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Apresentação do conceito de Salvação no AT
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
Termos Salvação no hebraico yasha e seus derivados são usados 353 vezes. No hebraico traz o sentido de “salvar”, “livrar”, “conceder vitória”, “ajudar”; “ser (estar) seguro”; “vingar-se”, “preservar”. Em geral o livramento deve vir de algum ponto exterior ao da parte oprimida. No Antigo Testamento os vários tipos de sofrimento, tanto nacional quanto individual, incluem inimigos, catástrofes naturais, tais como pragas e fome, e enfermidades. Aquele que traz livramento é conhecido como o "salvador". A palavra pode, no entanto, ser usada no dia-a-dia sem ênfases teológicas exageradas ; por exemplo, junto a um poço Moisés salvou as filhas de Reuel de serem expulsas por pastores (Êxodo 2.17). Mas, de um modo geral, no AT o vocábulo possui um forte significado religioso, pois foi Javé que operou o livramento. Por isso afirma-se que "Deus é a nossa salvação" (SI 68.19 s. [20 s.]). Embora fosse possível a salvação vir através de um agente humano, ela acontecia apenas porque Deus dava poderes ao agente. No Novo Testamento a ideia de salvação significa basicamente perdão dos pecados, livramento do poder do pecado e a derrota de Satanás. Embora o AT comece a apontar nessa direção, a maioria das referências à salvação falam de Javé a conceder livramento de inimigos materiais e de catástrofes também materiais. Tipos de Salvação Em várias ocasiões Israel, oprimido por outras nações, tinha de ir à guerra para vencer e manter sua liberdade. Nesses combates a nação se voltava para Deus em busca de ajuda. Os israelitas acreditavam que o resultado da batalha pertencia a Javé (1 Samuel 17.47). Por isso eles se lançavam ao combate na certeza da vitória. No AT o ponto central da obra salvadora de Deus foi o livramento de Israel da escravidão egípcia (Êxodo 14.30). Com isso eles se tornaram conhecidos como um povo salvo por Javé (Deuteronômio 33.29). Esses feitos salvíficos tornaram-se um testemunho do senhorio de Javé não apenas para as gerações futuras, mas também para as nações ao redor (SaImos 106.8; 1 Samuel 4.6 ss.). Mais tarde, quando os israelitas anteviam a entrada na terra prometida, Moisés disse:
"O SENHOR VOSSO Deus é quem vai convosco a pelejar por vós contra os vossos inimigos, para salvar" (Deuteronômio 20.4). Deus cumpriu essa promessa através de Josué , que conduziu o povo a tomar posse de Canaã. Depois disso, quando Israel era oprimido por uma das nações ao redor, Deus o livrava através de um juiz (Juízes 2.16). O padrão repetido era Javé outorgar seu Espírito ao juiz a fim de que este pudesse derrotar os inimigos de Israel. Mais tarde, durante a monarquia, Israel derrotou os inimigos através de um rei justo que foi ungido e ajudado por Javé (1 Samuel 9.16; SI 20.6 ). O líder que realmente confiava em Javé aventurava-se no espírito das palavras de Jônatas: "para o SENHOR nenhum impedimento há de livrar com muitos ou com poucos" ( Samuel 14.6). A salvação da parte de Deus era a glória do rei e firmemente estabelecia sua autoridade sobre o povo (SaImos 21.5. A medida que a nação ia crescendo em poder e prestígio, tornava-se imperativo que o rei e o povo percebessem que a salvação não vem através de um exército poderoso, mas unicamente pelo poder de Deus (SI 44.1-8 [2-9]). Conquanto Deus, em geral, empregasse agentes humanos para trazer salvação, os obstáculos vencidos eram tão impressionantes que, sem dúvida alguma, tinha de haver ajuda especial da parte do próprio Deus (cf. Provérbios 21.31). Aqui reside a tensão criativa entre a ação divina e a resposta humana, tensão esta que estabelece o propósito de Deus na terra e ao mesmo tempo forma o caráter de seu povo. As vezes Deus pode fazer a obra na sua totalidade, e tudo o que o homem tem de fazer é esperar e ver os feitos poderosos do Senhor (2 Crônicas 20.17; cf. Oséias 1.7). Tendo por base esse padrão histórico em que Deus operava salvação através de um líder carismático , surgiu o conceito de um futuro salvador que desempenharia o papel de um rei ungido com o Espírito de Deus ( Jeremias 23.5 s.). A salvação pode ser não apenas de ataque, mas também de defesa. Quando surge oposição, é possível esconder-se num refúgio em busca de proteção. Com frequência Deus é visto como um refúgio para o seu povo : "De Deus depende a minha salvação e a minha glória; estão em Deus a minha forte rocha e o meu refúgio" (SaImos 62.7). Aquele que experimenta salvação não precisa ficar atormentado pela ansiedade íntima. É verdade que ele terá de suportar a oposição, mas Deus assegurará que seus adversários não o destruam. Vê-se a natureza protetora da salvação em outras expressões, a saber , "o escudo do teu
deus que consiga salvar é digno de adoração. Por isso, uma polêmica freqüente com a idolatria é desafiar os outros deuses a trazerem livramento para seus seguidores oprimidos (Is 46.7; Jz 6.31). O fracasso em responderem a esse desafio demonstra que tais deuses não existem e leva à confissão de que além de Javé não existe nenhum outro salvador (Is 43.11; Os 13.4). Para assegurar que os atos salvíficos não sejam vistos como um mero acidente da história, Javé revela aquilo que vai fazer antes mesmo de isso acontecer (Is 43.12). Ele, então, é fiel à sua palavra e cumpre o que disse. Depois disso o ato é interpretado e anunciado. O ato salvador determina, então, a natureza do relacionamento de cada geração com Javé, e sua proclamação inspira a fé para o estabelecimento e manutenção desse relacionamento (cf. Is 52.7). Ademais, a salvação dá testemunho do fato de que Deus se importa com seu povo. A salvação brota do seu amor (cf Dt 7.7 s.). Por entenderem a graça de Deus, em momentos de aflição os fiéis voltam-se para ele em busca de livramento (SI 6. [51;109.26). A salvação é, portanto, o amor de Deus em ação. A salvação também dá testemunho da presença ativa de Deus entre seu povo e com os seus líderes. Muitos que foram comissionados com uma tarefa receberam a promessa de sua presença de um modo especial. Deus prometeu a Jeremias: "Eu sou contigo para te livrar" (Jr 1.8, 19; cf. Mt 28.20). Mais tarde Jeremias foi preso, e, em várias oportunidades, sua vida correu perigo, mas seus adversários jamais conseguiram destruí-lo. Moisés também foi bem-sucedido através desta promessa (Êx 3.12). Desse modo, a presença de Deus entre seu povo livra-o de adversários e de problemas. Preparo e Resposta do Povo A. Arrependimento e Confiança. E preciso preparar-se para receber a salvação de Deus. Quando aflita, a pessoa deve buscar a Deus em oração (e.g.y Jz 3.9; SI 69. [21), isto é, deve reconhecer sua própria necessidade e humilhar-se diante de Deus com um coração contrito (cf. Jó 22.29; SI 34.18 [191). Voltar-se para Deus envolve abandonar os pecados, pois o pecado impede Deus de ajudar aqueles em aflição (Is 59.1 s.). Uma vez que a pessoa se tenha sinceramente voltado para Deus, deve expressar sua confiança em Deus, esperando pela salvação (Is 30.15). Deus escolhe a hora de agir; o homem deve aguardar com esperança. Deus espera que, com fé, seu povo suporte circunstâncias difíceis enquanto ele mesmo escolhe o
momento mais oportuno para trazer salvação. Enquanto aguarda a salvação, a pessoa está ativamente envolvida em buscar a justiça e expressar o amor (Is 56.1; Os 10.12; 12.6). B. Hinos de Louvor. A reação imediata do homem diante dos feitos salvadores de Deus, quer passados quer futuros, encontra-se em hinos de louvor. O Cântico do Mar foi composto e cantado imediatamente após o livramento no mar Vermelho (Êx 15.1-18). A descrição de Isaías da salvação através do Messias prometido é seguida de um cântico no capítulo 12, e três das profecias do servo terminam em cântico: 42.10 ss.; 49.13; 54.1 ss. Cantar dá vazão ao regozijo que acompanha a salvação de Deus. O regozijo é muitas vezes mencionado como a reação íntima do homem frente à vitória divina (e.g., SI 13.5 [61). Além disso, aqueles que receberam a ajuda de Javé sentem-se compelidos a partilhá-la com outros: "Não ocultei no coração a tua justiça; proclamei a tua fidelidade e a tua salvação" (SI 40.10 [111). Por essa razão, a salvação divina faz a vida ficar cheia de sentido e alegria. Salvação Futura A volta de Israel do cativeiro é antevista no linguajar da salvação. Javé diz: "eis que te livrarei das terras de longe" (Jr 30.10; Zc 8.7). Uma vez que Deus considera o povo como seu rebanho, ele anuncia: "livrarei as minhas ovelhas, para que já não sirvam de rapina" (Ez 34.22). Visto que não existe salvação alguma sem Javé , ele estende o convite: 'Olhai para mim, e sede salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro" (Is 45.22; cf. SI 67.2 [3)). Os profetas falam do tempo quando a salvação afetará todas as nações e será eterna. Isaías prevê que esta salvação virá através do servo sofredor. Pelo fato de o servo suportar obedientemente o sofrimento, Deus promete: "[eu] te dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra" (Is 49.6). Em outras palavras, os atos de salvação no AT se acumulam na direção do ato final de salvação que incluirá todas as pessoas debaixo de sua bênção possível (Is 52.10). [CITATION HAR98 \p 680-683 \l 1046 ]