da suplementação A suplementação pode ser diária ou ocorrer de três a quatro vezes por semana, preferencialmente no meio do dia, considerando os picos de pastejo no início da manhã e no final da tarde. A quantidade necessária de suplemento é determinada pelo manejo da propriedade.

  • Para chegar a nota 3 deve-se alterar a dieta com um concentrado e volumoso
  • O consumo para 1 lote que contêm 100 animais será: quantidade fornecida = CMS por animal x o número de animais.

CONCLUSÃO

Por fim, com a implementação do semiconfinamento o produtor obtém maiores ganhos de produção com seu rebanho, associando as técnicas de manejo da pastagem associado com a suplementação estratégica. Vale ressaltar, que a implementação deste sistema inclui gastos com manejo de pastagens, suplementação e instalações, entretanto esse investimento quando bem feito e com acompanhamento técnico terá retorno.