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Uma análise detalhada do plano de organização contabilística, incluindo suas divisões, funções, objetivos e finalidade. O texto também discute a importância da contabilidade na vida das pessoas e empresas, os usuários finais da informação contabilística e a necessidade de uma regulamentação geral da organização contabilística da empresa.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
Contabilidade, natureza, objectivo e finalidade
Natureza
A génese da contabilidade é explicada, segundo a maioria dos autores, pela necessidade sentida pela pessoa de preencher as deficiências da memória, mediante um processo de classificação e registo que lhe permite recordar facilmente as variações sucessivas de determinadas grandezas, para que, em qualquer momento, possa saber da sua extensão.
humana. Alem disso, desempenhava um papel importante; o de constituir um meio de prova entre partes discordantes ou em litígio. O grande desenvolvimento dos princípios contabilísticos, tal como hoje a conhecemos, deveu- se fundamentalmente ao movimento económico – politico que foi a revolução industrial, aliás, é o próprio desenvolvimento das unidades de produção capitalistas que vai determinar o
gestão foi-se operando uma mudança no conceito tradicional da contabilidade para técnica eficiente de gestão. Porém a gestão moderna não se limita a recordar o passado e a conhecer
diversas alternativas possíveis. O estabelecimento destas opções exige elementos que as fundamentem e os dados da contabilidade constituem um importante auxiliar no fornecimento desses elementos. Além disso, após seleccionados os objectivos, há necessidade de
contabilidade surge como precioso auxiliar, fornecendo os elementos indispensáveis e procedendo o próprio controlo. Contabilidade é uma ciência de natureza económica, cujo objecto é a realidade económica de qualquer entidade pública ou privada, analisada em termos quantitativos e por método específico com o fim de obter as informações indispensáveis à gestão dessa entidade, nomeadamente ao conhecimento da sua situação patrimonial e dos resultados obtidos e ao planeamento e controlo das suas actividades. (Pereira, J. 1991:27). A contabilidade aparece pela necessidade sentida pela pessoa de preencher as deficiências da memória, mediante um processo de classificação e registo que lhe permitisse recordar facilmente as variações sucessivas de determinadas grandezas, para que, em qualquer momento, possa saber da sua extensão.
Objecto da contabilidade A contabilidade tem como objecto de estudos o Património das Entidades, sejam elas entidades de fins lucrativos ou não. Tem como Função Administrativa controlar o património visando demonstrar a sua situação em um determinado momento e como Função Económica visa apurar resultados a fim de demonstra-los periodicamente independente se positivos ou negativos.
Objectivo e Finalidade da contabilidade
De seguida vamos analisar os objectivos e a finalidade da contabilidade geral na vida das pessoas e empresas.
A Contabilidade tem por objectivo:
verificação da qualidade dos serviços executados pelos empregados;
acção. Depois de conhecermos os objectivos da contabilidade vale a pena sabermos qual é a
A contabilidade tem em vista dar a conhecer:
Divisões da Contabilidade.
A contabilidade na perspectiva empresarial, normalmente é dividida em duas grandes divisões: Contabilidade geral, Financeira ou Externa – regista as operações externas da empresa e serve como base para a preparação das demonstrações financeiras (apura o desempenho ou resultados de exploração da empresa e indica a sua posição financeira ou patrimonial). Dá informações necessárias para fazer analises económicas e
financeiras, (rentabilidade, liquidez, capacidade de endividamento, períodos médios de cobrança, rotação de inventários, entre outros)
Contabilidade de Analítica, Interna ou de Custos – regista operações internas da empresa, apurando resultados por produto, por divisão, departamento, etc., permite um controlo mais pormenorizado da rentabilidade da empresa e, por isso, torna-se, num bom auxiliar da gestão na tomada de decisões
Funções da Contabilidade Para iniciarmos o estudo da contabilidade é necessário interiorizar uma serie de conceitos imprescindíveis a esse mesmo estudo.
Função de registo - Contabilidade deve registar todos os factos que provocam alterações no seu património através Documentos obrigatórios ou facultativos: Diário, Razão, Livro de Inventário e Balanços para emitir Informações claras, precisas e concisas Função de controlo - Apreciar se a situação económica e financeira da empresa é boa ou má Fazer a análise sobre o modo como os resultados foram obtidos Comparar os valores obtidos pela empresa com os das empresas similares Fazer comparações entre as previsões e a realidade Função de avaliação - Conhecer os custos da produção Determinar, com base nos preços de custo, os preços de venda Determinar a quantidade, qualidade e valor das matérias- primas e das matérias - subsidiárias, e Analisar a produtividade dos trabalhadores da empresa com a de outras empresas similares. Função de previsão - A previsão é efectuada com base em orçamentos Gerais (todos os sectores) Parciais (determinados sectores) Orçamento de vendas Orçamento de compras, etc.
Interessados pela informação contabilística
Como toda ciência, a contabilidade desenvolveu-se não apenas para os fazedores mas sim para um todo quando possível e estejam directa ou indirectamente interessados a informação produzida dentro desse sistema.
Assim, é a forma básica de organização, direcção e gestão, considerando que os utentes da informação contabilística são:
A Auditoria é um procedimento pelo qual os técnicos, examinam os registos financeiros e relatórios para salvaguardar-se de fraude e de erros e para assegurar que esses registos e relatórios foram preparados de acordo com os princípios contabilísticos. A auditoria pode ser:
A) Auditoria interna contínua
Os grandes negócios em geral têm sob seu emprego uma assessoria de auditores, cuja obrigação é fazer verificações contínuas do trabalho realizado pelo departamento de contabilidade.
B) Auditoria externa periódica É realizada por auditores que não tem vinculação empregatícia com a empresa e feita periodicamente.
Interessados pela informação contabilística
Como toda ciência, a contabilidade desenvolveu-se não apenas para os fazedores mas sim para um todo quando possível e estejam directa ou indirectamente interessados a informação produzida dentro desse sistema.
Assim, é a forma básica de organização, direcção e gestão, considerando que os utentes da informação contabilística são:
Gestores - Tomam decisões sobre a gestão de recursos da empresa; Proprietários - Tomam decisões sobre investimentos e controlam o seu património; Trabalhadores - Informarem-se sobre os êxitos e fracassos da empresa, para melhor conhecimento da estabilidade da empresa; Fornecedores/Credores - Conhecerem o grau de solvabilidade ou liquidez da empresa para poder fazer empréstimos; Clientes - Para controlarem o grau de confiança que podem depositar nos Fornecedores; Concorrentes - Para melhorarem as suas estratégias de negócios; Estado - Para planificar a economia nacional, adoptar políticas de impostos e fiscais etc., mais adequadas com a economia do país; Público em Geral - Para se informar sobre as actividades das empresas e dos benefícios sociais que essas empresas podem dar;
Necessidade da informação contabilística
A informação contabilística para que tenha validade no processo de gestão administrativa, precisa ser necessária aos usuários finais, por tanto deve ser elaborada para atender às necessidades desses usuários.
A informação representa a consolidação de poder na empresa, pois é o produto da análise dos dados, devidamente registados, classificados, organizados, relacionados e interpretados dentro de um contexto para transmitir conhecimento e permitir a tomada de decisão de forma optimizada.
Portanto para satisfazer às necessidades de informação dos usuários, também é importante verificar a qualidade da informação e considerar algumas características que a qualificam, conforme se segue.
Qualidade da informação contabilística
O objectivo das demonstrações financeiras é proporcional informação financeira credível sobre a posição financeira, alterações desta e os resultados das operações de uma empresa, que seja útil a investidores, credores, Estado e outros utentes, para que os investimentos, a concessão de crédito e a tomada de decisões possam ser efectuados de forma racional.
A responsabilidade pela preparação e apresentação da informação financeira cabe ao órgão de gestão da empresa, o qual deve implantar procedimentos administrativos e de controlo interno de forma a garantir que a informação fornecida seja credível.
Para que a informação divulgada seja útil é necessário que seja entendida pelos utentes, o que só acontecerá se reunir as seguintes características:
Compreensibilidade – A informação proporcionada pelas DF’s deve ser facilmente compreendidas pelos utentes. Para esse fim, presume-se que os utentes tenham um razoável conhecimento das actividade empresariais e económicas e da contabilidade e vontade de obter informação com razoável diligência. Porem, a informação acerca de matérias complexas, que devem ser incluídas nas DF’s dada a sua relevância para as necessidades de tomada de decisões pelos utentes não deve ser excluída meramente com o fundamento de que ela possa ser demasiado difícil para a compreensão de certos utentes.
Relevância – A informação deve ser relevante às necessidades dos utentes na tomada de decisões. A informação é relevante quando influencia as decisões económicas dos utentes,
Existem vários PCGA, que entre eles podemos destacar:
Da continuidade – A empresa é uma entidade que opera num âmbito temporal indefinido, entendendo-se, por consequência, que não tenciona nem necessita de entrar em liquidação ou de reduzir significativamente o volume das suas operações. Da consistência – A empresa mantém as suas politicas contabilísticas durante vários exercícios, devendo indicar no anexo as alterações consistentes materialmente relevantes. Da prudência – A empresa deve acautelar nas suas contas a necessidade precaução para fazer face às estimativas decorrentes da sua actividade, sem que dai resulte a constituição de reservas ocultas ou provisões excessivas que afectem a quantificação de activo e proveitos por defeito ou passivos e custos por excesso. Da especialização dos exercícios – A empresa deve reconhecer os proveitos e os custos à medida que eles ocorrem, tenham ou não sido recebidos ou pagos, devendo incluí-los nas demonstrações dos exercícios a que respeitam. Do custo histórico – A empresa deve efectuar os registos contabilísticos com base nos custos de aquisição ou de produção. Da substância sobre a forma – A empresa deve contabilizar as operações com base na sua substância e realidade financeira, e não atender apenas à sua forma legal. Da materialidade – As DF’s devem evidenciar todos os elementos relevantes conducentes à sua correcta apreciação pelos utentes. De não compensação de saldos – As operações de compra e venda realizadas com a mesma entidade devem ser registadas em contas separadas de fornecedores e clientes respectivamente.
A Normalização Contabilística Não basta ter conhecimento do que é, e para que ser a contabilidade. É necessário criar um conjunto de regras, conceitos, procedimentos, numa palavra, uma linguagem única, que permita a comparabilidade e universalidade dos dados e uniformização ao nível de critérios.
Mas, nem sempre isso aconteceu.
Inicialmente, era estabelecido para cada empresa um plano que melhor se ajustava à dimensão e aos recursos da mesma.
Fundamentalmente após a 2ª Guerra Mundial sentiu-se a necessidade de uma regulamentação geral da organização contabilística da empresa, de modo a harmonizar as diversas contabilidades empresariais.
Assim surge a Normalização Contabilística, com a finalidade de registo de determinadas operações, com vista a respeitar imposições legais, de forma a garantir a autenticidade da escrituração e a servir de prova perante terceiros. Para além disso a normalização Contabilística é um processo que leva a que as várias empresas utilizem as mesmas contas, os mesmos critérios de avaliação e os mesmos procedimentos de cálculo dos custos, entre outros.
Os principais objectivos da normalização contabilística podem ser sintetizados da seguinte forma:
Definição de um quadro de contas; Definição do âmbito ou contexto, regras de movimentação e inter-relações entre as diversas contas; Concepção dos diversos mapas para as demonstrações financeiras; Definição de regras uniformes sobre a forma de avaliar os elementos patrimoniais e determinação dos resultados; Comparabilidade no tempo, traduzida pela utilização dos mesmos procedimentos ao longo dos vários exercícios.
A contabilidade como processo de recolha, análise, registo e interpretação de tudo o que afecta a riqueza das unidades económicas é sem dúvida um dos mais se não mesmo o mais
As informações prestadas pela contabilidade ultrapassam, em larga escala, o âmbito da empresa e dos seus mais directos colaboradores, revestindo interesse para um vasto conjunto de utilizadores (investidores, credores, financiadores, fisco, estatísticas nacionais e sectoriais, etc.). Sendo assim as informações estatísticas, devem ser obtidas a partir de método e procedimentos conhecidos e aceites para que se elaborem documentos susceptíveis de
Fases do trabalho Contabilístico
Antes do inicio de qualquer trabalho contabilístico, devemos ter em conta as seguintes fases:
Vantagens da Normalização Contabilística
Para as empresas, a normalização, é útil porque dispõe as estatísticas do sector que mostrarão a sua posição relativa. Isso incentiva quem, colocado em situação mais desfavorável, tenha de proceder a revisões e alterações para melhorar a sua posição e produtividade; Para que os contabilistas, passam a dispor de um código de regras e procedimentos; O da didáctica e o da pedagogia, a normalização pode proporcionar orientações menos discutíveis, evitando perdas de esforços, transferindo a energia desse esforço para a crítica a remodelação posterior das normalizações efectuadas no que estas carecem de correcções; O da análise macro – empresarial, para a qual passa-se a contar com os critérios naturalmente mais validos, procedimentos mais convenientes, dados mais exactos, terminologias uniformes, agregações menos erradas, favorecendo - se estatísticas sectoriais, nacionais e possibilitando – se um melhor conhecimento da economia nacional. As entidades oficiais e os próprios empresários tem mais instrumentos de análise e previsão; O da tributação fiscal que assenta em procedimentos mais ortodoxos e certeiros, possibilitando – se assim, um mais fácil controlo dos elementos que servem de base ao estabelecimento da tributação das empresas.
Inconvenientes da Normalização Contabilística
Quanto maior for o campo da normalização, mais gerais terão de ser as regras e princípios que se estabelecem.
Em síntese, diria que a normalização contabilística é vantajosa em todos os domínios do registo, da análise, do estudo – comporta em si um grande inconveniente, até ao ponto em que pode ser aplicada na empresa, sendo impraticável quando não se adapte às características e necessidades reais das unidades económicas nos aspectos que se proponha uniformizar.
Normalização Contabilística em Moçambique
O decreto nº 70/2009, de 22 de Dezembro, aprova o sistema contabilístico para o sector empresarial, abreviadamente designado por SCE^1 , baseado nas Normas internacionais de Relato Financeiro (NIRF), e introduz ajustamentos no Plano Geral de Contabilidade, aprovado pelo Decreto nº 36/2006, de 25 de Julho.
(^1) Sistema contabilístico para o sector empresarial
O decreto nº 36/2006, de 25 de Julho revoga a resolução nº 13/84 de 14 de Dezembro
O SCE em Moçambique é composto por dois títulos^2 :
Título I – Plano Geral de Contabilidade com base nas NIRF (PGC – NIRF) composto por:
Capítulos
1.1 Introdução ao PGC – NIRF; 1.2 Quadro conceptual; 1.3 Regras para a primeira aplicação; 1.4 Normas de contabilidade e de Relato Financeiro; 1.5 Códigos de contas; 1.6 Modelos de demonstrações Financeiras; 1.7 Glossário de termos e expressões; 1.8 Tabelas de correspondências com as NIRF;
Título II – Plano Geral de Contabilidade (PGC – PE) compostos por:
1.1 Introdução ao PGC – PE; 1.2 Base, conceitos e princípios contabilísticos; 1.3 Mensuração dos elementos das Demonstração Financeiras; 1.4 Quadros e códigos de contas; 1.5 Modelos de Demonstrações Financeiras; 1.6 Conteúdo e movimentação de algumas contas.
Para melhor percepção do nosso normativo, o (a) estudante é obrigado (a) a possuir o Decreto nº 70/2009, de 22 de Dezembro, sem o qual é quase impossível a execução da contabilidade no território moçambicano.
Nisto, aconselha-se a leitura das NIRF’s adoptados pelo SCE Moçambicano.
O Plano Geral de Contabilidade (PGC)
A actividade económica moçambicana tem vindo a registar, ao longo dos últimos anos, ritmos de crescimento significativos, na sequência da germinação dos esforços de construção nacional que o clima de pacificação e de reestabilização social potenciou, e com isto o Plano Geral de Contabilidade é um conjunto de normas, regras e princípios de organização que tem por objectivo a uniformidade do tratamento contabilístico das empresas.
(^2) Decreto nº 70/2009, de 22 de Dezembro
Teste a sua percepção do que acabamos de abordar respondendo as seguintes questões!