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Análise do Intraempreendedorismo na Magazine Luiza, Notas de estudo de Cultura

Este estudo analisa a atuação intraempreendedora de gestores de lojas na magazine luiza, verificando se sua atuação corresponde às expectativas da alta cúpula da empresa. Ao mesmo tempo, é apresentada a visão da gestão da magazine luiza em relação ao intraempreendedorismo e sua importância na estratégia de transformação digital da empresa.

O que você vai aprender

  • Como a Magazine Luiza define e implementa sua estratégia de intraempreendedorismo?
  • Qual é a importância do intraempreendedorismo na estratégia de transformação digital da Magazine Luiza?
  • Como a Magazine Luiza mede o desempenho dos gestores de lojas em termos de intraempreendedorismo?
  • Quais são as vantagens e desafios de implementar uma cultura intraempreendedora na Magazine Luiza?

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO
VIVIENNE APARECIDA VENUTTO
O PAPEL DO INTRAEMPREENDEDORISMO NO MAGAZINE LUIZA: UM
ESTUDO SOBRE SUA APLICAÇÃO PRÁTICA
SÃO PAULO
2018
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FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS

ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO

VIVIENNE APARECIDA VENUTTO

O PAPEL DO INTRAEMPREENDEDORISMO NO MAGAZINE LUIZA: UM

ESTUDO SOBRE SUA APLICAÇÃO PRÁTICA

SÃO PAULO

O PAPEL DO INTRAEMPREENDEDORISMO NO MAGAZINE LUIZA: UM

ESTUDO SOBRE SUA APLICAÇÃO PRÁTICA

Trabalho Aplicado apresentado à Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas, em cumprimento aos requisitos à obtenção do título de Mestre em Gestão para a Competitividade. Linha de Pesquisa: Varejo Orientador: Prof. Dr. Gilberto Sarfati

SÃO PAULO

VIVIENNE APARECIDA VENUTTO

O PAPEL DO INTRAEMPREENDEDORISMO NO MAGAZINE LUIZA: UM

ESTUDO SOBRE SUA APLICAÇÃO PRÁTICA

Trabalho Aplicado apresentado a Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas, como requisito para a obtenção do título de Mestre em Gestão para a Competitividade. Linha de pesquisa: Varejo

Data da Aprovação / /

Banca examinadora:

Orientador Prof. Dr. Gilberto Sarfati - FGV

Prof. Newton Monteiro de Campos Neto - FGV

Prof. Alexandre Nabil Ghobril - Mackenzie

Dedico a conclusão deste trabalho aos meus Pais José Roberto Venutto e Marilene Aparecida Venutto. Gratidão eterna.

RESUMO

No intuito de esclarecer o entendimento sobre o intraempreendedorismo o estudo está voltado para a análise da atuação intraempreendedora de gestores de lojas frente ao esperado pela alta cúpula na empresa Magazine Luiza verificando se a atuação dos mesmos condiz com o esperado pela empresa. Como problema analisado se tem: é a visão intraempreendedora da liderança do Magazine Luiza uma prática na operação das lojas? Partindo deste contexto, os gestores de lojas e diretoria do Magazine Luiza foram entrevistados, tendo tanto sua atuação quanto visão esperada analisada, podendo responder ao problema em questão. Justifica-se para tanto o fato do intraempreendedorismo fazer de pequenas ações grandes atitudes com resultados positivos onde muitas vezes tende a alavancar não somente as vendas como fidelizar clientes e perpetuar comportamentos vistos como importantes pela diretoria. Com esta análise, conclui-se que o indivíduo não precisa deixar uma organização e abrir um negócio para se tornar um empreendedor – partilhar ideias, ser inovador e acreditar em novos projetos que vão além dos limites de certas posições pode sim acontecer dentro de uma corporação visando um crescimento pessoal e profissional. Outra conclusão é que uma empresa que pretende se manter no negócio utilizando o intraempreendedorismo deve disseminar a sua cultura, com foco e determinação, tendo uma abordagem equilibrada sobre o gerenciamento efetivo de todo o processo.

Palavras-chave: intraempreendedorismo, visão; competitiva, inovação, ideias

ABSTRACT

In order to clarify the understanding about intrapreneurship, the study is focused on the analysis of the intrapreneurial performance of store managers, compared to that expected by the high level in the company Magazine Luiza, verifying that their performance matches the expectations expected by the company. As an analyzed problem one has: is the intrapreneurial vision of the leadership of Magazine Luiza a practice in the operation of the stores? From this context, Magazine Luiza's store and board managers were interviewed, having both their performance and the expected vision analyzed, being able to respond to the problem in question. The fact is that intrapreneurship makes small actions great attitudes with positive results where it often tends to leverage not only sales but also to retain clients and perpetuate behaviors seen as important by the board. With this analysis, we conclude that the individual does not have to leave an organization and open a business to become an entrepreneur - sharing ideas, being innovative and believing in new projects that go beyond the limits of certain positions can happen within a corporation aiming at personal and professional growth. Another conclusion is that a company that intends to stay in business using intrapreneurship must disseminate its culture with focus and determination, taking a balanced approach to the effective management of the whole process.

Key words: intrapreneurship, vision; competitive, innovation, ideas

LISTA DE FIGURAS

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INTRODUÇÃO

O intraempreendedorismo ou empreendedorismo corporativo como também é conhecido tem sido muito analisado centrando-se nas atividades dos funcionários para expandir e rejuvenescer a organização, fazendo com que ela se adapte de forma adequada ao seu desenvolvimento externo e interno (BIERWERTH et al ., 2015). A cultura da empresa, sua possibilidade em assumir riscos não calculados e a motivação constante por inovações a serem implementadas por ela advindas pelos colaboradores intraempreendedores bem como o engajamento de todos os níveis hierárquicos na implementação da proposta empreendedora são fundamentais para incentivar o intraempreendedorismo (BIERWERTH et al ., 2015). Partindo da definição de engajamento no trabalho como um estado motivacional positivo ativo, tem o engajamento do trabalho ao comportamento proativo do trabalho em vários estudos conforme cita Bakker (2011). A base deste relacionamento está na premissa de que indivíduos com altos níveis de envolvimento no trabalho estão fisicamente, cognitivamente e emocionalmente conectados com seus papéis no trabalho e, portanto, mais propensos a se engajar em atividades proativas do que aquelas que não são (KIM et al. , 2012). A “motivação dos colaboradores para incentivar o intraempreendedorismo está intimamente relacionada ao engajamento com relação à cultura organizacional” da empresa. Ou seja, é preciso investir na criação de um ambiente favorável, ser uma organização que aprende, onde as pessoas aprimoram continuamente suas capacidades para criar o futuro que realmente gostariam de ver surgir afirma Chieh (2007). Antoncic e Antoncic (2011) identificaram uma associação crítica entre a satisfação do empregado, o intraempreendedorismo que é o empreendedorismo corporativo e o crescimento da empresa. Eles observaram que a satisfação dos funcionários vem do suporte organizacional e de gerenciamento e que valores organizacionais são características vitais das empresas intraempreendedoras, sendo assim ações intraempreendedoras consideradas estratégias corporativas. Somando a isso, Antoncic e Antoncic (2011) observam uma forte conexão entre satisfação no trabalho, criatividade e criação de conhecimento que, segundo Bysted (2013), leva a iniciativas mais inovadoras e melhora o desempenho dentro de uma empresa. O objetivo deste trabalho é de apresentar a visão da gestão do Magazine Luiza frente ao intraempreendedorismo, e verificando se a atuação dos gestores de lojas está de acordo com o esperado pela liderança da empresa.

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O presente estudo apresenta a atuação dos colaboradores da empresa Magazine Luiza, em específico os gestores de lojas e seus colaboradores, demonstrando uma análise de atuação contendo ações empreendedoras corporativas, ou seja, ações intraempreendedoras de gestores que não possuem perfil intraempreendedor frente a seus colaboradores. Logo, a problemática em questão é: a visão intraempreendedora da liderança do Magazine Luiza é uma prática na operação das lojas? Justifica-se a elaboração do mesmo o fato do intraempreendedorismo fazer de pequenas ações grandes atitudes com resultados positivos onde muitas vezes tende a alavancar não somente as vendas como fidelizar clientes e perpetuar comportamentos vistos como importantes pelos líderes da empresa. Será conceituado o intraempreededorismo, apresentando características e a atuação do gestor intraempreendedor, bem como demais características intraempreendedoras. Sendo assim, pontos fortes e fracos bem como a cultura intraempreendedora complementarão a pesquisa. A empresa Magazine Luiza será a base para análise, sendo sua gestão analisada e comparada demonstrando os resultados alcançados pelos gestores engajados no intraempreededorismo, buscando melhores meios e aproveitando oportunidades para que seus resultados sejam alcançados bem como serão apresentados os resultados dos gestores não engajados e não comprometidos com os valores da empresa. O trabalho foi dividido em capítulos abordando conceitos e características intraempreendedoras, seguindo da apresentação das quatro escolas de pensamento empreendedoras sobre o empreendedorismo corporativo e por fim, apresentam-se os fatores relevantes a atuação do intraempreendedor. Para a empresa Magazine Luiza, o estudo demonstra o quão importante é disseminar a cultura intraempreendedora para seus gestores e colaboradores, motivando-os a terem visão ampla e buscando oportunidades, sejam elas simples, porém que façam a diferença. O sucesso da empresa está na liberdade que a mesma dá a seus colaboradores em sugerir, implantar e agir, reconhecendo seus talentos e fortalecendo cada vez mais seu lugar no mercado. Por fim, viu-se que as lojas que possuem indicadores baixos são aquelas em que seus gestores não estão engajados, não possuem os cinco comportamentos esperados pela empresa, e não atuam de acordo com a cultura organizacional. Cabe assim, a alta cúpula, definir quanto a troca ou uma tentativa de recapacitação destes gestores para que as lojas possam ter seus indicadores otimizados, na certeza da meta atingida.

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precisam superar o limite de você e de mim, com os indivíduos criando novas e melhores normas dentro de estruturas maiores. O intraempreendedorismo teve, no decorrer do tempo várias nomenclaturas que foram acentuando as características que ele foi absorvendo à medida que era implementado nas grandes empresas. O empreendedorismo corporativo, ou corporate venture , como foi chamado por muito tempo, teve várias nomenclaturas desde empreendedorismo intracorporativo, empreendedorismo corporativo, até intraempreendedorismo e mais recentemente estratégia empreendedora ou alianças corporativas (BURGERS, 2013). A sua nomenclatura foi se alterando na medida em que ele se adaptava as empresas onde era adotado e pelos vários estudiosos que a implementaram ou estudaram para trazer uma mudança duradoura em uma empresa estabelecida, o emprego de altos executivos tinha de desenvolver um conjunto de processos que promovam empreendedorismo em toda a organização e sistemas corporativos de maneira a motivá-los a permanecer no mundo corporativo. Dornelas (2016, p. 19) afirma que o intraempreendedorismo ocorre frente a três fatores fundamentais como: “oportunidade identificada, avaliação e captura; recursos que a empresa tem e que serão alocados para explorar oportunidade identificada e; as pessoas, sendo as intraempreendedoras que farão tudo ocorrer.” Para melhor entendimento segue o modelo de Timmons para o processo empreendedor: Figura 1 Processo Empreendedor – Modelo de Timmons

Fonte: Dornelas (2016)

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Analisando o processo empreendedor tem-se que se dá início com a identificação da oportunidade onde por meio de um canal de comunicação claro o projeto é apresentado, sendo disponibilizados recursos, podendo assim a equipe desenvolver o mesmo. Em meio a esse processo, encontram-se momentos de incertezas, forças externas, mercado de capitais, devendo o intraempreendedor manterem a criatividade e a liderança durante a execução de todo o projeto. Tais práticas empreendedoras buscam facilitar que o empreendedorismo corporativo aconteça dentro das empresas. Sendo assim, os gestores devem ter ciência da importância de fatores como o foco no mercado, a flexibilidade e a satisfação no trabalho planejando as estratégias e práticas para avançar o empreendedorismo corporativo (ADONISI, 2012). Mais do que isso, os intraempreendedores são pessoas com visão empresarial que manifestam uma conduta e orientam o seu comportamento ao desenvolvimento e surgimento do empreendedor interno, criando e utilizando ideias inovadoras, desenvolvendo-as de maneira a propiciar um desenvolvimento sustentável dentro da empresa (COSTA, 2016). Considerando que eles fazem isso dentro do aparentemente seguro mundo corporativos, eles tornam-se valiosos colaboradores para qualquer instituição. Para Corbett (2018) os intraempreendedores devem ser rebeldes, quebrando as regras e nadando contra a maré corporativa. “Depois de mais de 20 anos pesquisando inovação em grandes empresas, fica claro para mim que o intraempreendedor de sucesso é muitas vezes mais mito do que realidade.” Para tanto, o intraempreendedor “tem a necessidade de reconhecimento por parte de seus superiores e pela própria sociedade, vontade de aumentar o status e de ser respeitado pelos amigos e pela família”, afirmam Pessoa e Oliveira (2011, p. 512). Desta forma, criar programas de recompensas para aqueles que lidam com o intraempreendedorismo faz com que aumente o seu nível não somente em número de pessoas envolvidas bem como na qualidade das ações. Receber gratificações e propostas de melhores funções e crescimentos é esperado pelos colaboradores e devem sim ser ofertados pelas empresas (ANTONCIC e ANTONCIC, 2011). Os intraempreendedores trabalham sob menor risco e as empresas arriscam a ideia para o empregado. Eles não precisam procurar pelo capital para lançar a ideia. Em vez disso, a empresa irá se aventurar por você. Há muito mais oportunidades para explorar para um Intrapreneur. Intraempreendedores são pagos pelo seu trabalho. Para cada startup, há uma equipe de investidores de ângulo e o colaborador precisa convencê-los de apoio financeiro. No caso do intraempreendedor, eles recuperam o investimento da empresa. Ele não apenas

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iniciativa, para que os indivíduos têm de estar preparados para desafiar ativamente desses sistemas. Ele examina as táticas subversivas que adotarem estes empreendedores corporativos, e os executivos de coisas podem fazer para tornar sua vida mais fácil ou mais difícil. Também considera a personalidades e estilos, de indivíduos que fazem bons empreendedores corporativos. O intraempreendedorismo termo que foi introduzido por Pinchot no ano de 1985, mas essa linha de pensamento também tem sido discutida por Kanter (1982) e Birkinshaw (1997), Gawke et al (2017). Na sequência, a terceira escola, é baseada no pressuposto de que as grandes empresas podem e devem se adaptar a um ambiente em constante mudança, transformação empresarial sugere que tal adaptação pode ser alcançada através da manipulação de sistemas de cultura e organização da empresa, induzindo desse modo indivíduos a agirem de forma mais empreendedora. Esta linha de pensamento inclui estudos por Peters e Waterman (1982), Ghoshal e Bartlett (1997), Kanter (1989) e Tushman e O ' Reilly (1996). No livro Organização guiada por Ideias, os autores trazem exatamente esta concepção – a de que os empregados dentro de uma direção que valoriza o Intraempreendedorismo conseguem, não somente produzir mais, mas também tirar o melhor de seus trabalhadores em todos os sentidos fazendo com que haja sim uma mudança no dia a dia da empresa. O que se propõe com uma organização gerenciada por ideias é que os empregadores ouçam mais os empregados ou mesmo os gerentes que estão na linha de frente deem a eles e a seus times a oportunidade de contribuir genuinamente com a alta gerência ou a direção na solução de problemas cotidianos (ROBINSON; SCHROEDER, 2016).

Os empregados ouvidos estarão mais comprometidos com a hipótese de fazer com que a solução seja efetiva, afinal a ideia veio dos seus. Neste sentido, enquanto as organizações tradicionais são dirigidas e movidas a partir do topo, organizações movidas por ideias são dirigidas pelo topo, mas com ideias vindas de baixo (ROBINSON; SCHROEDER, 2016 p. 20).

Suas soluções podem não somente ser mais eficazes. O fato de a contribuição sair do chão de fábrica por assim dizer também colabora com a possiblidade de muito mais adesão na tomada de decisões. A transformação empresarial incorpora atividades corporativas que aprimoram a capacidade de uma organização de competir e assumir riscos para reagir adequadamente a avanços e evolução do mercado. Posteriormente, a renovação estratégica refere-se à mudança

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organizacional através da renovação a estrutura organizacional, uma mudança na alocação de recursos e a renovação de serviços, produtos e / ou processos administrativos (GAWKE et al, 2017). E a quarta e última escola, fala sobre trazer o mercado para dentro. Esta escola de pensamento também opera no nível de empresa, mas centra-se mais sobre as mudanças estruturais que podem ser feitas para incentivar o comportamento empreendedor citam Gawke et al (2017). Os intraempreendedores contratados teriam a oportunidade de criar e inovar, desde que devidamente controlado, e não simplesmente adotado de maneira liberal. Há um sentido de restrição forte neste modelo, mas é uma restrição com o objetivo de controlar o eventual caos que pode se instalar caso as ideias sejam simplesmente adotadas sem controle algum. Usando como exemplo o quadro Encontrando o Equilíbrio entre a Restrição e o Caos (anexo 1), pode-se entender um pouco dos elementos que levam ao fracasso: a falta de foco estratégico, os funcionários com muito espaço, limites que não foram cuidadosamente geridos, e uma falta de sistemas de apoio. Afinal entende-se que não há como implementar um processo de intraempreendedorismo dentro de uma empresa sem que se estabeleçam alguns regulamentos para que tal empreitada não prejudique o status quo. A empreitada empreendedora e o valor que dela é criado dependem de vínculos e interdependências que devem ser controlados em certa medida para que a estrutura cresça de maneira robusta e integral. Somente desta maneira poderá haver uma melhor aderência e maior longevidade aos projetos intraempreendedores.

2.3 Intraempreendedorismo Como Estímulo à Inovação No contexto atual, as organizações empresariais estão passando por um processo de alteração em seu planejamento estratégico, devido às constantes e rápidas mudanças do mercado e aumento da competitividade. Portanto, faz-se necessário inovar para buscar alavancar a vantagem competitiva e conquistar espaço no ambiente de atuação. Diante disso, as grandes empresas estão percebendo, paulatinamente, que a maior fonte de inovação e criatividade são seus funcionários. Portanto, estão aos poucos estimulando o intraempreendedorismo, utilizando-o como uma ferramenta estratégica para inovar e buscar competitividade perante seus concorrentes e conquistar mercado. Sendo assim, grandes corporações, dos mais diversos segmentos, consideram o intraempreendedorismo em sua gestão. Muitas delas são altamente reconhecidas no mercado