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SANEAMENTO BÁSICO ENG, Resumos de Engenharia Civil

ESSE DOCUMENTO É SOBRE SANEAMENTO BÁSICO

Tipologia: Resumos

2025

Compartilhado em 04/06/2025

thais-castro-78
thais-castro-78 🇧🇷

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO JUDAS TADEU
SANEAMENTO BÁSICO
Dennys Duarte Santos RA: 52220284
Ingrid da Silva Santos RA: 52218647
Luiz Augusto Pereira Victor RA: 52119409
Rodrigo Pagano Batista RA: 52321252
Suzan de Oliveira RA: 52321488
Thaisa Dias Durvalo do Nascimento RA: 52217504
PROJETO DE DRENAGEM URBANA – BAIRRO JARDIM RIO
BRANCO, SÃO VICENTE.
Orientador: Prof. Ernesto Fontes
Santos, 06 de Junho de 2025
1. RESUMO
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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO JUDAS TADEU

SANEAMENTO BÁSICO

Dennys Duarte Santos RA: 52220284

Ingrid da Silva Santos RA: 52218647

Luiz Augusto Pereira Victor RA: 52119409

Rodrigo Pagano Batista RA: 52321252

Suzan de Oliveira RA: 52321488

Thaisa Dias Durvalo do Nascimento RA: 52217504

PROJETO DE DRENAGEM URBANA – BAIRRO JARDIM RIO

BRANCO, SÃO VICENTE.

Orientador: Prof. Ernesto Fontes

Santos, 06 de Junho de 2025

1. RESUMO

Este trabalho apresenta o desenvolvimento de um projeto de drenagem urbana para

uma área de 1 km² localizada no bairro Jardim Rio Branco, município de São Vicente –

SP. A região estudada caracteriza-se por apresentar infraestrutura urbana precária em

diversos pontos, com histórico de alagamentos frequentes durante períodos de

chuvas intensas, evidenciando a necessidade de intervenções no sistema de

escoamento superficial.

O projeto foi elaborado com base em uma simulação altimétrica da área,

considerando curvas de nível realistas e declividades médias, obtidas a partir da

análise visual de vetores de escoamento identificados por setas indicativas nas vias

principais. As cotas de nível foram estimadas com base nas direções naturais de fluxo

da água e na morfologia urbana, permitindo a elaboração de uma planta

planialtimétrica representativa.

Foram aplicados os critérios normativos das normas ABNT NBR 9649:1986 e NBR

12218:2017, utilizando o método racional para o cálculo das vazões de projeto. Os

parâmetros utilizados incluem: área impermeável estimada, intensidade

pluviométrica média da região, coeficientes de runoff e tempo de concentração para

os diversos trechos analisados. O projeto contempla a implantação de dispositivos de

drenagem como bocas de lobo, sarjetas a cada 100 metros, ramais de ligação e

grelhas transversais.

A representação gráfica foi desenvolvida por meio de prancha técnica, com destaque

para o layout urbano, o sistema de drenagem proposto, e curvas de nível simuladas

variando entre 4 e 12 metros. O objetivo principal é propor uma solução eficaz para o

controle do escoamento superficial, reduzindo o risco de alagamentos e promovendo

maior segurança hídrica para a população local.

INTRODUÇÃO

Figura 2 - BAIRRO JARDIM RIO BRANCO

como o método racional para cálculo de vazões e o dimensionamento de dispositivos como bocas

de lobo, sarjetas e ramais. Este estudo tem como objetivo final oferecer uma proposta técnica

viável, realista e condizente com o contexto urbano de São Vicente, contribuindo para o

planejamento sustentável da drenagem urbana em áreas críticas de expansão.

2. MÉTODOS

O presente projeto de drenagem urbana foi desenvolvido com o objetivo de propor soluções

técnicas para o escoamento adequado das águas pluviais em uma área de aproximadamente 1 km²

no bairro Jardim Rio Branco, localizado no município de São Vicente/SP. A metodologia adotada

envolveu a delimitação da área de estudo, análise topográfica da superfície urbana, simulação da

Figura 3 - TOPOGRAFIA DO BAIRRO COM COTAS DE NIVEL

altimetria com base em declividades médias observadas, e o posterior dimensionamento dos

dispositivos de microdrenagem.

Após o levantamento topográfico da área de estudo, foi possível identificar as cotas de nível

predominantes, evidenciando o comportamento altimétrico do terreno. A cota mais elevada

encontra-se nas proximidades da Rua João Chancharulo, com altitudes variando entre 9 e 10 metros.

Já o ponto de menor altitude localiza-se nas imediações da Rua Luiz Ferreira Morgado, configurando-

se como o principal destino natural do escoamento superficial.

Essa diferença de cotas define uma declividade predominante no sentido norte-sul, influenciando

diretamente na distribuição e dimensionamento dos dispositivos de drenagem. As informações

obtidas foram fundamentais para o traçado das direções de fluxo das águas pluviais e para a

organização das sub-bacias de contribuição.

Figura 5 - SUB-BACIA DELIMITADA

SUB-BACIAS

Para o dimensionamento das vazões de escoamento, a área de estudo foi dividida em sub-bacias de

contribuição, com base nas direções de escoamento definidas no mapa topográfico. Cada sub-bacia

foi delimitada considerando os limites naturais do terreno e a infraestrutura urbana existente, de

forma a identificar os trechos que convergem para um mesmo ponto de coleta (boca de lobo ou

sarjeta).

A delimitação das sub-bacias permitiu estimar os parâmetros geométricos necessários para os

cálculos hidráulicos, como o comprimento do percurso de escoamento superficial (L) e a diferença

de cota (H). Esses parâmetros foram posteriormente utilizados para a determinação do tempo de

concentração de cada bacia.

Na imagem a seguir, está representada uma sub-bacia de contribuição urbana delimitada em

vermelho, dentro da área de estudo situada no bairro Jardim Rio Branco, em São Vicente/SP. Essa

sub-bacia corresponde a um conjunto de quadras que convergem o escoamento superficial para um

mesmo ponto de coleta, conforme indicado pelas setas pretas de direção de fluxo.

O percurso principal de escoamento (LLL) foi estimado em 350 metros , considerando o trajeto da

água desde o ponto mais elevado da sub-bacia até o ponto mais baixo. Já a diferença altimétrica

(HHH) entre essas duas extremidades foi determinada em 5,5 metros , com base nas cotas de nível

observadas no levantamento topográfico da região.

A malha viária foi mantida conforme a estrutura original do bairro, respeitando a geometria urbana

real, o traçado das ruas e a disposição dos lotes. A definição da sub-bacia e a identificação do

percurso de escoamento foram fundamentais para a aplicação da fórmula empírica de Kirpich,

utilizada posteriormente para o cálculo do tempo de concentração.

Com a sub-bacia delimitada e os parâmetros geométricos identificados, foi possível aplicar a

fórmula empírica de Kirpich , amplamente utilizada para áreas urbanizadas com trajetos definidos

de escoamento superficial. Essa fórmula permite estimar o tempo de concentração (Tc) , que

corresponde ao intervalo necessário para que toda a bacia contribua com vazão no ponto de saída.

A equação é dada por:

Tc = 0,0078. L

0,

/H

0,

Onde:

Tc é o tempo de concentração, em minutos;

L é o comprimento do percurso principal de escoamento superficial (m);

H é a diferença de cota entre o ponto mais alto e o ponto mais baixo da sub-bacia (m).

Os valores de LLL e HHH foram extraídos diretamente do traçado real do bairro, conforme

demonstrado na imagem anterior, garantindo uma aproximação fiel à realidade local.

A seguir, com base no tempo de concentração estimado, será possível aplicar a curva IDF da cidade

de São Vicente para determinar a intensidade da chuva (I) e, posteriormente, calcular a vazão de

projeto (Q) por meio da fórmula racional.

APLICAÇÃO DA CURVA IDF

Após a estimativa do tempo de concentração, o passo seguinte consiste na determinação

da intensidade de precipitação (I) correspondente, utilizando-se a Curva IDF (Intensidade x

Duração x Frequência) do município de São Vicente/SP. Essa curva permite relacionar o

tempo de concentração com a intensidade da chuva esperada para um determinado tempo

de retorno (T), conforme os parâmetros pluviométricos locais.

A equação da curva IDF adotada foi:

I = α

(t + b)

c

Onde:

O posicionamento das bocas de lobo foi realizado com base nas direções de escoamento definidas

anteriormente, observando os pontos de maior confluência e extensão das ruas. Para ruas com

declividade constante, foi adotado um espaçamento médio de 100 metros entre dispositivos ,

conforme recomendações técnicas da literatura e das normas ABNT.

Os dispositivos de captação foram representados no mapa por símbolos quadrados na cor laranja ,

destacando os pontos onde o escoamento superficial será interceptado. A escolha dos locais

considerou também a interseção com sarjetas e grelhas, otimizando a coleta das águas pluviais e

prevenindo a formação de bolsões de acúmulo.

O projeto de drenagem foi representado graficamente em formato técnico, respeitando o traçado

urbano da área estudada, com a distribuição dos dispositivos de captação ao longo das vias, em

especial nas interseções e trechos com maior concentração de fluxo. As bocas de lobo ,

representadas por símbolos quadrados laranjas , foram posicionadas a intervalos regulares,

respeitando o critério de espaçamento médio de 100 metros e considerando a capacidade de

escoamento de cada trecho.

Todo o desenvolvimento gráfico e a organização das informações foram realizados por meio de

ferramentas computacionais, utilizando software de representação vetorial e modelagem urbana.

As diretrizes técnicas foram baseadas principalmente nas normas ABNT NBR 9649:1986 (Projeto de

Drenagem Urbana) e NBR 12224:1992 (Projeto de Redes de Drenagem Pluvial Urbana) , além de

literatura técnica complementar especializada em hidrologia urbana.

Com isso, estabelece-se a base para a análise dos resultados obtidos, discutidos na próxima seção.

3. RESULTADOS E DISCUÇÕES

Com base na sub-bacia de contribuição demarcada e nos dados extraídos da topografia

local, foi possível aplicar a fórmula empírica de Kirpich para estimar o tempo de

concentração ( Tc ). Utilizando os valores L = 350 m e H = 5,5 m, obteve-se:

Tc = 0,0078. 350

0,

0,

≈ 6,75 minutos

Com o Tc definido, aplicou-se a equação da curva IDF da cidade de São Vicente,

considerando um tempo de retorno de 10 anos. Os parâmetros da curva são:

I = 1078 = 1078 ≈ 78,12 mm/h

(t + 15)

0,

0,

A partir disso, foi possível calcular a vazão de projeto (Q) para a sub-bacia em análise, assumindo:

 Área de contribuição: A=1,5 ha;

 Coeficiente de escoamento: C=0,

Q = C ⋅ I ⋅ A = 0,9. 78,12. 1,5 = 105,47 L/s

Esse valor representa a vazão de pico esperada durante um evento crítico de precipitação,

e serviu como base para o dimensionamento das bocas de lobo, distribuídas a cada 100

metros ao longo das vias de maior contribuição. Cada boca de lobo foi considerada capaz

de captar cerca de 30 L/s , o que justifica a necessidade de ao menos 4 bocas por sub-

bacia com essas características.

As imagens elaboradas mostram a disposição estratégica dos dispositivos, alinhados às

direções de escoamento e às áreas de maior captação. A representação visual e os

cálculos integrados demonstram que o sistema proposto atende às demandas de

drenagem da área estudada, minimizando os riscos de alagamento e otimizando a

infraestrutura urbana existente.

DIMENSIONAMENTO HIDRAULICO DA SARJETA

Fórmula de Manning para seção triangular ou retangular

Dados necessários: largura, declividade longitudinal da rua, rugosidade (n), profundidade

estimada da lâmina

Utilizaremos a fórmula de Manning para sarjetas triangulares :

Q = 0,375. Z.

i.y

8/

n

Parâmetros típicos:

n = 0,016 (concreto acabado)

Z = 0,5 (talude 1:2 — padrão urbano)

i = 0,01 (declividade de 1%)

y=0,12 m (profundidade da lâmina)

Q = 0,375/ 0,016. 0,.

8/

0,00396 m

3

/s = 3,96 L/s

i = 0,005 (0,5%)

Tentativa com D = 0,40m:

R = 0,10m - V = 1. 0,

2/

1/

1,11m/s

A = π. 0,

2

0,126 m

2

  • Q = 0,126. 1,11 0,14 m

3

/s

Um tubo com diâmetro de 400 mm (DN 400) atende confortavelmente à vazão projetada.

4. CONCLUSÃO

O presente estudo permitiu compreender e aplicar, de forma integrada, os principais

fundamentos da drenagem urbana em uma área crítica da cidade de São Vicente, delimitada

entre a Rua João Chancharulo e a Rua José Fernandes, no bairro Jardim Rio Branco. Através

da análise topográfica detalhada, foi possível identificar as cotas de nível predominantes e

definir com precisão as direções de escoamento, fundamentais para o correto delineamento

das sub-bacias de contribuição.

Com base em métodos consagrados da hidrologia, como a fórmula de Kirpich e a equação

racional, os cálculos de tempo de concentração, intensidade de chuva e vazão de pico foram

desenvolvidos de maneira consistente, respeitando parâmetros regionais e normativos.

Esses valores serviram como base para o dimensionamento dos dispositivos de captação e

condução, como sarjetas, bocas de lobo e galerias pluviais, que foram definidos segundo

critérios técnicos de eficiência, segurança e viabilidade urbana.

A aplicação da curva IDF local e a verificação da capacidade dos dispositivos mostraram que,

mesmo em uma malha urbana relativamente regular, há variações críticas na declividade e

no escoamento, exigindo atenção redobrada nos pontos de confluência e nas quadras

centrais. A adoção de espaçamentos estratégicos entre os elementos de drenagem,

associada ao uso de dispositivos com dimensões compatíveis com a vazão de projeto,

demonstrou ser eficaz para mitigar riscos de alagamentos e sobrecargas no sistema.

Além disso, a inserção de um quadro resumo com os dados hidráulicos fundamentais reforça

o compromisso com a clareza e a precisão técnica no desenvolvimento do projeto. A

representação gráfica das soluções propostas, respeitando a estrutura urbana real,

comprova a aplicabilidade prática e a relevância do estudo para futuras intervenções em

infraestrutura pluvial na região.

Dessa forma, conclui-se que o projeto proposto é não apenas tecnicamente viável, mas

também estrategicamente eficiente, evidenciando a importância do planejamento de

drenagem urbana com base em critérios científicos e dados reais. O conhecimento aplicado

neste trabalho é essencial para a construção de cidades mais resilientes e preparadas para

os desafios impostos pelas mudanças climáticas e pelo crescimento urbano desordenado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9649:1986 – Projeto de Drenagem

Urbana. Rio de Janeiro: ABNT, 1986.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12224:1992 – Projeto de Redes de

Drenagem Pluvial Urbana. Rio de Janeiro: ABNT, 1992.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7188:2013 – Cálculo de Vazões de

Projeto em Sistemas de Drenagem Urbana. Rio de Janeiro: ABNT, 2013.

TUCCI, C. E. M. Drenagem Urbana. 4. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2008.

PORTO, R. L. L.; TUCCI, C. E. M.; BARROS, M. T. L. Manual de Drenagem Urbana. Brasília:

Ministério das Cidades / Caixa Econômica Federal, 2005.

MOTA, Sérgio. Hidrologia Aplicada. 2. ed. São Paulo: EdUSP, 2003.

CHOW, V. T.; MAIDMENT, D. R.; MAYS, L. W. Applied Hydrology. New York: McGraw-Hill,

PONCE, V. M. Hydrologic and Hydraulic Modeling Support with HEC-HMS and HEC-RAS. San

Diego State University, 2000.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO VICENTE. Curvas IDF – Boletim Pluviométrico Regional.

Departamento de Planejamento Urbano. São Vicente, 2020.