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Seleção de Dentes Artificiais: Fatores Estéticos e Funcionais, Notas de estudo de Estética

Este documento discute os passos importantes na seleção de dentes artificiais para a confecção de próteses totais, enfatizando a importância da harmonia entre os dentes e a fisionomia do paciente. O texto aborda as exigências estéticas e funcionais, avaliações necessárias, tamanho, cor e forma dos dentes, e métodos de determinação da largura e altura. Além disso, são apresentados estudos relacionados à seleção de cor dos dentes.

O que você vai aprender

  • Como se determina a altura e largura dos dentes artificiais?
  • Qual é a importância da seleção de dentes artificiais na confecção de próteses totais?
  • Quais estudos relacionam-se à seleção de cor dos dentes artificiais?

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Neilson89
Neilson89 🇧🇷

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Seleção dos dentes artificiais
INTRODUÇÃO
A seleção dos dentes artificiais é considerada um dos passos mais importantes na
confecção de uma prótese total. Isto tem razão de ser, não só pela seleção dos dentes em
si, mas por ser elemento intimamente ligado ao fator psicológico do paciente.
Os dentes artificiais devem cumprir com os requisitos estéticos e funcionais
referentes a cada paciente e devem se aproximar o quanto mais possível dos dentes
naturais:
1 Cúspides: não devem ser muito altas para não prejudicarem a estabilidade do
aparelho, devido ao efeito dos componentes horizontais (planos inclinados).
2 Faces Oclusais: devem estar desenhadas de tal forma que permitam a trituração dos
alimentos.
3 Dentes Posteriores: devem permitir facilmente o balanceio, assim como orientar as
forças de mastigação que incidem sobre a área de suporte principal do rebordo alveolar.
4 - Estética
Uma prótese estética é aquela que não se destoa das características faciais do
paciente e que se harmoniza com os fatores estéticos da face.
Saizar: “Trabalho em prótese é aquele que não se reconhece”.
Young: “A dentadura deve expressar uma beleza dentofacial dinâmica,
permitindo a harmonia das funções, a aparência natural dos movimentos dos lábios e
dos músculos faciais, a correta coordenação dos movimentos mandibulares e a perfeita
articulação dos sons, sem ferir a estética ao rir e ao falar, ou na manifestação mímica
emocional”.
A seleção dos dentes não é um procedimento mecânico. Fórmulas, valores
percentuais e medidas servem como ponto de partida, mas não substituem um juízo
artístico adequado.
CONCEITO ATUAL PARA SELEÇÃO DOS DENTES ARTIFICIAIS:
Para que haja harmonia dos dentes com a fisionomia dos pacientes são
necessárias as avaliações do seu tamanho, da sua cor, da sua forma e da sua posição
com relação aos demais órgãos.
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Seleção dos dentes artificiais

INTRODUÇÃO

A seleção dos dentes artificiais é considerada um dos passos mais importantes na confecção de uma prótese total. Isto tem razão de ser, não só pela seleção dos dentes em si, mas por ser elemento intimamente ligado ao fator psicológico do paciente. Os dentes artificiais devem cumprir com os requisitos estéticos e funcionais referentes a cada paciente e devem se aproximar o quanto mais possível dos dentes naturais: 1 – Cúspides: não devem ser muito altas para não prejudicarem a estabilidade do aparelho, devido ao efeito dos componentes horizontais (planos inclinados). 2 – Faces Oclusais: devem estar desenhadas de tal forma que permitam a trituração dos alimentos. 3 – Dentes Posteriores: devem permitir facilmente o balanceio, assim como orientar as forças de mastigação que incidem sobre a área de suporte principal do rebordo alveolar. 4 - Estética Uma prótese estética é aquela que não se destoa das características faciais do paciente e que se harmoniza com os fatores estéticos da face. Saizar: “Trabalho em prótese é aquele que não se reconhece”. Young: “A dentadura deve expressar uma beleza dentofacial dinâmica, permitindo a harmonia das funções, a aparência natural dos movimentos dos lábios e dos músculos faciais, a correta coordenação dos movimentos mandibulares e a perfeita articulação dos sons, sem ferir a estética ao rir e ao falar, ou na manifestação mímica emocional”. A seleção dos dentes não é um procedimento mecânico. Fórmulas, valores percentuais e medidas servem como ponto de partida, mas não substituem um juízo artístico adequado.

CONCEITO ATUAL PARA SELEÇÃO DOS DENTES ARTIFICIAIS: Para que haja harmonia dos dentes com a fisionomia dos pacientes são necessárias as avaliações do seu tamanho, da sua cor, da sua forma e da sua posição com relação aos demais órgãos.

Cada um destes 5 pontos pode variar independentemente do outro. A forma, o tamanho e a cor devem ser estabelecidos a priori. Deve-se procurar selecionar os dentes artificiais de tal modo que quando colocados na boca, não chamem a atenção (nem grandes, nem pequenos, nem claros ou escuros). Qualquer eleição deve ser considerada como seleção preliminar até que os dentes estejam dispostos sobre as bases de prova e possam ser avaliados criticamente na boca do paciente. Aí, então, é que se pode chegar à seleção definitiva.

SELEÇÃO DOS DENTES ANTERIORES

FORMA

Para a seleção da forma dos dentes, consideramos, atualmente, a forma do rosto do paciente (Lei da Harmonia de Williams): “Num indivíduo deve existir a concordância entre a forma do rosto e do dente para se completarem os traços fisionômicos harmônicos”. As formas dos incisivos centrais podem ser agrupadas em 3 formas principais: triangular, quadrada e ovóide, assim como a do rosto. William notou que havia correlação entre um e outro e quando isto acontecia, a correlação completava a harmonia dos traços fisionômicos do indivíduo.

Os pacientes com face quadrada, têm seus lados (do arco zigomático ao ângulo da mandíbula) mais ou menos paralelos, ângulos maxilares marcados, mento proeminente. Os de forma triangular são de faces laterais convergentes. As linhas e planos das bochechas e da borda do maxilar são retas e côncavos.

Triangular Quadrado Ovóide

Fazemos a seleção, levando em consideração a altura e largura dos 6 dentes anteriores superiores.

ALTURA: O melhor elemento para se estabelecer uma medida inicial da altura dos incisivos superiores é a posição e mobilidade do lábio superior. Devemos determinar a altura dos dentes pela posição do lábio superior com sorriso forçado. No plano de cera ou de orientação, marcamos com um traço horizontal a altura do tubérculo do lábio no ato do sorriso. Essa linha recebe o nome de Linha Alta ou Linha do Sorriso Forçado. Assim, obtemos a altura do incisivo central superior pela distância da linha alta ao plano oclusal do rodete de cera e a largura dos 6 dentes anteriores e superiores, pelas linhas dos caninos.

LARGURA: É importante estabelecer uma distinção entre a largura dos dentes e a largura do arco dentário. Quando se produzem anomalias por apinhamentos dos dentes, as quais se devem à falta de tamanho dos maxilares, os dentes aparecem proporcionalmente mais largos que o arco. E, pelo contrário, quando existem diastemas ou em certos alinhamentos em que pré-molares e molares se abrem muito para vestibular, os dentes parecem proporcionalmente pequenos. Sempre existirá um efeito desagradável dos dentes pequenos em uma boca grande, seja qual for o tamanho da face. Não devemos selecionar o tamanho dos dentes anteriores pelo tamanho dos modelos. Os dentes selecionados de acordo com este procedimento serão demasiadamente pequenos devido à reabsorção dos rebordos residuais. As marcações devem ser feitas no rodete. Técnica: Preparados convenientemente os planos de orientação superior e inferior e obtida a dimensão vertical de oclusão, colocamos os planos de orientação na boca do paciente. Levantamos o lábio superior do paciente, com um Le Cron, demarcamos a linha mediana no plano de cera superior até atingir também a inferior. Essa linha geralmente se localiza na direção do freio do lábio e acompanha a linha mediana do rosto do paciente. A linha do canino é demarcada traçando uma linha vertical na comissura dos lábios atingindo os dois planos. Essa demarcação geralmente corresponde à face distal

dos caninos e divide ao meio o ângulo que formam os sulcos naso-labial e o lábio- geniano. A distância entre as linhas dos caninos é a que nos indica a largura dos 6 dentes anteriores. Outros procedimentos para a determinação da largura dos dentes:

  1. Obtenção da posição dos caninos pela bissetriz do ângulo nasogeniano (ângulo formado pelo sulco geniano e a asa do nariz).
  2. Cálculo da posição do ápice do canino natural superior estendendo-se linhas paralelas desde as superfícies laterais da asa do nariz até a face vestibular do rodete de cera superior: tamanho dos 6 dentes anteriores superiores.
  3. Medições antropométricas: a largura bizigomática maior dividida por 16 dá uma aproximação da largura do incisivo central superior. E esta dividida por 3,3 dá uma aproximação da largura total dos 6 dentes anteriores superiores.

COR Devemos levar em consideração basicamente a idade, a cor e o fator sexo do paciente. Quanto mais velho o paciente, mais escuro. Quanto mais escura a pele, mais escuro deve ser o dente. Para o homem, devemos selecionar tons mais escuros. Esta escolha é feita através de uma escala de cor própria de cada fabricante. Cuidados que o profissional deve ter no ato da seleção da cor:

  1. Sempre que possível, ver a escala com a luz natural indireta;
  2. Evitar a interferência da luz direta ou refletida;
  3. Desviar-se da possível interferência da cor dos objetos que estiverem próximos no momento. É preferível uma sala pintada com cores mais suaves.
  4. Colocar 2 ou 3 cores sobre a pele do paciente e observá-los a uma distância de 50cm. A cor que primeiro desaparecer na visão é geralmente a apropriada para esse paciente.
  5. Quando não for possível fazer a seleção à luz diurna, há de se buscar a luz artificial que mais se aproxime desta.
  6. Umedecer os dentes da escala no ato da comparação;
  7. Não ficar olhando muito tempo sobre a cor. Não fitar por mais de 5 a 10 segundos e deixar descansar a vista. Com a escala de cor de dentes em mãos, colocamos a mesma perto da face do paciente e confrontamos a cor da pele com os dentes.

SELEÇÃO DOS DENTES POSTERIORES

Com o modelo dos dentes anteriores selecionados, a tabela do fabricante nos fornece os correspondentes posteriores. Mesmo assim, é importante saber que eles são eleitos de acordo com:

  1. Cor;
  2. Largura vestíbulo-lingual;
  3. Comprimento mésio-distal total;
  4. Altura;
  5. Inclinação Cuspídea;
  6. Material.

Além disso, devem estar em harmonia com o tamanho e forma do rebordo residual. Não é somente a eficiência mastigatória o fator que deve ser levado em consideração na seleção dos dentes posteriores artificiais. A comodidade, a estética e a preservação do osso subjacente e dos tecidos moles são fatores também muito importantes a serem considerados.

  1. Cor Segue aquela selecionada para os dentes anteriores.

  2. Largura Vestíbulo-Lingual: É fornecida, por correspondência aos anteriores, pela tabela do fabricante. É importante frisar que é necessário reduzir consideravelmente a largura vestíbulo lingual dos dentes artificiais em relação aos dentes naturais que são substituídos. A forma oclusal permite que as forças da língua e das bochechas ajudem a manter a estabilidade das dentaduras sobre seus rebordos residuais. Por outro lado, os dentes posteriores devem ter uma largura suficiente para atuar como suporte sobre o qual se mantenha o alimento durante a mastigação.

  3. Comprimento Mésio-Distal Total Também fornecido pela tabela do fabricante. Geralmente é aproveitável, para os dentes artificiais posteriores, o espaço compreendido entre a superfície distal do canino inferior até o começo da papila piriforme (triângulo retromolar).

Com uma régua medimos a distância da superfície distal do canino inferior até o ponto que foi marcado em relação ao fim do espaço disponível. Os dentes não devem ser colocados sobre a papila retromolar. Devido à sua natureza histológica, ela é muito mole e causaria a movimentação da prótese durante a mastigação. Podemos medir também a distância da ponta do canino superior até 1cm adiante do sulco hamular.

  1. Altura das Superfícies Vestibulares dos Dentes Posteriores O melhor é eleger dentes posteriores que correspondam ao espaço intermaxilar e à altura dos dentes anteriores. A altura dos primeiros molares deve ser igual a dos caninos superiores com a finalidade de obter o efeito estético desejado. A forma do arco dentário deve copiar tão exatamente quanto possível a forma dos dentes naturais que são substituídos. O comprimento mésio-distal dos 4 dentes posteriores, vem marcado na cartela do jogo de dentes, por exemplo, modelo 32L da Dentron significa que os 4 dentes posteriores têm um comprimento mésio-distal total de 32mm e são Longos ocluso cervicalmente.

  2. Inclinação Cuspídea A inclinação cuspídea se mede segundo o ângulo formado pela vertente da cúspide mésio-vestibular o primeiro molar inferior com o plano horizontal. Os dentes artificiais posteriores são fabricados com vertentes cuspídeas que variam desde planos relativamente inclinados até quase planos. Dependendo da inclinação cuspídea, são classificados em Anatômicos (33° de inclinação cuspídea), Semi-Anatômicos (20° de inclinação cuspídea) ou Não Anatômicos (0° de inclinação cuspídea). Dentes de 33°: Apresentam o desenho da face oclusal semelhante ao do dente natural. Estética favorável. São os mais favoráveis para a articulação completamente balanceada. Eficiência mastigatória. Necessidade de técnica precisa durante os registros maxilomandibulares. Os dentes anatômicos são indicados, principalmente, para pacientes com relacionamento de rebordos ortognático (classe I), rebordo residual bem formado, quantidade de espaço inter-rebordos moderada e para os pacientes onde a estética é fundamental.

relacionamento Classe II que movem a mandíbula muito à frente no relacionamento funcional. Bruxismo: os dentes estão contatando em movimentos mandibulares não mastigatórios. As superfícies planas oferecem menor resistência. Menor tempo laboratorial, Menor custo. Permitem construção de próteses totais com técnicas e articuladores simples. Estética inferior. Alguns pacientes reclamam da eficiência mastigatória

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