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Saúde do Adulto II - Assuntos, Notas de aula de Enfermagem

Diabetes- Amputação - Fratura - Diarreia - Gastrite

Tipologia: Notas de aula

2023

Compartilhado em 05/09/2023

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Diabetes
Diabetes Mellitus (DM) é uma síndrome
metabólica de origem múltipla, decorrente
da falta de insulina e/ou da incapacidade de
a insulina exercer adequadamente seus
efeitos. A insulina é produzida pelo
pâncreas e é responsável pela manutenção
do metabolismo da glicose e a falta desse
hormônio provoca déficit na metabolização
da glicose e, consequentemente, diabetes.
Caracteriza-se por altas taxas de açúcar no
sangue (hiperglicemia) de forma
permanente.
Tipos:
Tipo 1: causada pela destruição das
células produtoras de insulina, em
decorrência de defeito do sistema
imunológico em que os anticorpos atacam
as células que produzem a insulina.
Tipo 2: resulta da resistência à insulina e
de deficiência na secreção de insulina.
Diabetes Gestacional: é a diminuição da
tolerância à glicose, diagnosticada pela
primeira vez na gestação, podendo ou não
persistir após o parto. Sua causa exata
ainda não é conhecida.
Outros tipos: são decorrentes de defeitos
genéticos associados com outras doenças
ou com o uso de medicamentos. Podem ser:
defeitos genéticos da função da célula beta;
defeitos genéticos na ação da insulina;
doenças do pâncreas exócrino (pancreatite,
neoplasia, hemocromatose, fibrose cística,
etc.); induzidos por drogas ou produtos
químicos (diuréticos, corticoides,
betabloqueadores, contraceptivos, etc.).
Principais sintomas do DM tipo 1: vontade
de urinar diversas vezes; fome frequente;
sede constante; perda de peso; fraqueza;
fadiga; nervosismo; mudanças de humor;
náusea; vômito.
Principais sintomas do DM tipo
2: infecções frequentes; alteração visual
(visão embaçada); dificuldade na
cicatrização de feridas; formigamento nos
pés; furúnculos.
Complicações:
retinopatia diabética: lesões que
aparecem na retina do olho, podendo
causar pequenos sangramentos e, como
consequência, a perda da acuidade visual;
nefropatia diabética: alterações nos vasos
sanguíneos dos rins fazem com que haja a
perda de proteína na urina; o órgão pode
reduzir sua função lentamente, porém de
forma progressiva, até sua paralisação total;
neuropatia diabética: os nervos ficam
incapazes de emitir e receber as mensagens
do cérebro, provocando sintomas como:
formigamento, dormência ou queimação
das pernas, pés e mãos; dores locais e
desequilíbrio; enfraquecimento muscular;
traumatismo dos pelos; pressão baixa;
distúrbios digestivos; excesso de
transpiração e impotência;
diabético: ocorre quando uma área
machucada ou infeccionada nos pés
desenvolve uma úlcera (ferida);
infarto do miocárdio e acidente vascular:
ocorrem quando os grandes vasos
sanguíneos são afetados, levando à
obstrução (arteriosclerose) de órgãos vitais
como o coração e o cérebro;
infecções: o excesso de glicose pode
causar danos ao sistema imunológico,
aumentando o risco da pessoa com
diabetes contrair algum tipo de infecção.
Isso ocorre porque os glóbulos brancos
(responsáveis pelo combate aos vírus,
bactérias, etc.).
Prevenção e controle:
Pacientes com história familiar de DM
devem ser orientados a:
Manter o peso normal; não fumar;
controlar a pressão arterial; evitar
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Diabetes Diabetes Mellitus (DM) é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos. A insulina é produzida pelo pâncreas e é responsável pela manutenção do metabolismo da glicose e a falta desse hormônio provoca déficit na metabolização da glicose e, consequentemente, diabetes. Caracteriza-se por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente. Tipos:

- Tipo 1: causada pela destruição das células produtoras de insulina, em decorrência de defeito do sistema imunológico em que os anticorpos atacam as células que produzem a insulina.

  • Tipo 2: resulta da resistência à insulina e de deficiência na secreção de insulina.
  • Diabetes Gestacional : é a diminuição da tolerância à glicose, diagnosticada pela primeira vez na gestação, podendo ou não persistir após o parto. Sua causa exata ainda não é conhecida.
  • Outros tipos : são decorrentes de defeitos genéticos associados com outras doenças ou com o uso de medicamentos. Podem ser: defeitos genéticos da função da célula beta; defeitos genéticos na ação da insulina; doenças do pâncreas exócrino (pancreatite, neoplasia, hemocromatose, fibrose cística, etc.); induzidos por drogas ou produtos químicos (diuréticos, corticoides, betabloqueadores, contraceptivos, etc.). Principais sintomas do DM tipo 1: vontade de urinar diversas vezes; fome frequente; sede constante; perda de peso; fraqueza; fadiga; nervosismo; mudanças de humor; náusea; vômito. Principais sintomas do DM tipo 2: infecções frequentes; alteração visual (visão embaçada); dificuldade na cicatrização de feridas; formigamento nos pés; furúnculos. Complicações:
    • retinopatia diabética: lesões que aparecem na retina do olho, podendo causar pequenos sangramentos e, como consequência, a perda da acuidade visual;
    • nefropatia diabética: alterações nos vasos sanguíneos dos rins fazem com que haja a perda de proteína na urina; o órgão pode reduzir sua função lentamente, porém de forma progressiva, até sua paralisação total;
    • neuropatia diabética: os nervos ficam incapazes de emitir e receber as mensagens do cérebro, provocando sintomas como: formigamento, dormência ou queimação das pernas, pés e mãos; dores locais e desequilíbrio; enfraquecimento muscular; traumatismo dos pelos; pressão baixa; distúrbios digestivos; excesso de transpiração e impotência;
    • pé diabético: ocorre quando uma área machucada ou infeccionada nos pés desenvolve uma úlcera (ferida);
    • infarto do miocárdio e acidente vascular: ocorrem quando os grandes vasos sanguíneos são afetados, levando à obstrução (arteriosclerose) de órgãos vitais como o coração e o cérebro;
    • infecções: o excesso de glicose pode causar danos ao sistema imunológico, aumentando o risco da pessoa com diabetes contrair algum tipo de infecção. Isso ocorre porque os glóbulos brancos (responsáveis pelo combate aos vírus, bactérias, etc.). Prevenção e controle: Pacientes com história familiar de DM devem ser orientados a:
      • Manter o peso normal; não fumar; controlar a pressão arterial; evitar

medicamentos que potencialmente possam agredir o pâncreas; praticar atividade física regular.

  • Realizar exame diário dos pés para evitar o aparecimento de lesões; manter uma alimentação saudável; utilizar os medicamentos prescritos; praticar atividades físicas; manter um bom controle da glicemia, seguindo corretamente as orientações médicas. Amputação Amputação é a remoção de uma parte do corpo, geralmente uma extremidade. A amputação de uma extremidade inferior é muitas vezes necessária por doença vascular periférica progressiva, gangrena gasosa fulminante, trauma, deformidades congênitas, osteomielite crônica ou tumor maligno. De todas essas causas, periféricos a doença vascular é responsável pela maioria das amputações dos membros inferiores. A amputação é usada para aliviar os sintomas, melhorar a função e salvar ou melhorar a qualidade de vida do paciente. Se a equipe de saúde comunicar uma atitude positiva, o paciente se ajustará à amputação e participará mais rápida e ativamente do plano de reabilitação, aprendendo a modificar atividades e a usar dispositivos de assistência para as atividades de vida diária e mobilidade. Tipos de Amputação A amputação é realizada no ponto mais distal que cicatriza com sucesso. O local da amputação é determinado por dois fatores: circulação na peça e utilidade funcional , assim o status circulatório da extremidade é avaliado através de exame físico e estudos específicos, sendo que a perfusão muscular e da pele é importante para a cura. O objetivo da cirurgia é conservar o máximo de comprimento possível das extremidades e a preservação das articulações do joelho e cotovelo é desejada. A amputação dos dedos dos pés e partes do pé causa pequenas alterações na marcha e no equilíbrio. Uma amputação Syme (amputação modificada da desarticulação do tornozelo) é realizada com mais frequência no trauma do pé e produz uma extremidade indolor e durável, capaz de suportar a carga total. As amputações abaixo do joelho são preferidas às amputações acima do joelho , devido à importância da articulação do joelho e aos requisitos de energia para caminha. As desarticulações do joelho são mais bem-sucedidas em pacientes jovens ativos que são capazes de desenvolver um controle preciso da prótese. Quando são realizadas amputações acima do joelho, todo o comprimento é preservado quando possível, os músculos são estabilizados e modelados, e as contraturas do quadril são impedidas para o máximo potencial ambulatorial. A maioria das pessoas com amputação da desarticulação do quadril deve confiar em uma cadeira de rodas para mobilidade. Dessa forma, as amputações da extremidade superior são realizadas para preservar o comprimento funcional máximo. A prótese é ajustada cedo para a função máxima. Uma amputação faseada pode ser usada quando houver gangrena e infecção. Inicialmente, é realizada uma amputação de guilhotina para remover o tecido necrótico e infectado. A ferida é desbridada e deixada
  • O grau III é altamente contaminado, possui danos extensos nos tecidos moles e é o mais grave. As fraturas também podem ser descritas de acordo com a localização anatômica dos fragmentos, principalmente se eles estão deslocados ou não deslocados. Manifestações Clínicas As manifestações clínicas de uma fratura são dor, perda de função, deformidade, encurtamento da extremidade, crepitação e inchaço e descoloração local. Nem todas essas manifestações clínicas estão presentes em todas as fraturas e o diagnóstico de uma fratura é baseado nos sintomas do paciente , nos sinais físicos e nos achados dos raios X. Geralmente, o paciente relata ter sofrido uma lesão na área. A dor é contínua e aumenta em gravidade até que os fragmentos ósseos sejam imobilizados. O espasmo muscular que acompanha a fratura é um tipo de tala natural projetada para minimizar o movimento adicional dos fragmentos da fratura. Após uma fratura, a extremidade não pode funcionar adequadamente, porque a função normal dos músculos depende da integridade dos ossos aos quais estão ligados e a dor contribui para a perda de função além disso, movimento anormal pode estar presente. ▪ Não devemos realizar o teste para avaliar a crepitação, uma vez que o próprio teste pode gerar uma quantidade maior desta alteração clínica. Desta forma, sempre que avaliarmos qualquer paciente com suspeita desse tipo de lesão, devemos somente contribuir para a estabilização do local que sofreu a fratura. O deslocamento, a angulação ou a rotação dos fragmentos em uma fratura do braço ou perna causa uma deformidade detectável quando o membro é comparado à extremidade não lesionada. A deformidade também resulta do inchaço dos tecidos moles. Nas fraturas de ossos longos , há um encurtamento real da extremidade devido à contração dos músculos que estão ligados acima e abaixo do local da fratura. Quando a extremidade é examinada com as mãos, uma sensação de ralar, chamada crepitação , pode ser sentida. Esta crepitação é causada pela fricção dos fragmentos ósseos uns contra os outros. O inchaço localizado e descoloração da pele (equimose) ocorrem após uma fratura como resultado de trauma e sangramento nos tecidos. Estes sinais podem não se desenvolver por várias horas após a lesão. DIARREIA ➢ A diarreia consiste no aumento da frequência dos movimentos intestinais, aumento da quantidade de fezes e consistência alterada das fezes. Geralmente, está associado à urgência, desconforto perianal, incontinência ou uma combinação desses fatores e qualquer condição que cause secreções intestinais aumentadas, diminuição da absorção mucosa ou motilidade alterada pode produzir diarreia. ➢ A diarreia pode ser aguda ou crônica , sendo que aguda é mais frequentemente associada à infecção e a diarreia crônica persiste por um período mais longo e pode retornar esporadicamente. A diarreia pode ser causada por medicamentos, fórmulas de alimentação por sonda, distúrbios metabólicos e endócrinos

e infecções por vírus ou bactérias processos infecciosos. Fisiopatologia e Manifestações Clínicas Os tipos de diarreia incluem a secretória, osmótica e mista. A diarreia secretora é geralmente de alto volume e é causada pelo aumento da produção e secreção de água e eletrólitos pela mucosa intestinal no lúmen intestinal e a diarreia osmótica ocorre quando a água é puxada para o intestino pela pressão osmótica de partículas não absorvidas, retardando a reabsorção da água. A diarreia mista é causada pelo aumento do peristaltismo e uma combinação de aumento da secreção e diminuição da absorção no intestino. Além do aumento da frequência e do conteúdo de líquidos das fezes, o paciente geralmente apresenta cólicas abdominais, distensão, anorexia e sede. Assim como contrações espasmódicas dolorosas do ânus e esforço ineficaz podem ocorrer com a defecação. Desta forma, devemos estar atentos para os outros sintomas dependem da causa e gravidade da diarreia, mas estão relacionados à desidratação e desequilíbrios de fluidos e eletrólitos. As fezes aquosas são características da doença do intestino delgado, enquanto as fezes fracas e semissólidas são associadas com mais frequência a distúrbios do cólon. Fezes volumosas e oleosas sugerem má absorção intestinal, e a presença de muco e pus nas fezes sugere enterite ou colite inflamatória, assim como a diarreia noturna pode ser uma manifestação de neuropatia diabética. Complicações e Cuidados de Enfermagem As complicações da diarreia incluem o potencial de disritmias cardíacas devido à perda significativa de líquidos e eletrólitos, assim como redução do débito urinário, fraqueza muscular, parestesia, hipotensão, anorexia e sonolência. Desta forma, o papel do enfermeiro inclui avaliar e monitorar as características e o padrão da diarreia. O histórico de saúde deve abordar a terapia medicamentosa do paciente, o histórico médico e cirúrgico e os padrões e a ingestão alimentar, assim como relatos de exposição recente a uma doença aguda ou viagens recentes para outra área geográfica são importantes e a avaliação inclui ausculta abdominal e palpação para sensibilidade abdominal. Durante um episódio de diarreia aguda, devemos incentivar o repouso no leito e a ingestão de líquidos e alimentos com baixo volume até que a fase aguda diminua. Quando a ingestão de alimentos é tolerada, deve ser recomendado uma dieta branda de alimentos semissólidos e sólidos. A área perianal pode tornar-se escoriada porque as fezes diarreicas contêm enzimas digestivas que podem irritar a pele e o paciente deve seguir uma rotina de cuidados com a pele perianal para diminuir a irritação e escoriação. GASTRITE A gastrite é um problema gastrointestinal comum, a qual pode ser aguda, durando várias horas a alguns dias, ou crônica, resultante da exposição repetida a agentes irritantes ou episódios recorrentes de gastrite aguda.

  • Gastrite Aguda É frequentemente causada pela indiscrição da dieta, o uso excessivo de aspirina e

 Eventualmente, torna-se necessário diálise ou transplante renal para sobrevivência do paciente. Causas:  Diabetes  Hipertensão Arterial  Pielonefrites Crônicas  Doenças Autoimunes  Malformações Congênitas  Anti-inflamatórios não esteroides  Necrose Cortical Bilateral  IRA Prolongada Sinais e sintomas  Dispneia;  Câimbras musculares;  Fraqueza, fadiga;  Pele seca, escamosa;  Prurido  Hipertensão 1 Diálise A diálise é usada para remover resíduos de fluidos e urêmicos do corpo quando os rins não conseguem e pode ser usado para tratar pacientes com edema que não responde ao tratamento. Os métodos de terapia incluem hemodiálise, terapia de substituição renal contínua e diálise peritoneal. A necessidade de diálise pode ser aguda ou crônica , sendo que a diálise aguda é indicada quando há um nível alto e crescente de potássio sérico, sobrecarga de líquidos ou edema pulmonar iminente, aumento da acidose, pericardite e confusão grave. Por sua vez, a diálise crônica ou de manutenção é indicada na insuficiência renal crônica mediante a presença de sinais e sintomas urêmicos que afetam todos os sistemas do corpo, hipercalemia, sobrecarga hídrica que não responde aos diuréticos e à restrição hídrica e falta geral de bem-estar. Uma indicação urgente para diálise em pacientes com insuficiência renal crônica é o atrito pericárdico, assim os pacientes sem função renal podem ser mantidos por diálise por anos. 1.1 Hemodiálise A hemodiálise é o método de diálise mais usados atualmente, o qual é utilizado em doentes agudos e que necessitam de diálise a curto prazo, longo prazo ou permanente. Um dialisador serve como uma membrana semipermeável sintética, substituindo os glomérulos e túbulos renais como filtro para os rins comprometidos. Para pacientes com insuficiência renal crônica, a hemodiálise evita a morte, embora não cure a doença renal e não compense a perda de atividades endócrinas ou metabólicas dos rins, assim os pacientes em hemodiálise devem ser tratados pelo resto da vida ou até serem submetidos a um transplante renal bem-sucedido. Os tratamentos geralmente ocorrem três vezes por semana, durante pelo menos 3 a 4 horas por tratamento, assim como os pacientes recebem diálise crônica ou de manutenção quando necessitam de terapia dialítica para sobrevivência e controle dos sintomas urêmicos. Durante a obtenção de um histórico de saúde urológica requer excelente comunicação e habilidade. Esse fator é fundamental porque muitos pacientes têm vergonha ou desconforte de discutir a função ou sintomas relacionados ao sistema geniturinário. Por isso, é fundamental usar a linguagem que o

paciente possa entender e evitar termos da área assistencial. Os objetivos da hemodiálise são extrair substâncias nitrogenadas tóxicas do sangue e remover o excesso de água. Na hemodiálise, o sangue carregado de toxinas e resíduos nitrogenados é desviado do paciente para uma máquina, um dialisador, no qual o sangue é limpo e, depois, devolvido ao paciente, na qual as toxinas e resíduos no sangue são removidos por difusão, assim o dialisato é uma solução composta por todos os eletrólitos importantes em suas concentrações extracelulares ideais. O nível de eletrólito no sangue do paciente pode ser controlado, ajustando adequadamente o banho de dialisato e a membrana semipermeável impede a difusão de grandes moléculas, como glóbulos vermelhos e proteínas. O excesso de água é removido do sangue por osmose, na qual a água se move de uma área de maior concentração de soluto para uma área de menor concentração de soluto. Ultrafiltração É definida como a água que se move sob alta pressão para uma área de menor pressão, sendo que esse processo é muito mais eficiente na remoção de água do que a osmose. A ultrafiltração é realizada aplicando pressão negativa ou uma força de sucção na membrana de diálise e como os pacientes com doença renal geralmente não conseguem excretar água, essa força é necessária para remover o fluido para alcançar o equilíbrio. O sistema tampão do corpo é mantido usando um banho de dialisato composto de bicarbonato ou acetato, que é metabolizado para formar bicarbonato. A heparina anticoagulante é administrada para impedir a coagulação do sangue no circuito de diálise, sendo que o sangue limpo é devolvido ao corpo e no final do tratamento de diálise, muitos resíduos foram removidos, o equilíbrio do eletrólito foi restaurado ao normal e o sistema tampão foi reabastecido. Embora a hemodiálise possa prolongar a vida indefinidamente, ela não altera o curso natural da doença renal subjacente, nem substitui completamente a função renal. O paciente está sujeito a uma série de problemas e complicações. Uma das principais causas de morte em pacientes submetidos a hemodiálise de manutenção é doença cardiovascular aterosclerótica. 1.2 Terapia Renal Substitutiva Contínua A terapia de substituição renal contínua pode ser indicada para pacientes com insuficiência renal aguda ou crônica e clinicamente instáveis demais para a hemodiálise tradicional, assim como para pacientes com sobrecarga de fluidos secundária à insuficiência renal e para pacientes cujos rins não conseguem lidar necessidades metabólicas ou nutricionais agudas. A terapia de substituição renal contínua não produz trocas rápidas de fluidos, mas não requer máquinas de diálise ou pessoal de diálise para executar os procedimentos e pode ser iniciada rapidamente em hospitais sem instalações de diálise agudas. Os métodos de terapia renal substitutiva contínua são semelhantes aos métodos de hemodiálise, pois exigem acesso à circulação e ao sangue para passar por um filtro artificial e um hemofiltro é usado em todos os métodos de terapia renal de substituição contínua, descritos abaixo. Na hemofiltração arteriovenosa contínua, o sangue é circulado através de um filtro de pequeno volume e baixa resistência, usando a pressão arterial do paciente, e não a bomba de sangue, como é usado na hemodiálise, sendo que o sangue flui de uma artéria para um hemofiltro, na qual um gradiente de pressão é necessário para uma

paciente e pela família em consulta com o médico. Embora populações específicas de pacientes se beneficiem da diálise peritoneal, ela não é tão eficiente quanto a hemodiálise. Como a doença cardiovascular é a causa da morte em metade de todos os pacientes com esse tipo de distúrbio, a adequação da diálise deve ser definida, em parte, pelo seu potencial para reduzir a doença cardiovascular. Pressão arterial, volume, hipertrofia ventricular esquerda e dislipidemias são as principais causas de morbimortalidade em pacientes submetidos a diálise peritoneal. Na diálise peritoneal, o peritônio, uma membrana serosa que cobre os órgãos abdominais e reveste a parede abdominal, serve como membrana semipermeável. O líquido dialisado estéril é introduzido na cavidade peritoneal através de um cateter abdominal em intervalos e geralmente, leva de 36 a 48 horas para atingir com diálise peritoneal o que a hemodiálise realiza em 6 a 8 horas e a ocorre na diálise peritoneal por meio de um gradiente osmótico criado pelo uso de um fluido de dialisado com uma concentração mais alta de glicose. ITU - INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO São infecções causadas por microrganismos patogênicos que envolvem o trato urinário superior ou inferior.  Muitas ITU são adquiridas na comunidade.  As ITU complicadas ocorrem nas pessoas com anormalidades urológicas ou cateterismo recente e, com frequência, são adquiridas durante a hospitalização.  Muitos casos ocorrem em mulheres.  Os casos de ITU aumentam com a idade e incapacidade.

CAUSAS

  • Cateterismo vesical Incapacidade ou falha em esvaziar a bexiga por completo
  • Fluxo urinário obstruído (anormalidades congênitas, estenoses uretrais, tumores, cálculos, anormalidades neurológicas)
  • Imunodepressão
  • Condições contribuintes: diabetes melito, gravidez, distúrbios neurológicos, gota, Imobilidade no leito
  • Doenças crônicas
  • Uso frequente de agentes antimicrobianos.
  • Úlceras de pressão infectadas. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS  Disúria: dor ou desconforto ao urinar;  Sensação de queimação (ardência) à micção.  Frequência (micção mais frequente). Urgência.  Nicturia (despertar à noite para urinar).  Incontinência.  Dor supra púbica ou pélvica.  Hematúria. PREVENÇÃO Higiene íntima. Higiene das mãos. Ingestão adequada de líquidos. Hábitos de micção. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM  Verificação de sinais vitais.  Observar estado clínico do paciente.

 Proporcionar repouso no leito.  Administrar terapêutica prescrita.  Oferecer higiene pessoal e íntima.  Fornece apoio e orientação ao paciente e familiares em relação à doença e ao tratamento. 2 Função Tireoide Anormal A secreção inadequada do hormônio tireoidiano durante o desenvolvimento fetal e neonatal resulta em crescimento físico e mental atrofiado devido à depressão geral da atividade metabólica. Nos adultos, o hipotireoidismo se manifesta como letargia, pensamento lento e lentidão generalizada das funções do corpo. A secreção excessiva de hormônios da tireoide se manifesta por uma taxa metabólica bastante aumentada e muitas outras características do hipertireoidismo resultam do aumento da resposta das catecolaminas circulantes. A secreção excessiva de hormônios da tireoide geralmente está associada a um aumento da glândula tireoide. O bócio também ocorre comumente com deficiência de iodo e nesta última condição, a falta de iodo resulta em baixos níveis de hormônios tireoidianos circulantes, o que causa aumento na liberação de TSH, o qual causa superprodução de tireoglobulina e hipertrofia da glândula tireoide. O termo eutireoideo refere-se à produção de hormônios da tireoide que está dentro dos limites normais. Nesse sentindo, iremos atender diferentes pacientes com os mais diversos tipos de alterações da função tireoide. Para as alterações que podemos presenciar aos nossos pacientes, devemos estar atentos às características do hipotireoidismo , hipertireoidismo e ti reoidite. 2.1 Hipotireoidismo O hipotireoidismo resulta de níveis abaixo do ideal do hormônio da tireoide, a qual pode afetar todas as funções do corpo e pode variar de formas subclínicas leves a uma forma avançada. A causa mais comum de hipotireoidismo em adultos é a tireoidite autoimune ( doença de Hashimoto ), na qual o sistema imunológico ataca a glândula. Os sintomas de hipertireoidismo podem ser seguidos posteriormente pelos de hipotireoidismo e mixedema. O hipotireoidismo também ocorre comumente em pacientes com hipertireoidismo anterior que foram tratados com medicamentos com iodo ou antitireoidiano ou que foram submetidos a cirurgia e ocorre com mais frequência em mulheres mais velhas. A radioterapia para câncer de cabeça e pescoço também pode causar hipotireoidismo em homens mais velhos e portanto, o teste da função da tireoide é recomendado para todos os pacientes que recebem esse tratamento. 2.2 Hipertireoidismo O hipertireoidismo é o segundo distúrbio endócrino mais prevalente, depois do diabetes mellitus, sendo que a doença de Graves, o tipo mais comum de hipertireoidismo que resulta de uma produção excessiva de hormônios da tireoide causada por estimulação anormal da glândula tireoide por imunoglobulinas circulantes. O hipertireoidismo afeta as mulheres oito vezes mais frequentemente que os homens, com início geralmente entre a segunda e a quarta década. Pode aparecer após um choque emocional, estresse ou infecção, mas o significado exato desses relacionamentos não é compreendido. Outras causas comuns de hipertireoidismo

patologias adicionais. Dessa forma, devemos estar atentos ao histórico de enfermagem para procurar identificar os fatores que podem contribuir para a ocorrência dessa síndrome. 3.1 Fisiopatologia A síndrome de Cushing é comumente causada pelo uso de medicamentos com corticosteroides e raramente ocorre devido à produção excessiva de corticosteroides pelo córtex adrenal. No entanto, a superprodução de corticosteroides endógenos pode ser causada por vários mecanismos, incluindo um tumor da hipófise que produz ACTH e estimula o córtex adrenal a aumentar sua secreção hormonal, apesar da produção de quantidades adequadas. A hiperplasia primária das glândulas suprarrenais na ausência de um tumor hipofisário é menos comum. Outra causa menos comum da síndrome de Cushing é a produção ectópica de ACTH por malignidades e o carcinoma broncogênico é o tipo mais comum dessas neoplasias. Independentemente da causa, os mecanismos normais de feedback que controlam a função do córtex adrenal tornam-se ineficazes, e o padrão diurno usual do cortisol é perdido. Os sinais e sintomas da síndrome de Cushing são principalmente resultado da secreção excessiva de glicocorticóides e andrógenos, embora a secreção de mineralocorticóides também possa ser afetada. 3 .2 Manifestações Clínicas Quando ocorre a superprodução do hormônio cortical adrenal, a interrupção do crescimento, a obesidade e as alterações musculoesqueléticas ocorrem juntamente com a intolerância à glicose. A imagem clássica da síndrome de Cushing no adulto é a da obesidade do tipo central , com uma "corcova de búfalo" gordurosa no pescoço e nas áreas supraclaviculares, um tronco pesado e extremidades relativamente finas. O paciente desenvolve uma aparência de "face da lua" e pode experimentar um aumento da oleosidade da pele e acne, assim como há maior suscetibilidade à infecção. Hiperglicemia ou diabetes evidente podem se desenvolver. O paciente também pode relatar ganho de peso, cicatrização lenta de pequenos cortes e contusões. Mulheres de 20 a 40 anos têm cinco vezes mais chances do que os homens de desenvolver a síndrome de Cushing e, em mulheres de todas as idades, pode ocorrer como resultado do excesso de andrógenos. A virilização é caracterizada pelo aparecimento de traços masculinos e pela recessão de traços femininos. Há um crescimento excessivo de pelos no rosto, as mamas atrofiam, a menstruação cessa, o clitóris aumenta e a voz se aprofunda. As mudanças ocorrem no humor e na atividade mental, e a psicose pode se desenvolver, assim como a angústia e depressão são comuns e são aumentadas pela severidade das alterações físicas que ocorrem com essa síndrome. Se a síndrome de Cushing é uma consequência do tumor da hipófise, podem ocorrer distúrbios visuais devido à pressão do crescimento do tumor no quiasma óptico. 4 Sistema Hematopoiético A maioria das doenças hematológicas reflete um defeito no sistema hematopoiético ou hemostát ico. O defeito pode ser quantitativo (por exemplo, aumento ou diminuição da produção de células), qualitativa (por exemplo, as células produzidas com defeito em sua capacidade funcional normal), ou ambos.

4.1 Considerações Gerontológicas Em pacientes idosos, um problema comum é a diminuição da capacidade do medula óssea para responder à necessidade do corpo de células sanguíneas (hemácias, leucócitos e plaquetas). Essa incapacidade é resultado de muitos fatores, incluindo diminuição da produção dos fatores de crescimento necessários para hematopoiese por células estromais na medula ou uma diminuição resposta aos fatores de crescimento (no caso da eritropoietina). Devemos lembrar que quando uma pessoa idosa precisa de mais células sanguíneas (por exemplo, leucócitos em hemácias na anemia), a medula óssea pode não ser capaz de aumentar a produção dessas células adequadamente. Nos idosos, a medula óssea pode ser mais suscetível à doença mielossupressora devido a efeitos de medicamentos.

  • A anemia é a condição hematológica mais comum que afeta pacientes idosos e a cada década sucessiva de vida, a incidência de anemia aumenta, assim como a anemia resulta frequentemente de deficiência de ferro ou de uma deficiência nutricional, particularmente deficiência de folato ou B12 ou desnutrição proteico- calórica, fato que também pode resultar de inflamação ou doença crônica.
  • A gestão do distúrbio varia dependendo da etiologia e, portanto, é importante identificar a causa da anemia , em vez de considere uma consequência inevitável do envelhecimento. Pessoas idosas com problemas cardíacos ou pulmonares concomitantes podem não tolerar anemia muito bem, e é necessária uma avaliação completa e imediata. 4.2 Tratamento de Distúrbio Hematológicos Os distúrbios sanguíneos comumente encontrados são anemia, policitemia, leucopenia e neutropenia, leucocitose, linfoma, mieloma, leucemia e vários distúrbios hemorrágicos e de coagulação. O manejo de enfermagem de pacientes com esses transtornos requer habilidades, avaliação e monitoramento, bem como cuidados e ensino meticulosos para prevenir deterioração e complicações. Nesse sentido, devemos compreender todos os fatores envolvidos na origem e possíveis complicações que esses distúrbios podem causar, para que possamos atuar de forma eficiente para a tomada de decisão em saúde. 5 Anemia A anemia , por si só, não é um estado específico da doença, mas um sinal de um distúrbio subjacente e vale ressaltar que é de longe a condição hematológica mais comum. A anemia é uma condição na qual a concentração de hemoglobina é menor do que o normal, reflete a presença de menos glóbulos vermelhos do que o normal na circulação. Como resultado, a quantidade de oxigênio fornecida aos tecidos do corpo também é diminuída. As anemias podem ser classificadas em perda de hemácias, diminuição da produção de hemácias e maior distribuição de glóbulos vermelhos. Uma conclusão sobre se a anemia é causada por destruição ou produção inadequada de hemácias geralmente pode ser alcançada com base na capacidade da medula de responder aos glóbulos vermelhos diminuídos, no grau em que os hemácias jovens proliferam na medula óssea e a maneira como amadurecem e na presença ou ausência de produtos finais de destruição de hemácias na circulação.

33% e 38% e este tratamento foi bem sucedido em pacientes em diálise. Muitos pacientes relatam diminuição da fadiga, aumento de energia, aumento da sensação de bem-estar, melhor tolerância ao exercício, melhor tolerância aos tratamentos de diálise e melhor qualidade de vida. A hipertensão é o efeito colateral mais grave nessa população de pacientes quando o hematócrito aumenta rapidamente para um nível alto e portanto, o hematócrito deve ser verificado com frequência quando um paciente com doença renal inicia a terapia com eritropoietina. 5.3 Anemia da Doença Crônica O termo "anemia de doença crônica" é um termo impróprio, pois apenas as doenças crônicas de inflamação, infecção e malignidade causam esse tipo de anemia. Muitas doenças inflamatórias crônicas estão associadas a uma anemia normocrômica e normocítica e esses distúrbios incluem artrite reumatoide, infecções crônicas graves e cânceres. Portanto, é imperativo que a “doença crônica” seja diagnosticada quando essa forma de anemia for identificada, para que possa ser tratada adequadamente. A anemia é geralmente leve a moderada e não progressiva, a qual se desenvolve gradualmente ao longo de 6 a 8 semanas e, depois, se estabiliza no hematócrito raramente menos de 25%. Os níveis de eritropoietina são baixos, talvez por causa da diminuição da produção, e o uso de ferro seja bloqueado pelas células eritroides e um encurtamento moderado da sobrevida de hemácias também ocorre. A maioria desses pacientes apresenta poucos sintomas e não necessita de tratamento para a anemia e com o tratamento bem- sucedido do distúrbio subjacente, o ferro da medula óssea é usado para produzir hemácias e o nível de hemoglobina aumenta. 5.4 Anemia Aplástica A anemia aplástica é uma doença bastante rara causada por uma diminuição ou danos às células-tronco da medula óssea, danos ao microambiente dentro da medula e substituição da medula por gordura. Isso resulta em aplasia da medula óssea (hematopoiese acentuadamente reduzida) e, portanto, além da anemia grave , também são observadas neutropenia e trombocitopenia significativas (uma deficiência de plaquetas). 5.5 Anemias Megaloblásticas Nas anemias causadas por deficiências de vitamina B12 ou ácido fólico, ocorrem alterações idênticas na medula óssea e no sangue periférico, porque ambas as vitaminas são essenciais para a síntese normal de DNA. Outras células derivadas da célula-tronco mieloide também são anormais e uma análise da medula óssea revela hiperplasia , e as células eritroides e mieloides precursoras são grandes e de aparência bizarra. Muitos desses glóbulos vermelhos anormais e células mieloides são destruídos na medula, no entanto, as células maduras que saem da medula são na verdade menos numerosas. Assim, pancitopenia pode se desenvolver e em uma situação avançada, o valor da hemoglobina pode ser tão baixo quanto 4 a 5 g/dL, a contagem de leucócitos 2.000 a 3.000 por mm^3 e a contagem de plaquetas menor que 50.000 por mm3.As células que são liberadas na circulação geralmente têm formato anormal e os neutrófilos são hipersegmentados. As plaquetas podem ser anormalmente grandes e as hemácias têm formato

anormal e os formatos podem variar amplamente. 5.6 Anemia de Células Falciformes A anemia falciforme é uma anemia hemolítica grave que resulta da herança do gene da hemoglobina falciforme e esse gene faz com que a molécula de hemoglobina esteja com defeito. A hemoglobina falciforme adquire uma formação semelhante a cristal quando exposta a baixa tensão de oxigênio. O nível de oxigênio no sangue venoso pode ser baixo o suficiente para causar essa alteração, na qual os eritrócitos longos e rígidos podem aderir ao endotélio de pequenos vasos; quando se acumulam, o fluxo sanguíneo para uma região ou órgão pode ser reduzido. 5.7 Talassemia As talassemias são um grupo de distúrbios hereditários associados à síntese defeituosa da cadeia da hemoglobina, as quais ocorrem em todo o mundo, mas a maior prevalência é encontrada em pessoas de ascendência mediterrânea, africana e do sudeste asiático. Características das Talassemias As talassemias são caracterizadas por hipocromia , microcitose extrema , destruição de elementos sanguíneos e graus variáveis de anemia. Na talassemia, a produção de uma ou mais cadeias de globulina dentro da molécula de hemoglobina é reduzida e quando isso ocorre, o desequilíbrio na configuração da hemoglobina faz com que ela precipite nos precursores eritroides ou nas próprias hemácias e isso aumenta a rigidez das hemácias e, portanto, a destruição prematura dessas células. As talassemias são classificadas em dois grupos principais de acordo com a cadeia da globina diminuída, sendo alfa e beta, dessa forma as alfathalassemias ocorrem principalmente em pessoas da Ásia e do Oriente Médio, já as beta-talassemias são mais prevalentes no Mediterrâneo, mas também ocorrem em pessoas do Oriente Médio ou da Ásia.

  • As alfa-talassemias são mais leves que as formas beta e geralmente ocorrem sem sintomas, assim as hemácias são extremamente microcíticas, mas a anemia, se presente, é leve.
  • A gravidade da beta-talassemia varia dependendo da extensão em que as cadeias de hemoglobina são afetadas. Pacientes com formas leves têm microcitose e anemia leve se não tratada, a beta-talassemia grave pode ser fatal nos primeiros anos de vida. Se for tratado com transfusão regular de hemácias, os pacientes poderão sobreviver até os 20 e 30 anos. O ensino do paciente durante os anos reprodutivos deve incluir aconselhamento pré-concepção sobre o risco de talassemia congênita maior, sendo fundamental o papel da enfermagem nesse educação em saúde. 5.8 Anemia Hemolítica Imunológica As anemias hemolíticas podem resultar da exposição do hemograma a anticorpos, sendo autoanticorpos, os quais tendem a ser grandes (tipo IgM) e causam destruição imediata dos glóbulos vermelhos sensibilizados, dentro dos vasos sanguíneos ou no fígado e o tipo mais comum de anemia hemolítica aloimune em adultos resulta de uma reação transfusional hemolítica.

desalinhamento resultante de inchaço, destruição progressiva das articulações ou subluxação (deslocamento parcial) que ocorre quando um osso desliza sobre outro e elimina o espaço articular. Por se tratar de uma doença sistêmica com múltiplas características extra-articulares, os sintomas mais comuns são febre, perda de peso, fadiga, anemia, aumento dos linfonodos e o fenômeno de Raynaud (vasoespasmo induzido por frio e estresse, causando episódios de branqueamento digital ou cianose). Nódulos reumatoides podem ser observados em pacientes a patologia mais avançada e se desenvolverem em algum momento em até metade dos pacientes. Esses nódulos são geralmente indolores e móveis no tecido subcutâneo, assim eles geralmente aparecem sobre proeminências ósseas, como o cotovelo, além disso variam em tamanho e podem desaparecer espontaneamente. Os nódulos ocorrem apenas em indivíduos com fator reumatoide e geralmente estão associados a doenças rapidamente progressivas e destrutivas. Outras características extra-articulares incluem artrite, neuropatia, esclerite, pericardite, esplenomegalia e síndrome de Sjögren (olhos secos e membranas mucosas secas). 5.2 Sinais e Sintomas Vários fatores podem contribuir para o diagnóstico de artrite reumatoide , como nódulos reumatoides, inflamação das articulações detectada na palpação e certos achados laboratoriais. A história e o exame físico abordam manifestações como rigidez bilateral e simétrica, sensibilidade, inchaço e alterações de temperatura nas articulações, assim o paciente também é avaliado quanto a alterações extra- articulares. Isso geralmente inclui perda de peso, alterações sensoriais, aumento dos linfonodos e fadiga. O fator reumatoide está presente em mais de 80% dos pacientes com artrite reumatoide, mas sua presença por si só não é diagnóstico de artrite reumatoide. A taxa de sedimentação de eritrócitos é significativamente elevada com a artrite reumatoide. A contagem de glóbulos vermelhos e o componente do complemento C diminuem e os resultados dos testes da proteína C reativa e do anticorpo antinuclear também podem ser positivos.