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Uma pesquisa acadêmica sobre a classificação de práticas de gestão de fluxo em cadeias de suprimentos, com ênfase em sistemas puxados e empurrados. O autor busca identificar as características básicas que distinguem essas práticas e suas importâncias na gestão de fluxo de materiais e informações em cadeias de suprimentos. O texto inclui referências a vários estudos relacionados aos temas de cadeia de suprimentos, sistemas puxados e empurrados, e práticas de gestão de fluxo em cadeias de suprimentos.
Tipologia: Notas de aula
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Departamento de Engenharia de Produção
Bauru 2011
Dissertação apresentada à Faculdade de Engenharia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” para a obtenção do título de mestre em Engenharia de Produção, área de Gestão de Operações e Sistemas
Orientador: Prof. Dr. Fernando Bernardi de Souza
Bauru 2011
Dissertação apresentada à Faculdade de Engenharia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” para a obtenção do título de mestre em Engenharia de Produção, área de concentração Gestão de Operações e Sistemas.
Data de aprovação:
Prof. Dr. Fernando Bernardi de Souza – FEB - UNESP
Prof. Dr. Marcel Andreotti Musetti – EESC - USP
Prof. Dr. José Alcides Gobbo Júnior – FEB - UNESP
Esta dissertação é dedicada à memória do
Prof. José Camilo dos Santos Filho
À sua inestimável contribuição para a área da Educação. Que seja sempre um estímulo aos docentes que procuram formar um aluno com os princípios necessários para tornar-se um cidadão: justiça, tolerância, compaixão e responsabilidade social.
Meu pai, meu exemplo de ser humano. Dedico a ti, o resultado deste trabalho e os passos que hoje são dados, nesta nova e longa caminhada.
“Fazer da interrupção um caminho novo, fazer da queda, um passo de dança, do medo, uma escada, do sonho, uma ponte, da procura, um encontro.”
Fernando Pessoa
Este trabalho tem como objetivo principal classificar as práticas de gestão de fluxo em cadeia de suprimentos estudadas como puxadas ou empurradas, verificando quais são os aspectos básicos que as caracterizam como tais. Para alcançar este objetivo, os objetivos secundários são: adotar, entre os diversos entendimentos presentes na literatura revisada, uma definição de fluxo puxado, empurrado e híbrido, na cadeia de suprimentos e realizar estudos de caso para ilustrar a classificação proposta. Desenvolveu-se uma pesquisa bibliográfica em diversas bases de dados para o referencial teórico, como livros, artigos científicos, dissertações, teses e sites especializados. Para os exemplos de aplicação foram usadas as etapas formais do estudo de caso. Como principais resultados destacam- se a contribuição para a literatura existente sobre Cadeia de Suprimentos, revelando a pesquisa de várias práticas significativas e suas características, bem como uma caracterização destas práticas como puxadas, empurradas ou híbridas, permitindo identificar características e particularidades. Os resultados devem possibilitar ainda que pesquisadores e praticantes ponderem as implicações resultantes deste posicionamento em termos de desempenho esperado de cada prática de gestão de fluxo em cadeia de suprimentos.
Palavras-chave: Cadeia de Suprimentos; Praticas de Gestão da Fluxo em Cadeia de Suprimentos; Sistemas puxados; Sistemas empurrados.
puxados exigem uma informação sobre a demanda real a ser transmitida com extrema agilidade por toda a cadeia de suprimento para que a produção e a distribuição de peças e produtos possam refletir a demanda real com precisão (CHOPPRA e MEINDL, 2003). Nos trabalhos acadêmicos aqui estudados verifica-se a existência de certas práticas de gestão de fluxo em CS, cujas características poderiam possibilitar uma classificação na forma de sistemas puxados ou empurrados (PIRES e MUSETTI, 2000; RAGHUNATHAN e YEH, 2001; CHOPPRA e MEINDL, 2003; AVIV, 2002; PIRES, 2004; CORSTEN e KUMAR, 2005; WATSON, BLAKSTONE e GARDINER, 2006; DONG, XU e DRESNER, 2007; ATTARAN e ATTARAN, 2007; DANESE, 2007; VIVALDINI, SOUZA e PIRES, 2008; KRAJEWSKI, RITZMAN e MALHOTRA, 2009; SOUZA e PIRES, 2010; SHIMOKAWA e FUJIMOTO, 2011). Este trabalho tem como foco o estudo de práticas de gestão de fluxo entre pares de elos da cadeia de suprimentos, como entre fabricantes e distribuidores, distribuidores e pontos de vendas, e outros. Procura-se nesta pesquisa, portanto, por meio de um estudo teórico, adotar entre os diversos entendimentos presentes na literatura revisada, uma definição de fluxo puxado, empurrado e híbrido na CS; classificar as práticas de gestão de fluxo em CS estudadas, relacionando-as como puxadas, empurradas ou híbridas, verificando quais são os aspectos básicos que as caracterizam como tais, e finalmente, realizar estudos de caso para ilustrar a classificação elaborada.
1.2. JUSTIFICATIVAS E FORMULAÇÃO DOS PROBLEMAS DE PESQUISA
A análise da adoção de algumas práticas de gestão de fluxo em CS trata, principalmente, de aspectos como a implementação e o desempenho, e verifica-se que há dúvidas e poucas informações acadêmicas e pesquisas empíricas que possibilitem a caracterização destas práticas através de uma visão com base nos sistemas puxados e empurrados (KURNIA e JOHNSTON, 2003; CHAUDHARI e MUKHOPADHYAY, 2003; CIGOLINI, COZZI e PERONA, 2004; RIBEIRO, 2004; GHISI e SILVA, 2006; TAVARES e LIMA, 2006; BORADE e BANSOD, 2010; DETONI e ZAMOLO, 2005; VIVALDINI, SOUZA e PIRES, 2008; YANG, MIN e ZHOU, 2009; VICS, 2010.
No ambiente empresarial, as empresas buscam propostas e práticas que possam colaborar com a melhoria dos níveis de serviços e com a redução dos custos de fornecimento. As metas e resultados financeiros são vitais, mas para a sobrevivência da organização em longo prazo, a pergunta “como atingimos esses resultados financeiros?” deve ser precedida freqüentemente pelo questionamento “o que precisamos fazer com os nossos processos, produtos ou serviços visando satisfazer as necessidades do cliente?” (ROTHER, 2011). De acordo com Slack, Chambers e Johnston (2002), existem estratégias de qualidade para a produção que possibilitam lidar com uma variedade maior de produtos e com um tempo de resposta e estoque menores. Contudo, o resultado pode ser nulo sem uma estratégia para gestão de fluxo em uma CS. Destacando esta gestão baseada nos sistemas aqui estudados, Choppra e Meindl (2003) afirmam que uma das maneiras de visualizar os processos realizados dentro e entre os diferentes estágios da cadeia de suprimentos é visão push/pull (empurrados/puxados). Na categoria puxada, os processos são acionados em resposta aos pedidos dos clientes e na categoria empurrada são acionados em antecipação aos pedidos dos clientes. Porém, Hopp e Spearman (2004) afirmam que existem controvérsias a respeito dos termos “puxar” e “empurrar” em CS, pois apesar de a literatura discutir temas relacionados às práticas, nem todos os autores têm uma mesma definição sobre os sistemas puxados e empurrados tampouco delineiam a relação existente entre estes e as práticas. Considerando a relevância dos estudos sobre sistemas puxados e empurrados e práticas de gestão de fluxo em cadeia de suprimentos, pode-se expressar a inquietação que motiva a realização desta pesquisa através dos seguintes questionamentos: O que a literatura define como sistema puxado e sistema empurrado? Quais são os resultados esperados em termos de tempo de resposta, giro de estoque e custos ao se optar por um destes sistemas? Quais as principais práticas de gestão de fluxo em CS citadas na literatura?
Em função da proposta definida anteriormente, esta seção expõe as delimitações da pesquisa a ser realizada. Esta pesquisa está circunscrita no estudo bibliográfico, atemporal, dos temas gestão da cadeia de suprimentos, sistemas puxados e empurrados e práticas de GCS voltadas à gestão de fluxo de material e informação. Os estudos de casos visam demonstrar o uso das práticas pesquisadas por empresas, subsidiando a pesquisa com dados provenientes de aplicações reais de algumas das práticas aqui pesquisadas. Para a escolha das empresas a serem estudas e que servem como exemplo de aplicação dessas práticas, não existe delimitação setorial ou de porte de empresa.
1.5. ESTRUTURA DO TRABALHO
Esta dissertação é constituída por seis capítulos, cuja seqüência adotada e assuntos são descritos a seguir:
Capítulo 1 – sua função é proporcionar ao leitor uma visão geral do trabalho. Apresenta a introdução do trabalho, contextualizo-o na gestão de cadeia de suprimentos, para possibilitar a elaboração dos objetivos da pesquisa, sua delimitação e a justificativa, bem com a estrutura do trabalho. Capítulo 2 – apresenta os aspectos metodológicos da pesquisa. Define e defende a escolha do método de pesquisa, seu planejamento, forma de análise do estudo e o exemplo de aplicação. Este capítulo vem logo em seguida da introdução já com a pesquisa contextualizada e serve como apoio para a leitura da seqüência do trabalho. Capítulo 3 – trata da fundamentação teórica deste trabalho. Tem como título Fundamentação Teórica, apresentando a revisão bibliográfica. O capítulo é dividido em seções e os títulos destas seções expõem os assuntos revisados. Busca-se identificar o estado da arte do tema práticas de gestão de fluxo em CS e sistema puxado e empurrado, identificando seus principais conceitos. Serve como subsídio para o próximo capítulo.
Capítulo 4 - envolve a análise e caracterização das práticas de gestão de fluxo em CS de acordo com as identificações verificadas no capítulo anterior. Este capítulo se dedica a cumprir um dos objetivos propostos e gera informações importantes para os estudos de casos expostos na seqüência. Capítulo 5 – mostra os dados coletados durante a pesquisa com as empresas, com exemplos de aplicação das práticas de gestão de fluxo em CS. Expõe a análise dos resultados da pesquisa de campo realizada. Capítulo 6 - apresenta as conclusões do estudo, suas implicações para a teoria e para futuros trabalhos, além das limitações da pesquisa
A Figura 1 mostra a dinâmica entre os capítulos do trabalho.